Não tínhamos ainda tentado um caminho assim... pelas belezas paisagísticas que nos oferece, pela quase total ruralidade que ainda apresenta... mas também pelas enormes dificuldades que esconde.
Sabíamos que seria difícil... que os números acumulados nas subidas e descidas se mediria por valores nunca antes experimentados por nós. Sabíamos que, se o Sol resolvesse aparecer com força, teria efeitos extremos devido aos elevados valores de altitude pelos quais passaríamos...
Mas não medimos talvez as reais consequências... para "as nossas pernas", 4 dias seria muito pouco, impraticável, mesmo! Atalhámos em automóvel... mas terminámos em Santiago, a pedalar!
Tivémos muita sorte... apesar de algumas neblinas e ameaças de pluviosidade ligeira, nunca a visibilidade foi ameaçada, pelo contrário. Dos pontos mais elevados, a paisagem foi sempre limpa e extremamente bela. A neblina presenteou-nos com efeitos magníficos sobre o cenário constituído pelas serras longínquas.
Em menos de 200Km, fiz mais de 1600 fotografias. Não são saídas de mãos profissionais nem feitas em condições ideais... a grande maioria foi feita do alto da bicicleta sem sequer parar... Mas são um pequeno contributo para a documentação de um Caminho que merece e não pára de me surpreender.
A reportagem fotográfica divide-se em 4 partes, uma por dia, iniciando-se na manhã de dia 19 e terminando na tarde de dia 22 de agosto, com a inevitável chegada à cidade de Santiago de Compostela.
Uma palavra de agradecimento é mais uma vez devida ao meu colega e grande amigo AC que, apesar de tudo, ainda me consegue aturar nestas atividades! Um abraço, AC!
Espero que gostem e, como costumo dizer, talvez se sintam impelidos a fazer também o vosso próprio Caminho a Santiago!