Justiça e Injustiça
SUMÁRIO: 1. Conceito de Justiça. 2. Virtudes Cardeais. 3. Elementos Integrantes da Justiça. 4. Conceito de Injustiça. 5. Caracterização da Injustiça. 6. Decálogo da Injustiça. 7. Lei NaturaL. 8. Direitos. 9. A Base da Justiça. 10. Lei de Justiça, Amor e Caridade. 11. Bibliografia Consultada. 12. Texto Sintético. 13. Questões. 14. Temas para Discussão.
1. CONCEITO DE JUSTIÇA
Sentido Restrito - justiça é a constante e perpétua vontade de conceder o direito a si próprio e aos outros, segundo a igualdade. É virtude subjetiva, portanto.
Sentido Moral - significa o respeito que há em cada um de dar a cada um o que é seu (1).
2. VIRTUDES CARDEAIS
A justiça é uma das quatro virtudes cardeais. É o domínio da justiça que permite o equilíbrio da temperança, da fortaleza e da própria prudência (1).
3. ELEMENTOS INTEGRANTE DA JUSTIÇA
- capacidade de fazer o bem;
- dar o que é devido aos outros;
- hábito de evitar o mal que possa vir a ser feito aos outros.
4. CONCEITO DE INJUSTIÇA
É a falta de justiça.
5. CARACTERIZAÇÃO DA INJUSTIÇA
Calúnia, suborno, falsificações etc.
6. DECÁLOGO DA INJUSTIÇA
01 - Não se preocupar com o problema social.
02 - Guardar para si o supérfluo.
03 - Não tomar conhecimento das causas dos males humanos.
04 - Ridicularizar os que se dedicam a esses problemas.
05 - Explorar a miséria e a necessidade alheias.
06 - Custar a pagar o que se deve ou nunca pagar.
07 - Guardar por muito tempo ou mesmo esquecer de devolver objetos emprestados.
08 - Por medo, timidez ou orgulho calar-se em vez de dizer a verdade.
09 - Atribuir às leis econômicas os males, devido à própria incúria ou ambição.
10 - Considerar como definitivos todos os privilégios; defendê-los, mesmo em detrimento da justiça (2).
7. LEI NATURAL
O sentimento de justiça é natural ou resulta de idéias adquiridas? É tão natural que nos revoltamos ante uma injustiça.
O progresso moral desenvolve a justiça, mas não a cria. Por isso, muitas vezes, entre os homens simples e primitivos encontramos noções mais exatas de justiça do que entre os de muito saber. Ver pergunta 873 de O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec.
8. DIREITOS
A Justiça consiste no respeito aos direitos de cada um. Esses direitos são determinados pela lei humana e pela lei natural. Como os homens fizeram leis apropriadas aos seus costumes e ao seu caráter, essas leis estabeleceram direitos que podem variar com o progresso (3).
9. A BASE DA JUSTIÇA
Fora do direito consagrado pela lei humana, qual a base da justiça fundada sobre a lei natural? O critério da verdadeira justiça é de fato o de se querer para os outros aquilo que se quer para si mesmo, e não de querer para si o que se deseja para os outros.
Como não é natural que se queira o próprio mal, se tomarmos o desejo pessoal por norma ou ponto de partida, podemos estar certos de jamais desejar para o próximo senão o bem. Ver pergunta 876 de O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec.
10. LEI DE JUSTIÇA, AMOR E CARIDADE
O Espiritismo mostra-nos que a lei de Justiça, Amor e Caridade é a mais importante dentre as leis naturais, porque resume todas as demais.
Empenhemo-nos, pois, na prática da justiça e do amor ao próximo.
11. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
(1) SANTOS, M. F. dos. Dicionário de Filosofia e Ciências Culturais.
(2) LONGHI, A. J. Livro dos Decálogos.
(3) KARDEC, A. O Livro dos Espíritos.
São Paulo, dezembro de 1996.
12. TEXTO SINTÉTICO
Justiça é a constante e perpétua vontade de conceder o direito a si próprio e aos outros, segundo a igualdade. é virtude subjetiva, portanto. No sentido moral, significa o respeito que há em cada um de dar a cada um o que é seu. Injustiça é a falta de justiça.
A justiça é uma das quatro virtudes cardeais. É ela que permite o equilíbrio da temperança, da fortaleza e da própria prudência. A capacidade de fazer o bem, o hábito de evitar o mal e de dar o que é devido aos outros são os seus elementos integrantes. Tem, ainda, como implicações coadjuvantes o respeito à igualdade, a veracidade, a gratidão e a equidade.
A injustiça caracteriza-se pela calúnia, pelo suborno e pelas falsificações. Mais especificamente: por não nos preocuparmos com o problema social; guardarmos para nós o supérfluo; explorarmos a miséria alheia; esquecermo-nos de devolver objetos emprestados; calarmo-nos, quando deveríamos dizer a verdade; atribuirmos às leis econômicas os males devidos à nossa própria incúria.
Allan Kardec, em O Livro dos Espíritos, mostra-nos que o sentimento de justiça é natural e não resulta de idéias adquiridas. Por isso, muitas vezes, entre os homens simples e primitivos encontramos noções mais exatas de justiça do que entre os de muito saber. Além disso, como misturam-se paixões ao julgamento, acabamos alterando esse sentimento e fazendo as coisas serem vistas sob um falso ponto de vista.
O direito consagrado pela lei humana assegura parte da justiça. No que concerne à lei natural, a base da justiça está assentada na lei áurea deixada por Jesus: "Querer para os outros aquilo que se quer para si mesmo e não querer para si o que se deseja para os outros". Explica-se: como não desejamos o mal para nós mesmos, deduz-se que devemos desejar somente o bem para o próximo.
Respeitemos o direito dos outros. Se cada um agir dessa forma, em mais tempo ou em menos tempo, assistiremos à implantação da verdadeira fraternidade universal.
13. QUESTÕES
1) Qual o conceito de justiça?
2) O que caracteriza a injustiça?
3) O que são as virtudes cardeais? Por que essa denominação?
4) Qual a base em que se estriba a justiça?
5) Quais são os itens do decálogo da injustiça?
14. TEMAS PARA DEBATE
1) O sentimento de injustiça é natural ou resulta de idéias adquiridas?
2) Dentre as leis naturais, qual a mais importante? Por que?
3) Justiça humana e justiça divina.
4) Justiça, injustiça e Espiritismo