A ÉGIDE DE AVALON
A Égide de Avalon é uma ordem secreta que vigia o equilíbrio entre o mundo mortal e o sobrenatural. Seus agentes são semideuses, magistas e mortais dotados de dons raros, recrutados não pela força, mas pela necessidade: a ordem observa e escolhe aqueles que não podem mais ignorar o chamado, e quando se aproxima é persuasiva o suficiente para tornar a recusa quase impossível. Dentro da Égide, cada membro recebe treinamento em um dos ofícios, atuando em missões que vão desde o confronto direto contra monstros até negociações com divindades, investigações ocultas e a proteção de segredos antigos. Servir à ordem garante acesso a recursos inimagináveis: bibliotecas proibidas, armas divinas, refúgios escondidos, mas também exige lealdade, sacrifício e silêncio. A hierarquia não é uma prisão: abandonar a Égide é possível, embora quem parta carregue consigo sua marca, tanto como proteção quanto maldição. Internamente, a ordem é unida por sua causa, mas marcada por rivalidades e suspeitas, pois nem todos confiam no Conselho que dita seus rumos, e os próprios conselheiros não confiam uns nos outros. Ainda assim, todos os agentes compartilham o mesmo pacto: impedir que deuses e monstros decidam sozinhos o destino da humanidade.
No alto, o Conselho de Mármore negocia pactos com emissários dos deuses e arbitra disputas entre facções; no solo, os Custódios cruzam vielas encharcadas e catedrais vazias recolhendo relíquias, silenciando monstros, desatando profecias antes que elas se cumpram. Por trás de cada desvio de imprensa, memória falha ou câmera que “não gravou”, opera o Véu, a máquina de ocultação que sustenta o teatro do cotidiano. E sob a cidade, por túneis, criptopórticos e poços onde a água do Tâmisa toca pedra romana, dorme a Biblioteca de Alexandria, um arquivo vivo de nomes esquecidos, mapas de rotas mitológicas e promessas escritas em sangue antigo. Este é um cenário de intriga e liturgia, de missões oficiais mascaradas de acidentes, de diplomacias que exigem oferendas, de cultos rivais que seduzem com liberdade e caos.
Você, meu caro jogador, entra nessa engrenagem como uma peça indispensável e descartável ao mesmo tempo no tabuleiro dos deuses: agentes que equilibram divindade e mortalidade, chamados a decidir entre obediência e insubordinação, entre glória sem testemunhas e sobrevivência com culpa. Londres observa sem pestanejar; a Égide chama sem elevar a voz. Aqui, cada escolha tem preço, e cada silêncio, uma assinatura.