Nesse momento, importa considerar o processo que já se iniciou, na própria escola, em casa, nas relações com o meio e com o outro.
Sobre seus interesses
1- O que atrai sua atenção ou lhe desperta interesse de forma geral?
2- O que o motiva para a aprendizagem?
Que características do aprendiz podem te dar pistas de como ele se beneficiará de suas propostas e intervenções?
Sobre seus saberes e habilidades
3- Que habilidades possui?
4- O que já sabe sobre os Componentes Curriculares do ano em que está?
5- Caso a questão anterior não se aplique, quais são as aprendizagens já consolidadas durante seu percurso escolar?
Sobre suas peculiaridades
6- Aspectos a serem observados: Autonomia/ Cognição/ Comunicação/ Linguagem/ Interação Social/ Emocional/ Motor/ Psicomotor/ Outros (especifique). Observando esses aspectos, considere:
a) Quais necessitam de mais investimento?
b) Quais representam habilidades e podem contribuir com você, ao pensar em estratégias a serem oferecidas?
7- Há necessidade de um tempo maior para que realize as propostas oferecidas? Por quê?
8- Consegue realizar as propostas oferecidas sem a intervenção de um adulto?
9- Se beneficia de propostas realizadas em grupo ou dupla, de forma que receba apoio de um colega?
10- O que é necessário considerar para que suas propostas e intervenções sejam adequadas às necessidades desse aprendiz?
Conhecer o aprendiz: a partir das perguntas direcionadas ao professor, consideram-se os seguintes aspectos: interesses, saberes, habilidades, necessidades e características peculiares do aluno. Através desse eixo, pretende-se que o docente possa buscar informações sobre as especificidades do aprendiz, de forma que considere também seu percurso.
Segundo Meyer, Rose e Gordon (2014), os estudantes não aprendem todos da mesma forma e nem dentro do mesmo espaço de tempo; no mais, cada indivíduo significa suas experiências de uma forma, pois, além de estarem em estágios diferentes de desenvolvimento, diferem também em suas habilidades, competências, interesses, na forma como se envolvem com determinadas experiências, na forma como compreendem informações que lhes são apresentadas e na forma como expressam o que sabem.
Portanto, para que o docente possa pensar estratégias, propostas e intervenções para o educando, precisa, indispensavelmente, considerar suas vivências, suas preferências, seu contexto, daí a importância de conhecê-lo.
Com base nesse contexto, pressupõe-se que: “Ascender a centelha do aprendizado e manter o fogo do entusiasmo aceso é indiscutivelmente a coisa mais importante que os educadores podem fazer para capacitar seus alunos” (MEYER; ROSE; GORDON, 2014, p. 53, tradução nossa).
Dessa maneira, os princípios do DUA podem auxiliar o professor em sua prática, pois indicam a importância de pensar a diversidade, o que pressupõe respeitar a singularidade de cada estudante, à medida que se ampliam as possibilidades de oferta dos conteúdos.