AS ATIVIDADES DE HISTÓRIA DA SEMANA ESTÃO POSTADAS NO GOGLE SALA DE AULA.
Aula de história – n.21 - 28/9/2020 – Sextos anos – A importância da água na história humana.
Na aula passada aprendemos um pouco mais sobre o que a domesticação de plantas (agricultura) e a domesticação de animais representaram em termos de mudanças no modo de vida dos Sapiens.
Mas um componente vital para a vida e a reprodução das espécies no Planeta Terra é a água. Aliás, nosso planeta deveria ser chamado de “Água”, pois cerca de 2/3 de sua superfície é formada pelos oceanos! Sem água por perto não seria possível aos Sapiens, de 10.000 anos atrás, a agricultura e o pastoreio dos animais.
Hoje em dia os humanos podem fabricar qualquer coisa, exceto água. Ela só pode ser reciclada e reaproveitada. Não produzida. Não fabricada.
A sua atividade é lembrar e pesquisar sobre todos os usos possíveis da água pelos humanos na atualidade.
Aula de história – n.21 - 28/9/2020 – Sétimos anos – Os povos pré-colombianos.
O Continente americano foi o último a ser ocupado pelos humanos. As datas variam entre 12 mil e 50 mil anos atrás. Pré-colombianos são chamados os povos que já habitavam a América antes da invasão europeia, que começou oficialmente em 1492, com o navegador Cristóvão Colombo, a serviço dos reis de Espanha.
Em todo o Continente americano os europeus, sejam espanhóis, franceses ou ingleses, encontraram uma diversidade de povos e culturas surpreendentes. Desde pequenos grupos nômades de caçadores e coletores de alimentos até dois grandes reinos: o Mexica (ou Asteca) na região atual do México, e o Inca nos atuais países Peru, Bolívia, Chile e Equador.
Lembre-se que devemos também pensar na perspectiva destes povos pré-colombianos, que presenciaram a chegada e tiveram contato com outros povos (europeus) desconhecidos.
Na região que hoje são os Estados Unidos, habitavam diferentes povos nômades que praticavam agricultura, a caça e a coleta de alimentos. Muitos povos viviam da caça do búfalo, deslocando-se constantemente atrás dos grandes rebanhos selvagens que habitavam as planícies. Do animal aproveitavam a carne, couro e ossos.
Os europeus assombraram-se com os grandes reinos governados por soberanos (reis), onde viviam povos diferentes, seja no campo ou em grandes cidades. Reinos que se formaram a partir de várias culturas diferentes. Povos que praticavam a agricultura (milho, batata, amendoim e abóbora, entre outros), o comércio. Produziam objetos de cerâmica e tecidos. Dominavam técnicas de fabricação e o uso de metais.
Povos que construíram cidades dentro de um lago, como a capital dos mexicas, Tenochtitlan, ou nas alturas da Cordilheira dos Andes, Cuzco, a capital como os incas. Reinos governados por um rei, com exércitos organizados para se defender, atacar os inimigos e expandir seus domínios. Desenvolveram conhecimentos matemáticos aplicados às grandes construções e à astronomia, na elaboração de sofisticados calendários.
Estes reinos pré-colombianos eram extremamente hierarquizados, com o rei sendo a autoridade máxima, seguido pelos sacerdotes (chefes religiosos), chefes militares, guerreiros e camponeses que cultivavam a terra (a maioria).
Por fim, outra característica das sociedades pré-colombianas é o politeísmo. Vários deuses ligados ao ciclo da vida eram cultuados em cerimônias que incluíam procissões e sacrifícios de humanos e animais. Para isto construíram cidades devotadas ao culto de seus deuses. Os incas também possuíam o costume de mumificar seus corpos.
Os mexicas viviam, originalmente, no norte do atual México. Imigraram para o centro deste território e foram submetendo vários povos e, em 1325, se estabeleceram no meio do planalto mexicano onde construíram sua capital, Tenochtitlan, no centro de um lago. Esta cidade se tornou o centro do grande império e impressionou aos espanhóis pela arquitetura, dentro de um lago, ligada por pontes e com suas ruas largas e limpas.
O povo mexica se organizava como um verdadeiro império e cobrava tributos dos povos subjugados. Plantava amendoim, milho, tomate, cacau (para fazer chocolate), feijão, abóbora, pimenta, melão, abacate e comercializavam com os povos vizinhos.
Os mexicas também aproveitavam as guerras para capturar bravos guerreiros e assim oferecê-los aos deuses em sacrifícios e rituais religiosos.
O reino Inca, resultado de vários povos e culturas, se organizou na região onde está o atual Peru, Equador, parte do Chile e do Equador, em algum momento do século13. Submeteu vários povos e estabeleceu uma rede de impostos e contribuições de trabalho que atingia todo império. Registravam a cobrança de tributos e acontecimentos num sistema denominado quipo. Este consistia em uma série de fios coloridos onde eram feitos nós de 1 até 9. Também construíram uma rede de estradas para facilitar as comunicações e os transportes na região dominada.
Plantavam milho, batata e coca. Domesticaram animais como a lhama da qual obtinha lã, leite, carne, além de ajudar na carga de mercadorias.
Em 1521 o espanhol Hernan Cortez e seus homens atacaram, saquearam e destruíram a capital dos mexicas. Pouco tempo depois, em 1533, seria outro espanhol, Francisco Pizarro, a fazer o mesmo com seus homens na capital do reino Inca, Cuzco. Ambos a serviço do rei de Espanha. As coisas estavam mudando...
Questão.
Escreva algumas características dos dois grandes reinos pré-colombianos, Mexica e Inca, invadidos pelos espanhóis no começo do século 16.
Aula de história – n.21 - 28/9/2020 – Oitavos anos – A Revolução Industrial.
Na aula passada você aprendeu um pouco mais sobre as grandes transformações na história que a Revolução Industrial trouxe (e continua trazendo) para o modo de produção capitalista e para as sociedades capitalistas. A Ciência não só tomou a centralidade no Capitalismo Indsutrial, mas também na vida humana.
Revolução Industrial é a “Revolução das máquinas”. Desde o século 18 as máquinas começaram a fazer parte do cotidiano de muitas pessoas.
A sua atividade é dar-se conta do quanto as máquinas fazem parte da sua vida. Lembrar e anotar todas as máquinas que você e sua família fazem uso .
Aula de história – n.21 - 28/9/2020 – Nono ano – Conflitos e revoltas na República Velha (1889-1930): a Guerra do Contestado.
A Guerra do Contestado (1912 – 1916) teve lugar na Região Sul do Brasil, entre as fronteiras do Paraná e Santa Catarina. Foi mais um episódio violento na então jovem República brasileira. Como em Canudos (aula anterior), o elemento religioso, a crença cristã milenarista do fim dos tempos também fez sua aparição no Contestado.
A empresa Brazil Railway Company, que pertencia ao empresário norte-americano Percival Farquhar, ganhou o direito de construir a estrada de ferro entre São Paulo e Rio Grande do Sul. Além de construir e explorar a ferrovia, a empresa ganhou o direito de explorar a madeira de toda a região próxima a ferrovia e também promover a venda de lotes para colonos, com a empresa Brazil Lumber & Colonization. Um grande negócio. Para os americanos!
No caminho traçado da ferrovia, entre os Estados do Paraná Santa Catarina, havia uma região ainda não definida em suas divisas estaduais. Era uma região reclamada pelos dois Estados. Por isso o nome da região: contestado. Nesta já habitavam, por várias gerações, os chamados de caboclos. Mestiços de branco, de índios e negros, como pequenos agricultores, vivendo do cultivo da erva mate e da agricultura. Ou de pequenos fazendeiros que viviam da extração da erva mate e madeira.
O impacto sobre as populações da região foi terrível. Muitos trabalhadores foram trazidos de fora para a construção da ferrovia e a derrubada das árvores para a Lumber. Os americanos tinham sua milícia privada, composta por jagunços ou capangas, que agiam na região para segurança dos negócios e também expulsar os caboclos e pequenos proprietários das terras.
Interesses do Estado brasileiro e da empresa americana se chocaram com a realidade local. O contexto explosivo aliou-se o messianismo e o milenarismo do Monge José Maria (sobre messianismo, milenarismo e sebastianismo, ver aula anterior). José Maria de Santo Agostinho, um monge peregrino que se instalou na região em 1912, foi saudado como a ressurreição de João Maria, outro monge que ali viveu e faleceu em 1908.
Assim como seu antecessor, José Maria se destacou pelo dom da cura e dos milagres. Trazia a palavra cristã e a crença no fim dos tempos, na salvação daqueles escolhidos. Habitava com virgens que tinham visões e falavam com Deus.
Comunidades e grupos de lideranças armadas se organizaram em torno monge. Estavam se preparando para o que chamavam guerra santa. A República era associada a todos os problemas locais. Realmente o mundo dos caboclos e pequenos fazendeiros estava acabando! José Maria estava ali para guiá-los na guerra santa e na chegada de um mundo melhor!
A mobilização em torno de José Maria não agradava as lideranças cristãs, aos grandes fazendeiros locais, ao Estado brasileiro e tampouco aos americanos! O monge José Maria foi considerado inimigo da República e a guerra se instalou na região.
Além da milícia armada das empresas americanas, o Estado brasileiro, nos 46 meses de conflito, não mediu esforços na mobilização de tropas e armamentos, com de 90 mil homens e uma pesada artilharia. Inclusive aviões foram usados pela primeira vez em operações militares no Brasil.
Aos revoltosos restava a tática de guerrilha, com vários grupos armados em constante movimento no território. Eram chamados jocosamente de pelados, pois como modo de se distinguirem enquanto grupo, raspavam suas cabeças. Por causa disto a guerra também ficou conhecida na época por Guerra dos pelados. Inclusive há o filme de Sylvio Back, de 1970, chamado Guerra dos pelados.
Em Agosto de 1916 os grupos revoltosos e suas comunidades já estavam dizimados. Os números de mortos variam entre 10 mil e 15 mil mortos.
A memória do Contestado ainda está bem viva na região. Como diz o ditado: quem bate esquece e quem apanha não! A jovem República brasileira deu mais exemplo àqueles que ousaram contestar seu poder.
Questão:
1. Segundo o texto, o que teria motivado o conflito do Contestado?
Aula de história – n.20 - 21/9/2020 – Sextos anos – A Revolução Agrícola e a domesticação de animais.
Na aula anterior você aprendeu sobre a Revolução Cognitiva, a Revolução da forma de pensar dos Sapiens. Hoje vamos ver outra grande mudança no modo de viver humano.
Durante 2,5 milhões de anos, os humanos se alimentaram coletando plantas e frutos e caçando animais. Tudo isto começo a mudar a cerca de 10 mil anos, quando os Sapiens começaram a dedicar quase todo seu tempo e esforço a manipular a vida de algumas espécies de plantas e animais. Atualmente, 90% das calorias que alimentam a humanidade vêm de plantas domesticadas por nossos ancestrais entre 9.500 e 3.500 anos atrás: batata, milho, arroz, trigo, painço e cevada. Produzir o próprio alimento é uma das diferenças entre os Homo e os demais animais.
A agricultura surgiu em diferentes regiões e épocas na história humana, de forma independente, isto é, sem nenhuma relação entre as diferentes regiões e experiências de cultivo.
Não sabemos se a agricultura tornou a vida mais fácil e mais feliz para os Homo, mas a Revolução Agrícola certamente aumentou o total de alimentos disponíveis a humanidade, o que não significou uma dieta variável de alimentos e mais tempo livre, como no modo de vida dos caçadores coletores. Lembre-se que os humanos são onívoros, sua alimentação sempre foi a mais variada possível. Um agricultor tinha que dedicar muito mais tempo a produção de alimentos. Escolher e preparar a terra, plantar, colher, armazenar, preparar os alimentos para o consumo. Assim mesmo sempre era ameaçado pela fome, devido às secas, pragas e animais que assolavam as plantações.
A Revolução Agrícola permitiu uma mudança considerável no modo de vida humano: o sedentarismo. Ou seja, a possibilidade de grupos humanos subsistirem e viverem em um local fixo. Viver fixo significou a formação de aldeias, tribos, vilarejos e cidades. Também permitiu o aumento populacional dos Sapiens no planeta.
Junto à domesticação de plantas (agricultura) ocorreu a domesticação de animais. Acostumar os animais a presença humana e entender e manipular seu comportamento (pastoreio) facilitou o consumo da carne e o uso do couro, da lã, dos chifres e cascos dos animais para a fabricação de diferentes objetos de uso. Os animais também poderiam ser usados como energia para puxar, carregar e transportar. Domesticar os cães, por exemplo, trouxe aos humanos a segurança da vigília e dos latidos e a companhia na caça. A prática da agricultura não acabou imediatamente com a prática da caça e da coleta de alimentos.
Mas a maior proximidade com animais também deixou os humanos expostos a doenças transmitidas por estes animais. Lembre-se que a atual pandemia de Covid-19 tem origem do contato e consumo humano de um determinado tipo de animal (o pangolin). Animais transmitem doenças aos humanos. Até o seu pet pode causar danos a sua saúde se não houver cuidados, principalmente se você ficar exposto às fezes e parasitas (pulgas, carrapatos) destes animais.
Enfim, plantar comida, criar animais, viver em locais fixos e aumentar a população, transformou muito a história dos Sapiens nestes últimos 10.000 anos. Você não acha?
Questão.
1. Que mudanças a Revolução Agrícola e a domesticação de animais trouxe à vida dos Sapiens?
Aula de história – n.20 - 21/9/2020 – Sétimos anos – Os povos indígenas atuais no Brasil.
Segundo o Censo do IBGE de 2010, cerca de 900.000 pessoas se declararam “índios” no Brasil. Representam apenas 0.50% da população total do país. Elas vivem em quase todos os cantos do território brasileiro. Mas cerca de 70% vive nas regiões Norte e Nordeste. Na região Sul é apenas 9%.
Esta parte da população brasileira reconhecida como índio, na realidade é formada por vários e diferentes povos indígenas. Cada etnia (povo ou grupo) tem seu próprio nome. Estão separados em 305 etnias e falam 150 línguas diferentes.
Aproximadamente 517 mil vivem em terras (reservas) indígenas e outros 380 mil vivem fora de terras indígenas. Vivendo em áreas rurais são 63,8% e em áreas urbanas são 36,2%. Cerca de 50% destas pessoas só falam a língua portuguesa e 16% só falam as línguas de suas etnias.
Nenhuma das quinze maiores etnias indígenas do Brasil tem mais de 50 mil habitantes. Os números variam de 12 a 46 mil pessoas.
O termo índio foi dado aos habitantes nativos do Continente Americano pela cultura do europeu invasor. Estas comunidades indígenas são descendentes diretos dos primeiros povos que começaram a habitar o continente americano há 12, 15 ou 20 mil anos atrás, não sabemos ainda exatamente quando. Mas tiveram sua história e sua existência física e cultural transformada e seriamente ameaçada desde que os europeus, principalmente espanhóis e portugueses, a partir de 1492, começaram a invasão/ocupação do continente em busca de riquezas e domínios.
Hoje a situação destes povos é bastante diversa. Para termos uma ideia, ainda há grupos indígenas que vivem em situação de isolamento, principalmente na grande região da floresta amazônica. Não se sabe muito bem quantas comunidades ainda vivem isoladas.
Atualmente uma das principais lutas dos povos indígenas está ligada ao reconhecimento e a demarcação das terras em que vivem ou reivindicam para viver. Suas terras são cobiçadas e invadidas por fazendeiros, companhias de extração de madeira e garimpeiros de ouro. O Estado brasileiro se mostra por vezes omisso e ineficaz em defender os direitos indígenas. A situação acaba gerando sérios e violentos conflitos pela terra.
Há uma luta também pelo reconhecimento de suas etnias e culturas. Por séculos os índios foram vistos pelo olhar preconceituoso da sociedade branca como inferiores, perigosos, vadios, dissimulados, não capazes e por vezes inocentes. Nas escolas e nos livros escolares, a história indígena geralmente é quase invisível, negando-se e omitindo todo o conhecimento e a importância destes povos na formação cultural do que hoje é o Brasil. Os livros de história costumavam mostrar um índio dócil e submisso que se deixou dominar e se adaptou a cultura do europeu para sobreviver. E também mostrava do outro lado, o índio bravo, inimigo, que não se deixou dominar e por isto foi exterminado. Para o “bem do Brasil e da colonização europeia”.
Hoje os estudos históricos mostram outro índio: um índio que foi escravizado, usado em todo tipo de trabalho e também usado como mão de obra militar. O índio foi essencial para os europeus no reconhecimento das regiões, das plantas usadas para a cura de doenças, das plantas e alimentos comestíveis e venenosos. As mulheres índias são as que deram luz a boa parte da população brasileira. Ou seja, ouve uma grande exploração e violência contra estes povos, mas também uma grande troca e contribuição cultural com o europeu, que foi essencial para o seu projeto de colonização na América.
Pelo reconhecimento da cidadania, estes povos também procuram assegurar direitos básicos como saúde e educação. A educação indígena, em escolas indígenas, com ênfase em sua cultura e língua, tem sido uma das maneiras destes povos para garantir sua existência cultural. Mas isto não significa um isolamento cultural. Pelo contrário. O desejo é de troca, de ter acesso ao conhecimento e a tecnologia do homem branco. Hoje cada vez mais há jovens indígenas frequentando nossas universidades sem por isso deixarem de serem índios. Pra eles, índio não deve viver só no mato caçando e pescando. E isto não os torna menos índios!
A violência dos conflitos pela terra, a falta de assistência à saúde, o alcoolismo e o suicídio são sérias ameaças para a existência física destes povos. Mesmo assim os números do Censo de 2010 mostram que, dos 900 mil índios, 45% tem entre zero e 14 anos. Ou seja, uma população jovem e que continua se reproduzindo.
Usando novas tecnologias de comunicação, os diferentes povos indígenas conseguem se unir em torno de seus direitos e de se tornarem visíveis. Se você tem interesse e pode acessar, há o canal do Youtube Vídeo nas aldeias, produzido e realizado por diferentes povos indígenas do Brasil. (https://www.youtube.com/user/VideoNasAldeias).
Questão.
1. Cite algumas das características dos povos indígenas no Brasil atual segundo o texto acima?
Aula de história – n.20 - 21/9/2020 – Oitavos anos – Revolução Industrial.
Uma grande transformação histórica se iniciou na Inglaterra no final do século 18: a revolução industrial. A revolução industrial impulsionou a economia capitalista para uma “era industrial”.
A revolução industrial uniu conhecimento científico à produção econômica. Introduziu as máquinas e o conhecimento científico no sistema produtivo de fabricação artesanal e manufatureiro de mercadorias. As mercadorias começaram a ser produzidas não só em grandes quantidades, mas também em menor tempo e com menor custo de produção.
Esta “explosão produtiva” de mercadorias tomou impulso com as ideias liberais sobre o funcionamento da economia, baseadas nas ideias de “progresso” e “crescimento econômico”. Onde o “desejo humano egoísta de aumentar o lucro é a base da felicidade”. Pois o lucro reinvestido trás aumento de produção e o crescimento de empregos. A isto chamamos de “crescimento econômico”. Nessa economia que podemos chamar de capitalista, “a felicidade das pessoas estaria ligada a liberdade e a capacidade de cada vez mais produzir e cada vez mais consumir as mercadorias”. A “felicidade de ganhar dinheiro e de satisfazer suas necessidades de consumo”. O consumo se torna o “motor de impulsão” da economia capitalista.
O lucro antes condenado pela Igreja Católica tornou-se o fundamento da economia capitalista. O Jus naturalismo do século 18 definiu o ser humano como possuidor de direitos naturais, como o direito de propriedade, liberdade e igualdade. Novos valores sociais e individuais, como a concorrência, o consumismo e o individualismo estabeleceram novas formas de relações sociais. Enfim, tudo em nome do progresso e do desenvolvimento econômico.
Mas a revolução industrial também foi uma “explosão de energia”. No sistema de artesanato e de manufatura, anterior a revolução industrial, a principal energia usada para fabricar coisas era a energia humana. O motor movido a vapor gerado pela queima de carvão mineral foi inventado na Inglaterra em 1698. Em 1700 foi usado na mineração como forma de bombear, de retirar as águas de dentro das minas subterrâneas de metais. Mais tarde foi adaptado às máquinas de teares das indústrias de tecidos. Após o uso nas bombas e teares, foi adaptado nos meios de transporte, em ferrovias e navios. Pronto! A energia do motor movido a vapor revolucionou, transformou profundamente a forma de fabricar, transportar mercadorias e matérias primas, na forma de transportar de pessoas, além das comunicações. E mais! A velocidade é a marca profunda destas transformações. Tudo começou a ficar mais rápido, mais veloz. A produção, o consumo, os transportes e as comunicações. E a velocidade é o “progresso”, é o “crescimento econômico”. As ferrovias se tornaram um dos símbolos do “progresso”.
Associada também a revolução industrial está a “explosão urbana”. O crescimento urbano. O crescimento das cidades. E o crescimento populacional urbano foi veloz! Como a revolução industrial também foi estendida ao campo, braços humanos foram trocados por máquinas na produção agrícola. Isto liberou uma grande quantidade de energia humana para morar, trabalhar e principalmente, consumir nos centros urbanos. A crescente produção agrícola mecanizada garantiria a produção de alimentos para as cidades.
A revolução industrial não terminou. Estamos atualmente em pleno processo de transformação da economia capitalista mundial. Para alguns pensadores, o desenvolvimento científico proporcionado pela revolução digital da internet, está trazendo mudanças para o modo de pensar, viver e trabalhar humanos. A economia capitalista também enfrenta sérios obstáculos e contradições em seu ideal de desenvolvimento e crescimento econômico, como o aumento do desemprego, da pobreza, da poluição e do esgotamento de recursos naturais do planeta.
Questões:
1.Segundo o texto, qual o conceito de economia capitalista?
2. O que deu maior impulso ao Capitalismo industrial?
3. Cite cinco (5) transformações nas sociedades promovidas pela economia capitalista industrial?
Aula de história – n.20 - 21/9/2020 – Nono ano – Conflitos e revoltas na República Velha (1889-1930): a Guerra de Canudos.
Nesta e na próxima aula vamos estudar dois grandes conflitos violentos ocorridos na República Velha: Canudos e Contestado. Ambos se caracterizaram pela extrema violência do Estado brasileiro contra sua população e pelo componente religioso que aparece nos conflitos. Vamos começar por Canudos.
A chamada Guerra de Canudos foi o confronto entre um movimento popular de fundo sócio-religioso e o Exército da República, ocorrido nos anos de 1896 a 1897, no Arraial de Canudos ou Belo Monte, como era conhecido pelos seus habitantes, no interior do estado da Bahia.
O episódio ocorreu no sertão (interior) da Bahia, marcado na época pela seca, fome, desemprego, desamparo, migrações, dificuldade de acesso à terra e a política de domínio do Coronelismo expresso no poder dos grandes fazendeiros da região (ver aula n.15).
A figura central deste conflito foi Antônio Vicente Mendes Maciel, popularmente conhecido como Antônio Conselheiro, nascido em Quixeramobim (CE) a 13 de março de 1830, de tradicional família que vivia nos sertões entre Quixeramobim e Boa Viagem. Fora comerciante, professor, “advogado prático” (sem diploma, conhecido também como rábula) nos sertões de Ipu e Sobral. Após ter sido abandonado pela esposa, passou a vagar pelos sertões numa andança de vinte e cinco anos, esmolando, pregando o catolicismo e “fim dos tempos”, reformando Igrejas e cemitérios, atraindo assim a atenção de muitas pessoas que passaram a acompanhá-lo em suas andanças pelos sertões.
Em 1893 Antônio Conselheiro se instalou na antiga fazenda Canudos, às margens do Rio Vaza Barris, tornando-se líder do Arraial do Belo Monte e atraindo milhares de pessoas que construíam e habitavam casas de taipa, de barro. O Arraial produzia o necessário para a subsistência de seus moradores e também para venda, compra e troca de bens necessários, mantendo relações comerciais com as cidades próximas e relações de cooperação com alguns fazendeiros locais.
Conselheiro se dizia um “enviado de Deus” para acabar com as diferenças sociais e os sofrimentos deste mundo: a seca, a fome, a miséria e a doença. Este fenômeno social e religioso é chamado de milenarismo ou sebastianismo. Refere-se a crença no “fim dos tempos” e a sobrevivência apenas dos “escolhidos por Deus”. Aqui no caso os que acompanhavam Antônio Conselheiro. Trata-se de uma crença medieval dentro do catolicismo europeu que atravessou o Atlântico e está presente em muitos episódios violentos na história brasileira e também de outros locais.
Aos poucos se construiu em torno de Antônio Conselheiro, e sobre os habitantes do Arraial do Belo Monte, a imagem (equivocada) de que todos eram “perigosos monarquistas” a serviço de potências estrangeiras, querendo restaurar a Monarquia que caiu em 1889. Nos passado, Conselheiro teria se manifestado em algumas ocasiões contra a República. A maioria dos jornais, a Igreja e os Coronéis da região incomodaram-se com aquela comunidade independente que atraia, recebia e acomodava migrantes pobres, pretos, mestiços, libertos do cativeiro ainda na memória recente, para aquele local que chegou a abrigar cerca de 25.000 pessoas. Era o que faltava para atrair a atenção do Rio Janeiro, capital da jovem República, que parecia estar sendo ameaçada por “um louco e seu bando de fanáticos religiosos monarquistas”.
Sabedor das ameaças à sua comunidade, Conselheiro junto aos seus homens de confiança mais próximos, organizou uma milícia armada (conhecido como jagunços) para proteger Belo Monte.
Quatro expedições militares foram mandadas para Canudos. A primeira formada por um pequeno grupo de soldados nem chegou perto de Canudos e foi dispersa pelos jagunços. A segunda e terceira expedições também foram derrotadas. Os episódios então atraíram a atenção das elites e da população do sudeste. O Jornal Estado de São Paulo enviou um jornalista ao local chamado Euclides da Cunha. Suas visão sobre o conflito estão relatadas no triste, porém maravilhoso no seu livro chamado Os sertões, publicado em 1902.
Então a República reuniu todos seus esforços em homens e armas para a quarta expedição contra Canudos. Homens recrutados em todo Brasil foram transportados até Salvador. De lá, de trem, até uma cidade próxima de Canudos. Armados de canhões e metralhadoras, as chamadas matadeiras. O Arraial do Bom Jesus foi então bombardeado e metralhado por meses. Apesar da grande resistência, os jagunços e a população armada do arraial de Conselheiro sucumbiram ao poderio e a ferocidade das tropas do Estado brasileiro. O massacre culminou com a morte de milhares de sertanejos. Não sabemos ao certo. As estimativas de 6 a 20 mil mortos. Casas foram destruídas e queimadas, inclusive a Igreja do local que foi bombardeada. O pouco que sobrou de mulheres e crianças foi enviado para Recife e Salvador. A cabeça de Antonio Conselheiro foi cortada e enviada à Faculdade de Medicina da Bahia, para o médico Raimundo Nina Rodrigues, que na época estudava as mentes criminosas.
O que sobrou de Canudos foi a memória, que ainda está bem viva no sertão nordestino. Mas a memória, assim como a história, sempre passa por momentos de lembranças ou esquecimentos. Nos anos de 1970, a ditadura militar brasileira mandou construir uma barragem no local de Canudos. Uma maneira talvez de “afogar” a memória do massacre da jovem República do Brasil sobre sua população, num episódio de equívocos, incompreensões e brutalidade e demonstração de poder. Mas a memória de Canudos simbolicamente reavivou nos anos de 1990, quando uma forte seca atingiu a região, secou a barragem e expôs novamente o atual sítio histórico e Museu de Canudos. É isso que fiz neste texto. Desenterrei a memória histórica de Canudos para as novas gerações, meus alunos. Se você tiver interesse, além do livro de Euclides da Cunha, há um filme chamado Guerra de Canudos disponível no Youtube. (https://www.youtube.com/watch?v=34iCBr9r1CY&ab_channel=Jo%C3%A3oPauloSampaio).
Questão:
1. O que motivou a violenta reação do Estado brasileiro contra a população do Belo Monte?
Aula de história – n.19 - 14/9/2020 - Sextos anos – A revolução cognitiva humana.
Se o domínio da técnica de domínio sobre o fogo trouxe grandes transformações para as espécies humanas, uma mudança está relacionada apenas ao Homo Sapiens. Por Revolução Cognitiva você deve entender como sendo o surgimento de novas formas de pensar e se comunicar entre 70.000 a 30.000 anos atrás, ocorrida com a nossa espécie, os sapiens. Lembre-se que a contagem de tempo em relação à história humana é muito grande. Nas aulas de geografia, você aprendeu ou aprenderá o mesmo em relação à história de nosso planeta!
Mas o que havia de tão importante na linguagem dos Sapiens que permitiu a conquista do mundo? Não por ser linguagem e por ser vocal. Todos os animais tem a capacidade de se comunicarem entre si através de sons. Mas os sapiens produziram uma capacidade bem maior de produzir sons diferentes. O movimento de sua boca, das cordas vocais, da língua, dos músculos, da entrada e saída de ar, que produzem os sons, as palavras que saem da sua boca. Hoje já nascemos já com essa habilidade de produzir e organizar diferentes sons. Não vamos nem falar da música!
Antes de chegar à escola você teve de aprender os sons, as palavras, dentro do grupo social em que você nasceu. Você lembra quando chegou à escola e descobriram diferentes símbolos chamados letras? Depois descobriu (aprendeu) que os símbolos tinham sons diferentes? Aprendeu a combinar diferentes símbolos (letras) e assim produzir diferentes sons (palavras)? Então você se alfabetizou. Tornar-se alfabetizado foi a primeira grande revolução, transformação, conquista da sua vida, mesmo que você não pense nisto.
A linguagem humana é muito versátil, se adapta facilmente a novas situações. Podemos conectar uma série limitada de sons e sinais (alfabeto e números) para produzir um número infinito de frases, cada uma delas com um significado diferente. Podemos assim consumir, armazenar uma quantidade extraordinária de informação sobre o mundo a nossa volta.
A nossa linguagem evoluiu como um meio para compartilhar informações sobre o mundo. O Homo Sapiens (nós) é um animal social. A cooperação social foi e é essencial para a sobrevivência e a reprodução de nossa espécie.
“Lendas, mitos, deuses e religiões apareceram pela primeira vez com a Revolução Cognitiva. Antes disso, muitas espécies animais e humanos foram capazes de dizer: “Cuidado”! Um leão”. Graças a Revolução Cognitiva, o Homo Sapiens adquiriu a capacidade de dizer: “O leão é o espírito guardião de nossa tribo. Essa capacidade de falar sobre ficções é a característica mais singular da linguagem dos sapiens” (*).
Mas a ficção não permitiu a nós só imaginar coisas, mas também fazer isto coletivamente. Outros animais cooperam entre si, mas apenas dentro de seu pequeno grupo. Os sapiens podem cooperar de diversas maneiras e com um incontável número de estranhos. Os outros animais continuam vivendo como sempre viveram. Já os Sapiens dominaram o mundo! Ou seja, um grande número de pessoas estanha entre si podem cooperar desde que acreditem nas mesmas coisas, enquanto compartilham em uma realidade imaginada com palavras.
Por isso que o comportamento humano muda constantemente. Os outros animais tem seu comportamento baseado na evolução genética. Nós temos o comportamento baseado nas mudanças de linguagem e crenças.
(*) Harari, Yuval Noah. Sapiens - Uma breve história da humanidade. Porto Alegre, RS: L&PM, 2018. (pg.43).
Questão.
1. O que a Revolução Cognitiva possibilitou aos Sapiens?
Aula de história – n.19 - 14/9/2020 – Sétimos anos – Os povos pré-colombianos.
Região até então desconhecida (ao menos oficialmente) pelos europeus, a América passou a ser também chamada de “Novo Mundo”. Criado claramente através de um olhar eurocêntrico (europeu), este termo é o exemplo da prevalência dos valores e códigos europeus nas relações que se desenvolveram entre os invasores/colonizadores da Europa (“Velho Mundo”) e os povos nativos americanos. A própria Igreja Católica, interessada em conquistar fiéis e legitimar o poder dos Reis europeus, utilizou a catequese como uma eficiente estratégia de aculturação (adotar valores culturais de outro grupo social) e controle desses povos colonizados. Hoje sabemos que esta aculturação foi de ambos os lados. Claro que houve um predomínio da cultura europeia sobre as culturas nativas, mas sem os nativos americanos e seus conhecimentos, seria muito difícil a adaptação dos europeus em um local desconhecido. O que comer? Como curar?Como se deslocar pelo território? Foram vários os enfrentamentos dos invasores/colonizadores europeus na América.
Ainda que sob essa perspectiva eurocêntrica os povos ameríndios pudessem ser identificados como integrantes de um único grupo homogêneo - “o índio, o americano” -, na realidade apresentavam uma enorme diversidade cultural, além de possuírem níveis muito diferentes de desenvolvimento tecnológico e organização social. Para se ter compreensão dessa diversidade, estima-se que no início do século XVI(16) a população americana aproximava-se de 50 milhões de pessoas, as quais eram divididas em inúmeros povos que falavam cerca de 2500 idiomas diferentes.
O atual território brasileiro, por exemplo, era ocupado por povos nômades e seminômades, separados em quatro grandes grupos linguísticos: Caribe, Tupi, Guarani e Arawak. Dentro destes grandes grupos, haviam diferentes povos, divididos em diferentes tribos espalhados por um imenso território. Compartilhavam a mesma língua (com variações) e mitologias religiosas politeístas. Mas tinham suas características próprias.
Estes grupos humanos se sustentavam através da caça, da pesca, da coleta e de uma prática agrícola bastante simples. A base da alimentação era o cultivo da mandioca (macaxeira ou aipim). Produziam apenas para a subsistência do grupo. Não conheciam as técnicas de produzir metais. Não acumulavam riquezas e não produziam ou pilhavam mercadorias de outros povos para comercializar e obter lucro. Sendo assim, eram povos que viviam de forma bem diferente dos europeus, não acha?
Era o caso dos tupis-guaranis, um grande grupo linguístico, divididos em vários povos diferentes, que habitavam parte do litoral do que atualmente conhecemos como Brasil, quando o português Pedro Álvares Cabral e sua frota chegaram a terras hoje localizadas no litoral sul da Bahia, em 1500. Lembre-se que não existia o país que hoje habitamos e chamamos de Brasil. Então não repita a bobagem de que “o Brasil foi descoberto em 1500”.
A história do território que hoje é o Brasil não começou com a presença europeia. Esta história sim se transformou com a presença dos europeus. Nossa história inclui a história destes povos nativos da região. Você come aipim, feijão, abóbora, amendoim, milho? Toma mate? Bebe chás preparados pelos mais velhos para algum problema? Conhece o Rio Gravataí? Sabe quem foi o avô do seu avô?
Como pessoas, cultura e história, estes povos nativos (índios) estão como que “invisíveis” ra a nossa sociedade. Cabe aos estudos de história torná-los “visíveis”. Dar visibilidade a nossa herança cultural que vem destes povos. Eles estão por ai. No modo de comer, rezar, brincar, pensar, inclusive na nossa genética enquanto povo brasileiro. Continuamos o assunto na próxima aula.
Questão.
1. Como viviam os povos nativos que habitavam a região que hoje chamamos de Brasil?
Aula de história – n.19 - 14/9/2020 – Oitavos anos – Revolução industrial e Capitalismo.
Nosso assunto nas aulas tem sido esta “Era de revoluções” na história, impulsionada a partir do século 18. Revoluções que tiveram seu centro na Europa e de lá se dimensionaram e se expandiram no tempo e no espaço. Você deve pensar que todas estas revoluções fizeram e fazem parte de um todo. Não foram separadas uma das outras.
Neste momento vamos começar a entender outra Revolução na história humana: a Revolução Industrial e a formação do Capitalismo industrial.
Esta revolução mudou a forma do ser humano de viver, trabalhar, pensar e produzir sua existência e subsistência. Ela começou, mas não terminou. Não é algo do passado escondido num velho e empoeirado livro de história. É uma Revolução que faz parte do nosso modo de ser e viver atual, com seus benefícios, problemas e contradições.
A tarefa então é você se aproximar do assunto, pesquisando e escrevendo sobre os seguintes conceitos: CAPITALISMO, CIÊNCIA, ECONOMIA E URBANIZAÇÃO.
Aula de história – n.19 - 14/9/2020 – Nono ano – Conflitos e revoltas na República Velha (1889-1930).
Em aulas anteriores introduzimos o assunto da República brasileira em seu período conhecido como República Velha (1889-1930). Basicamente você pode ler sobre as características políticas deste período, marcado pela exclusão eleitoral da grande maioria dos possíveis eleitores e a manutenção do poder nas mãos de uma oligarquia rural.
Na República Velha os conflitos e as diferenças políticas muitas vezes eram resolvidos “na bala”. Demandas sociais eram vistas pela elite dirigente como “caso de polícia”. Ainda hoje há esta visão dos conflitos que marcam nossa sociedade atual. Nossa história nunca foi de “paz e harmonia”. Todas as sociedades são mais ou menos conflituosas.
Inúmeros conflitos e revoltas marcaram este período. Urbanos e rurais, de curta e longa duração, por diferentes motivos e circunstâncias. Todos marcados pela violência, principalmente do Estado brasileiro sobre diferentes setores da população.
Então a atividade é montar um quadro destas revoltas, pesquisando nome, local, data, grupos sociais envolvidos, causas e circunstâncias das revoltas e conflitos. Sua lista deve ter no mínimo cinco (5) revoltas e conflitos.
Aula de história – n.18 - 08/9/2020 – Sextos anos – Evolucionismo e espécies humanas.
Na aula anterior você pode ler que o Evolucionismo tenta esclarecer uma série de coisas em relação aos seres humanos, como a presença recente dos seres humanos na Terra quando comparada com outros seres vivos e a existência de diferentes espécies humanas num passado muito, muito distante.
As espécies que evoluíram de um mesmo ancestral são agrupadas em um gênero. Hoje vamos ver algumas características deste gênero chamada Homo (Homem). Os gêneros são agrupados em famílias. Nossa família é a dos grandes primatas (macacos).
Por volta de dois milhões e meio de anos atrás na África já existiam seres parecidos aos Homo Sapiens. Como sabemos disto? Pelos estudos de Paleontologia. Paleontologia é o estudo dos fósseis. Fóssil é qualquer resto ou vestígio de animais ou vegetais (seres vivos) de épocas muitos distantes que aparece conservado em depósitos sedimentares da crosta terrestre cuja formação foi contemporânea desses organismos vivos.
Os fósseis humanos mais antigos foram encontrados no lugar que hoje é o Continente africano. A África então é o berço da humanidade. De lá ela se espalhou para ocupar o planeta.
Os humanos surgiram na África Oriental há cerca de dois milhões e meio de anos, a partir de um Gênero anterior chamado Australopithecus. Que apesar do seu pequeno tamanho, já tinha as características que definiriam os Homo: o cérebro grande, maior do que de qualquer primata ou outro animal, e o andar bípede, ereto sobre duas pernas. Apenas nós temos estas características físicas no mundo animal.
Dos dois milhões de anos até dez mil anos atrás, o mundo foi habitado por várias espécies humanas ao mesmo tempo: Homo Habilis, Homo Erectus, Homo Neandertalis, entre outros. E por volta de duzentos mil anos atrás, o Homo Sapiens. A nossa espécie. Por que apenas a nossa espécie hoje em dia é única?Teria havido uma grande mistura de espécies no passado? Teria o Homo Sapiens exterminado as outras espécies? São muitas perguntas à espera de respostas da Ciência.
Estas diferentes espécies humanas viviam do modo de vida que chamamos de nômades caçadores e coletores de alimentos. Vivendo em pequenos grupos, se deslocavam constantemente em busca de alimentos. Talvez não seja o melhor modo de vida, mas é o principal e o mais duradouro modo de vida na história humana e que não causava impacto, transformações sobre a natureza. Diferente do modo de vida atual, que explora ao máximo os recursos da natureza e tem um impacto negativo sobre ela: a degradação da água, da terra e do ar.
Neste modo de vida, por milhares de anos os humanos caçavam, mas também poderiam ser caçados. As diferentes espécies humanas não conviveram com os chamados dinossauros. Estes desapareceram bem antes. Mas os humanos conviveram com a chamada mega fauna (grandes animais). As primeiras ferramentas fabricadas de pedra eram usadas para rasgar, cortar e amassar possivelmente os ossos em busca do tutano. Ossos que sobravam das carcaças que outros animais se alimentavam. Ou seja, os humanos não eram parte do topo da cadeia alimentar como é hoje. Somente por volta de quatrocentos mil anos que os humanos começaram a caçar animais de grande porte.
A primeira grande mudança no modo de vida dos nômades caçadores e coletores de alimentos foi a domesticação do fogo. Ou seja, aprender a fazer fogo e saber usá-lo. Por volta de trezentos mil anos o fogo já era usado diariamente. O fogo permitiu o cozimento dos alimentos, o aquecimento em regiões frias e afastar outros animais. Todos os animais tem medo do fogo. Inclusive nós! Ao domesticar o fogo os humanos perderam a sua insignificância e ganharam um poder incrível sobre os outros animais.
Questão.
1. Destaque do texto três(3) coisas que você achou importante para o conhecimento da evolução humana.
Aula de história – n.18 - 08/9/2020 – Sétimos anos – Grandes navegações: o que o oceano separava, acabou unindo.
Na aula anterior você aprendeu sobre a importância das grandes navegações oceânicas para a história de alguns países europeus. Elas deram início ao que hoje conhecemos como sistema capitalista. A relação econômica entre diferentes áreas do planeta a partir das ações dos países europeus que é chamada de Capitalismo comercial. Isto representou o começo do fim do mundo feudal na Europa.
As grandes embarcações uniram diferentes regiões do planeta a partir dos interesses europeus: metais preciosos, mercadorias valorizadas para o comércio, expansão territorial e difusão da fé cristã.
As grandes embarcações também deslocaram pessoas a diferentes lugares. Com as pessoas também iriam seus conhecimentos, sua cultura, seu modo de vida, suas crenças e também suas doenças.
As grandes embarcações também tornaram possível o maior deslocamento populacional da história: a formação de um tráfico de pessoas escravizadas do Atlântico dos séculos 16 aos 19.
Mas estas embarcações também alargaram o conhecimento da geografia europeia. Ásia e África eram conhecidas da geografia dos europeus, porém não sabiam das dimensões de tais áreas. Mas este conhecimento geográfico europeu do planeta seria completado com a descoberta de uma área até então desconhecida, que recebeu o nome de América ou Continente americano. O início se deu com a viagem de Cristóvão Colombo, a serviço dos reis de Espanha, que desembarcou em 1492 num local hoje conhecido como Haiti e República Dominicana. Uma grande ilha na região do Caribe. Mas levou muito tempo para os europeus saberem da extensão da região e denominá-la de América, não em homenagem a Colombo, mas a outro navegador chamado Américo Vespúcio. O resultado disto é a invenção do mundo moderno na geografia europeia. Você certamente já viu na escola o chamado mapa mundi ou planisfério, que é a projeção de Gerardo Mercator de 1569. Nesta projeção você observa que a Europa está no centro do mundo.
A América então completou o mapa do mundo a partir da perspectiva da geografia europeia. Essa mesma geografia começou a dar nomes aos locais descobertos por eles. Deram até um nome para as pessoas que encontraram na América: índios. Uma referência às índias, local a ser encontrado quando Colombo decidiu navegar para o Oeste.
Mas existiam pessoas na América antes do começo da invasão/ocupação europeia? Sim! Pelos estudos sabemos que a região foi a última a ser ocupada por levas humanas. Quando e como isto aconteceu é motivo de discussão. Temos datas de ocupação humana que variam de 15 mil a 50 mil anos atrás.
Denominar estas populações nativas da região de ”índios” dá uma falsa ideia de que eram todos iguais. Mas isto não é verdade. Estas populações que podemos chamar de pré-colombianas (antes da chagada de Colombo) eram caracterizadas pela diversidade. Diferentes tipos de organização social, modos de vida, culturas, línguas, crenças e conhecimentos.
No século 16 os europeus se depararam com uma diversidade de povos e culturas diferentes. Mas a visão europeia era de superioridade. Eles eram invasores/conquistadores. Não chagaram na região para fazer turismo ou estudar diferentes povos. Estavam ali atrás de alguma riqueza que pudessem levar para a Europa e satisfazer os investidores das viagens; o rei e os grandes comerciantes.
Atualmente são chamados de índios populações identificadas e ligadas com esse passado. Seja pelo modo de vida, pela língua falada e pela região que habitam. Enfim, pela ancestralidade e história do grupo. No Brasil cerca de 5% da população é identificada como indígena e separada em diferentes etnias (povos), vivendo em regiões afastadas, mas também em regiões urbanas. Mas se tomarmos o exemplo da Bolívia, cerca de 60% da sua população se declara indígena: Quechua ou Aimará. Em todos países da América há ainda grupos identificados como indígenas. Se você é curioso como eu, há um canal do Youtube que se chama “Vídeo nas aldeias”. São vídeos feitos por crianças e jovens, como você, de aldeias indígenas no Brasil.
Na próxima aula vamos procurar entender um pouco dos povos pré-colombianos.
Questão;
1. A partir da leitura do texto, procura explicar seu título: “(...) o que o oceano separava, acabou unindo”?
2. Por que usarmos o termo “índio” para populações pré-colombianas não é correto?
Aula de história – n.18 - 08/9/2020 – Oitavos anos – As guerras napoleônicas.
O processo revolucionário francês foi responsável pela disseminação de ideais que conquistaram toda a Europa do século XIX. Entretanto, o triunfo alcançado pelo movimento francês foi intensamente combatido pelas monarquias europeias que olhavam com temor aquele levante de caráter liberal. Com isso, é de fundamental importância que também concedamos destaque à importância das vitórias militares da França Revolucionária contra os seus inimigos.
Foi justamente a essa altura da revolução, ameaçada pela instabilidade da fase jacobinista, que o general Napoleão Bonaparte teve grande destaque e, pouco tempo depois, simbolizou o avanço das ideias de liberdade, igualdade e fraternidade. Inicialmente, Napoleão ganhou prestígio militar mediante suas bem-sucedidas vitórias ocorrida no Egito e na Península Itálica. De origem humilde, foi logo aclamado a condição de herói nacional.
Buscando uma figura política fiel e, ao mesmo tempo, prestigiada pelos populares, a alta burguesia logo se aliou à figura do ambicioso comandante. Já na reforma política que deu origem ao Consulado (1799), Napoleão Bonaparte tinha grandes funções políticas dentro da França. Passados apenas cinco anos, o líder militar alcançou o posto de imperador com a massiva aprovação da burguesia e os aplausos de uma população eufórica.
A partir desse momento, o chefe político-militar da França deu ênfase ao seu ambicioso projeto: transformar o país em uma grande potência econômica. Para tanto, iniciou um opulento conjunto de guerras que visava enfraquecer as monarquias contrárias a seu governo. A Terceira Coligação – formada por Inglaterra, Rússia e Áustria – tentou derrubar o governo de Napoleão. Inicialmente, os ingleses venceram os exércitos napoleônicos durante a Batalha Naval de Trafalgar.
No entanto, o habilidoso chefe de Estado respondeu os exércitos monarquistas com uma histórica vitória nas batalhas de Austerlitz e Ulm, onde abateu as forças russo-austríacas. O avanço de Napoleão em território germânico resultou na extinção do Sacro Império e a criação da Confederação do Reno, controlada pelo Estado francês. A conquista desse espaço rendeu importantes conquistas econômicas à França. Contudo, a hegemonia da força industrial britânica ainda era um grande obstáculo econômico.
Com isso, no ano de 1806, Napoleão Bonaparte instituiu o Bloqueio Continental, decreto que proibiu todas as nações europeias de estabelecerem comércio com a Inglaterra. Os países que comprassem manufaturas ou fornecessem matéria-prima aos britânicos estariam sujeitos à represália militar do poderoso exército francês. Nos dois anos seguintes, cumprindo as determinações do Bloqueio, as tropas francesas empreenderam a invasão da Espanha e de Portugal. Isto na sequência vai desencadear os processos de independência na América.
Entre 1806 e 1807, Napoleão derrotou a Quarta Coligação com as vitórias obtidas em Friedland, Iena e Eylau. A aparente indestrutibilidade do exército napoleônico acabou estabelecendo a aliança com os russos, após a assinatura do Tratado de Tilsit. Logo depois de dominar os países ibéricos, Napoleão ainda conseguiu abafar a reação militar austríaca com a vitória conseguida na Batalha de Wagram, ocorrida no dia 6 julho de 1809.
No ano seguinte, o poderio militar, político e econômico da França Napoleônica pareciam ser inabaláveis. Destituindo as tradições monárquicas em cada território conquistado, Napoleão se tornava um divulgador dos princípios liberais que norteavam sua forma de governo. Entretanto, o herói dos franceses tratava com autoritarismo as populações colocadas sob sua tutela. Em pouco tempo, a postura política do Império Francês motivou uma série de rebeliões nacionais pela Europa.
Gradualmente, as forças francesas deram seus primeiros sinais de instabilidade mediante as revoltas populares. Nesse mesmo período, ignorando a aliança firmada com os franceses, o czar russo Alexandre I abriu os portos de seu país para as embarcações inglesas. Inconformado com a traição da Rússia, Napoleão Bonaparte enviou uma tropa de 600 mil homens para consolidar a domínio sob o extenso território russo. No entanto, o rigoroso inverno russo e a tática de “terra arrasada” abalaram os exércitos franceses.
Sofrendo com o frio e com a fome, somente 30 mil soldados conseguiram retornar para a França. Nesse momento, percebendo a fraqueza militar de Napoleão, as monarquias europeias formaram a Sexta Coligação, composta por Inglaterra, Prússia, Rússia e Áustria. Em 1813, durante a Batalha de Leipzig – também conhecida como a Batalha das Nações – os exércitos monarquistas conseguiram impor mais uma grande derrota contra os franceses.
Completamente abatido, Napoleão Bonaparte foi obrigado a assinar o Tratado de Fontainbleau. Neste documento, o líder nacional francês abria mão de seu governo em troca de uma pensão de milhões de francos anuais e o exílio na pequena Ilha de Elba. Em seu lugar, o rei Luís XVIII, irmão do guilhotinado Luís XVI, restaurou a monarquia francesa sob a liderança da dinastia Bourbon. Entretanto, um novo golpe foi executado por grupos bonapartistas.
Com o apoio de cerca de 1200 soldados, Napoleão fugiu de seu exílio e retomou o controle do governo francês, em março de 1815. Voltando o poder, no chamado Governo de Cem Dias, Napoleão teve pouco tempo para organizar uma ofensiva militar contra os exércitos da Sétima Coligação. Na Batalha de Waterloo, sob a liderança das forças inglesas do duque Wellington, as forças napoleônicas foram definitivamente destruídas. Dessa vez, Napoleão foi exilado na ilha de Santa Helena, no meio do Atlântico Sul, onde morreu em 1821.
A derrota definitiva de Napoleão incitou as monarquias europeias a empreenderem uma reunião com o objetivo de reorganizar a Europa revirada pelo audacioso general francês. Durante o Congresso de Viena os territórios europeus foram reorganizados de acordo com as posteriores convenções monárquicos. Paralelamente, a França foi obrigada a pagar diversas indenizações pelos conflitos deflagrados ao longo desse período. Por fim, as monarquias criaram a Santa Aliança, um exército internacional de caráter antirrevolucionário.
(https://brasilescola.uol.com.br/guerras/guerras-napoleonicas.htm)
Questão.
1. O que foram as guerras napoleônicas?
Aula de história – n.18 - 08/9/2020 – Nono ano – Os impactos da Revolução Russa de 1917.
A Revolução Russa de 1917 operou uma grande transformação histórica para a Rússia. Foi um processo de grandes mudanças, mas também de extrema violência. As revoluções na história nunca foram pacíficas. A Revolução Russa de 1917 liberou uma violência contida nos diferentes setores da sociedade. A violência entre camponeses e nobres. A violência das populações urbanas contra o Czar e a policia. A violência das baixas patentes das forças armadas contra os oficiais. Então a Revolução foi um momento de liberação de toda essa violência. Neste processo, contamos os mortos em milhões. Era uma Revolução operária e camponesa em um pais ainda rural e de estrema desigualdade social, política e econômica.
A Revolução Russa apesar de instaurar um novo governo e uma nova sociedade baseada nos princípios do Socialismo e do Comunismo – a igualdade como fim, em um governo dos e para os trabalhadores do campo e da cidade – desembocou numa sociedade autoritária e violenta, sob a hegemonia do Partido Comunista, governada por um ditador de 1922 a 1953, chamado Josef Stalin. Censura prisões, torturas, espionagem, propaganda, exílio e assassinatos, eram mecanismos do Estado russo para salvar a revolução dos “inimigos internos”. Todo o processo de coletivização da terra e de industrialização da economia russa foi extremamente violento.
Mas externamente a Revolução Russa também causou um impacto em diferentes áreas do mundo. Foi sem dúvida a maior revolução social do século XX. Em sua propaganda revolucionária trazia os ideais de “igualdade e fim da exploração capitalista.” Ideias socialistas e comunistas faziam parte dos movimentos de organização operária na Europa desde a segunda metade do século 19. Essa propaganda vai se espalhar com a Revolução de 1917 e a consequente formação de partidos comunistas por várias regiões mundo. Essa associação entre movimentos operários e ideias comunistas traria muitos conflitos pelo mundo afora.
Durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) a Rússia comunista teve um papel de decisivo na derrota da Alemanha nazista. Saiu fortalecida da guerra, com influência sobre um grande território.
O pós Segunda Guerra desencadeou um processo de descolonização europeia e revoluções comunistas na Ásia e África. A de maior repercussão na Ásia foi a Revolução Comunista Chinesa e a ascensão ao poder do Partido Comunista Chinês em 1952.
Na América tivemos a revolução em Cuba no ano de 1959. Bem “debaixo do nariz” dos EUA! Não foi uma revolução comunista, mas seus líderes vitoriosos não tinham opção senão aliar-se ao bloco comunista.
Depois da guerra, inicia um período de confronto com o bloco capitalista (EUA e Europa), conhecido como o período de Guerra Fria (1945-1991). A Guerra Fria foi antes de tudo uma guerra de propaganda de dois blocos opostos: comunistas x capitalistas. Não foi uma guerra direta em os dois blocos. Mas um conflito de ideias, de propaganda e de influência sobre áreas do planeta. Apoiar governos, revoluções, vender armas e tecnologia, apoiar projetos. Enfim, expandir a influência, o poder sobre outras regiões.
Sob a Guerra Fria o mundo também viveu o pesadelo de uma guerra atômica de consequências catastróficas para a humanidade. EUA e Rússia eram (e ainda são) os maiores fabricantes e vendedores de armas no mundo. Inclusive armas atômicas.
Emblemática na Guerra Fria foi a guerra pelo espaço. A competição pela tecnologia espacial. Russos e americanos investiram muito para chegar ao espaço. Os russos colocaram o primeiro homem no espaço, Iuri Gagarin, em 12 de Abril de 1961. Atualmente os EUA são os que mais investem muito na tecnologia espacial.
No ano de 1991 a URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas), liderada pela Rússia, deixou de existir. Com isso terminou a Guerra Fria e o fim do “pesadelo comunista” para os países capitalistas. Atualmente é outro país comunista que assusta o bloco capitalista: a China.
No Brasil o Partido Comunista Brasileiro foi fundado em 1922, apenas cinco anos após a revolução de 1917. Este partido existe até hoje e é o mais antigo do Brasil. Mas sua trajetória e atuação na história republicana brasileira estão marcadas pela proibição, perseguição e clandestinidade. Um partido de propaganda anticapitalista e revolucionário não poderia ser bem vindo e bem visto em qualquer local. Nunca foi um grande partido no Brasil e tampouco ameaçou a ordem capitalista no Brasil. Seus opositores sim usaram da sua existência para promover ações e acusar “o mal comunista”. O atual presidente do Brasil usou e usa como propaganda o “medo da influência comunista” no Brasil. Algo mais da imaginação, de propaganda política, do que da realidade.
Questão.
1. Destaque alguns elementos históricos que revelam o impacto da Revolução Russa sobre o mundo.
Aula de história – n.17 - 31/8/2020 – Sextos anos. Evolucionismo.
Na aula n.15 você aprendeu que existem respostas diferentes para a origem dos seres humanos. Aprendeu também que o Criacionismo são explicações religiosas sobre a origem humana e de tudo que existe que há.
Hoje vamos falar de Ciência. Ver como a explicação científica tenta entender a origem dos seres humanos. O conhecimento científico é diferente das tradições religiosas. A Ciência é o resultado do trabalho humano. Um trabalho de observar, registrar, testar, construir e reconstruir teorias sobre a natureza e os seres humanos. As teorias são possibilidades de conhecer algo. Não são fixas. Transformam-se com os estudos científicos. Nos últimos 500 anos os seres humanos iniciaram uma grande revolução no conhecimento humano, no conhecimento científico.
Foi isso que aconteceu quando um cientista inglês chamado Charles Darwin (1809-1882), após uma grande viagem pelo mundo, numa embarcação chamada Beagle, propôs uma teoria para a origem das espécies na Terra. Seus estudos foram publicados em 1859, no livro chamado Sobre a origem das espécies por meio da seleção natural ou a conservação das raças favorecidas na luta pela vida, ou como é mais comumente conhecida, A Origem das Espécies.
Darwin pôde perceber ainda que entre espécies extintas e espécies presentes no meio ambiente havia características comuns. Isso o levou a afirmar que havia um caráter mutável entre as espécies, e não uma característica imutável como antes era comum entender. As espécies não existem da mesma forma ao longo do tempo, elas evoluem. Durante a evolução, elas transmitem geneticamente essas mudanças às gerações posteriores.
Entretanto, para Darwin, evoluir é mudar biologicamente (e não necessariamente se tornar melhor), e as mudanças geralmente ocorrem para que exista uma adaptação das espécies ao meio ambiente em que vivem. A esse processo de mudança em consonância com o meio ambiente Charles Darwin deu o nome de seleção natural.
E sobre a origem humana, o que o Evolucionismo de Darwin pode explicar? A primeira coisa para aprender é que num passado muito distante existiram outras espécies humanas. Atualmente só há uma espécie humana habitando o planeta: o Homo Sapiens Sapiens. Esta é nossa espécie!
O que aconteceu com as outras espécies? Sumiram? Adaptaram-se ou cruzaram geneticamente com os Sapiens? Por que apenas os Homo Sapiens Sapiens sobreviveram? Qual é o ancestral mais antigo dos seres humanos? Segundo a Ciência, são perguntas para as quais ainda não há respostas ou certezas definitivas.
Claro que Darwin enfrentou problemas em relação aos seus estudos. Críticas principalmente de setores religiosos e também do próprio meio científico.
Uma polêmica constante na teoria evolucionista ou Evolucionismo está relacionado com os seres humanos. No que se refere à evolução de homens e mulheres, o evolucionismo indica que nós temos um ancestral comum com algumas espécies de macacos, como o chimpanzé. Pesquisas recentes de decodificação do genoma (genética) indicam uma semelhança de 98% entre os genes de seres humanos e chimpanzés. Porém, isso não quer dizer que o homem descende do macaco. Indica apenas que somos parentes. Primos. Temos o mesmo ancestral. Mas também a Ciência não sabe dizer que ser é este que deu origem a humanos e macacos. Este é o que a Ciência chama de “elo perdido”.
Outra coisa que o Evolucionismo nos ensina é que os seres humanos, enquanto uma espécie viva no planeta, entre tantas que existem, é uma espécie recente em relação a outras. Anfíbios, peixes, répteis, por exemplo, são espécies muito mais antigas que nós humanos na Terra. Pelo evolucionismo, estas espécies souberam se adaptar a vida no planeta, ao contrário de outras que desapareceram.
Na próxima aula vamos falar das diferentes espécies humanas.
Leu o texto? Então tente responder a pergunta: o que o Evolucionismo pode ensinar sobre a origem humana?
Aula de história – n.17 - 31/8/2020 – Sétimos anos. As grandes navegações oceânicas dos séculos XV e XVI.
Chamam-se grandes navegações as expedições marítimas realizadas por europeus entre os séculos XV e XVI. Os pioneiros na expansão marítima europeia foram os portugueses e os espanhóis, seguidos pelos ingleses, franceses e holandeses.
Diversos fatores possibilitaram a grandes navegações como o aprimoramento das técnicas de navegação, a necessidade de metais preciosos (ouro e prata) vistos na época como a maior riqueza de um país e de se descobrir um novo caminho comercial marítimo para as Índias, para o oriente. Era do Oriente, de lugares que conhecemos hoje com Índia e China, que vinham produtos muitos caros e desejados pela nobreza europeia, como a seda e a porcelana da China e especiarias da índia, como cravo, canela e pimenta. Havia então um forte impulso comercial para as navegações europeias.
A aliança entre o rei e a burguesia (grandes comerciantes e banqueiros) também contribuiu de maneira decisiva para a expansão comercial e marítima. Nesta época, os monarcas (reis) queriam centralizar o poder, num movimento histórico conhecido como Estados Nacionais Absolutistas ou absolutismo. O rei possuía prestígio, mas pouco poder e dinheiro. A burguesia tinha dinheiro, mas não poder, nem prestígio. A burguesia queria comercializar diretamente com o oriente, sem intermediários. Anexar terras, povos e riquezas além-mar significava fortalecer e enriquecer o rei e seu Estado Nacional. (sobre Estado Nacional, ver aula n.15).
Por fim, não podemos esquecer os motivos religiosos, algo importantíssimo naquela época. Deste modo, os europeus também queriam expandir a fé cristã às novas terras.
As navegações oceânicas eram expedições caras e perigosas. Um investimento em sua maioria de particulares e que não garantiam o retorno desejado. Primeiro exigia a fabricação de embarcações adaptadas ao oceano. Eram embarcações movidas pela energia dos ventos. Deveriam ser maiores para acomodarem um grande volume de mercadorias e de pessoas. Também havia a necessidade de contratar uma tripulação disposta a navegar no desconhecido oceano.
Navegar em oceanos também exigia conhecimentos específicos sobre a direção dos ventos, correntes marítimas e orientação. Exigia também estabelecer rotas seguras e conhecidas de viagens, onde fosse possível parar para reparos e abastecimento das embarcações e trocas comerciais. Portugal foi o pioneiro na realização de grandes viagens marítimas. No início do século XV, Portugal tornou-se o centro de estudos de navegação, através do estímulo do infante D. Henrique, o Navegador. Este príncipe reunia em sua residência, em Sagres, Algarve, navegadores, cosmógrafos, cartógrafos, mercadores e aventureiros a fim de ensinarem e aprenderem os segredos dos mares. Além disso, D. Henrique patrocinou inúmeras viagens que possibilitaram a exploração da costa da África.
Muitos perigos envolviam estas navegações: condições adversas de tempo (tempestades), fome, sede, doenças, naufrágios e pirataria. Além do fato dos oceanos serem desconhecidos da geografia e da experiência europeia, o que produziu por muitos séculos uma série de lendas e estórias fantásticas sobre mares, terras distantes e seus habitantes monstruosos, que faziam parte do imaginário europeu.
O pioneirismo português começa em 1415 com a conquista de Ceuta, uma cidade que era um importante entreposto comercial. Para ter uma ideia, no ano de 1557 as autoridades chinesas permitem os portugueses a ficarem em Macau. Veja isso no mapa. Saindo de Portugal pelo Oceano Atlântico, indo para o sul, contornando o continente africano. Contornando o sul da África, indo em direção ao Oceano Índico até chegar à China.
As grandes navegações deram sustentação comercial para os europeus. Os oceanos que separavam geograficamente os diferentes continentes acabaram por unir diferentes povos, culturas e economias. A esta fase econômica sustentada pelas navegações oceânicas damos o nome de Capitalismo comercial. Foram a concorrência comercial e o Colonialismo que fez os Estados Nacionais acumularem capital (riquezas).
Com a presença de europeus em outros continentes – América, África e Ásia – as navegações oceânicas deram forma e também sustentaram Colonialismo. Este conceito histórico está ligado a invasão e ocupação de terras, a exploração e saque das riquezas naturais, da exploração de mão de obra escravizada em atividades econômicas e a formação de novas sociedades coloniais europeias a partir do século XVI.
As grandes navegações oceânicas e suas embarcações não transportaram apenas mercadorias a diferentes lugares do mundo. Mas também pessoas. E com as pessoas, sua ideias, conhecimentos, diferentes hábitos e até doenças. Mas isto já outra história...
Leu o texto? Agora responda:
1. Que países europeus foram pioneiros nas navegações oceânicas?
2. Quais os interesses dos europeus nas navegações oceânicas?
3. O que era preciso para este tipo de navegação?
4. Quais os perigos das navegações oceânicas?
Aula de história – n.17 - 31/8/2020 – Oitavos anos. Revolução Francesa.
A Declaração de direitos do homem e do cidadão de 1789, já vista na aula n.2, é um documento histórico importante para entendermos um pouco da nova sociedade pensada a partir da Revolução Francesa.
Vamos identificar algumas coisas nesta declaração? Então destaque do texto e responda:
1. Escreva três (3) artigos que tratam da “liberdade”.
2. Escreva um (1) artigo que trate da “propriedade privada”.
3. Escreva um (1) artigo que trate de “direitos individuais”.
Declaração de direitos do homem e do cidadão – 1789 França, 26 de agosto de 1789.
Os representantes do povo francês, reunidos em Assembléia Nacional, tendo em vista que a ignorância, o esquecimento ou o desprezo dos direitos do homem são as únicas causas dos males públicos e da corrupção dos Governos, resolveram declarar solenemente os direitos naturais, inalienáveis e sagrados do homem, a fim de que esta declaração, sempre presente em todos os membros do corpo social, lhes lembre permanentemente seus direitos e seus deveres; a fim de que os atos do Poder Legislativo e do Poder Executivo, podendo ser a qualquer momento comparados com a finalidade de toda a instituição política, sejam por isso mais respeitados; a fim de que as reivindicações dos cidadãos, doravante fundadas em princípios simples e incontestáveis, se dirijam sempre à conservação da Constituição e à felicidade geral.
Em razão disto, a Assembléia Nacional reconhece e declara, na presença e sob a égide do Ser Supremo, os seguintes direitos do homem e do cidadão:
Art.1º. Os homens nascem e são livres e iguais em direitos. As distinções sociais só podem fundamentar-se na utilidade comum.
Art. 2º. A finalidade de toda associação política é a conservação dos direitos naturais e imprescritíveis do homem. Esses direitos são a liberdade, a propriedade a segurança e a resistência à opressão.
Art. 3º. O princípio de toda a soberania reside, essencialmente, na nação. Nenhuma operação, nenhum indivíduo pode exercer autoridade que dela não emane expressamente.
Art. 4º. A liberdade consiste em poder fazer tudo que não prejudique o próximo. Assim, o exercício dos direitos naturais de cada homem não tem por limites senão aqueles que asseguram aos outros membros da sociedade o gozo dos mesmos direitos. Estes limites apenas podem ser determinados pela lei.
Art. 5º. A lei não proíbe senão as ações nocivas à sociedade. Tudo que não é vedado pela lei não pode ser obstado e ninguém pode ser constrangido a fazer o que ela não ordene.
Art. 6º. A lei é a expressão da vontade geral. Todos os cidadãos têm o direito de concorrer, pessoalmente ou através de mandatários, para a sua formação. Ela deve ser a mesma para todos, seja para proteger, seja para punir. Todos os cidadãos são iguais a seus olhos e igualmente admissíveis a todas as dignidades, lugares e empregos públicos, segundo a sua capacidade e sem outra distinção que não seja a das suas virtudes e dos seus talentos.
Art. 7º. Ninguém pode ser acusado, preso ou detido senão nos casos determinados pela lei e de acordo com as formas por esta prescritas. Os que solicitam, expedem, executam ou mandam executar ordens arbitrárias devem ser punidos; mas qualquer cidadão convocado ou detido em virtude da lei deve obedecer imediatamente, caso contrário torna-se culpado de resistência.
Art. 8º. A lei apenas deve estabelecer penas estrita e evidentemente necessárias e ninguém pode ser punido senão por força de uma lei estabelecida e promulgada antes do delito e legalmente aplicada.
Art. 9º. Todo acusado é considerado inocente até ser declarado culpado e, se julgar indispensável prendê-lo, todo o rigor desnecessário à guarda da sua pessoa deverá ser severamente reprimido pela lei.
Art. 10º. Ninguém pode ser molestado por suas opiniões, incluindo opiniões religiosas, desde que sua manifestação não perturbe a ordem pública estabelecida pela lei.
Art. 11º. A livre comunicação das idéias e das opiniões é um dos mais preciosos direitos do homem. Todo cidadão pode, portanto, falar, escrever, imprimir livremente, respondendo, todavia, pelos abusos desta liberdade nos termos previstos na lei.
Art. 12º. A garantia dos direitos do homem e do cidadão necessita de uma força pública. Esta força é, pois, instituída para fruição por todos, e não para utilidade particular daqueles a quem é confiada.
Art. 13º. Para a manutenção da força pública e para as despesas de administração é indispensável uma contribuição comum que deve ser dividida entre os cidadãos de acordo com suas possibilidades.
Art. 14º. Todos os cidadãos têm direito de verificar, por si ou pelos seus representantes, da necessidade da contribuição pública, de consenti-la livremente, de observar o seu emprego e de lhe fixar a repartição, a coleta, a cobrança e a duração.
Art. 15º. A sociedade tem o direito de pedir contas a todo agente público pela sua administração.
Art. 16.º A sociedade em que não esteja assegurada a garantia dos direitos nem estabelecida a separação dos poderes não tem Constituição.
Art. 17.º Como a propriedade é um direito inviolável e sagrado, ninguém dela pode ser privado, a não ser quando a necessidade pública legalmente comprovada o exigir e sob condição de justa e prévia indenização.
Aula de história – n.17 - 31/8/2020 – Nono ano – Revolução Russa (1917).
A Revolução Russa de 1917 foram dois levantes populares: o primeiro ocorrido em fevereiro, contra o governo do czar (rei) Nicolau II, e o segundo, em outubro. A Revolução impactou o século XX.
Na Revolução de Fevereiro, os revolucionários aboliram a monarquia e, na Revolução de Outubro, começaram a implantar um regime de governo baseado em ideias socialistas.
Na Rússia, durante o século XIX, a falta de liberdade era quase absoluta. No campo, reinava uma forte tensão social, devido à grande concentração de terras na mão da nobreza. A Rússia foi o último país a abolir a servidão, em 1861 e em muitos lugares, continuava-se com o sistema de produção feudal.
A reforma agrária promovida pelo czar Alexandre II (1855-1881), pouco adiantou para aliviar as tensões no campo. O regime czarista reprimia a oposição e a Ochrana, polícia política, controlava o ensino, a imprensa e os tribunais.
Milhares de pessoas eram enviadas ao exílio na Sibéria condenadas por crimes políticos. Capitalistas e latifundiários mantinham o domínio sobre os trabalhadores urbanos e rurais.
No governo do czar Nicolau II (1894-1917), a Rússia acelerou seu processo de industrialização aliada ao capital estrangeiro. Os operários concentraram-se em grandes centros como Moscou e São Petersburgo.
Apesar disso, as condições de vida pioraram, com a fome, o desemprego e a diminuição dos salários. A burguesia também não era beneficiada, pois o capital estava concentrado nas mãos dos banqueiros e dos grandes empresários.
A oposição ao governo crescia. Um dos maiores partidos de oposição era o Partido Social Democrata, mas seus líderes, Plekhanov e Lenin, tinham que viver fora da Rússia para fugir das perseguições políticas.
O Partido Operário Social-Democrata Russo era crítico com a política do país. Porém, as divergiam de como solucionar os problemas da Rússia. Isto acabou por dividi-lo em duas correntes: Bolcheviques (maioria, em russo), liderados por Lenin, defendiam a ideia revolucionária da luta armada para chegar ao poder; Mencheviques (minoria, em russo), liderados por Plekhanov, defendiam a ideia evolucionista de se conquistar o poder através de vias normais e pacíficas como, por exemplo, as eleições.
Em janeiro de 1905, um grupo de operários participava de uma manifestação pacífica em frente ao Palácio de Inverno de São Petersburgo, uma das sedes do governo. O objetivo era entregar um abaixo assinado ao czar, pedindo melhorias. A guarda do palácio, assustada com a multidão, abriu fogo matando mais de mil pessoas. O episódio ficou conhecido como Domingo Sangrento e provocou uma onda de protestos em todo o país.
Diante da pressão revolucionária, o czar promulgou uma Constituição e permitiu a convocação de eleições para a Duma (Parlamento). A Rússia tornava-se assim uma monarquia constitucional, embora o czar ainda concentrasse grande poder, e o Parlamento tivesse uma atuação limitada.
Na realidade, o governo ganhou tempo e organizou as reações contra as agitações sociais e os sovietes. Estes eram assembleias de operários, soldados ou camponeses que se organizaram após a Revolução de 1905. Mais tarde teriam um papel essencial da Revolução de 1917.
Ainda em 1905, outro fator de descontentamento foi a derrota na guerra Russo-japonesa. A Rússia perdeu o conflito para o Japão que era considerado um povo inferior e teve que ceder algumas ilhas para este país.
Durante a Primeira Guerra Mundial, como membro da Tríplice Entente, a Rússia lutou ao lado da Inglaterra e da França, contra a Alemanha e o Império Austro-Húngaro.
No entanto, o exército russo encontrava-se despreparado para o confronto. As consequências foram derrotas em várias batalhas que deixaram a Rússia enfraquecida e economicamente desorganizada.
Em março, o movimento revolucionário foi deflagrado, com greves se iniciando em São Petersburgo e que se espalharam por vários centros industriais. Os camponeses também se rebelaram. A maior parte dos militares aderiu aos revolucionários e força a abdicação do czar Nicolau II, em fevereiro de 1917. Após a abdicação do czar, forma-se um Governo Provisório, sob a chefia de Kerensky, que se veria envolvida em disputas entre liberais e socialistas.
Sofrendo pressões dos sovietes, o governo concedeu anistia aos prisioneiros e exilados políticos. De volta à Rússia, os bolcheviques, liderados por Lenin e Trotsky, organizaram um congresso onde defendiam lemas como: “Paz, terra e pão” e “Todo o poder aos sovietes”.
No dia 7 de novembro (25 de outubro no calendário gregoriano), operários e camponeses, sob a liderança de Lenin, tomaram o poder. Os bolcheviques distribuíram as terras entre os camponeses e estatizaram os bancos, as estradas de ferro e as indústrias, que passaram para o controle dos operários.
O primeiro ato importante do novo governo foi retirar a Rússia da guerra. Para isso, em fevereiro de 1918, foi assinado o Tratado de Brest-Litovsk com as Potências Centrais. Este determinava a entrega da Finlândia, Países Bálticos, Polônia, Ucrânia e Bielorrússia, além de distritos no Império Otomano e na região da Geórgia.
Os quatro primeiros anos de governo bolchevique foram marcados por uma guerra civil que abalou profundamente o país. Igualmente, para evitar qualquer tentativa de restauração monárquica, o czar Nicolau II e sua família foram assassinados sem qualquer tipo de julgamento, em julho de 1918.
O Exército Vermelho, criado por Leon Trotsky, derrotou o Exército Branco, formado por nobres e burgueses russos e tropas estrangeiras, garantindo a permanência dos bolcheviques no poder. A revolução estava salva, mas a paralisação econômica era quase total.
Para restaurar a confiança no governo, foi criada a NEP (Nova Política Econômica), que permitia a entrada de capital estrangeiro e o funcionamento de empresas particulares. A aplicação da NEP resultou no crescimento industrial e agrícola da Rússia.
Em 1922 foi estabelecida a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), sob a liderança de Lenin. Após sua morte, em 1924, iniciou-se uma luta pelo poder entre Trotsky e Stalin.
Derrotado, Trotsky foi expulso do país e, em 1940, foi morto na cidade do México, por um assassino a serviço de Stalin. Sob seu governo, a URSS conheceu uma das mais violentas ditaduras da história, ao mesmo tempo em que passava por um crescimento econômico vertiginoso.
Durante a II Guerra Mundial, o país seria um dos principais inimigos do nazismo, aliado dos Estados Unidos e da Inglaterra. Após o conflito, seria alçada à condição de segunda potência mundial.
https://www.todamateria.com.br/revolucao-russa/
Questões:
1. Segundo o texto acima, quais as causas da Revolução Russa de 1917?
2. Procure os significados para os seguintes termos que aparecem no texto:
-Socialismo
-Comunismo
Aula de história - n.16 - 27/8/2020 – Sextos anos – Avaliação diagnóstica.
Nome....................................................Turma................
Leia os dois pequenos textos e procure responder as questões
Texto 1.
Atualmente há apenas uma espécie humana habitando a Terra. A nossa espécie Homo Sapiens Sapiens. Num passado muito distante existiram outras espécies humanas. Mas estas não se adaptaram ou não sobreviveram, e desapareceram.
Por milhares de anos as diferentes espécies humanas viveram como os outros animais e não se diferenciavam muito destes. Viviam em pequenos bandos nômades de caçadores e coletores de alimentos. Procuravam sobreviver e se reproduzir como qualquer espécie viva na Terra. Mas uma espécie humana deu início àquilo que seria a principal diferença em relação aos demais animais: a capacidade de transformação da natureza. No início eram apenas ferramentas e objetos de pedra, madeira ou osso, fabricados pelo Homo Habilis. Objetos que ajudavam a cortar, rasgar, furar e amassar, muito em função da caça e da alimentação.
A história mostra a grande capacidade de transformação da natureza pela ação humana, seja pelo conhecimento, trabalho, técnica (tecnologia) e cooperação. Nenhuma espécie viva do planeta mostrou esta capacidade.
Esta capacidade de transformar a natureza tornou possível a adaptação humana de viver em diferentes ambientes da terra.
A) Como os seres humanos se diferenciaram dos demais animais?
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Texto 2.
Assim como o conhecimento, o trabalho e a técnica (tecnologia), a cultura é uma criação humana. Somente humana! A cultura é produzida pelos seres humanos em sua existência, em sua experiência de viver junto com outros seres humanos. A cultura é o que dá sentido ao mundo em que vivemos. É o modo como sentimos, entendemos e vivemos no mundo. Há diferentes culturas. A história registra o contato e as trocas entre estas diferentes culturas.
A criação cultural tem a ver com a existência material dos seres humanos. Por exemplo, dos diferentes tipos de alimentação, vestuário, habitação, trabalho, etc. Com a existência intelectual: conhecimentos, línguas, artes, etc. Com a existência espiritual: as diferentes religiões. Nas relações com outros humanos: nos gestos, sentidos e percepções humanas, na diversão, nas formas de autoridade e de governo, etc.
A) Qual o assunto do texto acima?
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B) Dê exemplos do que pode ser considerado como criação cultural.
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Aula de história – n.16 - 27/8/2020 – Sétimos anos – Avaliação diagnóstica.
Nome.................................................Turma.................
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Respondas as seguintes questões.
1.Na época feudal europeia, entre os séculos V e XV, a sociedade estava dividida principalmente em dois grupos,
duas classes sociais diferentes: a................................................ e os...........................................................
2. As propriedades rurais, os feudos, pertenciam a ................................................mas quem trabalhava na terra eram
os.......................................................................
3. Cite três coisas que faziam parte dos feudos.
1..................................................................................
2..................................................................................
3..................................................................................
4. Os que trabalhavam nas terras, nos feudos, deviam obrigações ao Senhor feudal. Que obrigações eram estas?
..........................................................................................................................................................................
5. A principal atividade econômica da época feudal europeia era .......................................................................
6. O que era o contrato de vassalagem?...............................................................................................................
7. Relacione as duas colunas abaixo em relação a divisão da terra nos feudos.
(A) Manso senhorial
(B) Mansos servis
(C) Terras comunais
( ) terra de uso exclusivo do Senhor feudal
( ) as terras que os servos podiam cultivar
( ) eram áreas que podiam ser utilizadas por todos
8. A Igreja Católica Apostólica Romana expandiu seu poder na Europa feudal. Um destes poderes era...................
.........................................................................................................................................................................................
Aula de história – n.16 - 27/8/2020 – Oitavos anos – Avaliação diagnóstica.
Nome.........................................................................Turma.........................
Leia o texto abaixo com atenção e depois responda as questões.
“O homem livre que se conduz por si mesmo necessita de mais luzes do que o escravo que abandona sua conduta a outro”. Nicolas de Condorcet (1743-1794), pensador iluminista francês.
Um dos assuntos mais interessantes colocados pela Revolução Francesa de 1789 foi à questão da educação popular. De certa forma até hoje se tenta em países não europeus levar adiante a ideia de educação dos revolucionários franceses.
É bom lembrar que a ideia de todos terem acesso a mesma educação, não importando o sexo, a religião ou a origem social foi uma das mais importantes e duradouras heranças da Revolução Frances de 1789. Chegar a ela, a esta conquista, realmente não tem sido fácil. Mas o primeiro passo foi dado pela Declaração Universal dos Direitos do Homem e do Cidadão, que diz que “todos os homens nascem livres e são iguais perante as leis”.
A discussão do destino e do alcance da educação pública deu-se de forma extremamente polêmica, um debate que vinha bem antes de 1789. Começou na França cerca de três décadas, ao tempo em que se dera a discussão entre os que defendiam o aumento da autoridade e do poder do Rei e o os padres da Ordem dos Jesuítas, fazendo com que os primeiros conseguissem com que a Companhia de Jesus (a Ordem religiosa cristã dos Jesuítas) fosse finalmente proibida de possuir escolas na França. Uma lei de 1762 fez com que cerca de seiscentos prédios escolares administrados pelos Jesuítas passassem ao controle de governantes locais.
Como que prevendo o debate que se seguiria naquele mesmo ano, Jean Jacques Rousseau lançou seu livro “Emilio”, onde descreve a necessidade de suavizar os castigos físicos nas escolas e um retorno às virtudes, às qualidades naturais dos seres humanos. Mas o que causou maior sensação na época foi outro livro, de um educador chamado La Chalotais, que há anos vinha lutando no campo das ideias para tornar o ensino uma atividade exclusivamente secular(não religiosa). La Chalotais, no entanto não desejava estender o ensino ao povo inteiro. Ensino estatal (pago pelo Estado) sim, mas para as classes sociais mais enriquecidas, chegando ate a condenar os “Frères Ignorantins”, padres da Igreja Católica francesa que ensinavam o alfabeto aos trabalhadores mais pobres. Segundo La Chalotais, ensinar as letras a operários, trabalhadores e camponeses seria desviá-los das tarefas que a natureza e a ordem social havia determinados pra eles, que era apenas o de trabalhar!.Foi o que bastou para que Voltaire, um defensor da nobreza e elite francesa, concordasse com o educador, pois para Voltaire, “as luzes não eram para trabalhadores, mas sim privilégio de uma elite enriquecida e pensante francesa”.
O padre Réguis, em seus sermões, discursava contra a inutilidade de esclarecer, de dar “luzes” aos trabalhadores. Para ele, saber ler e escrever “não os ensinará a melhor lavrar e trabalhar a terra, não irá lhes melhorar os costumes, nem lhes tirar a malícia (...) nem os torna mais dóceis ao seu pastor, nem os torna mais virtuosos e mais cristãos”. Alguns professores “jansenistas” (católicos) como Jean-Baptiste Crévier, argumentavam terem sido os “Evangelhos escritos para serem lidos” e que a fé seria reforçada por aqueles que tinham o domínio das ideias cristãs expressas nos livros.
Questão 1.Que interpretação você dá a frase inicial de Condorcet?
Questão 2.Qual o assunto do texto?
Questão 3.Qual a principal ideia de educação que surgiu na Revolução Francesa?
Questão 4.O texto traz diferentes ideias sobre educação. Que ideias são estas?(cite 3)
Questão 5.Você concorda ou não, com o pensamento de Voltaire expresso no texto? Por quê?
Aula de história – n.16 - 27/8/2020 – Nono ano – Avaliação diagnóstica.
Nome..gg..............................................................................................................
Durante a República Velha (1889-1930) a industrialização de alguns setores da economia brasileira tomou forte impulso, principalmente no contexto da Primeira Guerra (1914-1918). As primeiras indústrias, principalmente de tecidos e alimentos, usavam da mão de obra feminina, de crianças e adolescentes. Estes trabalhadores foram submetidos a cansativas horas de trabalhos diários, péssimas condições de trabalho e baixos salários.
Neste contexto, o uso de crianças e jovens como mão de obra passou a ser objeto de debates na sociedade brasileira. Abaixo você vai encontrar quatro (4) textos. São documentos históricos das décadas de 1910 e 1920 que fazem referência ao uso da mão-de-obra de crianças e adolescentes na indústria.
O tema continua atual. Uma das causas da evasão escolar de alunos da escola pública é que muitas crianças e jovens precisam trabalhar para ajudar o núcleo familiar, geralmente abandonando os estudos.
A partir da leitura dos textos e sua interpretação, responda as questões no final.
TEXTO 1.
“A respeito dos menores, estranhamos muito que uma fábrica ou empresa não pode empregar um menor de 18 anos que não sabe ler, não obstante, pelo Código Civil do Brasil pode casar com 16 anos de idade; e ser pai de família aos 18 anos; podendo até ser soldado do exército! É estranhável! (...) Outrossim, por toda a parte do mundo é permitido crianças trabalharem nos bancos de fiação, sendo para este trabalho necessário o serviço de pessoas com mãos muito pequenas.”
Representante da Companhia de Tecidos Paulista, localizada em Pernambuco, em 1927. Apud. ALVIM, Rosilene. Pequenas mãos calejadas. In: Revista de História da Biblioteca Nacional. Ano 1, nº 4, out. 2005. p. 20-24
TEXTO 2.
“Mesmo que os adultos aceitassem [fazer o trabalho até então feito pelas crianças], nesse caso, nada poderiam fazer, seu rendimento seria nulo, uma vez que os menores fazem trabalhos ideados para a sua pequena estatura e para as suas forças, havendo grande número de máquinas para eles construídas. Um determinado trabalho, que uma criança de 14 anos faz sem cansaço, esgotaria um adulto ao cabo de algumas horas. Uma criança é capaz de fazer grande número de movimentos sem fadiga apreciável, tem agilidade da infância e um organismo íntegro.”
Puppo Nogueira, secretário-geral do CIFTA de São Paulo, ao jornal Diário Popular, em 1928, pronunciando-se contra o Código dos Menores de 1927. Apud. ALVIM, Rosilene. Pequenas mãos calejadas. In: Revista de História da Biblioteca Nacional. Ano 1, nº 4, out. 2005. p. 20-24
TEXTO 3.
“A questão da regulamentação do trabalho dos menores relaciona-se com o desenvolvimento físico e moral das crianças, afeta, além disso, direta e grandemente, a economia da família operária, e tem também bastante importância para certos trabalhos nas fábricas que só podem ser feitos convenientemente por crianças. Os operários das fábricas empenham-se fortemente, para obterem estas colocações para seus filhos e parentes, sempre que eu lhes objeto achar prematuro o trabalho para estes petizes.
As crianças suportam perfeitamente bem, por exemplo, cinco horas de trabalho seguido, e assim poder-se-ia, ainda, estabelecer a freqüência obrigatória da escola, por algumas horas, ora à manhã, ora à tarde, pelas respectivas turmas alternadas. Naturalmente, para isso, é preciso, sempre, que a escola apareça.”
Jorge Street, proprietário de uma fábrica têxtil em São Paulo, declarando-se, em 1928, contra a implantação do Código dos Menores de 1927. Apud. ALVIM, Rosilene. Pequenas mãos calejadas. In: Revista de História da Biblioteca Nacional. Ano 1, nº 4, out. 2005. p. 20-24
TEXTO 4.
“(...) assistimos ontem à entrada de cerca de sessenta pequenos às 19 hs. na fábrica da Moóca [bairro industrial de São Paulo no início do século XX]. Essas crianças, entrando àquela hora saem às 6 da manhã. Trabalham, pois, onze horas a fio, em serviço noturno, apenas com um descanso de 20 minutos à meia-noite! O pior é que elas se queixam de que são espancada pelo mestre de fiação. Muitas nos mostraram esquimozes nos braços e nas costas. Algumas apresentam mesmo ferimentos produzidos com uma manivela. Uma há com as orelhas feridas por continuados e violentos puxões. Trata-se de crianças de 12, 13 e 14 anos.”
Texto publicado em O Estado de São Paulo, 5 de dezembro de 1917. Apud. PINHEIRO, Paulo Sérgio. O proletariado industrial na primeira república. In: FAUSTO, Boris (dir.) História Geral da Civilização Brasileira: O Brasil Republicano, sociedade e instituições. 2º ed. Rio de Janeiro/São Paulo: Difel, 1978. Tomo III, 2º vol. p. 148-149
Observção:
* Em 1927 foi publicado no Brasil o Código de Menores que estabeleceu limites ao trabalho infantil. Sua publicação causou indignação nos meios patronais (donos das indústrias).
* CIFTA – Centro Industrial de Fiação e Tecelagem
Responda:
1. Quais os argumentos usados na defesa do trabalho de crianças e adolescentes?
2. Quais os argumentos usados contra o uso de mão de obra de crianças e adolescentes?
3. E você. O que você tem a me dizer sobre esta discussão do trabalho de crianças e adolescentes ?
Aula de história – n.15 - 17/8/2020 – Sextos anos – A origem humana ou quem surgiu primeiro, o ovo ou a galinha?
Leia o texto e depois responda as questões.
Na aula anterior você leu que os seres humanos possuem muitas semelhanças com as outras formas de vida que habitam a Terra. Mas leu também que os seres humanos são únicos enquanto espécie viva que transforma e modifica a natureza. Transformar e modificar a natureza e o fato de viver em grupos ajudou os seres humanos a sobreviverem e se adaptarem a diferentes áreas do planeta. Seja no frio, no calor, no deserto, na floresta, etc. Os seres humanos ocuparam todas as regiões do planeta, diferentemente das outras espécies vivas. O seres humanos só não ocuparam o polo sul, a Antártida. Atualmente na Antártida há seres humanos. Mas são cientistas de vários países que estão lá para estudos do continente gelado. O Brasil também possui uma base científica na Antártida.
Você já aprendeu que a história é um conhecimento que trata dos seres humanos, através do tempo e do espaço (geográfico). História estuda e resgata a memória humana. O conhecimento histórico é como sua memória. Você na sua vida acaba lembrando e esquecendo coisas. Por que isso acontece? Neste texto estarei lembrando algumas coisas para você sobre a origem humana. Mas também deixarei de lembrar outras.
Bem, o assunto do texto é sobre a origem do ser humano. Há duas perguntas que inquietam os seres humanos: de onde viemos e para onde vamos após morte? Aqui não vou fazer referência à formação do universo, dos planetas e de outras espécies vivas ou não que estão na Terra. Mas a ciência procura provar que, das espécies vivas que conhecemos, os seres humanos são os mais recentes a ter origem no planeta! Mais recentes? Como assim?
Para tentarmos entender o surgimento dos seres humanos na Terra há (no mínimo) duas explicações diferentes. O que chamamos de CRIACIONISMO e EVOLUCIONISMO. São duas explicações diferentes para a mesma pergunta. Neste texto não quero provar que uma é mais verdadeira que a outra. São duas explicações que tentam resolver o seguinte problema: quem surgiu primeiro, o ovo ou a galinha?
A pergunta parece engraçada, mas é filosófica. Extremamente importante para o conhecimento de quem somos e o que estamos fazendo aqui neste planeta. Filosofia é parte do conhecimento humano que estuda a formação do próprio conhecimento humano.
Criacionismo vem de “criação”. É uma explicação religiosa sobre o surgimento dos seres humanos. É a forma mais antiga de explicação. Tão antiga quanto às religiões. Como há diferentes religiões, há diferentes explicações. Mas todas tem em comum o fato que os seres humanos foram “criados”, por deuses ou por um deus, dependendo da religião. Aliás, segundo as religiões foram os deuses ou um deus, o criador de tudo que há, de tudo que existe.
Eu sei que nem todos os meus alunos são cristãos. Mas vamos pegar o exemplo do livro sagrado do cristianismo: a Bíblia. Em seu primeiro capítulo, não por acaso chamado de Gênesis (origem; ponto de partida), esta lá a “criação” dos primeiros seres humanos na Terra: Adão e Eva. Adão teria sido moldado do barro e Eva de uma costela do próprio Adão. Ambos tomaram vida pelo “sopro de Deus, o sopro divino, o sopro do criador”. O surgimento dos dois primeiros seres humanos na Terra está relacionado à “criação divina”. Aa ação de deuses ou de um deus.
São as religiões que explicam, com muita certeza, de onde vêm os seres humanos (origem divina) e para onde vão depois da morte. Como religião depende de fé e crença, não quero questionar a fé e a crença de ninguém. Isto é um direito de cada um e não me cabe questionar. Pelo contrário. Como professor, em uma escola laica (não religiosa), tenho que trabalhar com o conhecimento científico humano. E o conhecimento científico se baseia sempre na dúvida, nunca em certezas eternas. Pois é assim que ele se transforma e se atualiza.
Bom. Na próxima aula, vamos ver como a Ciência trata desta questão da origem humana.
Questão:
1. Você entendeu o que é Criacionismo? Então me explique.
Aula de história – n.15 - 17/8/2020 – Sétimos anos – A Reconquista Ibérica e as navegações oceânicas modernas da Europa.
Na aula anterior (n.14) você ficou sabendo do surgimento e da formação de uma nova religião monoteísta, o Islã. Os povos árabes que viviam na Península Arábica, convertidos ao Islã, iniciaram um movimento de expansão de seu território. Foi pela força da espada e da guerra que os árabes ao tempo que dominavam novos territórios, convertiam diferentes povos à sua religião. O Islã expandiu seus domínios, divididos em Califados, por toda Península Arábica e região, norte da África e chegou até a Europa, onde atualmente estão os países Portugal e Espanha (Península Ibérica).
A “Reconquista da Península Ibérica” ou “Retomada Cristã” foi um movimento ibérico cristão de características militar e religiosa, que opôs cristãos e muçulmanos numa guerra pela recuperação dos territórios perdidos pelos cristãos para os conquistadores árabes, na Península Ibérica, durante o século VIII. Quando os muçulmanos invadiram a península e estabeleceram um domínio que durou de 711 a 1492.
Antes da invasão árabe, a Península Ibérica era habitada por povos germânicos convertidos ao Cristianismo durante a Idade Média.
A partir do século XI o processo de reconquista da península pelos cristãos acelerou-se, uma vez que a reconquista daquele território passou a ser considerada uma missão sagrada. Uma guerra santa.
Assim, com o apoio do movimento das Cruzadas (aula n.8), os reinos ibéricos retomaram cerca de metade dos territórios muçulmanos em pouco tempo. Ainda não existiam Portugal e Espanha. Antigos reinos cristãos, governados por reis, unidos com o tempo, vão fazer surgir às monarquias de Espanha (século XV) e Portugal (século XIV). Mas isto só ocorreu após a expulsão dos árabes da região.
No século XV, as campanhas militares patrocinadas pela união conjugal dos reis e dos reinos de Aragão (Rei Fernando) e Castela (Rainha Isabel), consolidaram o processo de reconquista, o que se deu com a expulsão completa dos invasores muçulmanos em 1492, com a retomada do reino de Granada e na unificação da Espanha como Estado Nacional.
Por fim, vale destacar que além dos muçulmanos, os judeus também foram expulsos da Península Ibérica. Mas aqueles que aceitaram a fé católica continuaram habitando Portugal e Espanha. Ademais, a herança da cultura muçulmana naquela região permitiu notáveis avanços técnicos e científicos, sobretudo os avanços marítimos que permitiram as grandes navegações.
Esse é o ponto que quero chegar. O ano de 1492 é ao mesmo tempo o ano da expulsão definitiva dos muçulmanos da Península Ibérica e também da chegada daquele que é considerado o primeiro navegador europeu a pisar no Continente americano, Cristóvão Colombo, a serviço da Rainha Isabel de Castela. Então os reinos cristãos da Península deram inicio a era das grandes navegações oceânicas pelo Atlântico e pelo Pacífico. As navegações oceânicas inauguraram uma era na história.
Mas como assim! Os europeus não navegavam? Navegavam sim! Mas nunca tinham se aventurado pelos oceanos. Sempre foi uma navegação costeira, próxima do litoral, com pontos de referência e com muitos portos para parar. Navegar no oceano exigia novas técnicas, equipamentos e conhecimentos que eles não tinham. No oceano as embarcações ficavam sem os pontos de referência da costa terrestre. O problema a ser resolvido era: como se localizar no oceano onde que há é apenas água salgada?
Portugal foi a primeira monarquia (Estado Moderno ou país) europeia a iniciar esta experiência de navegação pelos oceanos, já no inicio do século XV. Monarquia é a forma de governo onde um Rei representa o poder máximo. Seu poder é hereditário. Ou seja, é passado de pais para filho. As monarquias eram por dinastias, famílias reais que estendiam seu poder por anos e séculos. Filhos de reis e rainhas casavam-se apenas com filhos de reis e rainhas de outras monarquias.
Estado Moderno ou país foi na história europeia, a união de antigos reinos governados por diferentes reis. Deu-se pela união, pela unificação de um território sob o domínio de um Rei apenas. O que caracterizava estes Estados Modernos? Possuírem um território com fronteiras definidas; um exército próprio e profissional para proteger as fronteiras ou expandi-las pela guerra; uma língua oficial; uma moeda única (dinheiro); uma burocracia composta por funcionários do Estado, treinados e remunerados para administrá-lo, no que se refere a impostos, justiça (leis), relações com outros Estados (diplomacia), entre outras coisas.
Serão estes Estados Modernos, no princípio apenas Portugal e Espanha, que vão incentivar as grandes navegações oceânicas. Mas isto é assunto para próxima aula.
Questões.
1. O que foi a reconquista da Península Ibérica?
2. O que é monarquia?
3. O que é Estado Nacional?
Aula de história – n.15 - 17/8/2020 – Oitavos anos – Revolução Francesa.
Na aula anterior recuperamos o conceito de Revolução e introduzimos o assunto da Revolução Francesa, que foi uma Revolução política. Mas não só.
A Revolução Francesa foi uma guerra civil. Um episódio sangrento que acabou se espalhando por parte da Europa, em todo local que havia uma monarquia e um rei a ser derrubado. Mas isto vem depois com as guerras napoleônicas do século 19. Aliás, o rei da França na época, Luis XVI, foi guilhotinado, teve a cabeça cortada em praça pública no dia 21 de Janeiro de 1793.
As ideias pro trás da revolução estão na Declaração de direitos do homem e do cidadão de 1789 (aula n.2). Ideias iluministas, já vistas em aulas anteriores. Liberdade e igualdade são ideias centrais na Revolução Francesa.
A França pré- revolucionária estava dividida em diferentes classes, os “Estados”. O primeiro Estado era o clero, a Igreja Católica. O segundo Estado era a nobreza. E o terceiro Estado era o restante da sociedade francesa: camponeses, trabalhadores urbanos e burguesia. A monarquia como forma de poder tinha na figura do Rei o seu representante absoluto (absolutismo). O primeiro e o segundo Estado eram isentos de impostos e eram julgados por leis diferentes. Representantes destes Estados participavam de um conselho decisório pouco representativo, onde o terceiro Estado nada decidia. Clero e a nobreza sustentavam e apoiavam o poder absoluto da monarquia de Luis XVI.
A nobreza francesa como proprietária de terras, mantinha os camponeses na forma servil. Os camponeses estavam de certa forma “presa” a terra com muitas obrigações e impostos devidos a nobreza. Além dos impostos devidos ao Rei. A isto chamamos de servidão. Então aí temos um conflito entre camponeses e nobreza. Conflito pelo fim da servidão, impostos, obrigações e divisão das terras.
A Igreja Católica tinha um imenso poder na França. Como proprietária de terras mantinha os camponeses sob o estado de servidão. Como Igreja oficial da França, apoiava e aconselhava as decisões do rei. A Igreja tinha um grande poder espiritual de controle sobre os costumes a moral, além de possuir escolas. A discussão sobre a educação na Revolução Francesa está na aula n.4.
A burguesia era uma parte da sociedade francesa que se dedicava ao comércio e finanças, enriquecidos também pelo colonialismo francês na América. Buscava pagar menos impostos, igualdade jurídica, maior representação política e poder nas decisões e, principalmente, liberdade econômica. A monarquia interferia muito nos negócios da burguesia, com taxas, impostos e regulações (proibições).
A burguesia queria a interferência do poder na economia francesa, mas a seu favor. Foi a grande defensora das ideias liberais, do liberalismo (e ainda é). Uma corrente de pensamento (iluminista) que tem Adam Smith como se grande pensador do século 18. De forma resumida, Liberalismo significa, entre outras coisas, as ideias por trás do desenvolvimento de uma sociedade capitalista. A liberdade de produzir, de comercializar e consumir mercadorias, sem a interferência do poder, do Estado. A ação do Estado deve servir para aumentar e incentivar esta dinâmica das relações capitalistas (produção, comercialização e consumo) e do acúmulo de capital (lucro). E não ao contrário! O liberalismo ainda defendia a liberdade e a igualdade jurídica dos cidadãos. Liberdade de pensamento e liberdade religiosa. Aliás, as ideias liberais ou neoliberais, estão presentes ainda no debate contemporâneo.
Sucessivas secas no campo antes de 1789 prejudicaram a produção de alimentos. Estes ficaram escassos e mais caros e atingiram principalmente a população trabalhadora urbana da França, que ganhava baixos salários e via de longe toda a pompa, toda ostentação, a riqueza real e encenada pela nobreza e pela Corte de Luis XVI. Numa tentativa de “acalmar” o clima conflituoso que “respirava” a França, Luis XVI convocou em 1789 uma Assembleia dos Estados. Mas nenhum acordo foi feito e a Assembleia foi dissolvida pelo rei. Numa sociedade cheia de conflitos, a fome foi o start revolucionário.
O quadro da aula anterior (n.14) trás as diferentes fases da Revolução Francesa. Veja lá. Assembleia Nacional, Convenção Nacional e Diretório. Estas fases mostram os diferentes caminhos traçados pelo processo revolucionário, de ruptura de uma sociedade pela violência, pela guerra civil. Mostra as decisões e os conflitos de como foi encaminhada a revolução, pois não havia consenso entre os diferentes setores revolucionários, sejam populares ou da burguesia. O consenso era que a monarquia deveria ser derrubada. E foi! E agora? Em seu lugar a instauração de uma nova sociedade, a República francesa. Como seria esta República? Podemos dizer que a revolução começa total e popular, mas termina nas mãos da nova classe enriquecida, a burguesia. Esse vai ser o grande embate da Revolução Francesa. Voltaremos ao assunto.
Questão.
1. A Revolução Francesa não foi apenas uma revolução política. Explique a afirmativa a partir da leitura do texto.
Aula de história – n.15 - 17/8/2020 – Nono ano – Brasil República Velha (1889-1930): cidadania e exclusão política.
Na Primeira República do Brasil ou República Velha, houve a descentralização do poder político devido ao predomínio do interesse das elites dos grandes latifúndios (grandes propriedades), que foram determinantes na forma como os direitos políticos se deram na sociedade brasileira, que, nesse aspecto, teve sua cidadania política limitada, devido ao modo pelo qual o sistema político se desenvolveu, incluindo ou excluindo quem era interessante para o coronel. Além disso, esperava-se que o período republicano difundisse os ideais republicanos, da Revolução Francesa (1789), que se distanciavam da distribuição de privilégios sociais, entretanto, ele foi o contrário, principalmente pela transformação do voto em mercadoria aliada à restrição à cidadania política promovida pelo Coronelismo.
O coronelismo foi a base de sustentação do sistema político da Primeira República, e se caracterizava principalmente pelo “mandonismo”, as fraudes eleitorais e pela desorganização dos serviços públicos locais. O chefe político local era o coronel, que traçava o destino da política, por ser em geral o dono de grandes propriedades de terra, de onde provém seu poder econômico. A criação do termo coronel veio do posto mais alto da Guarda Nacional (que era uma milícia imperial), na qual, desde o Império, o coronel possuía influência política. Com o fim da Guarda no início do século XX, restou-lhe praticamente o poder político e suas posses. Portanto, para continuar dono dos votos, a política municipal se baseava no pacto coronelista, que era a venda do voto em troca dos empregos e da verba pública municipal, fatores que ficavam dominados pelo coronel e foi o princípio de seu poder. Como o Brasil era majoritariamente rural na época, os coronéis tinham controle pleno no campo, o país todo foi vítima dessa prática.
A restrição à cidadania política da Primeira República se dava, em primeiro lugar, pela primeira Constituição Republicana de 1891. Ela excluiu os analfabetos do direito ao voto Além disso, as mulheres não podiam votar, nem os soldados, os mendigos e membros de ordens religiosas. Num país ainda de maioria analfabeta no início do século XX, o voto ficava restrito há uma pequena parcela da população de homens alfabetizados. O voto então que deveria ser universal, republicano, de plena cidadania, era elitista e privatista. O voto não era secreto e não existia justiça eleitoral para fiscalizar as eleições. Quem controlava as mesas eleitorais eram os coronéis dos municípios. Quer dizer que não havia concorrência entre os candidatos aos cargos políticos e as fraudes, não admitidas obviamente, faziam parte do jogo eleitoral. O voto do cidadão eleitor era totalmente coagido e pressionado pela vontade, pelas benesses, pelas trocas de favores e pela violência dos coronéis e de suas milícias (capangas). A violência foi uma das características destes dias de votação. Isto ajudava a afastar os eleitores das sessões eleitorais. Ou seja, o voto já era restrito a uma minoria e ainda assim, a participação nas eleições era baixíssima!
O comparecimento à eleição é o principal fator para o exercício do voto. Sem ele, não há muita cidadania política. Para as eleições presidenciais temos os seguintes números para a taxa média de participação eleitoral na Primeira República foi de 2,3%, já que, em 1894, compareceram 2% dos eleitores; em 1898, 3%; em 1902, 4%; em 1906, 1%; em 1910, 3%; em 1914, 2%; em 1918, 1%; em 1919, 1%, em 1922, 3%; em 1926, 2% e em 1930, 5%.
Se o comparecimento era pouco, também foram poucas as manifestações e exigências por maior efetividade da cidadania política no Brasil da Primeira República. Em geral, não houve manifestação pelo direito ao voto dos analfabetos nas reivindicações do povo, como as que ocorreram entre os operários urbanos em suas lutas por melhores salários, nas associações de negros na luta contra o racismo pós-abolição e no feminismo, a luta das mulheres pelo direito ao voto. Com essas exceções, praticamente não houve mais exigências pela cidadania política brasileira, que era violentamente sufocada e manipulada pelo coronelismo.
A restrição de direitos políticos foi à marca da política da Primeira República. Sem dúvida, há causas e consequências para isso ter ocorrido. Já houve alegações de que a culpa da corrupção política do sistema era do “eleitor despreparado para a democracia”. Isto reflete um pensamento tendencioso e parcial para justificar o poder desta elite dominante, e que ficou expressa na frase surgida na época: “o povo não sabe votar”. Frase que ainda ecoa por ai...
Quais eram então os limites desta cidadania política? O eleitor não teve experiência democrática prévia. Na monarquia brasileira do século 19 não existia a figura e os direitos do cidadão. Os eleitores não tinham independência para sua subsistência, já que não possuíam muitos dos direitos civis nas mãos do coronel, como direito à moradia, à propriedade, à igualdade perante a lei, acesso à justiça, devido processo legal, liberdade de ir e vir, entre outros. Todos relativamente dependentes do coronel, e que, dessa forma, não permitiam uma cidadania política plena. Era a elite política quem corrompia os eleitores e fraudava as eleições. O aprendizado democrático precisava ser “lento e gradual”, pois, do contrário, não produziria resultados na população.
Dessa forma, o coronelismo já terminou, mas seria importante observarmos suas influências para a história política brasileira.
Questões:
1. Quais os impedimentos da plena cidadania política brasileira na República Velha?
2. As regras eleitorais atualmente são muito diferentes do período da República Velha. Desta você já aprendeu um pouco com este texto. Então pesquise! Pesquise e escreva sobre as regras eleitorais atualmente vigentes no Brasil.
Aula de história – n.14 - 10/8/2020 – Sextos anos – O que nos caracteriza enquanto espécie humana.
Leia e o texto e responda as questões
Nós seres humanos, enquanto espécie viva que habita o planeta e faz parte do que chamamos “natureza”, somos seres vivos como qualquer outro animal ou vegetal. Dependemos da luz solar, da água, do ar, de alimentos e da reprodução, para existirmos enquanto indivíduo único e enquanto espécie humana.
Todos os seres vivos que habitam o planeta Terra possuem seu ciclo de vida, seu tempo de permanência enquanto ser vivo. Seres humanos podem viver mais de cem anos, enquanto outras espécies tem um ciclo menor de vida. Insetos, por exemplo, vivem apenas alguns dias. Espécies de tartarugas podem viver mais de trezentos anos! Árvores que podem ter cerca de mil anos!
Todos os seres vivos, animal ou vegetal, precisam das mesmas coisas que os seres humanos necessitam para viverem. Inclusive a reprodução para garantir a existência da espécie. Se todas as mulheres e homens do mundo resolvessem não ter mais filhos, em alguns anos todos morreriam e a espécie humana sumiria do planeta!
Então isto quer dizer que somos iguais a todos os seres vivos que vivem no planeta. Temos as mesmas necessidades para nos mantermos vivos, enquanto indivíduo e enquanto espécie.
Mas há uma coisa que diferencia os seres humanos dos demais seres vivos: a capacidade única que tem os seres humanos de transformar, de modificar a natureza. A natureza não é criação e humana. Não vamos discutir aqui quem a criou ou como ela surgiu. Mas a transformação da natureza é uma criação humana!
Transformar significa interferir e modificar, através do conhecimento e do trabalho, seja individual ou coletivo. Somente os seres humanos são capazes disto. Transformar vegetais e minerais em objetos, por exemplo. Um pedaço de madeira pode ser transformado em papel e este papel pode se transformar em um caderno. O petróleo extraído do fundo da terra e do fundo do mar pode ser transformado em plástico.
Presta e atenção em tudo que há em sua volta. Nos objetos que te rodeiam e fazem parte da tua vida. Tudo um dia foi parte da natureza. Tudo um dia foi vegetal ou mineral. Foram transformados pelo conhecimento e trabalho humanos e tornaram-se objetos quaisquer. Pense mais! O bairro que você mora, com ruas, casas, escolas, postos de saúde, iluminação, água encanada, por exemplo, foi construído pelo conhecimento e trabalho humanos.
Os seres humanos também criaram e criam o que chamamos de cultura. Cultura, por exemplo, é o modo como falamos, habitamos, vestimos, bebemos, alimentamos, rezamos, festejamos, enterramos nossos mortos, julgamos ou como contamos estórias, etc. É aquilo que dá sentindo, aquilo que vivemos e sentimos e que nos conecta a outros serres humanos e dá sentido às nossas vidas individuais e coletivas. É a nossa maneira de estar e pensar no mundo!
Culturas são muitas e diferentes, espalhadas pelo mundo, assim como os humanos. Não são isoladas umas das outras. Pelo contrário. Trocam, influenciam e se deixam influenciar. Surgem novas. Desaparecem outras. Pense no nosso país chamado Brasil e na sua história, formado a partir de um encontro (forçado) entre diferentes culturas europeias, nativas (indígenas) e africanas. O resultado disto: a cultura brasileira. Ou melhor, as culturas brasileiras. Pois o país é muito grande, sendo o quarto em tamanho, em relação aos demais países.
Somente os seres humanos transformam a natureza e criam culturas. Somente os seres humanos criam conhecimentos diversos, que podem ser ensinados e repassados às diferentes gerações. Outros seres vivos vão à escola para aprender ou deixar de aprender algo? Sabem ler e escrever? Pensam em coisas que existem, poderiam existir ou não existe? Claro que não! Isso tudo são capacidades humanas. Não só a capacidade de criar e transformar, mas também de destruir!
Procure responder as seguintes questões;
1. O que torna os seres humanos seres iguais a qualquer outro ser vivo que habita o planeta Terra?
2. O que torna os seres humanos diferentes das outras espécies vivas do planeta?
3. Qual o conceito (definição) de cultura que aparece no texto?
4. Dê outros exemplos de natureza vegetal ou mineral que é transformada pelos seres humanos.
Aula de história – n.14 - 10/8/2020 – Sétimos anos – O Islã.
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· L
· O islamismo, surgido na Península Arábica no século VII, é uma das maiores religiões do mundo. A palavra que dá nome à religião, islã, tem origem no termo islam, do idioma árabe, que significa “submissão”.
O adepto do islamismo é conhecido como muçulmano ou islâmico, e esse termo também tem origem no árabe, vem de muslim, que significa “submisso”. Assim, muçulmano é aquele que é submisso a Deus, que, no caso, é Allah. O islamismo, assim como o cristianismo e o judaísmo, é uma religião monoteísta, isto é, acreditam na existência de apenas um deus.
Como mencionado, o islamismo surgiu no século VII, e, na tradição religiosa muçulmana, o surgimento da religião aconteceu por meio de Muhammad (mais conhecido em português como Maomé). O grande profeta do islamismo nasceu em 570 d.C., e durante grande parte de sua vida trabalhou como comerciante.
A vida de Muhammad mudou quando ele recebeu uma revelação do anjo Gabriel. Os muçulmanos não adoram Muhammad, mas o consideram como o último de uma série de profetas que trouxeram a revelação da mensagem de Allah.
Muhammad nasceu e viveu grande parte de sua vida em Meca, onde, depois da revelação do anjo Gabriel, ele passou a pregar a mensagem de Allah. Na época, a Península Arábica era marcada pelo politeísmo, e a época pré-Islã na tradição muçulmana é conhecida como jahiliah, ou época da ignorância.
A pregação de Muhammad desagradou as autoridades locais por atacar o politeísmo, e o profeta muçulmano e seus seguidores passaram a ser perseguidos. Essa perseguição colocou em risco a vida de Muhammad e seus seguidores, e, então, o profeta do Islã recebeu um convite para estabelecer-se em Medina. Em 622, Maomé mudou-se para essa cidade, e esse evento ficou conhecido como Hégira.
A Hégira é o marco que iniciou o calendário islâmico, o ano I. Uma vez em Medina, Muhammad começou a angariar forças o suficiente para formar uma comunidade muçulmana, conhecida em árabe como Umma. Essa comunidade muçulmana formada pelo profeta em Medina garantia a liberdade religiosa para judeus, cristãos e adeptos do politeísmo.
Após travar inúmeras batalhas, Muhammad conseguiu conquistar a cidade de Meca. Muhammad faleceu em 632 d.C., e depois disso seus seguidores, os Califas, trataram de expandir a mensagem e o território do islamismo por outras regiões da Ásia, África e até da Europa. Tudo por meio da espada!
O islamismo é uma religião monoteísta, sendo assim, os muçulmanos proferem que só existe um Deus, e ele é Allah. Para os muçulmanos, Allah é onipotente, onisciente e o criador do Universo.
A crença em Allah é fundamental dentro dessa religião, e no Alcorão, o livro sagrado dos muçulmanos (que também é conhecido como Corão), é frequentemente encontrada a mensagem “em nome de Deus, o clemente, o misericordioso”. Os muçulmanos também acreditam em profetas, isto é, pessoas escolhidas
para trazerem a mensagem de Allah. Alguns dos profetas que os muçulmanos acreditam são: Adão,Noé, Abraão, Moisés, Jesus, e Muhammad (Maomé)..
Os preceitos sagrados do islamismo estão compilados no Alcorão. Esse livro foi compendiado durante 22 anos, de 610 d.C. a 632 d.C., e foi escrito pelos seguidores de Muhammad. O profeta muçulmano recebia a revelação de Allah, repassava-a a seus seguidores, que então a compilavam.
Outros escritos que são importantes no islamismo são a Torá, os Salmos e o Evangelho (textos que fazem parte da Bíblia cristã), o que caracteriza o diálogo do Islã com outras religiões. Os muçulmanos acreditam que Allah julgará a todos em um julgamento final, que condenará ou salvará as pessoas com base em suas ações em vida. Além disso, todos os acontecimentos passam pela permissão de Allah. Os muçulmanos também acreditam na existência de anjos. O templo religioso do Islã chama-se mesquita.
Para os muçulmanos existem três cidades sagradas: Medina, Meca e Jerusalém. Meca é o local mais sagrado do Islã e onde fica a grande mesquita com a Caaba, uma construção sagrada. Medina é onde fica o túmulo de Muhammad. Jerusalém foi a cidade à qual o profeta foi transportado por um Buraq, um ser mítico. Lá, Muhammad encontrou Allah e outros profetas do islamismo.
O islamismo possui cinco pilares básicos que todo muçulmano deve observar ao longo de sua vida. Esses são:
recitação do credo “não existe nenhum deus além de Allah, e Muhammad é seu profeta”; orar cinco vezes ao dia na direção de Meca; realizar o jejum durante o mês sagrado, o Ramadã; realizar a caridade aos pobres por meio da doação, o zakat; desde que tenha condições para isso, realizar a peregrinação para Meca uma vez na vida.
Uma das questões mais citadas quando o assunto é islamismo diz respeito à existência de dois grandes grupos que dividem essa religião: sunitas e xiitas. Esses grupos representam duas correntes majoritárias dentro do Islã, e a divergência entre eles remonta à sucessão de Muhammad, que faleceu em 632 d.C.
Os sunitas ajudaram a escolher Abu Bakr como sucessor de Muhammad. Abu Bakr, que era amigo do profeta do islamismo, tornou-se um califa e deu continuidade à expansão dessa religião. Os xiitas, por sua vez, defendiam que o sucessor deveria ser um parente direto de Muhammad, que, no caso, era Ali Bin-Abu Talib, primo do profeta.
Além disso, os sunitas possuem interpretações mais flexíveis do Alcorão, da Suna, um importante livro muçulmano (sagrado só para os Sunitas), e da Sharia (lei islâmica). Os xiitas são mais tradicionais e possuem uma visão mais fechada, impondo uma observação rígida dos preceitos do Alcorão e da Sharia. Os sunitas são a maioria dentro do mundo islâmico, correspondendo a cerca de 90% dos muçulmanos.
Os principais países representantes de cada um desses grupos são Arábia Saudita, no caso dos sunitas, e Irã, no caso dos xiitas. Essa divergência religiosa, por vezes, alcança o extremismo e transforma-se em conflitos violentos. Mas a religião islâmica se transformou, além das duas grandes correntes. Tomou características próprias quando chegou na Ásia, África e América.
O islamismo é uma religião pouco difundida no Brasil e ainda possui poucos fiéis, em comparação ao catolicismo e protestantismo, por exemplo. O censo de 2010, realizado pelo IBGE, apontou a existência de apenas 35.167 muçulmanos no Brasil|,
https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/islamismo.htm
Responda :
1. O que é o Islã? Onde, quando e como surgiu?
2. Procure definir os seguintes termos encontrados no texto: monoteísmo, politeísmo, onipotente, onisciente, profeta.
3. Quais as cidades sagradas do Islã?
4. Qual o nome do templo islâmico?
5. Qual o nome do livro sagrado do Islã?
6. Qual o nome do profeta do Islã e o nome do deus islâmico?
7. Por onde se expandiu o Islã desde seu surgimento no século VII?
8. Quais são os preceitos, os pilares do Islã?
9. Quais as diferenças existentes dentro da religião islâmica?
10. No Brasil há pessoas que professam a religião do Islã?
Aula de história – n.14 - 10/8/2020 – Oitavos anos – Revolução Francesa.
A Revolução Francesa (1789-1799) foi influenciada pelas ideias iluministas, que vimos em aulas anteriores. Lembrando que o conceito de “Revolução” nos estudos históricos está associado às grandes, profundas e abrangentes transformações históricas na vida humana. No caso da Revolução Francesa, seus efeitos se espalharam por grande parte do mundo nos séculos seguintes.
Revolução política (Revolução Francesa), Revolução econômica (Revolução Industrial e Capitalismo industrial) e Revolução científica e cultural (as ideias iluministas). As ideias iluministas estão por trás de todas estas Revoluções.
A Revolução Francesa foi uma guerra civil que se abateu sobre a França por cerca de dez anos. Seus efeitos além do território francês se alargaram no tempo e no espaço. Na aula n, 3, por exemplo, vimos a influencia da Revolução Francesa na ideia da educação ser pública e para todos, sem restrição alguma. A ideia de educação que temos atualmente!
Uma guerra que envolveu toda sociedade francesa, contra o poder da monarquia (do Rei), da Nobreza feudal proprietária de terras e da Igreja Católica. O poder único e absoluto do Rei e os privilégios da Nobreza e do Clero (Igreja) foram questionados. Privilégios, por exemplo, de seus membros não pagarem impostos e serem julgados de forma diferenciada. Os princípios dos revolucionários franceses estão escritos lá na Declaração de direitos do homem e do cidadão (1789), em seus 17 parágrafos, que vimos na aula n.2.
A Revolução Francesa é um processo histórico longo e com diferentes fases. Vejamos o esquema abaixo. Ele pode ajudar a ter uma visão ampla do fato histórico. Em uma aula é impossível entendermos o mínimo que seja.
Mapa mental: http://gersonlanzarini.blogspot.com/2018/06/revolucao-francesa-mapa-mental.html
Questões.
1. Qual o conceito de Revolução?
2. O que foi a Revolução Francesa?
3. Veja o esquema e escreva as causas da Revolução.
Aula de história – n.14 - 10/8/2020 – Nono ano – Brasil, República Velha (1889-1930): introdução.
República Velha é o período da história do nosso país que se estendeu de 1889 a 1930. Os marcos que estipulam o início e o fim desse período são a Proclamação da República e a Revolução de 1930. Esse período é mais conhecido entre os historiadores como Primeira República, por se tratar do primeiro período da República no Brasil.
Resumo
→ A República Velha é chamada pelos historiadores de Primeira República.
→ Esse período foi iniciado com a Proclamação da República, que fez com que Deodoro da Fonseca assumisse a presidência.
→ O período de 1889 a 1894 é também conhecido como República da Espada.
→ A República Velha contou, ao todo, com treze presidentes e com outros dois que não puderam assumir a presidência.
→ O mandonismo, clientelismo e coronelismo são características importantes desse período.
→ A política dos governadores e a política do café com leite foram práticas importantes do arranjo político das oligarquias.
→ O Brasil experimentou um avanço industrial embrionário nesse período, que resultou no nascimento do movimento operário no país.
→ A desigualdade social e a política corrupta desse período motivaram revoltas em diversas partes do país.
→ A Revolução de 1930 foi o acontecimento que precipitou o fim desse período e inaugurou a Era Vargas.
A República Velha iniciou-se em 1889, quando aconteceu a Proclamação da República, no dia 15 de novembro. Esse acontecimento iniciou-se pela manhã do dia citado quando os militares liderados pelo marechal Deodoro da Fonseca derrubaram o Visconde de Ouro Preto do Gabinete Ministerial. Na sequência do dia, José do Patrocínio, vereador no Rio de Janeiro, proclamou a República. Era o fim da era dos reis no Brasil...
Após a Proclamação da República, Deodoro da Fonseca foi escolhido como presidente provisório. Em 1891, o marechal foi eleito presidente do Brasil para um mandato de quatro anos, mas renunciou ao cargo e foi sucedido pelo seu vice, o marechal Floriano Peixoto, que permaneceu no cargo até o ano de 1894. Esse período de 1889 a 1894, em que o país foi governado por dois presidentes militares, é conhecido como República da Espada.
A grande marca da República Velha e pela qual todos a conhece é o domínio que as oligarquias exerciam no país. As oligarquias eram pequenos grupos (a maioria deles era associada com a agricultura e pecuária) que detinham grande poderio econômico e político. O controle das oligarquias no Brasil dava-se por meio de práticas conhecidas como mandonismo, coronelismo e clientelismo.
A política dos governadores (ou política dos estados) foi criada durante o governo de Campos Sales e estruturou o funcionamento de toda a política brasileira durante o período da República Velha. Sua atuação foi responsável por consolidar uma aliança entre Executivo e Legislativo ao longo da República Velha.
Nessa política, o Governo Federal dava seu apoio para a oligarquia mais poderosa de cada estado como forma de reduzir as disputas locais entre diferentes oligarquias. Em troca do apoio, as oligarquias tinham como dever eleger deputados e orientá-los a apoiar as pautas do Executivo no Legislativo.
Para que a política dos governadores desse certo, o coronel era uma figura essencial, uma vez que todo o arranjo para conquistar votos para eleger os deputados da oligarquia era feito por essa figura. O coronel, enquanto figura de poder local, utilizava-se do seu poderio financeiro para exercer pressão para que os eleitores votassem no candidato desejado. A intimidação de candidatos ficou conhecida como “voto de cabresto”.
Os coronéis, por sua vez, não obtinham a quantidade de votos desejados somente pela intimidação mas também por meio da manipulação eleitoral. Duas práticas muito comuns eram: utilizar o registro de pessoas mortas (para que uma mesma pessoa pudesse votar diversas vezes) e manipular as atas eleitorais.
A política do café com leite é um dos conceitos mais conhecidos desse período e faz referência ao acordo que existia entre as oligarquias de São Paulo e de Minas Gerais a respeito da escolha dos presidentes. Esse acordo estipulava que as oligarquias citadas revezariam os candidatos que concorreriam à presidência.
Um ponto importante a respeito da política do café com leite é que os historiadores têm apontado limites para seu uso, uma vez que a atuação dessa prática de revezamento não se estendeu por toda a República Velha, já que representantes de outras oligarquias também foram eleitos no curso desse período.
A República Velha foi um período em que o Brasil esboçou um desenvolvimento industrial, mesmo que bastante tímido. Os reflexos do desenvolvimento industrial do país deram-se de maneira concentrada, destacando-se principalmente a cidade de São Paulo, que teve um grande salto populacional no período.
O desenvolvimento industrial e urbano que aconteceu em partes do Brasil levou ao desenvolvimento de um movimento operário, que teve atuação destacada no final da década de 1910. Apesar do desenvolvimento de uma indústria embrionária no país, a nossa economia permaneceu extremamente dependente da exportação de café e assim ficou até a década de 1950.
https://brasilescola.uol.com.br/historiab/republica-velha-1889-1930.htm
Pesquise e escreva sobre os seguintes conceitos:
1. República
2. Oligarquia
3. Clientelismo
4. O texto diz muito sobre a política nesta Primeira República no Brasil. Destaca algumas características desta política.
Em tempos de pandemia de Covid-19 ( lembrem-se ,os animais transmitem doenças ao humanos!!!), vamos ver um exemplo de uma das inúmeras epidemias e pandemias registradas na história. Preste atenção e depois responda as questões abaixo.
Questões:
Em que ano a "peste negra" se estabeleceu na Europa?
2. Quantos aproximadamente teriam sido o número de mortos?
3. Quais os sintomas da doença?
4. Como acontecia o contágio, a transmissão da doença?
5. No século 14 as pessoas sabiam como poderiam contrair a doença da "peste negra"?
6. Cite três (3) diferentes comportamentos, atitudes das pessoas em relação a doença.
O texto acima dá exemplos de como o avanço científico e tecnológico foi decisivo para a criação de meios de morte e destruição na Primeira Guerra Mundial. Após a leitura do texto, procure desenvolver o seguinte tópico. Ou seja, escreva algo em relação a observação abaixo:
"Se a ciência e a tecnologia foram usados ,e ainda são, para promover a morte e a destruição, como os mesmos são usados atualmente para para salvar vidas e construir um mundo melhor?"
Caros alunos dos oitavos anos
Os dois videos acima são uma retomada dos conceito de iluminismo e de algumas ideias iluministas. Ideias que propuseram transformações no modo de fazer política, no modo de produzir e orientar a economia e no modo de conhecer a natureza, o mundo, o universo e os seres humanos e suas relações. Faz parte das era das revoluções na história, junto com a Revolução Americana e Francesa e a Revolução Industrial. Recomendo ver os videos e anotar conceitos e palavras não entendidos, para na próxima aula retomarmos o assunto.
Bom dia alunos dos sextos anos!
Vamos retomar nosso conhecimento sobre história? O vídeo acima traz algumas questões importantes sobre o conceito, sobre o que é História. Assista o vídeo e anote questões não entendidas. Vamos retornar ao assunto na próxima aula.
Bye bye!
Bom dias queridos alunos dos sextos anos.
Na aula anterior o professor falou um pouco sobre o conceito de história. Falou também da importância das fontes históricas para o trabalho do historiador e para a construção do conhecimentos histórico.
Responda então a perguntas:
Quais as fontes históricas citadas no vídeo?
Dê três exemplos de fontes históricas através de escritos.
Dê três exemplos de fontes históricas através de imagens.
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Bom dia queridos alunos dos sétimos anos.
Hoje o vídeo é sobre os castelos medievais.
Este vídeo é sobre o Projeto Guedelon. É sobre a construção de um castelo na França, que começou nos anos 90, usando apenas técnicas de construção da época. Por isso levará mais de vinte anos para ficar pronto! Não descobri se ele já está pronto!
Veja o vídeo e depois responda a questão:
1. Qual as características de todo trabalho que está sendo usado para a construção da castelo?
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Bom dias queridos alunos dos oitavos anos!
A aula anterior foi um grande resumo do que chamamos Iluminismo e ideias iluministas.
Foram ideias revolucionárias, ideias de transformações na vida humana: do jeito de fazer política, de organizar a vida econômica e trabalhar, de aprender e construir novos conhecimentos. Também é o momento histórico (século 18) que pela primeira vez se fala em "Direitos universais" para todos os Homens (espécie humana). Direitos naturais. Direitos que nasceriam com o nascimento do Cidadão. A Cidadania! Essas ideias iluministas fazem parte da nossa vida atual.
Abaixo você tem dois textos.
A "Declaração de direitos do homem e do cidadão de 1789", na França , em 26 de Agosto, na Revolução Francesa, um movimento revolucionário (de transformações), fortemente influenciado pelas ideias iluministas, que acabou cortando a cabeça do Rei francês!!!
O outro texto trás os dez primeiros Parágrafos do Artigo 5º da Constituição do Brasil de 1988. A lei maior do Brasil.
A tarefa é a seguinte:
Leia os dois textos e compare a Declaração de 1789 com a Constituição do Brasil de 1988. O que há em comum entre a Declaração e os parágrafos escolhidos do Artigo 5º?
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França, 26 de agosto de 1789.
Os representantes do povo francês, reunidos em Assembléia Nacional, tendo em vista que a ignorância, o esquecimento ou o desprezo dos direitos do homem são as únicas causas dos males públicos e da corrupção dos Governos, resolveram declarar solenemente os direitos naturais, inalienáveis e sagrados do homem, a fim de que esta declaração, sempre presente em todos os membros do corpo social, lhes lembre permanentemente seus direitos e seus deveres; a fim de que os atos do Poder Legislativo e do Poder Executivo, podendo ser a qualquer momento comparados com a finalidade de toda a instituição política, sejam por isso mais respeitados; a fim de que as reivindicações dos cidadãos, doravante fundadas em princípios simples e incontestáveis, se dirijam sempre à conservação da Constituição e à felicidade geral.
Em razão disto, a Assembléia Nacional reconhece e declara, na presença e sob a égide do Ser Supremo, os seguintes direitos do homem e do cidadão:
Art.1º. Os homens nascem e são livres e iguais em direitos. As distinções sociais só podem fundamentar-se na utilidade comum.
Art. 2º. A finalidade de toda associação política é a conservação dos direitos naturais e imprescritíveis do homem. Esses direitos são a liberdade, a propriedade a segurança e a resistência à opressão.
Art. 3º. O princípio de toda a soberania reside, essencialmente, na nação. Nenhuma operação, nenhum indivíduo pode exercer autoridade que dela não emane expressamente.
Art. 4º. A liberdade consiste em poder fazer tudo que não prejudique o próximo. Assim, o exercício dos direitos naturais de cada homem não tem por limites senão aqueles que asseguram aos outros membros da sociedade o gozo dos mesmos direitos. Estes limites apenas podem ser determinados pela lei.
Art. 5º. A lei não proíbe senão as ações nocivas à sociedade. Tudo que não é vedado pela lei não pode ser obstado e ninguém pode ser constrangido a fazer o que ela não ordene.
Art. 6º. A lei é a expressão da vontade geral. Todos os cidadãos têm o direito de concorrer, pessoalmente ou através de mandatários, para a sua formação. Ela deve ser a mesma para todos, seja para proteger, seja para punir. Todos os cidadãos são iguais a seus olhos e igualmente admissíveis a todas as dignidades, lugares e empregos públicos, segundo a sua capacidade e sem outra distinção que não seja a das suas virtudes e dos seus talentos.
Art. 7º. Ninguém pode ser acusado, preso ou detido senão nos casos determinados pela lei e de acordo com as formas por esta prescritas. Os que solicitam, expedem, executam ou mandam executar ordens arbitrárias devem ser punidos; mas qualquer cidadão convocado ou detido em virtude da lei deve obedecer imediatamente, caso contrário torna-se culpado de resistência.
Art. 8º. A lei apenas deve estabelecer penas estrita e evidentemente necessárias e ninguém pode ser punido senão por força de uma lei estabelecida e promulgada antes do delito e legalmente aplicada.
Art. 9º. Todo acusado é considerado inocente até ser declarado culpado e, se julgar indispensável prendê-lo, todo o rigor desnecessário à guarda da sua pessoa deverá ser severamente reprimido pela lei.
Art. 10º. Ninguém pode ser molestado por suas opiniões, incluindo opiniões religiosas, desde que sua manifestação não perturbe a ordem pública estabelecida pela lei.
Art. 11º. A livre comunicação das idéias e das opiniões é um dos mais preciosos direitos do homem. Todo cidadão pode, portanto, falar, escrever, imprimir livremente, respondendo, todavia, pelos abusos desta liberdade nos termos previstos na lei.
Art. 12º. A garantia dos direitos do homem e do cidadão necessita de uma força pública. Esta força é, pois, instituída para fruição por todos, e não para utilidade particular daqueles a quem é confiada.
Art. 13º. Para a manutenção da força pública e para as despesas de administração é indispensável uma contribuição comum que deve ser dividida entre os cidadãos de acordo com suas possibilidades.
Art. 14º. Todos os cidadãos têm direito de verificar, por si ou pelos seus representantes, da necessidade da contribuição pública, de consenti-la livremente, de observar o seu emprego e de lhe fixar a repartição, a coleta, a cobrança e a duração.
Art. 15º. A sociedade tem o direito de pedir contas a todo agente público pela sua administração.
Art. 16.º A sociedade em que não esteja assegurada a garantia dos direitos nem estabelecida a separação dos poderes não tem Constituição.
Art. 17.º Como a propriedade é um direito inviolável e sagrado, ninguém dela pode ser privado, a não ser quando a necessidade pública legalmente comprovada o exigir e sob condição de justa e prévia indenização.
In Textos Básicos sobre Derechos Humanos.
Madrid. Universidad Complutense, 1973, traduzido do espanhol por Marcus Cláudio Acqua Viva. APUD.
FERREIRA Filho, Manoel G. et. alli. Liberdades Públicas
São Paulo, Ed. Saraiva, 1978.
Comissão de Direitos Humanos da USP - Rua Maria Antonia, 294 - 1º andar, sala 102 - São Paulo- SP - direitoshumanos@usp.br
TÍTULO II
DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS
CAPÍTULO I
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;
III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem;
VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;
VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva;
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;
IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença;
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral dec
Bom dia queridos alunos do nono ano!
O texto da www.bbc.com/portuguese mostra como invenções e inovações criadas ou tornadas comum para o momento de guerra, hoje fazem parte das nossas vidas. Ou seja, saíram de uma economia de guerra, para a a economia de de consumo das sociedades capitalistas contemporâneas.
Tarefa: leia o texto e destaque aquilo que faz parte da sua vida hoje!
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Bom dias queridos alunos dos sextos.
Hoje vamos trabalhar com o conceito de TEMPO.
O link acima leva vocês ao canal do youtube.
Vocês vão assistir a animação "Mad world" ("Mundo mau") de 03:15 minutos.
A partir do que viram, quero que escrevam o seguinte:
Você já imaginou que houve um tempo em que não existiam aparelhos de celular no mundo?
Será que faz muito tempo isto? 10, 20, 30, 50 ou 100 anos atrás?
Como você acha que as pessoas se comunicavam, se divertiam, se informavam, se relacionavam e faziam fofoca neste tempo?
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Bom dia queridos alunos dos sétimos anos!
Vamos ver como eram os feudos?
O Link acima leva ao vídeo do youtube.
Este vídeo de 09:25 minutos é um resumo sobre a sociedade medieval na Europa ( Idade Média, séculos 5º ao 15º).
Veja o vídeo, presta atenção e depois responde as perguntas:
Quem eram os suseranos?
Quem eram os vassalos? Quais eram as obrigações de um vassalo?
Para os camponeses (servos), porque era importante habitarem, viverem em um feudo?
Quais as atividades dos camponeses no feudo?
O que fazia a nobreza feudal?
Como estavam divididas as terras do feudo?
Quais as condições de vida dos servos(camponeses)?
Como se revoltaram os servos contra a nobreza?
Quais as característica da sociedade medieval?
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Bom dia queridos alunos dos oitavos anos😃
Vamos voltar a aula n.2? Para a Declaração de direitos do homem e do cidadão - 1789 e seus 17 parágrafos.
Tarefa:
Releia a Declaração.
Destaque três (3) parágrafos que você acha importante como direitos necessários para a nossa sociedade atual, para nós cidadãos.
Sobre cada parágrafo, escreva algo. Escreva por exemplo por que você acha importante o direito escolhido.
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https://www.bbc.com/portuguese/geral-48658087
Bom dia queridos alunos do nono ano!😃👍
O link acima do site da BBC traz uma matéria sobre a "participação" do Brasil na Primeira Guerra Mundial.
Tarefa:Lê o texto.
Após a leitura, destaca as transformações trazidas ao Brasil após sua "participação" na guerra.
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Vamos imaginar que você precisa contar sua história pessoal, sua trajetória de vida para alguém.
Então vou te ajudar com umas perguntas que você deve responder.
Por onde você começaria sua história. Pelo seu nascimento? Pela história dos seus pais? Por onde?
Quais os documentos históricos que você teria a sua disposição para consultar, que são vestígios, que comprovam a sua vida aqui na Terra?
Que fatos você iria destacar da sua história. Os considerados bons? Os considerados ruins? Ambos?
Você acha que apenas sua memória seria possível para escrever sua história?
Leia o texto abaixo e depois responda a questão:
Responsáveis pela formação das forças militares de seu tempo, os cavaleiros medievais apareceram entre os integrantes da nobreza medieval. A princípio, além da origem nobiliárquica (nobreza), um cavaleiro deveria ter treinamento e armas para ascender a tal condição. Em muitos casos, recebiam terras e direitos de cobrança para defenderem a propriedade de um senhor feudal. Ao longo do tempo, o alcance dessa prestigiada condição foi se cercando de maiores exigências.
Por volta dos sete anos de idade, o jovem nobre iniciava a sua formação de cavaleiro exercendo as funções de um pajem. Já nessa primeira fase, ele aprendia sobre equitação e o manejo das armas utilizadas por um cavaleiro. Aos doze anos de idade o aprendiz era transformado em escudeiro. Nessa época, ele acompanhava o seu senhor nos campos de batalha e aprofundava os seus conhecimentos sobre o manejo da espada. Além disso, aprimorava a sua condição física em lutas, corridas e desafios de esgrima.
Entre os 18 e 20 anos, o escudeiro realizava a sua passagem da juventude para a idade adulta ao se transformar em cavaleiro. O ritual de sagração do cavaleiro era uma solenidade de grande importância, já que em algumas ocasiões chegava a contar com a ilustre presença do rei. Na noite anterior ao evento, o aspirante ficava em jejum e realizava a vigília das armas. Chegado o grande dia, o futuro combatente era desafiado em simulações de combate que comprovavam a sua eficiência.
No juramento, o senhor do cavaleiro reforçava a condição de submissão e lealdade do cavaleiro dando-lhe um tapa na cara, no ombro ou na nuca. Depois disso, era feito um proferimento em que o senhor reforçava a coragem e a lealdade pela invocação divina. Logo em seguida, o jovem subia em seu cavalo e saia cavalgando. Era assim que um membro da classe nobiliárquica se tornava mais um integrante das forças que protegiam as terras de seu tempo contra as invasões.
Nas situações de guerra, os cavaleiros eram organizados em diferentes postos de batalha. Tão importante quanto a sua posição e habilidades, um cavaleiro não poderia sobreviver muito tempo em guerra sem que estivesse acompanhado de seu cavalo. Se a sua montaria fosse perdida, a morte era quase certa. Ao fim do período medieval, a formação dos exércitos nacionais e a introdução das armas de fogo foram enfraquecendo a imagem do cavaleiro, que passou a figurar as lendas de uma época.
https://www.historiadomundo.com.br/idade-media/o-cavaleiro-medieval.htm
Agora responda:
1.Qual é o assunto do texto?
Leia o texto abaixo sobre as ideias iluministas sobre a educação no contexto da Revolução francesa. Depois responda as questões.
Um dos assuntos mais interessantes colocados pela Revolução Francesa de 1789 foi à questão da educação popular. De certa forma até hoje se tenta em países não europeus levar adiante a ideia de educação dos revolucionários franceses.
É bom lembrar que a ideia de todos terem acesso a mesma educação, não importando o sexo, a religião ou a origem social foi uma das mais importantes e duradouras heranças da Revolução Frances de 1789. Chegar a ela, a esta conquista, realmente não tem sido fácil. Mas o primeiro passo foi dado pela Declaração Universal dos Direitos do Homem e do Cidadão, que diz que “todos os homens nascem livres e são iguais perante as leis”.
A discussão do destino e do alcance da educação pública deu-se de forma extremamente polêmica, um debate que vinha bem antes de 1789. Começou na França cerca de três décadas, ao tempo em que se dera a discussão entre os que defendiam o aumento da autoridade e do poder do Rei e o os padres da Ordem dos Jesuítas, fazendo com que os primeiros conseguissem com que a Companhia de Jesus (a Ordem religiosa cristã dos Jesuítas) fosse finalmente proibida de possuir escolas na França. Uma lei de 1762 fez com que cerca de seiscentos prédios escolares administrados pelos Jesuítas passassem ao controle de governantes locais.
Como que prevendo o debate que se seguiria naquele mesmo ano, Jean Jacques Rousseau lançou seu livro “Emilio”, onde descreve a necessidade de suavizar os castigos físicos nas escolas e um retorno às virtudes, às qualidades naturais dos seres humanos. Mas o que causou maior sensação na época foi outro livro, de um educador chamado La Chalotais, que há anos vinha lutando no campo das ideias para tornar o ensino uma atividade exclusivamente secular(não religiosa). La Chalotais, no entanto não desejava estender o ensino ao povo inteiro. Ensino estatal (pago pelo Estado) sim, mas para as classes sociais mais enriquecidas, chegando ate a condenar os “Frères Ignorantins”, padres da Igreja Católica francesa que ensinavam o alfabeto aos trabalhadores mais pobres. Segundo La Chalotais, ensinar as letras a operários, trabalhadores e camponeses seria desviá-los das tarefas que a natureza e a ordem social havia determinados pra eles, que era apenas o de trabalhar!.Foi o que bastou para que Voltaire, um defensor da nobreza e elite francesa, concordasse com o educador, pois para Voltaire, “as luzes não eram para trabalhadores, mas sim privilégio de uma elite enriquecida e pensante francesa”.
O padre Réguis, em seus sermões, discursava contra a inutilidade de esclarecer, de dar “luzes” aos trabalhadores. Para ele, saber ler e escrever “não os ensinará a melhor lavrar e trabalhar a terra, não irá lhes melhorar os costumes, nem lhes tirar a malícia (...) nem os torna mais dóceis ao seu pastor, nem os torna mais virtuosos e mais cristãos”. Alguns professores “jansenistas” (católicos) como Jean-Baptiste Crévier, argumentavam terem sido os “Evangelhos escritos para serem lidos” e que a fé seria reforçada por aqueles que tinham o domínio das ideias cristãs expressas nos livros.
Responda:
Qual o assunto do texto?
Qual a principal ideia de educação que surgiu na Revolução Francesa?
O texto traz diferentes ideias sobre educação. Que ideias são estas?(cite 3)
4.Você concorda ou não, com o pensamento de Voltaire expresso no texto? Por quê?
Leia o texto abaixo e depois responda.
Durante os conflitos da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), tanto soldados como seus familiares, como a imprensa e os governos de vários países acharam que a guerra seria rápida, acreditavam que os soldados estariam de volta a suas casas o mais breve possível. Ledo engano! A guerra rápida que estavam esperando durou aproximadamente cinco anos, de 1914 a 1918.
Logo no início da guerra os exércitos alemães planejavam executar o Plano Schlieffen (tomada da Bélgica, fugindo das fronteiras francesas, e a conquista de Paris), colocado o plano em prática, o exército alemão não alcançou tão facilmente seus objetivos.
As forças francesas, ajudadas pelos ingleses, resistiram ao avanço alemão a, aproximadamente, 64km de Paris. Começava uma nova fase da guerra, a chamada guerra de trincheiras.
As trincheiras eram valas abertas com aproximadamente 2,5m de profundidade e 2m de largura, geralmente eram feitas por soldados tanto da Tríplice Entente quanto da Tríplice Aliança. As trincheiras tinham como principal objetivo o ataque e a proteção dos exércitos dos dois blocos.
Durante a Primeira Guerra as trincheiras não foram construídas em linhas retas para garantir maior proteção aos soldados, ao lado de uma trincheira principal eram construídas outras trincheiras para servir de suporte para os soldados: alguns descansavam, outros dormiam e se alimentavam nessas valas de suporte.
As trincheiras protegiam os soldados das batalhas em campo aberto, porém essa proteção não foi tão eficaz, pois várias trincheiras foram atingidas quase sempre por bombas e granadas que explodiam e vitimavam milhares de soldados.
O cotidiano nas trincheiras não era fácil, muitos combatentes morriam com as doenças espalhadas por ratos que dividiam os espaços, os alimentos e a água com os soldados. Quando soldados morriam dentro das trincheiras, muitas vezes não era possível retirá-los, desta forma, vários corpos se decompunham nas valas e o odor se tornava insuportável para os soldados.
O dia a dia dos combatentes dentro das trincheiras foi relatado por diversos soldados que viveram os horrores da Primeira Guerra Mundial:
“A mesma velha trincheira, a mesma paisagem, os mesmos ratos, crescendo como mato, os mesmos abrigos, nada de novo, os mesmos e velhos cheiros, tudo na mesma, os mesmo cadáveres no front,” “A mesma metralha, das duas às quatro, como se sempre cavando, como sempre caçando, a mesma velha guerra dos diabos.”1
Os relatos dos soldados citados acima expressam mais eficazmente a realidade vivida por eles no front, as experiências angustiantes e dilaceradoras, a rotina, o marasmo: “a mesma paisagem, os mesmos ratos”. Também demonstra a banalização da vida, a morte se torna uma coisa corriqueira: “os mesmos cadáveres no front”.
Os depoimentos e experiências dos soldados que viveram e combateram durante a Primeira Guerra Mundial nos expressa mais fidedignamente a realidade do front, segue relato da experiência do Capitão Edwin Gerard Venning:
“Ainda estou atolado nesta trincheira. (...) Não me lavei. Nem mesmo cheguei a tirar a roupa, e a média de sono, a cada 24 horas, tem sido de duas horas e meia. Não creio que já tenhamos começado a rastejar como animais, mas não acredito que me tivesse dado conta se já houvesse começado: é um questão de somenos.”2
O cotidiano dos soldados nas trincheiras era perpassado por enormes dificuldades, as valas viviam cheias de águas das chuvas que misturavam na terra e formavam os barros que grudavam nas meias e botas dos soldados, geralmente quando os barros secavam nos pés dos soldados, muitos tinham que cortar o couro do pé para conseguir retirar as meias. As febres eram constantes nas trincheiras, as micoses e frieiras.
As dificuldades durante a Primeira Guerra Mundial não foram poucas, milhões de soldados perderam suas vidas dentro das trincheiras e durante a guerra, não importa se eram soldados nazistas, ingleses, franceses, o que importa é que eram vidas que foram perdidas.
Tarefa:
Faça um resumo sobre o cotidiano dos soldados na Primeira Guerra Mundial.
Leia o conto abaixo e depois responda a questão.
Os cegos e o elefante
Há muitos anos vivia na Índia um rei sábio e muito culto. Já havia lido todos os livros de seu reino. Seus conhecimentos eram numerosos como os grãos de areia do Rio Ganges. Muitos súditos e ministros, para agradar o rei, também se aplicaram aos estudos e às leituras dos velhos livros. Mas viviam disputando entre si quem era o mais conhecedor, inteligente e sábio. Cada um se arvorava em ser o dono da verdade e menosprezava os demais. O rei se entristecia com essa rivalidade intelectual. Resolveu, então, dar-lhes uma lição. Chamou-os todos para que presenciassem uma cena no palácio.
Bem no centro da grande sala do trono estavam alguns belos elefantes. O rei ordenou que os soldados deixassem entrar um grupo de cegos de nascença. Compartilhe esta matéria com seus amigos
Obedecendo às ordens reais, os soldados conduziram os cegos para os elefantes e, guiando-lhes as mãos, mostraram-lhes os animais. Um dos cegos agarrou a perna de um elefante; o outro segurou a cauda; outro tocou a barriga; outro, as costas; outro apalpou as orelhas; outro, a presa; outro, a tromba. O rei pediu que cada um examinasse bem, com as mãos, a parte que lhe cabia. Em seguida, mandou-os vir à sua presença e perguntou-lhes: – Com que se parece um elefante? Começou uma discussão acalorada entre os cegos. Aquele que agarrou a perna respondeu: – O elefante é como uma coluna roliça e pesada. – Errado! – interferiu o cego que segurou a cauda. – O elefante é tal qual uma vassoura de cabo maleável. – Absurdo! – gritou aquele que tocou a barriga. – É uma parede curva e tem a pele semelhante a um tambor. – Vocês não perceberam nada – desdenhou o cego que tocou as costas. – O elefante parece-se com uma mesa abaulada e muito alta. – Nada disso! – resmungou o que tinha apalpado as orelhas. – É como uma bandeira arredondada e muito grossa que não para de tremular. – Pois eu não concordo com nenhum de vocês – falou alto o cego que examinara a presa. – Ele é comprido, grosso e pontiagudo, forte e rígido como os chifres. – Lamento dizer que todos vocês estão errados – disse com prepotência o que tinha segurado a tromba. – O elefante é como a serpente, mas flutua no ar. O rei se divertiu com as respostas e, virando-se para seus súditos e ministros, disse-lhes: – Viram? Cada um deles disse a sua verdade. E nenhuma delas responde corretamente a minha pergunta. Mas se juntarmos todas as respostas poderemos conhecer a grande verdade. Assim são vocês: cada um tem a sua parcela de verdade. Se souberem ouvir e compreender o outro e se observarem o mundo de diferentes ângulos, chegarão ao conhecimento e à sabedoria.
(Conto do budismo chinês. Extraído de DOMINGUES, Joelza Ester. História em Documento. Imagem e texto. São Paulo: FTD, 2012.)
https://ensinarhistoriajoelza.com.br/um-conto-para-a-primeira-aula-de-historia/ - Blog: Ensinar História - Joelza Ester Domingues
Agora responda a questão:
1. O que o conto acima pode nos ensinar?
Leia o texto abaixo e depois responda a pergunta.
Como o período medieval foi bastante longo (aproximadamente mil anos), todos os aspectos da vida cotidiana - moradia, vestuário, alimentação, etc. - passaram por mudanças importantes e variaram muito de um lugar para o outro.
De modo geral, a população estava concentrada no campo (cerca de 80% das pessoas viviam na zona rural) e, apesar de alguns períodos de maior crescimento demográfico, o número de habitantes era pequeno. Estima-se que em paris, a maior cidade europeia da época, tinha uma população de 160 mil habitantes, em 1250. E, em 1399, o número total de habitantes do continente europeu não passava de 74 milhões.
O baixo crescimento da população resultava do elevado número de mortes, pois a média de vida, na época, não ultrapassava os 40 anos de idade. Os historiadores calculam que, de cada 100 crianças nascidas vivas, 45 morriam ainda na infância. Era comum a morte de mulheres durante o parto e os homens jovens morriam nas guerras ou vítimas de doenças para as quais ainda não se conhecia uma cura
Na sociedade medieval, profundamente dominada pela religiosidade e misticismo, era senso comum interpretar o surgimento de doenças e epidemias como sendo resultados da ira divina pelos pecados humanos.
A falta de higiene, de água tratada e de um sistema de esgoto, provocou surtos de epidemias que mataram milhares de pessoas. A Peste Negra, por exemplo, que se espalhou pela Europa, somente no período de 1348 a 1350, matou cerca de 20 milhões de pessoas.
Além das pestes, nesta época, outras doenças provocavam altos índices de mortalidade: tuberculose, sífilis e infecções generalizadas provocadas pela falta de assepsia no tratamento das feridas. Bastante limitada, a medicina não tinha ainda desenvolvido tratamento adequado para muitas doenças. Além disso, as distancias, as dificuldades de locomoção e o número reduzido de médicos tornavam ainda mais crítica a situação dos doentes que na maioria das vezes eram atendidos em boticários ou curandeiras e se medicavam com ervas e rezas. Aliás, essas mulheres curandeiras, que a Igreja tratava como feiticeiras, também foram duramente perseguidas e mortas pela Inquisição, a partir do século XII.
Mais dramática ainda era a situação das crianças, muitas vezes abandonadas em estradas, bosques ou mosteiros pelos pais, que não tinham como sustentá-las. Além disso, havia também grande número de órfãos, devido ao elevado índice de mortalidade no parto: a falta de higiene provocava a chamada febre puerperal, que causava a morte da mãe, e a incidência de blenorragia (doença sexualmente transmissível) muitas vezes contaminava o filho, causando cegueira.
Numa população supersticiosa, que interpretava todos os acontecimentos naturais como expressão da vontade divina, a doença era vista como punição pelos pecados. Para se livrar desses pecados, as pessoas faziam então penitências, compravam indulgências e procuravam viver de acordo com os mandamentos da Igreja. Mas, como nem sempre conseguiam manter uma vida regrada, casta e desapegada das coisas e prazeres materiais, homens e mulheres viviam em constante preocupação com a morte e com o julgamento de Deus.
https://www.sohistoria.com.br/ef2/medieval/p4.php
Responda:
1. Por que a expectativa de vida na Idade Média era curta, comparada com a expectativa de vida atual?
As ideias iluministas valorizavam(e valorizam) o conhecimento produzido pelos seres humanos.
O conto abaixo fala sobre o ato de conhecer algo.
Leia o conto abaixo e depois responda a questão.
Os cegos e o elefante
Há muitos anos vivia na Índia um rei sábio e muito culto. Já havia lido todos os livros de seu reino. Seus conhecimentos eram numerosos como os grãos de areia do Rio Ganges. Muitos súditos e ministros, para agradar o rei, também se aplicaram aos estudos e às leituras dos velhos livros. Mas viviam disputando entre si quem era o mais conhecedor, inteligente e sábio. Cada um se arvorava em ser o dono da verdade e menosprezava os demais. O rei se entristecia com essa rivalidade intelectual. Resolveu, então, dar-lhes uma lição. Chamou-os todos para que presenciassem uma cena no palácio.
Bem no centro da grande sala do trono estavam alguns belos elefantes. O rei ordenou que os soldados deixassem entrar um grupo de cegos de nascença. Compartilhe esta matéria com seus amigos
Obedecendo às ordens reais, os soldados conduziram os cegos para os elefantes e, guiando-lhes as mãos, mostraram-lhes os animais. Um dos cegos agarrou a perna de um elefante; o outro segurou a cauda; outro tocou a barriga; outro, as costas; outro apalpou as orelhas; outro, a presa; outro, a tromba. O rei pediu que cada um examinasse bem, com as mãos, a parte que lhe cabia. Em seguida, mandou-os vir à sua presença e perguntou-lhes: – Com que se parece um elefante? Começou uma discussão acalorada entre os cegos. Aquele que agarrou a perna respondeu: – O elefante é como uma coluna roliça e pesada. – Errado! – interferiu o cego que segurou a cauda. – O elefante é tal qual uma vassoura de cabo maleável. – Absurdo! – gritou aquele que tocou a barriga. – É uma parede curva e tem a pele semelhante a um tambor. – Vocês não perceberam nada – desdenhou o cego que tocou as costas. – O elefante parece-se com uma mesa abaulada e muito alta. – Nada disso! – resmungou o que tinha apalpado as orelhas. – É como uma bandeira arredondada e muito grossa que não para de tremular. – Pois eu não concordo com nenhum de vocês – falou alto o cego que examinara a presa. – Ele é comprido, grosso e pontiagudo, forte e rígido como os chifres. – Lamento dizer que todos vocês estão errados – disse com prepotência o que tinha segurado a tromba. – O elefante é como a serpente, mas flutua no ar. O rei se divertiu com as respostas e, virando-se para seus súditos e ministros, disse-lhes: – Viram? Cada um deles disse a sua verdade. E nenhuma delas responde corretamente a minha pergunta. Mas se juntarmos todas as respostas poderemos conhecer a grande verdade. Assim são vocês: cada um tem a sua parcela de verdade. Se souberem ouvir e compreender o outro e se observarem o mundo de diferentes ângulos, chegarão ao conhecimento e à sabedoria.
(Conto do budismo chinês. Extraído de DOMINGUES, Joelza Ester. História em Documento. Imagem e texto. São Paulo: FTD, 2012.)
https://ensinarhistoriajoelza.com.br/um-conto-para-a-primeira-aula-de-historia/ - Blog: Ensinar História - Joelza Ester Domingues
Agora responda:
O que o conto nos ensina sobre o ato de conhecer, sobre o conhecimento humano?
Leia o texto de depois responda a questão.
As mulheres estiveram no centro do esforço de guerra durante o primeiro conflito mundial em todas as nações beligerantes, um envolvimento que ajudou em sua emancipação, em diferentes ritmos de acordo com o país.
Em toda a Europa, as mulheres substituíram à frente dos trabalhos os homens que haviam partido, até então exclusivamente para rapazes, convertendo-se em condutoras de bondes, garçonetes em cafés, funcionárias dos correios, distribuidoras de carvão, empregadas de banco, ou professoras nas escolas masculinas./00:4
A partir de 1915, as indústrias reconvertidas para a defesa, na fabricação de armas e munição, solicitaram mulheres, primeiro na Europa e depois nos Estados Unidos, que entrou na guerra em 1917.
Cerca de 400.000 mulheres trabalhavam nas fábricas de guerra francesas no início de 1918, ou seja, um quarto da mão de obra nesse setor.
A mão de obra feminina no Comércio e na Indústria, no fim de 1917 na França, era 20% superior ao seu nível anterior à guerra, de acordo com o Ministério do Trabalho. No Reino Unido, onde era mal visto antes do conflito que as mulheres casadas trabalhassem, independentemente de sua classe social, o crescimento foi ainda maior, por volta de 50%.
“As francesas já trabalhavam muito antes de 1914, havia 7,7 milhões de mulheres recenseadas como ativas, ou seja, 36% da população ativa, muito mais do que no Reino Unido e na Alemanha”, explica a historiadora Françoise Thébaut. Estas provinham principalmente da classe operária, e a guerra favoreceu a chegada ao mercado de trabalho das mulheres de classes abastadas.
Algumas se uniram ao front como enfermeiras, ou, no Reino Unido, a partir de 1917, como auxiliares do Exército (motoristas de caminhões e ambulâncias, cozinheiras, mecânicas).
Em 1918, suplicou-se em todas as partes que as mulheres voltassem para seus lares e suas atividades anteriores. Contudo, acabava de começar uma mudança importante: estas voltaram nos anos seguintes ao mercado de trabalho e foi confirmada a feminização dos empregos nas fábricas, no setor terciário e nas profissões liberais.
Este aumento da atividade foi acompanhado por um avanço de direitos, mas em diferente ritmo de acordo com os países.
Nos Estados Unidos, o combate feminista continuou durante o conflito. Já as militantes francesas, britânicas e alemãs silenciaram as suas reivindicações.
As britânicas, assim como as alemãs e americanas, obtiveram o direito ao voto ao fim da guerra. Mas as francesas e italianas tiveram que esperar até o fim da Segunda Guerra Mundial.
O reencontro com seus filhos e maridos sobreviventes da Grande Guerra, que em muitos casos voltaram feridos, mutilados, ou traumatizados, será difícil, mas feliz, para algumas mulheres, segundo os depoimentos recolhidos pelos diários surgidos no pós-guerra, de acordo com o historiador Dominique Fouchard, autor de “O peso da guerra”.
Em uma França com mais de 1,3 milhão de mortos em combate e 600.000 viúvas da guerra, uma “obsessão natalista” reenviou as mulheres para a tarefa de repovoar o país, assinala Françoise Thébaut. Uma lei promulgada em 1920 proibiu informações sobre contracepção e aborto, que foram legalizados, respectivamente, em 1967 e 1975.
https://istoe.com.br/a-primeira-guerra-mundial-trouxe-uma-grande-mudanca-para-as-mulheres/
1. Qual o impacto da Primeira Guerra sobre a condição da mulher europeia?
Aula de História - n.6 - 1/6/2020 – Sextos anos – Conceito de História
Olá querido alunos.
O texto abaixo fala da transformação da natureza pelos seres humanos. Transformando a natureza, os seres humanos também transformam a sua história.
Leia o texto:
Tudo o que está ao nosso redor advém da natureza. Ela é a condição fundamental para a sobrevivência humana, desde seu estágio natural até a sua transformação executada pela ação humana, a chamada segunda natureza.
Todas as modificações ocorridas na natureza são realizadas a partir do trabalho humano, criando assim relações de interdependência social: homem x homem e homem x natureza.
As relações sociais confrontam a convivência humana, pois o homem, como um ser social, necessita do outro, porque na sociedade cada indivíduo cumpre uma função, por mais simples que ela seja.
Já a relação homem-natureza é realizada em razão da dependência humana dos recursos que a natureza oferece, para que, com a força de trabalho, a primeira natureza seja transformada em segunda.
A interferência do homem na natureza é indispensável para a continuidade do funcionamento da sociedade, mas por outro lado é preciso lembrar que a natureza e seus recursos são esgotáveis e que ela necessita de respeito e cuidados especiais. Por vezes percebemos que o homem esquece que faz parte da natureza.
FREITAS, Eduardo de. "Transformação da natureza"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/geografia/transformacao-natureza.htm.
Leu o texto? Agora então procure responder esta questão.
Como você interpreta, entende o último parágrafo do texto?
Aula de História - n.6 - 1/6/2020 – Sétimos anos – Conceito de história
Olá querido alunos.
O texto abaixo fala da transformação da natureza pelos seres humanos. Transformando a natureza, os seres humanos também transformam a sua história.
Leia o texto:
Tudo o que está ao nosso redor advém da natureza. Ela é a condição fundamental para a sobrevivência humana, desde seu estágio natural até a sua transformação executada pela ação humana, a chamada segunda natureza.
Todas as modificações ocorridas na natureza são realizadas a partir do trabalho humano, criando assim relações de interdependência social: homem x homem e homem x natureza.
As relações sociais confrontam a convivência humana, pois o homem, como um ser social, necessita do outro, porque na sociedade cada indivíduo cumpre uma função, por mais simples que ela seja.
Já a relação homem-natureza é realizada em razão da dependência humana dos recursos que a natureza oferece, para que, com a força de trabalho, a primeira natureza seja transformada em segunda.
A interferência do homem na natureza é indispensável para a continuidade do funcionamento da sociedade, mas por outro lado é preciso lembrar que a natureza e seus recursos são esgotáveis e que ela necessita de respeito e cuidados especiais. Por vezes percebemos que o homem esquece que faz parte da natureza.
FREITAS, Eduardo de. "Transformação da natureza"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/geografia/transformacao-natureza.htm.
Leu o texto? Agora então procure responder esta questão.
Como você interpreta, entende o último parágrafo do texto?
Aula de História - n.6 - 1/6/2020 – Oitavos anos – Fake News
Apesar de parecer recente, o termo fake news, ou notícia falsa, em português, é mais antigo do que aparenta. Segundo o dicionário Merriam-Webster, essa expressão é usada desde o final do século XIX. O termo é em inglês, mas se tornou popular em todo o mundo para denominar informações falsas que são publicadas, principalmente, em redes sociais.
Não é de hoje que mentiras são divulgadas como verdades, mas foi com o advento das redes sociais que esse tipo de publicação popularizou-se. A imprensa internacional começou a usar com mais frequência o termo fake news durante a eleição de 2016 nos Estados Unidos, na qual Donald Trump tornou-se presidente. Fake news é um termo em inglês e é usado para referir-se a falsas informações divulgadas, principalmente, em redes sociais.
Na época em que Trump foi eleito, algumas empresas especializadas identificaram uma série de sites com conteúdo duvidoso. A maioria das notícias divulgadas por esses sites explorava conteúdos sensacionalistas, envolvendo, em alguns casos, personalidades importantes, como a adversária de Trump, Hillary Clinton.
Os motivos para que sejam criadas notícias falsas são diversos. Em alguns casos, os autores criam manchetes absurdas com o claro intuito de atrair acessos aos sites e, assim, faturar com a publicidade digital.
No entanto, além da finalidade puramente comercial, as fake news podem ser usadas apenas para criar boatos e reforçar um pensamento, por meio de mentiras e da disseminação de ódio. Dessa maneira, prejudicam-se pessoas comuns, celebridades, políticos e empresas.
É isso o que acontece, por exemplo, durante períodos eleitorais, nos quais empresas especializadas criam boatos, que são disseminados em grande escala na rede, alcançando milhões de usuários. O Departamento de Justiça Americano denunciou três agências russas, afirmando que elas teriam espalhado informações falsas na internet e influenciarem as eleições norte-americanas de 2016.
Existem grupos específicos que trabalham espalhando boatos. No entanto, não é fácil encontrar as empresas que atuam nesse segmento, pois elas operam na chamada deep web, isto é, uma parte da rede que não é indexada pelos mecanismos de buscas, ficando oculta ao grande público.
Para disseminar informações falsas, é criada uma página na internet. Um robô criado pelos programadores desses grupos é o responsável por disseminar o link nas redes. Quanto mais o assunto é mencionado nas redes, mais o robô atua, chegando a disparar informações a cada dois segundos, o que é humanamente impossível.
Com tamanho volume de disseminação de conteúdos, pessoas reais ficam vulneráveis às fake news e acabam compartilhando essas informações. Dessa forma, está criada uma rede de mentiras com pessoas reais.
Como os responsáveis pelas fake news atuam, geralmente, em uma região da web que é oculta para a grande maioria dos usuários, não é fácil identificá-los e, consequentemente, puni-los. Além disso, essas pessoas usam servidores de fora do país, em lan houses que não exigem identificação.
Para as autoridades, identificar e punir os autores de boatos na rede é uma tarefa muito difícil. No caso do Brasil, a legislação que prevê punição para esse tipo de crime não fala sobre internet, cita apenas rádio e televisão.
Alguns sites de fake news usam endereços e layouts parecidos com os de grandes portais de notícias, induzindo o internauta a pensar que são páginas de credibilidade. Por isso, todo cuidado é pouco na internet.
A maneira mais efetiva de diminuir os impactos das fake news é cada cidadão fazer sua parte, compartilhando apenas aquilo que tem certeza de que é verdade. O ideal é duvidar sempre e procurar informações em outros veículos, especialmente nos conhecidos como grande mídia.
No Brasil, existem agências especializadas em checar a veracidade de notícias suspeitas e de boatos, as chamadas fact-checking. Alguns grandes portais de notícias também criaram setores para checagem de informações.
Veja algumas páginas de fact-checking no Brasil: Agência Lupa, Aos fatos, Truco, UOL confere, Boatos.org, E-farsas.
https://mundoeducacao.uol.com.br/curiosidades/fake-news.htm
É obvio que você já ouviu falar em fake news. Este texto é informativo. Espero que ajude a se orientarem no mundo de informações da internet, onde diariamente chegam informações me nossos computadores e smartphones.
Quero então que você escreva o seguinte: como posso me defender e defender a sociedade de informações falsas?
Aula de História - n.6 - 1/6/2020 – Nono ano – Fake News
Apesar de parecer recente, o termo fake news, ou notícia falsa, em português, é mais antigo do que aparenta. Segundo o dicionário Merriam-Webster, essa expressão é usada desde o final do século XIX. O termo é em inglês, mas se tornou popular em todo o mundo para denominar informações falsas que são publicadas, principalmente, em redes sociais.
Não é de hoje que mentiras são divulgadas como verdades, mas foi com o advento das redes sociais que esse tipo de publicação popularizou-se. A imprensa internacional começou a usar com mais frequência o termo fake news durante a eleição de 2016 nos Estados Unidos, na qual Donald Trump tornou-se presidente. Fake news é um termo em inglês e é usado para referir-se a falsas informações divulgadas, principalmente, em redes sociais.
Na época em que Trump foi eleito, algumas empresas especializadas identificaram uma série de sites com conteúdo duvidoso. A maioria das notícias divulgadas por esses sites explorava conteúdos sensacionalistas, envolvendo, em alguns casos, personalidades importantes, como a adversária de Trump, Hillary Clinton.
Os motivos para que sejam criadas notícias falsas são diversos. Em alguns casos, os autores criam manchetes absurdas com o claro intuito de atrair acessos aos sites e, assim, faturar com a publicidade digital.
No entanto, além da finalidade puramente comercial, as fake news podem ser usadas apenas para criar boatos e reforçar um pensamento, por meio de mentiras e da disseminação de ódio. Dessa maneira, prejudicam-se pessoas comuns, celebridades, políticos e empresas.
É isso o que acontece, por exemplo, durante períodos eleitorais, nos quais empresas especializadas criam boatos, que são disseminados em grande escala na rede, alcançando milhões de usuários. O Departamento de Justiça Americano denunciou três agências russas, afirmando que elas teriam espalhado informações falsas na internet e influenciarem as eleições norte-americanas de 2016.
Existem grupos específicos que trabalham espalhando boatos. No entanto, não é fácil encontrar as empresas que atuam nesse segmento, pois elas operam na chamada deep web, isto é, uma parte da rede que não é indexada pelos mecanismos de buscas, ficando oculta ao grande público.
Para disseminar informações falsas, é criada uma página na internet. Um robô criado pelos programadores desses grupos é o responsável por disseminar o link nas redes. Quanto mais o assunto é mencionado nas redes, mais o robô atua, chegando a disparar informações a cada dois segundos, o que é humanamente impossível.
Com tamanho volume de disseminação de conteúdos, pessoas reais ficam vulneráveis às fake news e acabam compartilhando essas informações. Dessa forma, está criada uma rede de mentiras com pessoas reais.
Como os responsáveis pelas fake news atuam, geralmente, em uma região da web que é oculta para a grande maioria dos usuários, não é fácil identificá-los e, consequentemente, puni-los. Além disso, essas pessoas usam servidores de fora do país, em lan houses que não exigem identificação.
Para as autoridades, identificar e punir os autores de boatos na rede é uma tarefa muito difícil. No caso do Brasil, a legislação que prevê punição para esse tipo de crime não fala sobre internet, cita apenas rádio e televisão.
Alguns sites de fake news usam endereços e layouts parecidos com os de grandes portais de notícias, induzindo o internauta a pensar que são páginas de credibilidade. Por isso, todo cuidado é pouco na internet.
A maneira mais efetiva de diminuir os impactos das fake news é cada cidadão fazer sua parte, compartilhando apenas aquilo que tem certeza de que é verdade. O ideal é duvidar sempre e procurar informações em outros veículos, especialmente nos conhecidos como grande mídia.
No Brasil, existem agências especializadas em checar a veracidade de notícias suspeitas e de boatos, as chamadas fact-checking. Alguns grandes portais de notícias também criaram setores para checagem de informações.
Veja algumas páginas de fact-checking no Brasil: Agência Lupa, Aos fatos, Truco, UOL confere, Boatos.org, E-farsas.
https://mundoeducacao.uol.com.br/curiosidades/fake-news.htm
É obvio que você já ouviu falar em fake news. Este texto é informativo. Espero que ajude a se orientarem no mundo de informações da internet, onde diariamente chegam informações me nossos computadores e smartphones.
Quero então que você escreva o seguinte: como posso me defender e defender a sociedade de informações falsas?
Aula de História - n.7 - 8/6/2020 – Sextos anos – Narrativas e reflexão.
As fábulas têm um incrível poder de fazer com que a gente reflita de forma desarmada sobre situações que passamos em nosso cotidiano.
Leia a narrativa abaixo e depois responda a pergunta.
Um rato olhando pelo buraco da parede, viu o fazendeiro e a mulher abrindo um pacote.
Ao descobrir que era uma ratoeira, ficou aterrorizado. Correu ao pátio advertindo a todos:- Há uma ratoeira na casa, uma ratoeira na casa!
A galinha disse:- Desculpe – me, Sr. Rato. Eu entendo que isso seja um grande problema para o senhor, mas não me prejudica em nada, não me incomoda.
O rato foi até o porco e lhe disse:
– Há uma ratoeira na casa!
– Desculpe – me, Sr. Rato, disse o porco. Mas, não há nada que eu possa fazer, a não ser rezar. Fique tranquilo. O senhor será lembrado em minhas preces. O rato dirigiu – se, então, à vaca. Ela, num muxoxo, disse:
– Uma ratoeira? Isso não me põe em perigo…
Então, o rato, cabisbaixo, voltou para a casa para encarar a ratoeira. E naquela noite, ouviu – se um barulho!
Meu Deus, era a ratoeira pegando sua vítima! A mulher do fazendeiro correu para ver o que estava lá. No escuro, ela não viu que a ratoeira havia pego a cauda de uma cobra venenosa. E a cobra picou a mulher…
O fazendeiro a levou imediatamente ao hospital. Ela voltou com febre.
E para alimentar alguém com febre, nada melhor que uma canja de galinha. O fazendeiro pegou seu cutelo e foi providenciar o ingrediente principal.
Como a doença da mulher continuava, os amigos vieram visitá-la. Para alimentá-los, o fazendeiro matou o porco.
A mulher não melhorou e acabou morrendo. Muita gente foi ao funeral. Para alimentar todo aquele povo, o fazendeiro, então, sacrificou a vaca.
https://cafecomsociologia.com/fabula-ratoeira-ensinando-politica-criancas/
Pergunta:
1. Então, “qual é moral da história”? O que ela pode nos ensinar?
Aula de História - n.7 - 8/6/2020 – Sétimos anos – Narrativas e reflexão.
As fábulas têm um incrível poder de fazer com que a gente reflita de forma desarmada sobre situações que passamos em nosso cotidiano.
Leia a narrativa abaixo e depois responda a pergunta.
Um rato olhando pelo buraco da parede, viu o fazendeiro e a mulher abrindo um pacote.
Ao descobrir que era uma ratoeira, ficou aterrorizado. Correu ao pátio advertindo a todos:- Há uma ratoeira na casa, uma ratoeira na casa!
A galinha disse:- Desculpe – me, Sr. Rato. Eu entendo que isso seja um grande problema para o senhor, mas não me prejudica em nada, não me incomoda.
O rato foi até o porco e lhe disse:
– Há uma ratoeira na casa!
– Desculpe – me, Sr. Rato, disse o porco. Mas, não há nada que eu possa fazer, a não ser rezar. Fique tranquilo. O senhor será lembrado em minhas preces. O rato dirigiu – se, então, à vaca. Ela, num muxoxo, disse:
– Uma ratoeira? Isso não me põe em perigo…
Então, o rato, cabisbaixo, voltou para a casa para encarar a ratoeira. E naquela noite, ouviu – se um barulho!
Meu Deus, era a ratoeira pegando sua vítima! A mulher do fazendeiro correu para ver o que estava lá. No escuro, ela não viu que a ratoeira havia pego a cauda de uma cobra venenosa. E a cobra picou a mulher…
O fazendeiro a levou imediatamente ao hospital. Ela voltou com febre.
E para alimentar alguém com febre, nada melhor que uma canja de galinha. O fazendeiro pegou seu cutelo e foi providenciar o ingrediente principal.
Como a doença da mulher continuava, os amigos vieram visitá-la. Para alimentá-los, o fazendeiro matou o porco.
A mulher não melhorou e acabou morrendo. Muita gente foi ao funeral. Para alimentar todo aquele povo, o fazendeiro, então, sacrificou a vaca.
https://cafecomsociologia.com/fabula-ratoeira-ensinando-politica-criancas/
Pergunta:
1. Então, “qual é moral da história”? O que ela pode nos ensinar?
Aula de História - n.7 - 8/6/2020 – Oitavos anos – Filosofia: pensar sobre o conhecimento humano.
Leia o texto e responda as questões no final
Tipos de Conhecimento
Existem diversas formas de conhecer e interpretar o mundo. Cada uma delas possui características específicas que as distinguem das demais.
A mitologia, o senso comum, as religiões, a filosofia e a ciência possuem uma mesma finalidade: organizar informações que possam explicar ou dar sentido ao mundo e às coisas. Em outras palavras, essas diferentes áreas são produtoras de conhecimento.
Entretanto, a forma como esse conhecimento é adquirido e transmitido varia em cada um desses tipos de conhecimento. Essas particularidades são responsáveis pela distinção entre mitologia e ciência ou filosofia e religião.
O que é o Conhecimento?
O conhecimento é uma forma de apreensão da realidade. Os seres humanos vivem como as outras espécies da natureza, mas diferente delas, criam para si, representações da realidade.
Essas representações fundamentam-se nos sentidos e na percepção; na memória, na imaginação e no intelecto; na ideia de aparência e de realidade e na ideia de verdade ou falsidade.
A partir desses modos, os indivíduos interiorizam o mundo e apreendem a realidade. E, na consciência, criam códigos de interpretação de tudo o que existe ou pode ser pensado. É estabelecida uma relação entre o sujeito (aquele que conhece) e o objeto (aquilo a ser conhecido).
A Importância do Conhecimento
Historicamente, os seres humanos construíram diversos sistemas de conhecimento como forma de dar sentido a sua própria vida e transmitir informações necessárias para sobrevivência da espécie.
Deste modo, diferenciam-se dos outros animais, também, por possuírem uma linguagem que possibilita o compartilhamento de informações.
Esses sistemas de conhecimentos transmitidos de geração a geração, de grupos para grupos, formam a cultura.
Os diferentes tipos de conhecimento representam as diferentes maneiras que os seres humanos encontraram para sair da ignorância.
A curiosidade humana e sua capacidade de abstrair (imaginar) são responsáveis por criar sistemas de crenças e explicações. Bem como, compreender, apropriar-se e reformular explicações vindas de outros indivíduos e grupos.
Pedro Menezes, Professor de Filosofia.
https://www.todamateria.com.br/tipos-conhecimento/
Questões:
1. Quais as formas do conhecer humano que aparecem no texto?
2. O que é o conhecimento?
3. Em que se baseiam as “representações da realidade” construídas pelos seres humanos?
4. Qual a importância do conhecimento humano?
Aula de História - n.7 - 8/6/2020 – Nono ano – Filosofia: pensar sobre o conhecimento humano.
Leia o texto e responda as questões no final
Tipos de Conhecimento
Existem diversas formas de conhecer e interpretar o mundo. Cada uma delas possui características específicas que as distinguem das demais.
A mitologia, o senso comum, as religiões, a filosofia e a ciência possuem uma mesma finalidade: organizar informações que possam explicar ou dar sentido ao mundo e às coisas. Em outras palavras, essas diferentes áreas são produtoras de conhecimento.
Entretanto, a forma como esse conhecimento é adquirido e transmitido varia em cada um desses tipos de conhecimento. Essas particularidades são responsáveis pela distinção entre mitologia e ciência ou filosofia e religião.
O que é o Conhecimento?
O conhecimento é uma forma de apreensão da realidade. Os seres humanos vivem como as outras espécies da natureza, mas diferente delas, criam para si, representações da realidade.
Essas representações fundamentam-se nos sentidos e na percepção; na memória, na imaginação e no intelecto; na ideia de aparência e de realidade e na ideia de verdade ou falsidade.
A partir desses modos, os indivíduos interiorizam o mundo e apreendem a realidade. E, na consciência, criam códigos de interpretação de tudo o que existe ou pode ser pensado. É estabelecida uma relação entre o sujeito (aquele que conhece) e o objeto (aquilo a ser conhecido).
A Importância do Conhecimento
Historicamente, os seres humanos construíram diversos sistemas de conhecimento como forma de dar sentido a sua própria vida e transmitir informações necessárias para sobrevivência da espécie.
Deste modo, diferenciam-se dos outros animais, também, por possuírem uma linguagem que possibilita o compartilhamento de informações.
Esses sistemas de conhecimentos transmitidos de geração a geração, de grupos para grupos, formam a cultura.
Os diferentes tipos de conhecimento representam as diferentes maneiras que os seres humanos encontraram para sair da ignorância.
A curiosidade humana e sua capacidade de abstrair (imaginar) são responsáveis por criar sistemas de crenças e explicações. Bem como, compreender, apropriar-se e reformular explicações vindas de outros indivíduos e grupos.
Pedro Menezes, Professor de Filosofia.
https://www.todamateria.com.br/tipos-conhecimento/
Questões:
1. Quais as formas do conhecer humano que aparecem no texto?
2. O que é o conhecimento?
3. Em que se baseiam as “representações da realidade” construídas pelos seres humanos?
4. Qual a importância do conhecimento humano?
Aula de história - n.8 - 15/6/2020 – Sextos anos – Narrativa e reflexão.
Leia a fábula abaixo e depois responda a questão.
Certa vez, começou um grande incêndio numa floresta. Preocupados, os animais fugiam da selva em chamas. Quando todos se encontraram em um lugar seguro, bem distante do fogo, ficaram apenas olhando. Eles sentiam que nada podiam fazer, pois o incêndio era enorme. No entanto, um pequeno colibri decidiu que tentaria apagar o fogo.
O pássaro foi até o rio próximo, pegou uma gota de água, sobrevoou a floresta em chamas e lançou a gota que carregava no bico. Enquanto ele ia e vinha, os outros animais lhe perguntavam: “O que você está fazendo? Você não pode fazer nada; você é muito pequeno e este incêndio é muito grande”. Alguns animais tinham bicos bem grandes, e não ajudavam.
Mas o colibri estava convencido de que podia apagar o incêndio e continuou jogando pequenas gotas nas chamas que consumiam as árvores.
Ao final, diante da floresta queimada, o colibri disse que tinha feito o melhor que podia. Se todos fizerem a sua parte, é possível salvar a floresta.
(Revista “Semeando”, 2009, p.38.)
Responda:
1. Qual a moral, a mensagem que a fabula traz ao leitor?
Aula de história - n.8 - 15/6/2020 – Sétimos anos – Idade Média: as Cruzadas.
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· SAC
Entender o que foram as Cruzadas não é difícil se partirmos inicialmente do entendimento de seu próprio nome. Seu nome deriva da palavra "cruz", que indica o martírio de Jesus Cristo, carregando-a e sendo nela pregado, até morrer de maneira lenta e dolorosa. Durante a Idade Média, a Igreja transformou a cruz no símbolo do cristianismo. Assim, as Cruzadas foram expedições organizadas pela Igreja para levar o cristianismo para outros povos, que não seguiam essa religião.
No entanto, para impor essa cruz, ou a fé em Cristo, para ou praticantes de outras religiões, não adiantava usar somente a palavra. Para povos que oferecessem resistência, a palavra seria de pouca serventia. Assim, a força armada era o principal elemento dessas expedições, que se denominavam também de "Guerra Santa".
A principal justificativa das Cruzadas foi reconquistar territórios perdidos para os inimigos da fé católica, ao mesmo tempo trazendo novos povos e regiões ao domínio da Igreja. Assim, a primeira Cruzada partiu em 1096 para Jerusalém, no Oriente Médio, região do nascimento de Jesus, considerado lugar sagrado pelos cristãos.
Jerusalém havia sido dominada pelos turcos, que eram praticantes do Islamismo e proibiram a presença cristã na chamada "Terra Santa". Essa primeira Cruzada durou três anos: percorreu grande parte do continente europeu e, atravessando parte do mar Mediterrâneo, chegou a Jerusalém por terra.
Ao longo de mais de 200 anos, entre os séculos 11 e 13, foram realizadas oito Cruzadas. A mais longa durou seis anos e a mais curta, apenas um. No decorrer desse período, as Cruzadas foram desfazendo o isolamento em que a Europa se metera na Alta Idade Média, e reativando cada vez mais o trânsito por mar, chegando, inclusive, a retomar o contato com o continente africano.
Essas expedições em busca de novas terras atraíam milhares de pessoas. Havia um forte elemento religioso que motivava essas pessoas a virarem os "soldados de Deus". Ao atribuir às Cruzadas o caráter de "Guerra Santa" e considerá-las sagradas, a Igreja católica prometia aos seus soldados um lugar no Paraíso, depois de sua morte. Mas, além da justificativa religiosa, o interesse econômico de atacar outros povos, invadir suas cidades e saquear suas riquezas, era certamente algo interessante para os cavaleiros que marchavam nas Cruzadas.
Assim, mais do que empreendimentos exclusivamente espirituais, as Cruzadas foram financiadas tanto pela Igreja, como pelos nobres e por ricos comerciantes, como um negócio ou investimento. Por outro lado, uma legião de miseráveis acabou se juntando à primeira delas, e compôs uma Cruzada paralela, não oficial, que chegou a ser condenada pelo Papa.
Em 1212, houve uma Cruzada bastante curiosa, não reconhecida pela Igreja católica, organizada por um menino de 12 anos, chamado Estevão de Cloyes. Este garoto conseguiu juntar com ele mais 30 mil jovens, que acreditavam que o Mar Mediterrâneo se abriria para eles chegarem até o Oriente Médio. Muitos comerciantes e proprietários de navios se interessaram por essa Cruzada, prometendo transportar as crianças para a Terra Santa. Na verdade, o que fizeram foi vendê-los como escravos nas cidades pelas quais passavam.
Todas as outras Cruzadas foram fracassos militares. As Cruzadas envolveram interesses e crenças de diversos grupos sociais da Idade Média. Pobres, vagabundos, crianças sem perspectiva; nobres poderosos, influentes reis em busca de expansão de seus poderes; ricos comerciantes dispostos a estabelecerem novas rotas de comércio. Todos essas pessoas, com seus projetos e intenções fizeram parte das expedições religiosas e armadas, idealizadas pela Igreja católica para ampliar o domínio do cristianismo no mundo.
Adaptado e retirado de:
1. Qual o sentido da palavra “Cruzada”?
2. Qual o objetivo das “Cruzadas”?
3. Que grupos sociais se envolveram nas “Cruzadas”?
Aula de História - n.8 - 15/6/2020 – Oitavos anos – Iluminismo: vocabulário
Vocabulário sobre o Iluminismo
Procura a definição dos seguintes termos abaixo:
1. Absolutismo
2. Anticlerical, anticlericalismo
3. Antropocentrismo
4. Ciência
5. Despotismo
6. Monarquia
7. Monopólio
8. Racionalismo
9. Teocentrismo
Aula de História - n.8 - 15/6/2020 – Nono ano – Primeira Guerra e gripe espanhola.
Leia o texto responda as questões. Se quiser e (puder) ler o texto completo, veja o link:
Além do impacto da Grande Guerra, algumas regiões do mundo sofreram o impacto da pandemia de gripe. Vejamos o texto.
A gripe espanhola foi o nome que recebeu uma pandemia de vírus influenza que se espalhou pelo mundo entre 1918 e 1919. Os historiadores e especialistas da área da saúde até hoje não sabem o local exato onde esse novo tipo de gripe surgiu. O surto aproveitou-se da Primeira Guerra Mundial e espalhou-se rapidamente pelo mundo, causando a morte de cerca de 50 milhões de pessoas, embora algumas estatísticas falem em até 100 milhões de mortos.
A doença chegou ao Brasil por volta de setembro de 1918 e espalhou-se por grandes centros, sobretudo por Salvador, São Paulo e Rio de Janeiro. A cidade de São Paulo, por exemplo, pode ter contado com até 350 mil pessoas infectadas. Personalidades importantes da época foram atingidas, como Rodrigues Alves, eleito presidente da República em 1918, mas que não assumiu porque faleceu.
A gripe espanhola recebeu esse nome porque foi um surto de vírus influenza que surgiu na Espanha, certo? Errado. Os historiadores sabem que a gripe espanhola não surgiu na Espanha, mas recebeu esse nome em razão da forte divulgação do problema na imprensa espanhola.
Na época em que a doença se espalhou, o mundo passava pela Primeira Guerra Mundial, e as grandes potências ocidentais estavam envolvidas no conflito havia anos. Por essa razão, a imprensa desses países sofria forte censura – isso porque divulgar as notícias de que a gripe espanhola tinha afetado suas tropas poderia ser muito ruim para o moral dos soldados e poderia espalhar pânico na população. Assim, esses locais passaram a censurar as notícias relacionadas com a doença.
Como a Espanha não estava envolvida com a guerra, não havia necessidade de censurar a imprensa e, assim, as notícias sobre a enfermidade espalharam-se a partir do que a imprensa espanhola noticiava. Foi por essa razão que a pandemia recebeu o nome de gripe espanhola.
A teoria mais aceita pelos estudiosos do assunto é de que a gripe espanhola teria surgido em campos de treinamento militar nos Estados Unidos. Isso porque os primeiros casos da doença também foram registrados lá. Esses casos aconteceram em trabalhadores de uma fábrica em Detroit e em soldados instalados em um campo militar no estado do Kansas.
Outro elemento que reforça que a gripe espanhola surgiu nos Estados Unidos é que ela se difundiu pela Europa logo depois que soldados norte-americanos foram enviados para a frente de guerra nesse continente. Assim, o contato de soldados contaminados com pessoas nos mais variados locais permitiu o alastramento da doença pelo continente europeu, principalmente nas frentes de guerra.
Nos casos mais graves, os pacientes apresentavam graves problemas respiratórios, dificuldade para respirar e, até mesmo, problemas digestivos e cardiovasculares. Foram registradas também pessoas que se recuperaram da doença, mas contraíram de novo com sintomas agravados|. Os médicos procuravam tratar os pacientes da forma que fosse possível, mas o conhecimento médico na época ainda era muito limitado.
Os médicos e cientistas do período não sabiam o que causava a doença, pois os microscópios não tinham capacidade de enxergar o vírus causador da gripe espanhola. Os microscópios conseguiam observar apenas bactérias, micro-organismos maiores que um vírus.
Alguns locais não tomaram as medidas de prevenção necessárias para combater a gripe espanhola e o resultado foi catastrófico. Um caso muito conhecido é Filadélfia, cidade na costa leste dos Estados Unidos que se recusou a seguir as indicações dos especialistas de evitar aglomerações.
Nessa cidade, em setembro de 1918, um desfile dos soldados que estavam sendo enviados para a Primeira Guerra Mundial foi realizado e mobilizou cerca de 200 mil pessoas nas ruas. O resultado foi a disseminação da doença de maneira violenta e a morte de cerca de 16 mil pessoas em um período de aproximadamente seis meses |3|.
Em mais de um ano de pandemia, estima-se que a gripe espanhola tenha causado a morte de cerca de 50 milhões de pessoas. Algumas estimativas mais alarmistas apontam que esse número possa ter chegado até o total de 100 milhões de mortos. Acredita-se que 1/3 da população mundial tenha sido afetada.
Gripe Espanhola no Brasil
Os historiadores acreditam que a gripe espanhola tenha chegado ao Brasil em setembro de 1918, portanto durante a segunda onda da doença. A princípio, a imprensa brasileira não deu muita importância para o surto, mas à medida que a doença foi se espalhando, os desdobramentos do problema ganharam repercussão.
Tanto no Brasil como em outras partes do mundo, foi necessário improvisar leitos para atender a todos os que contraíam a gripe espanhola.
Fala-se que a gripe espanhola chegou ao Brasil por meio do Demerara, um navio que saiu da Inglaterra, passou por Lisboa e atracou em Recife, Salvador e Rio de Janeiro. O navio chegou ao Brasil na data mencionada (setembro de 1918) e, nesse mês, a imprensa de Salvador, por exemplo, reportou centenas de pessoas doentes.
Logo a doença se espalhou pelo país, pois não havia medicamentos que a combatessem. A difusão foi rápida e afetou, sobretudo, as cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo. Apesar de essas terem sido as duas cidades mais afetadas, todo o país foi atingido, inclusive regiões remotas, como a Amazônia.
Como não existia nenhuma forma de curar a doença – os médicos passavam alguns medicamentos para amenizar os sintomas e esperavam o corpo do paciente reagir –, as recomendações das autoridades eram no sentido de que as pessoas evitassem aglomerações, lavassem suas mãos com frequência e evitassem contato físico.
A gripe espanhola impactou severamente a rotina das pessoas no Brasil e causou milhares de mortes. Existem dados que apontam que a cidade de São Paulo possa ter tido cerca de 350 mil casos, o que representava mais da metade da população da capital paulista, e um total de 5.331 mortos|4|. Já o Rio de Janeiro – na época capital do Brasil – registrou cerca de 12.700 mortes, o que representou 1/3 do total de mortes no país|5|.
A quantidade alarmante de casos de gripe espanhola no Brasil fez com que o sistema de saúde brasileiro, que não era público, não suportasse a quantidade de pessoas doentes. Faltavam leitos e médicos para atender a quantidade de pessoas doentes, sendo necessário improvisar leitos e hospitais para o atendimento das pessoas. Para evitar que a doença se alastrasse mais ainda, a ordem das autoridades foi a de determinar o fechamento de bares, fábricas, escolas, teatros etc.
Todo tipo de aglomeração pública foi evitado pelas autoridades, que foram aconselhadas pelos principais especialistas que o Brasil possuía na época. A quantidade de mortos em pouco tempo também extrapolou a capacidade de enterros que os cemitérios locais poderiam realizar. Não havia caixões suficientes e os coveiros trabalhavam freneticamente. Até afastamento do trabalho foi ordenado para se evitar a disseminação da gripe espanhola, mas isso era um luxo que pouquíssimas pessoas possuíam no Brasil do começo do século XX.
No Rio de Janeiro, o Congresso e o Senado foram fechados e, em Salvador, a imprensa local repercutia a difusão da doença por toda a cidade. Isso resultou na interdição de alguns serviços públicos, assim como na proibição da realização de eventos públicos, inclusive festividades e cultos religiosos.
Estima-se que, ao todo, a gripe espanhola tenha causado a morte de 35 mil pessoas aqui no Brasil.
Texto adaptado de:
SILVA, Daniel Neves. "Gripe espanhola"; Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/historiag/i-guerra-mundial-gripe-espanhola-inimigos-visiveis-invisiveis.htm.
Responda:
1. Como a chamada “gripe espanhola” espalhou-se por várias regiões do mundo?
2. Sabiam na época (1918) como era o contágio e havia remédios para a cura para tal doença?
3. Como teria chegado ao Brasil a “gripe espanhola”?
4. Como o Brasil enfrentou a doença e quais eram as condições para enfrentar a doença na época?
Aula de História - n.9 - 22/6/2020 – Sextos anos – História e tempo
Vamos fazer a atividade abaixo.
WWW.novaescola.org.br
Aula de história - n.9 - 22/6/2020 – Sétimos anos – Idade Média
Vamos ler o texto abaixo e responder a questão?
Nem só de guerras, religião e trabalho viviam os homens na Idade Média. O lazer era um importante componente cotidiano que servia, muitas vezes, como válvula de escape para os conflitos e tensões cotidianas. Tantos nobres quanto camponeses tinham estes momentos de diversão.
Os nobres (senhores feudais) gostavam muito dos torneios medievais. Estes torneios eram espécies de jogos competitivos em que cavaleiros armados se enfrentavam entre si. Montados em cavalos, usando armaduras, lanças e escudos, estes cavaleiros lutavam para demonstram suas habilidades como guerreiro. Era comum os cavaleiros saírem gravemente feridos ou até mesmo mortos durante a realização destes torneios.
A caça de animais selvagens também era outra forma de lazer muito valorizada pela nobreza. Montados em cavalos e acompanhados de cães de caça, os nobres entravam nos bosques e florestas para caçarem raposas, coelhos, alces, javalis e outros animais selvagens.
Eram comuns as festas realizadas pelos nobres em seus castelos. Momento em que convidavam amigos e parentes para um banquete. Nestas festas, eram comuns a presença de músicos, grupos de teatros, dançarinos, mágicos, etc.
Embora tivessem uma vida muito desgastante e sofrida, os servos (camponeses) também conseguiam arrumar tempo para a diversão. A dança e a música eram as principais formas de lazer entre os camponeses na Idade Média. As crianças brincavam de lutas e imitavam os cavaleiros que admiravam com armas de brinquedos feitas de madeira.
https://www.suapesquisa.com/idademedia/lazer_idade_media.htm
Responda:
1. Qual é o assunto do texto?
2. Quem você acha que tinha mais tempo livre na idade média: a nobreza ou os camponeses?
Aula de História - n.9 - 22/6/2020 – Oitavos anos – Iluminismo e enciclopédia.
A enciclopédia surgiu a partir das ideias iluministas. Você sabe o que é uma enciclopédia? Leia o texto e depois desenvolva a questão
O volume de novas ideias e pensamentos que buscavam reexplicar o mundo com base na visão iluminista assumiu grandes proporções durante o século XVII. No propósito de reunir esse conjunto de ideias, alguns intelectuais franceses, como Denis Diderot e D’Alembert, foram os responsáveis por produzir uma grande enciclopédia (publicada entre 1755 e 1772) que pudesse fornecer ao público as principais ideias do movimento iluminista.
A enciclopédia tinha como elementos norteadores a liberdade individual, comercial, industrial, de pensar, escrever e publicar; oposição clara às ideias religiosas e ao absolutismo político, que eram considerados obstáculos para a liberdade. Vários intelectuais da época colaboraram nesse projeto, entre eles, Buffon (naturalista francês), Jacques Necker (economista e político suíço), Turgot (economista francês), Condorcet (filósofo, matemático e político francês), Rousseau, Voltaire e Montesquieu (principais filósofos do Iluminismo). Eles escreveram sobre filosofia, política, economia, artes, ciências, educação e o saber em geral.
A publicação da enciclopédia foi proibida algumas vezes, pois, além de seus ataques à religião, era uma arma contra o absolutismo dominante e um programa de reivindicação social, mas mesmo proibida circulou cladestinamente por vários anos. Apesar de suas falhas científicas e literárias, teve enorme divulgação. Exerceu poderosa mudança no pensamento político e social e proporcionou uma nova visão de mundo para o homem moderno. O enciclopedismo certamente influenciou nos ideais da Revolução Francesa (1789).
https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/o-enciclopedismo.htm
Desenvolva a seguinte questão:
Faça uma comparação das antigas enciclopédias com a atual Wikipédia existente na internet?
Aula de História - n.9 - 22/6/2020 – Nono ano – Primeira Guerra Mundial
A Inglaterra enviou aproximadamente um milhão de cavalos para os campos de batalha. Somente 65.000 retornaram.
Historiadores calculam que mais de 90% dos cavalos ingleses enviados para os campos de batalha na Primeira Guerra Mundial (1914-1919) nunca retornaram. Na época, embora já se empregasse carros e tanques em conflitos armados, os animais ainda representavam uma das principais formas de locomoção em combate. Era a chamada “cavalaria”, considerada uma tropa rápida e eficaz de luta envolvendo soldados.
Mas os cavalos não serviram apenas para carregar combatentes: os animais também foram vitais para o envio de mensagens, transporte de armas e suprimentos. E isso, claro, consumia muitos recursos. Como passavam horas e até dias carregando grandes quantidades de objetos e peso, passando frio e calor, precisavam ser alimentados corretamente. Durante os quatro anos de campanha, o exército britânico, por exemplo, precisou arcar com toneladas de alimentos para manter seus cavalos vivos.
De acordo com o site World War History Online, estima-se que até o fim da Primeira Guerra Mundial cerca de oito milhões de cavalos tenham sido utilizados pelos dois lados no conflito, além de 213 mil mulas. Do lado britânico, dos quase 1 milhão de cavalos enviados ao front aliado, apenas 65.000 retornaram. No que diz respeito às forças francesas, esse número pode ter chegado a pouco mais 500 mil. E do lado alemão, historiadores acreditam que as fatalidades envolvendo cavalos podem ter alcançado a casa dos dois milhões. A maioria morreu em combate. No entanto, devemos levar em conta que muitos também se perderam ou simplesmente foram vendidos.
Os “cavalos-soldados” eram extremamente respeitados entre os combatentes. Documentos encontrados no Ministério da Guerra Inglês, revelam que dezenas de milhares de animais que corriam risco de morte após lutarem na guerra foram salvos graças a um ofício que Winston Churchill enviou para a sua própria secretaria de Estado de Guerra e par ao Ministério de Transporte. O esforço logrou êxito: em apenas uma semana, foram enviados de volta para Grã-Bretanha 21 mil cavalos.
A História dos cavalos na Primeira Guerra Mundial ainda é desconhecida do grande público.
https://www.cafehistoria.com.br/os-cavalos-soldados-da-primeira-guerra-mundial/
Responda:
1. Qual o uso dado e a importância dos cavalos na Primeira Guerra?
Aula de história - n.10 - 29/6/2020 – Sextos anos – O que é Arqueologia?
· CURSOS
A Arqueologia é uma forma de conhecimento que se preocupa em compreender ou obter informações sobre as sociedades e as formas antigas de organização humana por meio do estudo direto de evidências históricas. O mais comum é que os estudos sejam empreendidos por pesquisas sobre o solo e materiais arqueológicos que foram soterrados ou danificados ao longo do tempo.
Sabemos que a construção das sociedades, civilizações e todo o espaço geográfico produzido pelas atividades humanas expressam-se a partir de um conjunto de técnicas e objetos técnicos. Assim, o grau de avanço do uso dessas técnicas e da produção desses objetos diretamente influencia o modo de funcionamento dessas sociedades. Assim sendo, a obtenção de informações sobre esses elementos pela Arqueologia é de vital necessidade para compreendermos como os seres humanos realizavam suas atividades e construíam seu espaço em tempos remotos.
Os sítios arqueológicos são as localidades onde se realizam os estudos de arqueologia. Eles são considerados áreas de patrimônio onde é possível obter uma larga quantidade de informações acerca de práticas, valores e estruturas das sociedades antigas. Essas áreas precisam ser corretamente apontadas e preservadas para que nenhum patrimônio de informações históricas seja perdido.
Ademais, é importante que se esclareça a diferença entre arqueologia e paleontologia, pois são áreas totalmente diferentes entre si. Enquanto a arqueologia estuda as sociedades humanas antigas, a paleontologia estuda o passado geológico da Terra como um todo, em tempos muito anteriores à constituição da humanidade. Portanto, é errado dizer, por exemplo, que existe “um sítio arqueológico de dinossauros”, pois se trata, na verdade, de um sítio paleontológico.
De acordo com muitos historiadores do pensamento científico, o início da Arqueologia é atribuído ao período do Renascimento, ao longo do século XVI, diante da curiosidade cada vez mais crescente sobre informações perdidas sobre o passado das sociedades ao longo da evolução dos tempos. O principal lugar das primeiras práticas arqueológicas foi a Itália, onde as primeiras grandes descobertas realizaram-se, com destaque para a descoberta das cidades de Pompeia e Herculanum, que haviam sido soterradas por cinzas da erupção do vulcão Vesúvio.
Com o tempo, à medida que as técnicas e metodologias científicas foram se aperfeiçoando, mais a Arqueologia evoluiu e conseguiu angariar maiores consquistas. No século XIX, já era possível elaborar as primeiras teorias e debates sobre o modo de vida humano na Pré-história, período anterior ao desenvolvimento da escrita. Já no século XX, o grande volume de descobertas fez com que essa ciência encontrasse o seu auge e atingisse uma maior popularidade, embora até hoje exista a problemática do tráfico de peças e artefatos antigos, o que dificulta os estudos sobre o passado da humanidade.
O arqueólogo possui um bom horizonte de trabalho, pois, além de atuar diretamente em pesquisas em áreas de sítios arqueológicos, o profissional da área pode obter outras atribuições de recorrentes necessidades. Pela legislação vigente, para construir edificações ou lotear certos terrenos, é preciso antes que se realizem estudos e obtenha-se laudos sobre a arqueologia do local para que se evite o risco de que patrimônios antigos sejam perdidos. Esse estudo só pode ser realizado pelo arqueólogo, que passa, então, a ter uma grande demanda de trabalho.
Além disso, costuma haver muitas vagas para esse profissional em órgãos públicos ligados à história e à cultura, tais como o Ministério público, o IPHAN (Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), entre outros.
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/arqueologia.htm
Responda as questões:
1. O que é arqueologia?
2. O que são sítios arqueológicos?
3. Paleontologia é o mesmo que arqueologia?Por quê?
Aula de história - n.10 - 29/6/2020 – Sétimos anos – O que é arqueologia?
Então, vamos revisar o conteúdo. Vamos ao conceito de arqueologia?
A Arqueologia é uma forma de conhecimento que se preocupa em compreender ou obter informações sobre as sociedades e as formas antigas de organização humana por meio do estudo direto de evidências históricas. O mais comum é que os estudos sejam empreendidos por pesquisas sobre o solo e materiais arqueológicos que foram soterrados ou danificados ao longo do tempo.
Sabemos que a construção das sociedades, civilizações e todo o espaço geográfico produzido pelas atividades humanas expressam-se a partir de um conjunto de técnicas e objetos técnicos. Assim, o grau de avanço do uso dessas técnicas e da produção desses objetos diretamente influencia o modo de funcionamento dessas sociedades. Assim sendo, a obtenção de informações sobre esses elementos pela Arqueologia é de vital necessidade para compreendermos como os seres humanos realizavam suas atividades e construíam seu espaço em tempos remotos.
Os sítios arqueológicos são as localidades onde se realizam os estudos de arqueologia. Eles são considerados áreas de patrimônio onde é possível obter uma larga quantidade de informações acerca de práticas, valores e estruturas das sociedades antigas. Essas áreas precisam ser corretamente apontadas e preservadas para que nenhum patrimônio de informações históricas seja perdido.
Ademais, é importante que se esclareça a diferença entre arqueologia e paleontologia, pois são áreas totalmente diferentes entre si. Enquanto a arqueologia estuda as sociedades humanas antigas, a paleontologia estuda o passado geológico da Terra como um todo, em tempos muito anteriores à constituição da humanidade. Portanto, é errado dizer, por exemplo, que existe “um sítio arqueológico de dinossauros”, pois se trata, na verdade, de um sítio paleontológico.
De acordo com muitos historiadores do pensamento científico, o início da Arqueologia é atribuído ao período do Renascimento, ao longo do século XVI, diante da curiosidade cada vez mais crescente sobre informações perdidas sobre o passado das sociedades ao longo da evolução dos tempos. O principal lugar das primeiras práticas arqueológicas foi a Itália, onde as primeiras grandes descobertas realizaram-se, com destaque para a descoberta das cidades de Pompeia e Herculanum, que haviam sido soterradas por cinzas da erupção do vulcão Vesúvio.
Com o tempo, à medida que as técnicas e metodologias científicas foram se aperfeiçoando, mais a Arqueologia evoluiu e conseguiu angariar maiores consquistas. No século XIX, já era possível elaborar as primeiras teorias e debates sobre o modo de vida humano na Pré-história, período anterior ao desenvolvimento da escrita. Já no século XX, o grande volume de descobertas fez com que essa ciência encontrasse o seu auge e atingisse uma maior popularidade, embora até hoje exista a problemática do tráfico de peças e artefatos antigos, o que dificulta os estudos sobre o passado da humanidade.
O arqueólogo possui um bom horizonte de trabalho, pois, além de atuar diretamente em pesquisas em áreas de sítios arqueológicos, o profissional da área pode obter outras atribuições de recorrentes necessidades. Pela legislação vigente, para construir edificações ou lotear certos terrenos, é preciso antes que se realizem estudos e obtenha-se laudos sobre a arqueologia do local para que se evite o risco de que patrimônios antigos sejam perdidos. Esse estudo só pode ser realizado pelo arqueólogo, que passa, então, a ter uma grande demanda de trabalho.
Além disso, costuma haver muitas vagas para esse profissional em órgãos públicos ligados à história e à cultura, tais como o Ministério público, o IPHAN (Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), entre outros.
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/arqueologia.htm
Responda as questões:
1. O que é arqueologia?
2. O que são sítios arqueológicos?
3. Paleontologia é o mesmo que arqueologia?Por quê?
Aula de História - n.10 - 29/6/2020 – Oitavos anos – Ideias Iluministas no Brasil Colonial.
A influência do iluminismo no Brasil e das ideias iluministas estiveram presentes na Inconfidência Mineira. Um plano da elite mineira no ano de 1789, mesmo ano que explodiu a Revolução Frances, contra o domínio colonial português.
Bandeira do Estado de Minas Gerais. Escrito em latim: “liberdade que, no entanto, é tarde demais”.
As ideias iluministas chegaram na América do norte e influenciaram a independência do Estados Unidos da América em 1776. Mas também na colônia portuguesa da América, o Brasil, estas ideias também circularam no século XVIII. Muitos brasileiros das classes mais altas da sociedade iam estudar em universidades da Europa e entravam em contato com as teorias e pensamentos que se desenvolviam em território europeu. Ao retornarem ao país, após os estudos, estas pessoas divulgavam as ideias do iluminismo, principalmente, nos centros urbanos.
A principal influência do iluminismo, principalmente francês, pôde ser notada no processo de Inconfidência Mineira (1789). Alguns inconfidentes conheciam as propostas iluministas e usaram como base para fundamentar a tentativa de independência do Brasil.
As principais ideias iluministas que influenciaram os inconfidentes foram: fim do colonialismo; fim do absolutismo; substituição da Monarquia pela República; liberdade econômica (liberalismo); liberdade religiosa, de pensamento e expressão.
Mesmo não obtendo o sucesso desejado, que seria a Independência do Brasil, os inconfidentes conseguiram difundir ainda mais as ideias do iluminismo entre as camadas urbanas da sociedade brasileira. Os ideais iluministas foram de fundamental importância na formação política do Brasil.
Adaptado de: https://www.suapesquisa.com/historia/iluminismo/iluminismo_brasil.htm
Agora responda:
1. Como as ideias iluministas chegaram ao Brasil?
2. As ideias iluministas influenciaram outros episódios históricos na América? Qual?
3. Que ideias iluministas influenciaram os inconfidentes de Minas Gerais?
Aula de História - n.10 - 29/6/2020 – Nono ano – Primeira Guerra Mundial
Leia o texto sobre as “trincheiras” e depois responda a questão.
Recebe o nome de trincheira a construção subterrânea com fins militares destinada à defesa e a ataque furtivo, de profundidade suficiente para abrigar um soldado em pé. Com o aumento gradual do poder de destruição do aparato bélico, a trincheira passou a ser um importante meio estratégico, especialmente a partir da Primeira Guerra Mundial.
É exatamente durante esta guerra que o recurso das trincheiras passa a ser uma imagem marcante. A ideia de cavar o chão para dar alguma proteção contra a artilharia inimiga, porém, não era uma idéia nova ou original. Ela havia sido amplamente praticada na Guerra Civil dos EUA, na guerra russo-japonesa e outras ainda recentes. Ambos os lados envolvidos na primeira guerra se utilizaram de tal estratagema, pois a luta ficou caracterizada pela sua falta de movimento, com anos de impasse exemplificado na frente ocidental a partir do outono de 1914 até a primavera de 1918. Assim, o termo "vida nas trincheiras" passou a ser amplamente utilizado à época, pois era o modo como os soldados passavam a maior parte da guerra, entrincheirados. A vida nas trincheiras levou muitas formas, e varia muito de setor para setor e de frente para a frente.
Embora essa tenha sido a imagem mais marcante do conflito, apenas uma porção relativamente pequena do exército realmente participou da guerra desta forma. As trincheiras foram na verdade as linhas de frente, os locais mais perigosos. Por trás delas havia uma massa de linhas de abastecimento, estabelecimentos de formação, lojas, oficinas, enfermarias, além de outros equipamentos necessários à guerra, onde a maioria das tropas eram empregadas de fato. As trincheiras eram do domínio da infantaria, e recebiam o suporte dos morteiros e metralhadoras, dos engenheiros e dos observadores nas posições à frente. Muitos homens morreram em seu primeiro dia nas trincheiras, como consequência de tiros de franco-atiradores, ao se exporem. Estima-se que até um terço das vítimas aliadas na frente ocidental são oriundas das trincheiras.
Além do fogo inimigo, as doenças também eram uma ameaça frequente a esses soldados entrincheirados. Sempre que possível, o piso das trincheiras era coberto com estrados de madeira. A latrina era constituída de um profundo buraco no chão o mais próximo possível do local de combate. As condições nesses locais eram, invariavelmente de uma sujeira considerável, com vários homens vivendo em um espaço muito restrito, com restos de comida descartados e outros resíduos próximos à latrina. Além disso, a impossibilidade de se lavar ou mudar de roupa por dias ou semanas, acabou por gerar condições graves de saúde. As tropas ainda eram submetidas ao tempo: o inverno de 1916-1917 na França e em Flandres (Bélgica) foi um dos mais frios que se tem notícia, sem mencionar as constantes inundações que ocorriam nas trincheiras a cada chuva mais intensa.
https://www.infoescola.com/curiosidades/trincheiras/
Responda :
1. No texto acima há a seguinte expressão: “ a vida nas trincheiras”. O que o texto nos traz sobre “ a vida nas trincheiras”?
Aula de história – n.11 - 6/7/2020 – Sextos anos – Origem das festas juninas.
As chamadas festas juninas atravessaram o Atlântico no século 16 com os portugueses e aqui se relacionaram com as diferentes culturas de povos nativos e povos africanos. Vamos ler o texto?
No Brasil, desde pelo menos o século 17, no mês de junho, comemoram-se as chamadas “Festas Juninas”, que possuem esse nome por estarem associadas ao referido mês. Sabemos que, além daquilo que caracteriza tais festas, como trajes específicos, comidas e bebidas, fogueiras, fogos de artifício e outros artefatos feitos com pólvora (como bombinhas), há também a associação com santos católicos, notadamente: São João, Santo Antônio e São Pedro.
Os pesquisadores especializados em festividades e rituais costumam apontar as origens das festas juninas nos rituais dos antigos povos germânicos e romanos, há mais de 2000 anos. Esses povos que habitavam as regiões campestres, na antiguidade ocidental, prestavam homenagens a diversos deuses aos quais eram atribuídas as funções de garantir boas plantações, boas colheitas, fertilidade etc. Geralmente, tais ritos (que possuíam caráter de festividade) eram executados durante a passagem do inverno para o verão, que, no centro-sul da Europa, acontece no mês de junho.
Esses rituais implicavam o acendimento de fogueiras e de balões (semelhantes aos que hoje são feitos com papel de seda), entre outros modos de comemorações, como danças e cânticos. Na transição da Idade Antiga para a Idade Média, com a cristianização dos romanos e dos povos bárbaros, essas festividades passaram a ser assimiladas pela Igreja Católica, que, como principal instituição do período medieval, soube também diluir o culto aos deuses pagãos do período junino e substituí-los pelos santos.
A religiosidade popular absorveu de forma muito profunda essa mistura das festividades pagãs com a doutrina cristã. Nas regiões do Sul da Europa, sobretudo na Península Ibérica (Portugal e Espanha), onde o catolicismo desenvolveu-se com muita força no fim da Idade Média, essas tradições tornaram-se plenamente arraigadas.
Com o colonialismo português na América (futuro Brasil) a partir do século 16, as festividades juninas aqui foram se estabelecendo, sem maiores dificuldades, e ganhando um feitio próprio.
As comemorações das festas juninas no Brasil, além de manterem as características herdadas da Europa, como a celebração dos dias dos santos, também mesclaram elementos típicos do interior do país e de tradições sertanejas, forjadas pela mescla das culturas africana, indígena e europeia. Sendo assim, as comidas típicas (como a pamonha), as danças, o uso de instrumentos musicais (como a viola caipira) nas festas, etc., tudo isso reflete milênios de tradições diversas que se fundiram.
(Pagão; paganismo: para a antiga Igreja Católica Cristã, todos que não eram cristãos, eram pagãos.)
https://brasilescola.uol.com.br/datas-comemorativas/festa-junina.htm
Agora responda:
1. Você crê que as festas juninas possuem hoje o mesmo significado no Brasil que possuíam em sua origem na Europa? Por quê?
Aula de história – n.11 - 6/7/2020 – Sétimos anos – Origem das festas juninas.
As chamadas festas juninas atravessaram o Atlântico no século 16 com os portugueses e aqui se relacionaram com as diferentes culturas de povos nativos e povos africanos. Vamos ler o texto?
No Brasil, desde pelo menos o século 17, no mês de junho, comemoram-se as chamadas “Festas Juninas”, que possuem esse nome por estarem associadas ao referido mês. Sabemos que, além daquilo que caracteriza tais festas, como trajes específicos, comidas e bebidas, fogueiras, fogos de artifício e outros artefatos feitos com pólvora (como bombinhas), há também a associação com santos católicos, notadamente: São João, Santo Antônio e São Pedro.
Os pesquisadores especializados em festividades e rituais costumam apontar as origens das festas juninas nos rituais dos antigos povos germânicos e romanos, há mais de 2000 anos. Esses povos que habitavam as regiões campestres, na antiguidade ocidental, prestavam homenagens a diversos deuses aos quais eram atribuídas as funções de garantir boas plantações, boas colheitas, fertilidade etc. Geralmente, tais ritos (que possuíam caráter de festividade) eram executados durante a passagem do inverno para o verão, que, no centro-sul da Europa, acontece no mês de junho.
Esses rituais implicavam o acendimento de fogueiras e de balões (semelhantes aos que hoje são feitos com papel de seda), entre outros modos de comemorações, como danças e cânticos. Na transição da Idade Antiga para a Idade Média, com a cristianização dos romanos e dos povos bárbaros, essas festividades passaram a ser assimiladas pela Igreja Católica, que, como principal instituição do período medieval, soube também diluir o culto aos deuses pagãos do período junino e substituí-los pelos santos.
A religiosidade popular absorveu de forma muito profunda essa mistura das festividades pagãs com a doutrina cristã. Nas regiões do Sul da Europa, sobretudo na Península Ibérica (Portugal e Espanha), onde o catolicismo desenvolveu-se com muita força no fim da Idade Média, essas tradições tornaram-se plenamente arraigadas.
Com o colonialismo português na América (futuro Brasil) a partir do século 16, as festividades juninas aqui foram se estabelecendo, sem maiores dificuldades, e ganhando um feitio próprio.
As comemorações das festas juninas no Brasil, além de manterem as características herdadas da Europa, como a celebração dos dias dos santos, também mesclaram elementos típicos do interior do país e de tradições sertanejas, forjadas pela mescla das culturas africana, indígena e europeia. Sendo assim, as comidas típicas (como a pamonha), as danças, o uso de instrumentos musicais (como a viola caipira) nas festas, etc., tudo isso reflete milênios de tradições diversas que se fundiram.
(Pagão; paganismo: para a antiga Igreja Católica Cristã, todos que não eram cristãos, eram pagãos.)
https://brasilescola.uol.com.br/datas-comemorativas/festa-junina.htm
Agora responda:
1. Você crê que as festas juninas possuem hoje o mesmo significado no Brasil que possuíam em sua origem na Europa? Por quê?
Aula de história – n.11 - 6/7/2020 – Oitavos anos – Origem das festas juninas.
As chamadas festas juninas atravessaram o Atlântico no século 16 com os portugueses e aqui se relacionaram com as diferentes culturas de povos nativos e povos africanos. Vamos ler o texto?
No Brasil, desde pelo menos o século 17, no mês de junho, comemoram-se as chamadas “Festas Juninas”, que possuem esse nome por estarem associadas ao referido mês. Sabemos que, além daquilo que caracteriza tais festas, como trajes específicos, comidas e bebidas, fogueiras, fogos de artifício e outros artefatos feitos com pólvora (como bombinhas), há também a associação com santos católicos, notadamente: São João, Santo Antônio e São Pedro.
Os pesquisadores especializados em festividades e rituais costumam apontar as origens das festas juninas nos rituais dos antigos povos germânicos e romanos, há mais de 2000 anos. Esses povos que habitavam as regiões campestres, na antiguidade ocidental, prestavam homenagens a diversos deuses aos quais eram atribuídas as funções de garantir boas plantações, boas colheitas, fertilidade etc. Geralmente, tais ritos (que possuíam caráter de festividade) eram executados durante a passagem do inverno para o verão, que, no centro-sul da Europa, acontece no mês de junho.
Esses rituais implicavam o acendimento de fogueiras e de balões (semelhantes aos que hoje são feitos com papel de seda), entre outros modos de comemorações, como danças e cânticos. Na transição da Idade Antiga para a Idade Média, com a cristianização dos romanos e dos povos bárbaros, essas festividades passaram a ser assimiladas pela Igreja Católica, que, como principal instituição do período medieval, soube também diluir o culto aos deuses pagãos do período junino e substituí-los pelos santos.
A religiosidade popular absorveu de forma muito profunda essa mistura das festividades pagãs com a doutrina cristã. Nas regiões do Sul da Europa, sobretudo na Península Ibérica (Portugal e Espanha), onde o catolicismo desenvolveu-se com muita força no fim da Idade Média, essas tradições tornaram-se plenamente arraigadas.
Com o colonialismo português na América (futuro Brasil) a partir do século 16, as festividades juninas aqui foram se estabelecendo, sem maiores dificuldades, e ganhando um feitio próprio.
As comemorações das festas juninas no Brasil, além de manterem as características herdadas da Europa, como a celebração dos dias dos santos, também mesclaram elementos típicos do interior do país e de tradições sertanejas, forjadas pela mescla das culturas africana, indígena e europeia. Sendo assim, as comidas típicas (como a pamonha), as danças, o uso de instrumentos musicais (como a viola caipira) nas festas, etc., tudo isso reflete milênios de tradições diversas que se fundiram.
(Pagão; paganismo: para a antiga Igreja Católica Cristã, todos que não eram cristãos, eram pagãos.)
https://brasilescola.uol.com.br/datas-comemorativas/festa-junina.htm
Agora responda:
1. Para você que vive no mundo atual e pensa que ele está em constante mudança e transformação, você está certo! Mas há características culturais da história humana que atravessam os tempos e territórios e assim adquirem novos significados. A história também estuda isto. Não somente o que muda na vida humana, mas também aquilo que permanece. O texto acima traz esta ideia? Por quê?
2. Você crê que as festas juninas possuem hoje o mesmo significado no Brasil, que possuíam em sua origem na Europa? Por quê?
Aula de história – n.11 - 6/7/2020 – Nono ano – Origem das festas juninas.
As chamadas festas juninas atravessaram o Atlântico no século 16 com os portugueses e aqui se relacionaram com as diferentes culturas de povos nativos e povos africanos. Vamos ler o texto?
No Brasil, desde pelo menos o século 17, no mês de junho, comemoram-se as chamadas “Festas Juninas”, que possuem esse nome por estarem associadas ao referido mês. Sabemos que, além daquilo que caracteriza tais festas, como trajes específicos, comidas e bebidas, fogueiras, fogos de artifício e outros artefatos feitos com pólvora (como bombinhas), há também a associação com santos católicos, notadamente: São João, Santo Antônio e São Pedro.
Os pesquisadores especializados em festividades e rituais costumam apontar as origens das festas juninas nos rituais dos antigos povos germânicos e romanos, há mais de 2000 anos. Esses povos que habitavam as regiões campestres, na antiguidade ocidental, prestavam homenagens a diversos deuses aos quais eram atribuídas as funções de garantir boas plantações, boas colheitas, fertilidade etc. Geralmente, tais ritos (que possuíam caráter de festividade) eram executados durante a passagem do inverno para o verão, que, no centro-sul da Europa, acontece no mês de junho.
Esses rituais implicavam o acendimento de fogueiras e de balões (semelhantes aos que hoje são feitos com papel de seda), entre outros modos de comemorações, como danças e cânticos. Na transição da Idade Antiga para a Idade Média, com a cristianização dos romanos e dos povos bárbaros, essas festividades passaram a ser assimiladas pela Igreja Católica, que, como principal instituição do período medieval, soube também diluir o culto aos deuses pagãos do período junino e substituí-los pelos santos.
A religiosidade popular absorveu de forma muito profunda essa mistura das festividades pagãs com a doutrina cristã. Nas regiões do Sul da Europa, sobretudo na Península Ibérica (Portugal e Espanha), onde o catolicismo desenvolveu-se com muita força no fim da Idade Média, essas tradições tornaram-se plenamente arraigadas.
Com o colonialismo português na América (futuro Brasil) a partir do século 16, as festividades juninas aqui foram se estabelecendo, sem maiores dificuldades, e ganhando um feitio próprio.
As comemorações das festas juninas no Brasil, além de manterem as características herdadas da Europa, como a celebração dos dias dos santos, também mesclaram elementos típicos do interior do país e de tradições sertanejas, forjadas pela mescla das culturas africana, indígena e europeia. Sendo assim, as comidas típicas (como a pamonha), as danças, o uso de instrumentos musicais (como a viola caipira) nas festas, etc., tudo isso reflete milênios de tradições diversas que se fundiram.
(Pagão; paganismo: para a antiga Igreja Católica Cristã, todos que não eram cristãos, eram pagãos.)
https://brasilescola.uol.com.br/datas-comemorativas/festa-junina.htm
Agora responda:
1. Para você que vive no mundo atual e pensa que ele está em constante mudança e transformação, você está certo! Mas há características culturais da história humana que atravessam os tempos e territórios e assim adquirem novos significados. A história também estuda isto. Não somente o que muda na vida humana, mas também aquilo que permanece. O texto acima traz esta ideia? Por quê?
2. Você crê que as festas juninas possuem hoje o mesmo significado no Brasil que possuíam em sua origem na Europa? Por quê?
Aula de história - n.12 - 13/7/2020 – Sextos anos – Conceito de história
Leia os dois pequenos textos e procure responder as questões
Texto 1.
Atualmente há apenas uma espécie humana habitando a Terra. A nossa espécie Homo Sapiens Sapiens. Num passado muito distante existiram outras espécies humanas. Mas estas não se adaptaram ou não sobreviveram, e desapareceram.
Por milhares de anos as diferentes espécies humanas viveram como os outros animais e não se diferenciavam muito destes. Viviam em pequenos bandos nômades de caçadores e coletores de alimentos. Procuravam sobreviver e se reproduzir como qualquer espécie viva na Terra. Mas uma espécie humana deu início àquilo que seria a principal diferença em relação aos demais animais: a capacidade de transformação da natureza. No início eram apenas ferramentas e objetos de pedra, madeira ou osso, fabricados pelo Homo Habilis. Objetos que ajudavam a cortar, rasgar, furar e amassar, muito em função da caça e da alimentação.
A história mostra a grande capacidade de transformação da natureza pela ação humana, seja pelo conhecimento, trabalho, técnica (tecnologia) e cooperação. Nenhuma espécie viva do planeta mostrou esta capacidade.
Esta capacidade de transformar a natureza tornou possível a adaptação humana de viver em diferentes ambientes da terra.
A) Como os seres humanos se diferenciaram dos demais animais?
.....................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................
Texto 2.
Assim como o conhecimento, o trabalho e a técnica (tecnologia), a cultura é uma criação humana. Somente humana! A cultura é produzida pelos seres humanos em sua existência, em sua experiência de viver junto com outros seres humanos. A cultura é o que dá sentido ao mundo em que vivemos. É o modo como sentimos, entendemos e vivemos no mundo. Há diferentes culturas. A história registra o contato e as trocas entre estas diferentes culturas.
A criação cultural tem a ver com a existência material dos seres humanos. Por exemplo, dos diferentes tipos de alimentação, vestuário, habitação, trabalho, etc. Com a existência intelectual: conhecimentos, línguas, artes, etc. Com a existência espiritual: as diferentes religiões. Nas relações com outros humanos: nos gestos, sentidos e percepções humanas, na diversão, nas formas de autoridade e de governo, etc.
A) Qual o assunto do texto acima?
.................................................................................................................................................................................................................................................................................................
B) Dê exemplos do que pode ser considerado como criação cultural.
........................................................................................................................................................................................................................................................................................................
Aula de história – n.12 - 13/7/2020 – Sétimos anos – Idade Média
Vamos fazer estes exercícios de revisão sobre o que foi visto de Idade Média até agora?
1.Na época feudal europeia, entre os séculos IV(4°) e XV(15º), a sociedade feudal estava dividida, principalmente, em dois grupos, em duas classes sociais diferentes, que eram
a................................................ e os............................................
2. Os feudos, as propriedades rurais, pertenciam a ................................................, mas quem trabalhava na terra eram os.......................................................................
3. Cite três coisas que faziam parte do feudo.
1..................................................................................
2..................................................................................
3..................................................................................
4. A base, a principal atividade econômica da época feudal europeia era .......................................................................
Aula de história – n.12 - 13/7/2020 – Oitavos anos – Exercícios de revisão sobre conceitos de “revolução, política e economia”.
A partir das tarefas “on line” e das breves anotações do caderno no começo do ano, procure fazer estes exercícios de revisão.
Coloque então nos parênteses, “C” para frases de conteúdo correto e “NC’ para frases de conteúdo não corrreto.
1. Nos estudos históricos, o conceito de revolução está ligado à ideia de:
a.( ) ser um período histórico de poucas transformações na vida humana, em seu modo de viver, trabalhar e pensar.
b.( ) ser um período histórico de muitas, intensas e profundas mudanças na vida humana, em seu modo de viver, trabalhar e pensar.
c.( ) ser o período histórico do aumento do poder dos Reis e de suas monarquias.
d.( ) ser um período histórico de nenhuma transformação na vida humana, em seu modo de viver, trabalhar e pensar.
2. O conceito de política pode ser resumido da seguinte maneira:
a.( ) está associado à maneira como o poder é exercido nas sociedades.
b.( ) está associado à produção de mercadorias, ao consumo e a prestação de serviços em uma sociedade.
c.( ) está associado apenas ao consumo de mercadorias.
d.( ) não está relacionado ao poder.
3. O conceito de economia pode ser resumido da seguinte maneira:
a.( ) está associado apenas à divisão do poder nas sociedades.
b.( ) está associado à produção de mercadorias, ao consumo e a prestação de serviços em uma sociedade.
c.( ) está associado apenas ao consumo de mercadorias.
d.( ) não está relacionado ao consumo.
Aula de história – n.12 - 13/7/2020 – Nono ano – Primeira Guerra Mundial.
Nenhuma guerra na história atrai mais controvérsia e gera mais mitos(dúvidas) do que a Primeira Guerra Mundial.Muito do que achamos saber sobre o conflito, que ocorreu entre 1914 e 1918, está errado.
Para os soldados que lutaram, a guerra foi, em alguns aspectos, melhor do que confrontos anteriores e, em outros, piores. Mas descrevê-la como excepcionalmente trágica nos impede de conhecê-la a fundo.Tampouco nos permite entender o que passaram soldados e civis presos em outros inúmeros confrontos passados e atuais.orreram
Cinquenta anos antes do início da Primeira Guerra Mundial, o sul da China foi destruído por um conflito ainda mais sangrento. Estimativas conservadoras do número de mortos nos 14 anos da rebelião de Taiping indicam que 20 a 30 milhões de pessoas morreram.
Na Primeira Guerra Mundial, 17 milhões de soldados e civis perderam a vida. Grandes extensões da Europa ficaram em ruínas, milhões morreram ou ficaram feridos. Os sobreviventes passaram a apresentar graves traumas mentais.Nesse contexto, seria difícil falar em vencedores. No entanto, do ponto de vista exclusivamente militar, o Reino Unido e seus aliados foram os grandes vitoriosos.
Os navios de guerra alemães foram contidos pela Marinha Real britânica a ponto de suas tripulações se entregarem em vez de lançarem um ataque suicida. O exército alemão entrou em colapso depois de uma série de ataques dos aliados.
No fim de setembro de 1918, o imperador alemão e seu conselheiro militar Erich Ludendorff admitiram que não havia mais esperança de vitória e que a Alemanha deveria rezar pela paz. O armistício de 11 de novembro foi essencialmente uma rendição alemã. Ao contrário de Adolf Hitler em 1945, o governo alemão não insistiu em manter uma luta inútil e sem sentido até que os Aliados chegassem a Berlim, uma decisão que salvou inúmeras vidas, mas depois serviu para a sustentar a versão de que a Alemanha nunca foi realmente derrotada na Primeira Guerra Mundial
O tratado de Versalhes confiscou 10% do território da Alemanha, mas deixou o país como a maior e mais rica nação da Europa central. Quase não havia forças de ocupação e as reparações financeiras estavam ligadas à sua capacidade de pagamento. Além disso, em sua maioria, essas indenizações não foram reivindicadas. O tratado foi sem dúvida menos severo do que aqueles que puseram fim à Guerra Franco-Prussiana de 1870-71 e à Segunda Guerra Mundial.
No primeiro caso, os alemães vitoriosos no conflito franco-prussiano anexaram grandes porções do território de duas ricas províncias francesas, nas quais o ferro do país era produzido. Além disso, forçaram Paris a pagar uma conta enorme.
No segundo, a Alemanha foi ocupada, dividida, os maquinários de suas fábricas destruídos ou roubados e milhões de prisioneiros foram forçados a permanecer com seus captores e trabalhar como escravos.Além disso, o país perdeu todo o território que havia conquistado na Primeira Guerra Mundial.
Versalhes não foi um tratado duro, mas foi apresentado como tal por Hitler, que se aproveitou da ira popular contra o acordo para chegar ao poder.
As táticas e a tecnologia nunca mudaram tão radicalmente em quatro anos de luta. Foi um momento de inovação extraordinária.
Em 1914, os generais galoparam a cavalo pelos campos de batalha, enquanto homens com roupas de pano atacavam o inimigo sem as defesas necessárias. Ambas as partes estavam armadas principalmente com rifles.
Quatro anos depois, equipes de combate com capacetes de aço avançaram protegidas por cortinas de granadas de artilharia. Os soldados estavam armados com lança-chamas, metralhadoras portáteis e granadas que eram disparadas a partir de rifles. Acima deles, aviões, que em 1914 teriam sido inimaginavelmente sofisticados, sobrevoavam os céus, alguns carregando rádios experimentais e fazendo transmissões ao vivo.
Enormes peças de artilharia disparavam com precisão, usando apenas fotos aéreas e matemática para acertar alvos com um único ataque. Os tanques haviam passado da mesa de projeto para o campo de batalha em apenas dois anos, mudando a guerra para sempre.
Como em qualquer guerra, o grau de sofrimento depende da sorte.Pode ser que alguém seja vítima de horrores inimagináveis que o deixam mental e fisicamente incapacitado para o resto da vida.Mas pode ser que nada lhe aconteça. Soldados que tiveram sorte na Primeira Guerra Mundial não participaram de nenhuma grande ofensiva e na maioria das vezes estavam em melhores condições do que em casa.
Os britânicos, por exemplo, comiam carne todos os dias - um luxo que não se repetia muito na vida civil - tinham cigarros, chá e rum, e uma dieta diária de mais de 4 mil calorias.As taxas de absenteísmo devido a doenças, um importante barômetro da moral das unidades militares, permaneceram - notavelmente - quase as mesmas que em tempos de paz.Muitos jovens desfrutavam de salários garantidos, camaradagem intensa, responsabilidade e maior liberdade sexual.
https://www.bbc.com/portuguese/internacional-46167651
1) Responda: segundo o texto ,o Tratado de Versalhes, pós Primeira Guerra, realmente “castigou” a Alemanha no pós guerra? Por quê?
Aula de história – n.13 - 3/8/2020 – Sextos anos – História e tempo.
Tempo, tempo, tempo, tempo... Será que podemos dizer que uma década é “muito tempo”? Um ano é “pouco tempo”? Na verdade, não há respostas para todos e válidas para todas as situações. Um ano na vida de um ser humano não é muito tempo, o mesmo não valendo para uma formiga, que geralmente não vive mais de dez semanas. Para um ser humano, uma década é bastante tempo, não é? Mas para a História da humanidade, nem tanto... A civilização egípcia durou mais de dois mil e quinhentos anos com poucas alterações. Tendo como base o Egito Antigo, dez anos é pouquinho tempo... Assim, a definição de “muito tempo” ou “pouco tempo” pode variar bastante. Para a História da Humanidade, principalmente após a invenção da agricultura, um milênio é bastante tempo, pois muitas mudanças ocorreram nas sociedades! Mas para o planeta Terra, que tem 4,6 bilhões de anos, um milênio não é quase nada. Observe como cada membro de sua família sente a passagem do tempo de forma diferente. Enquanto as crianças reclamam que o “tempo não passa” e que o presente de aniversário demora a chegar, os adultos reclamam da rapidez com que os anos vão embora. Os diferentes ritmos de tempo que existem entre as pessoas relacionam-se ao modo de vida e a idade de cada um.
Pense em uma atividade que você realiza e sente que o tempo passa rápido: ________________________________________________________________
Agora, imagine outra atividade na qual você sente o tempo passar bem devagar: _____________________________________________________________________
“Oração ao Tempo”,(Caetano Veloso.
És um senhor tão bonito
Quanto a cara do meu filho
Tempo, tempo, tempo, tempo
Vou te fazer um pedido
Tempo, tempo, tempo, tempo...
Compositor de destinos
Tambor de todos os ritmos
Tempo, tempo, tempo, tempo
Entro num acordo contigo
Tempo, tempo, tempo, tempo...
Por seres tão inventivo
E pareceres contínuo
Tempo, tempo, tempo, tempo
És um dos deuses mais lindos
Tempo, tempo, tempo, tempo... [...]
Na parte da canção acima,composta por Caetano Veloso, que verso confirma que o tempo pode ser sentido de diferentes maneiras pelas pessoas, ou seja, que ele pode passar rápido ou devagar? ________________________________________________________________
http://www.cp2.g12.br/blog/humaitaii/files/2020/03/6-ano-Rosana-atividades-7-13.pdf
Aula de história – n.13 - 3/8/2020 – Sétimos anos – Idade Média (pesquisa)
Bons hábitos de higiene são necessários para nos prevenirmos de muitas doenças. Será que os hábitos de higiene na Idade Média, Europa, séculos V ao XV, eram os mesmos que praticamos atualmente?
Faça uma pequena pesquisa e escreva sobre alguns hábitos de higiene na Idade Média que chamaram sua atenção.
Aula de história - n.13 - 3/8/2020 – Oitavos anos – Pandemia e relações humanas.
Leia o texto e no final responda a questão.
Nosso comportamento em confinamento social não difere muito do de outros animais sociais quando colocados em cativeiro: estar isolado tem um efeito profundo na nossa saúde física e mental. Por isso a importância em encontrarmos maneiras de brincar, jogar e rir no cotidiano em quarentena.
Os ensinamentos são da cientista chilena Isabel Behncke, que de diferentes formas se dedica a estudar as raízes da natureza humana e de animais sociais. Ela estudou Biologia em Santiago, Zoologia em Londres e fez pós-graduações em conservação biológica e antropologia evolutiva, também no Reino Unido.
Para seu doutorado em primatologia na Universidade de Oxford, passou três anos na selva da República Democrática do Congo estudando os bonobos, que, ao lado de chimpanzés, são nossos parentes evolutivos vivos mais próximos. Na quarentena, ela se dedica a escrever um livro sobre a experiência.
Seus estudos nos ajudam a entender por que somos como somos - e os efeitos que a quarentena imposta pela pandemia exercem sobre nós, como indivíduos e como espécie. E por que sentimos tanta falta de atividades triviais, como almoçar com colegas de trabalho ou passear?
"Passei muitos anos seguindo primatas em seu habitat natural, por exemplo os bonobos no Congo. Mas também estudei muitos animais em cativeiro, como os próprios bonobos, chimpanzés e papagaios", conta ela à BBC News Mundo, serviço em espanhol da BBC.
"Então conheço a diferença de sociabilidade de animais sociais inteligentes quando estão enjaulados versus quando estão em liberdade. Esse é o grande experimento que estamos vivendo agora. Somos animais inteligentes em cativeiro. E várias coisas foram mostradas."
Antes de tudo, explica Behncke, como mamíferos e como primatas, nos constituímos em movimento e ao ar livre. "Ter que estar fechados em poucos metros quadrados sem movimento físico e sem estar ao sol é muito, muito difícil."
"Acho que, para alguns de nós, (...) a pandemia nos lembrou de que somos parte, e não à parte da natureza, e que ser um animal da mesma espécie é uma força muito democrática, porque o vírus ataca a todos", opina.
Mas existe também uma questão relacionada ao nosso comportamento social.
"Somos primatas sociais e estarmos isolados tem um efeito profundo em nossa saúde física e mental. Quando observamos os animais enjaulados, sejam cetáceos (baleias e golfinhos), cavalos, elefantes, papagaios, primatas ou grandes predadores, o que vemos são os chamados comportamentos repetitivos, como se coçar até provocar lesões ou dar voltas nas jaulas", explica.
"E talvez você se pergunte: como identifico o que é um comportamento repetitivo causado pelo estresse, versus movimentos que possam ter outras causas? Em geral não variam muito e não têm uma função."
"Então, quando vejo como começamos a fazer scroll nas redes sociais, sem interagir, simplesmente de maneira passiva, repetitiva, o que observo são humanos em cativeiro. Não é muito diferente dos papagaios enjaulados, que começam a arrancar as (próprias) penas."onobos, nossos parentes evolutivos
Para Behncke, "há um sofrimento muito verdadeiro, muito profundo, dos animais sociais que são privados de estímulos sociais e de movimento".
Além disso, a especialista explica que nossa sociedade, assim como a de chimpanzés, bonobos e elefantes, tem um componente altamente complexo, chamado pelos cientistas de fissão-fusão.
"Você acorda de manhã e interage com seu núcleo familiar. Daí sai e interage com um grupo de trabalho. Na hora do almoço, interage com outro subgrupo e à tarde se reúne com amigos. No fundo, você tem uma comunidade maior e daí você se fissiona, se separa em pequenos grupos, que se separam e se voltam a juntar", explica a pesquisadora.
"Agora não estamos podendo exercitar essa sociabilidade de fissão-fusão, natural para os seres humanos. E as pessoas enclausuradas com seu grupo familiar e com outras pessoas também estão sofrendo, porque há mais conflito nessas relações. Não é diferente de o que ela observava em bonobos em cativeiro. "Eles são famosos por serem símios muito tolerantes, não praticam homicídios ou infanticídios, previnem e resolvem conflitos por meio de brincadeiras e do sexo. São chamados de os 'hippies da floresta'. Em cativeiro, quando chegava a comida, por exemplo, aumentava o estresse e, assim, aumentava o sexo. Mas, na natureza, havia muito menos sexo. Depois percebi que era porque se podia exercitar a fissão-fusão, diminuindo os conflitos ao se separar em subgrupos."
"Como somos humanos, achamos que tudo se soluciona conversando, mas há mecanismos ainda mais antigos, mais animais, de dissipação de conflitos, como ir embora. É como quando você briga com seu irmão durante o almoço de família, mas, quando volta na semana seguinte, isso já não importa tanto. O estar enjaulado não permite fazer isso, e o estresse é muito forte."
A chilena explica que jogos, atividades e brincadeiras são um exercício antigo e universal praticado por seres imaturos (ou seja, as crias) de mamíferos e pássaros. Mas tem efeito crucial na população em geral, principalmente em tempos de quarentena - desde montar quebra-cabeças e dar risada até cozinhar algo por prazer são atividades que trazem grandes benefícios.
"Isso é muito importante para a saúde física e mental, para a resiliência e para a criatividade", explica Behncke.
"Mas a brincadeira é uma conduta sensível ao medo. Quando aumenta o estresse, aumenta a resposta fisiológica, que por sua vez tende a diminuir e suprimir o jogo. Por isso, temos que prestar atenção à frequência com a qual estamos dando risada, se na pandemia podemos encontrar maneiras de rir todos os dias, falar por videochamada com alguém que te divirta, ler literatura, ver comédias."
É preciso fazer o que for necessário, diz ela, "para manter a brincadeira na vida, sobretudo em tempos nos quais é mais difícil fazê-lo, por medo ou incerteza".
"Mas há outro ponto. Diferentemente de outros animais, nós humanos desenvolvemos rituais sociais, como ir a shows, missa, sair para dançar ou a bares. Os rituais coletivos são muito importantes porque sincronizam os grupos: eu me movo contigo, rio contigo, canto contigo e forjo um laço contigo. Pense nos gritos (das torcidas) de futebol no estádio."
https://www.bbc.com/portuguese/geral-53546287
Questão a responder?
1) Qual é o assunto do texto e sua ideia principal?
Aula de história - n.13 - 3/8/2020 – Nono ano – Pandemia e relações humanas.
Leia o texto e no final responda a questão.
Nosso comportamento em confinamento social não difere muito do de outros animais sociais quando colocados em cativeiro: estar isolado tem um efeito profundo na nossa saúde física e mental. Por isso a importância em encontrarmos maneiras de brincar, jogar e rir no cotidiano em quarentena.
Os ensinamentos são da cientista chilena Isabel Behncke, que de diferentes formas se dedica a estudar as raízes da natureza humana e de animais sociais. Ela estudou Biologia em Santiago, Zoologia em Londres e fez pós-graduações em conservação biológica e antropologia evolutiva, também no Reino Unido.
Para seu doutorado em primatologia na Universidade de Oxford, passou três anos na selva da República Democrática do Congo estudando os bonobos, que, ao lado de chimpanzés, são nossos parentes evolutivos vivos mais próximos. Na quarentena, ela se dedica a escrever um livro sobre a experiência.
Seus estudos nos ajudam a entender por que somos como somos - e os efeitos que a quarentena imposta pela pandemia exercem sobre nós, como indivíduos e como espécie. E por que sentimos tanta falta de atividades triviais, como almoçar com colegas de trabalho ou passear?
"Passei muitos anos seguindo primatas em seu habitat natural, por exemplo os bonobos no Congo. Mas também estudei muitos animais em cativeiro, como os próprios bonobos, chimpanzés e papagaios", conta ela à BBC News Mundo, serviço em espanhol da BBC.
"Então conheço a diferença de sociabilidade de animais sociais inteligentes quando estão enjaulados versus quando estão em liberdade. Esse é o grande experimento que estamos vivendo agora. Somos animais inteligentes em cativeiro. E várias coisas foram mostradas."
Antes de tudo, explica Behncke, como mamíferos e como primatas, nos constituímos em movimento e ao ar livre. "Ter que estar fechados em poucos metros quadrados sem movimento físico e sem estar ao sol é muito, muito difícil."
"Acho que, para alguns de nós, (...) a pandemia nos lembrou de que somos parte, e não à parte da natureza, e que ser um animal da mesma espécie é uma força muito democrática, porque o vírus ataca a todos", opina.
Mas existe também uma questão relacionada ao nosso comportamento social.
"Somos primatas sociais e estarmos isolados tem um efeito profundo em nossa saúde física e mental. Quando observamos os animais enjaulados, sejam cetáceos (baleias e golfinhos), cavalos, elefantes, papagaios, primatas ou grandes predadores, o que vemos são os chamados comportamentos repetitivos, como se coçar até provocar lesões ou dar voltas nas jaulas", explica.
"E talvez você se pergunte: como identifico o que é um comportamento repetitivo causado pelo estresse, versus movimentos que possam ter outras causas? Em geral não variam muito e não têm uma função."
"Então, quando vejo como começamos a fazer scroll nas redes sociais, sem interagir, simplesmente de maneira passiva, repetitiva, o que observo são humanos em cativeiro. Não é muito diferente dos papagaios enjaulados, que começam a arrancar as (próprias) penas."onobos, nossos parentes evolutivos
Para Behncke, "há um sofrimento muito verdadeiro, muito profundo, dos animais sociais que são privados de estímulos sociais e de movimento".
Além disso, a especialista explica que nossa sociedade, assim como a de chimpanzés, bonobos e elefantes, tem um componente altamente complexo, chamado pelos cientistas de fissão-fusão.
"Você acorda de manhã e interage com seu núcleo familiar. Daí sai e interage com um grupo de trabalho. Na hora do almoço, interage com outro subgrupo e à tarde se reúne com amigos. No fundo, você tem uma comunidade maior e daí você se fissiona, se separa em pequenos grupos, que se separam e se voltam a juntar", explica a pesquisadora.
"Agora não estamos podendo exercitar essa sociabilidade de fissão-fusão, natural para os seres humanos. E as pessoas enclausuradas com seu grupo familiar e com outras pessoas também estão sofrendo, porque há mais conflito nessas relações. Não é diferente de o que ela observava em bonobos em cativeiro. "Eles são famosos por serem símios muito tolerantes, não praticam homicídios ou infanticídios, previnem e resolvem conflitos por meio de brincadeiras e do sexo. São chamados de os 'hippies da floresta'. Em cativeiro, quando chegava a comida, por exemplo, aumentava o estresse e, assim, aumentava o sexo. Mas, na natureza, havia muito menos sexo. Depois percebi que era porque se podia exercitar a fissão-fusão, diminuindo os conflitos ao se separar em subgrupos."
"Como somos humanos, achamos que tudo se soluciona conversando, mas há mecanismos ainda mais antigos, mais animais, de dissipação de conflitos, como ir embora. É como quando você briga com seu irmão durante o almoço de família, mas, quando volta na semana seguinte, isso já não importa tanto. O estar enjaulado não permite fazer isso, e o estresse é muito forte."
A chilena explica que jogos, atividades e brincadeiras são um exercício antigo e universal praticado por seres imaturos (ou seja, as crias) de mamíferos e pássaros. Mas tem efeito crucial na população em geral, principalmente em tempos de quarentena - desde montar quebra-cabeças e dar risada até cozinhar algo por prazer são atividades que trazem grandes benefícios.
"Isso é muito importante para a saúde física e mental, para a resiliência e para a criatividade", explica Behncke.
"Mas a brincadeira é uma conduta sensível ao medo. Quando aumenta o estresse, aumenta a resposta fisiológica, que por sua vez tende a diminuir e suprimir o jogo. Por isso, temos que prestar atenção à frequência com a qual estamos dando risada, se na pandemia podemos encontrar maneiras de rir todos os dias, falar por videochamada com alguém que te divirta, ler literatura, ver comédias."
É preciso fazer o que for necessário, diz ela, "para manter a brincadeira na vida, sobretudo em tempos nos quais é mais difícil fazê-lo, por medo ou incerteza".
"Mas há outro ponto. Diferentemente de outros animais, nós humanos desenvolvemos rituais sociais, como ir a shows, missa, sair para dançar ou a bares. Os rituais coletivos são muito importantes porque sincronizam os grupos: eu me movo contigo, rio contigo, canto contigo e forjo um laço contigo. Pense nos gritos (das torcidas) de futebol no estádio."
https://www.bbc.com/portuguese/geral-53546287
Questão a responder?
1) Qual é o assunto do texto e sua ideia principal?