Para download, gráfico de altimetria, percurso previsto e percurso efetuado, tudo em formatos GPX e KMZ:
Gráfico de Altimetria / Distâncias : [formato pdf]
Percurso Previsto: [formato gpx] [formato kmz]
Percurso Efetuado: [formato gpx] [formato kmz]
Para este ano (e quem me segue aqui já percebeu que ando nos Caminhos de Santiago desde 2002, percorrendo pelo menos um caminho anual) o caminho previsto não era o Caminho Primitivo. O meu amigo e companheiro desde sempre destas aventuras, o AC, tinha proposto o Caminho de Inverno.
Umas poucas semanas antes, surgiu no entanto a impossibilidade do AC e, com a sua ausência prometida, eu e o CM (o nosso novo companheiro de aventuras, desde 2018) decidimos manter o Caminho de Inverno suspenso para tentarmos fazê-lo numa outra ocasião, gozando da companhia do AC que o propôs.
Daí que voltei ao Caminho Primitivo, por sugestão do CM que andava com vontade de o conhecer. Eu já o tinha feito em 2017, mas as coisas na altura não correram de feição e, por falta de saúde do AC, não fizemos todo o percurso. É realmente um caminho duro, em altimetria e em qualidade de piso... Mas é um caminho deslumbrante em termos paisagísticos e até monumentais.
Havia pois que apreciá-lo bem e por isso decidimos fazê-lo com calma, sem pressas em demasia e, dos quatro dias previstos em 2017, passámos para seis dias em 2023. Provavelmente não seria difícil percorrê-lo em cinco dias, mas a minha estratégia de percorrer a Ruta de los Hopitales na parte da manhã obrigava a que uma noite fosse passada em Campiello e os 80Km de distância até lá, a serem feitos num só dia, seriam um desafio demasiado grande para mim, atendendo ao desnível acumulado respetivo. Assim, fizemos seis pernoitas, a saber: Oviedo (início do caminho), Salas, Campiello, Grandas de Salime, Castro Verde e Melide (ponto de junção com o Caminho Francês).
Por falar em Ruta de los Hospitales... este é o troço mais falado, porque, também, é o mais apreciado do caminho. Sobe acentuadamente aos mais de 1200m de altitude, por trilhos de difícil execução em bicicleta (alguns diria mesmo impossível), ainda que, tanto eu como o CM, tenhamos alguma prática e técnica. Lá no alto, o "sobe e desce" é uma constante, cortando a vegetação que por ali é pouco mais do que rasteira. Encontram-se grupos de bovinos e mesmo de equídeos selvagens pastando calmamente por ali e... a paisagem... a paisagem é inesquecível, de tanta beleza. É a região das Astúrias a falar, literalmente, bem alto!
Uma curiosidade, a propósito... com tanto empenho na realização deste troço... quase que o perdíamos, mas fica para mais tarde essa explicação.
Como de costume, a reportagem é essencialmente fotográfica. Costumo dizer e reforço, não contem com grande arte minha, com a agravante de grande parte das fotografias serem efetuadas do alto da bicicleta sem sequer parar, ainda para mais com tempo de chuva em algumas partes. Fiz, durante os 330Km de viagem, cerca de 1700 fotografias, das quais publico aqui um pouco menos de 1200, distribuídas por doze etapas, duas por cada dia de pedalação (ver abaixo). Com estas fotografias tento documentar o caminho nas suas várias vertentes, de traçado, de paisagem e de monumentalidade, neste último caso e sempre que possível, mostrando um pouco do respetivo interior.
Por cada etapa, acrescento um ficheiro kmz cujo conteúdo pode ser visto através do software Google Earth Pro em computador (as aplicações móveis correspondentes não são tão adequadas para o efeito) e que contém o percurso efetuado na etapa (colorido de acordo com a orografia) e um subconjunto de fotografias georreferenciadas ao local onde foram feitas. Disponibilizo ainda (ver acima) ficheiros para download com o gráfico de altimetria assim como todo o percurso previsto e todo o percurso efetuado para utilização em dispositivos de GPS ou relacionados.
Termino esta introdução com uma frase que tenho já usado em caminhos anteriores: "Espero que gostem e... quem sabe... que se tentem a fazê-lo um dia, se é que não o fizeram já!"
A. Augusto de Sousa
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