Seja muito bem-vindo(a) ao nosso terceiro trimestre do Curso Técnico em Administração! Esperamos que esteja gostando da nossa disciplina. Já aprendemos, em lições passadas, sobre os princípios da economia, a economia como ciência, os conceitos de externalidades, excedente do consumidor e do produtor e finalizamos o trimestre passado com a Teoria do Consumidor, dando início às análises de como as decisões de consumo são tomadas pelos indivíduos.
Agora, neste trimestre, analisaremos o que os economistas chamam de Macroeconomia, que significa agregados econômicos. Vimos, na Microeconomia, o comportamento de um consumidor e estudamos a curva de demanda, o excedente do consumidor e, também, a Teoria do Consumidor. Também, vimos, pelo lado da oferta, o comportamento dos produtores individuais em termos de curva de oferta, excedente do produtor e Teoria da Firma.
Economistas, no entanto, não estão preocupados apenas com o ambiente microeconômico, ou seja, com as decisões tomadas individualmente, visto que o comportamento coletivo também é importante. Imagine uma grande floresta. Qual é o “item” mais presente? Isso mesmo: árvores!
Na Microeconomia, “estudamos as árvores” individualmente, no entanto, é importante analisar, também, o coletivo, ou seja, considerando todas as árvores, não é mesmo? Então, daremos início ao estudo da Macroeconomia, sendo a área de estudos voltada a compreender temas como produção nacional (PIB), nível de preços (inflação), poupança e investimentos e, a começar nesta lição, o comércio internacional!
Lembra-se de quando observamos, nos dez princípios, que o comércio pode melhorar a situação de todos? No mundo contemporâneo, os consumidores não estão restritos a consumir apenas o que é produzido nacionalmente, mas podem comprar de outro país, certo? Isso também vale para os produtores, é possível produzir nacionalmente, mas vender para fora do país e, com isso, receber em dólar ao invés de real.
Ficou curioso(a) sobre como ocorre o comércio internacional? Então, venha comigo para mais uma lição.
Você já deve estar cansado(a) de saber que um fator importante para uma economia é a presença de consumidores (demanda) e produtores (oferta). Já vimos diversas formas de estudar o comportamento de cada um deles, não é mesmo? No entanto, esse conhecimento é importante para você poder entender conceitos mais avançados da economia, como a que aprenderemos agora: as relações comerciais entre países, ou seja, a existência de um comércio exterior.
Talvez, você conheça alguém que ou, quem sabe, você mesmo(a) já comprou algo que veio de outro país por meio da internet ou em uma viagem que tenha feito para outro país. Do ponto de vista do consumo, qual é a vantagem de comprar e consumir um produto que não foi feito em nosso país? Talvez, você possa dizer: “porque, aqui, no Brasil, esse produto ainda não chegou ou seu preço está muito elevado, por isso, vale a pena comprar de outro país”.
E do ponto de vista da produção, da oferta, por que produzir algo no Brasil e vender para outro país, e não vender nacionalmente? Se você conhece algum grande produtor rural, por exemplo, você verá que ele, em muitas circunstâncias, prefere vender para outro país, porque o valor que receberá será maior, visto que a moeda nacional tem menor valor do que a moeda estrangeira — fique tranquilo(a), falaremos sobre a relação entre preços de moeda nas próximas lições.
Se comprar de fora por motivo de preço é uma boa para o consumidor, para o produtor, não o é, pois ele acaba perdendo um cliente, uma venda e, assim, como já aprendemos, menores serão seus lucros. Da mesma forma, se vender no mercado internacional é bom para o produtor, pois o valor recebido é maior, para os consumidores internos, é algo ruim, pois, com a escassez desse produto internamente, maiores serão os preços cobrados — se você é uma pessoa curiosa, esse é justamente um dos motivos para alguns produtos, como carne bovina, terem aumentado de valor nos anos de 2020 e 2021.
Dessa forma, compreender as relações comerciais internacionais é uma forma de mensurar a qualidade de vida da população de uma forma geral, pois olharemos para os dois lados, tanto o consumo como a produção. Assim, estaremos aptos a dizer quais são as vantagens e as desvantagens do comércio internacional.
Uma pergunta para darmos início à lição: você acha que é melhor para um país vender mais do que comprar internacionalmente ou é melhor comprar mais do que vender? Se ficou curioso(a), isso é o que aprenderemos nesta lição!
Como falaremos sobre comércio internacional, e por ser este um assunto que sempre está em pauta em qualquer jornal, seja na televisão, seja na internet, daremos uma olhada em uma matéria que foi noticiado no dia 6 de julho de 2022 pelo Ministério da Economia (BRASIL, 2022).
A matéria tem por título “Corrente de comércio brasileira chega a US$ 54,4 bilhões em maio”. Nela, reporta-se que, de acordo com dados preliminares da balança comercial, divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia em 13 de junho, mostraram que as exportações do Brasil, em maio de 2022, somaram US$ 29,6 bilhões, e as importações somaram US$ 24,7 bilhões. Isso resultou em um saldo positivo de US$ 4,9 bilhões e fluxos comerciais de US$ 54,4 bilhões. A exportação anual foi de US$ 131,1 bilhões, a importação foi de US$ 106 bilhões, o superávit foi de US$ 25,1 bilhões, e o volume de comércio foi de US$ 237 bilhões. De acordo com informações da Secex, o impacto dos aumentos de preços nas receitas de exportação e nas despesas de importação prevaleceu durante o mês e ao longo do ano (BRASIL, 2022).
As exportações aumentaram em maio de 2022, principalmente, para os seguintes destinos: África (89,8%), Oriente Médio (63,0%), União Europeia (47,7%), Mercosul (25,5%) e Estados Unidos (7,9%). As exportações para a China caíram 11,9%. Em termos de importações, os destaques para maio de 2022 são: Oriente Médio (100,3%), África (52,4%), EUA (68,5%), Mercosul (28,0%) e China (14,5%). Segundo a Secex, a guerra entre Rússia e Ucrânia afeta o comércio mundial e a economia como um todo, principalmente, os preços de alimentos e combustíveis, já que os dois países são os principais produtores e concorrentes do Brasil no comércio internacional. O que se observa é um efeito de preço, um aumento geral de preços — seja de alimentos que o Brasil exporta, seja de combustível do qual o Brasil é importador líquido, os dois lados são afetados (BRASIL, 2022).
Para saber a importância disso para a nossa economia, aperte os cintos e se prepare para aprender sobre comércio exterior na próxima seção!
O case o(a) deixou curioso(a)? Assista ao vídeo, a seguir, para conhecer um pouco mais sobre essa história:
Como já vimos em aulas anteriores, a Economia é uma ciência que adota algumas hipóteses para construir os seus modelos e realizar as suas análises. Neste trimestre final do curso, por saber que você, aluno(a), já está habituado(a) ao método científico econômico, utilizaremos muito algumas hipóteses, visto que nosso foco será a Macroeconomia.
Nesta lição, aprenderemos como se estuda o comportamento dos agentes econômicos quando um país possui relações de troca e comércio com outros países. Para esse caso, dizemos que a economia é aberta, ou seja, não mais consideramos as famílias e empresas do país (Brasil) interagindo entre si, mas, também, relacionando-se com famílias e empresas de outros países.
Entretanto, por que isso é importante? Você já deve ter visto, em algum telejornal, a expressão “exportações” ou “importações”, não é mesmo? Ou, quem sabe, você conhece alguém que tem algum item, como um celular, uma camiseta, um tênis, um computador etc., que foi produzido e comprado em outro país, ou seja, produtos importados.
O termo exportação se refere a qualquer produto ou serviço que é produzido dentro de um país (limites geográficos), mas é vendido em outro. Por exemplo, o Brasil é um grande exportador de grãos in natura — também chamados de comodities —, ou seja, nosso país produz alguns produtos como soja, milho, e boa parte de sua produção é destinada ao mercado internacional.
A importação, por sua vez, é o contrário: quando um produto ou serviço é comprado por um país. Aqui, podemos citar diversos exemplos, como o petróleo que está na gasolina do carro ou no diesel do ônibus ou, mesmo, o pãozinho francês que você come todo dia pela manhã. O Brasil não tem capacidade de produzir uma quantidade suficiente de petróleo e trigo para atender à sua população — nós, brasileiros —, por isso, parte dessa demanda tem que ser satisfeita por meio da compra desses produtos no exterior (MANKIW, 2013).
Como você já está avançado(a) nos estudos de Economia, deve ter percebido que, desses dois conceitos, exportação e importação, surge uma terceira relação muito importante, pois, se exportação é o que um país vende para outros e importação é o que ele compra, então os países devem ter um saldo, que pode ser positivo ou negativo, a depender da quantidade exportada e importada, não é mesmo?
Vamos de exemplo: imagine que você é um(a) produtor(a) e comerciante de aparelhos tecnológicos. Como, no Brasil, ainda não há um tecnologia de produção muito avançada, você precisa comprar de outros países — ou seja, importar — grande parte das matérias-primas e insumos que utiliza para a construção dos seus aparelhos. Após finalizado o seu produto, você o vende — exporta — para outros países. O que acontece se o valor que você vender for maior do que o que você pagou? Você tem um lucro, e isso é muito bom, não é? Contudo, e se o valor do que você importou acabar sendo maior do que o valor do que comprou? Você tem um prejuízo, e isso é ruim, não é mesmo?
Do conceito de exportação e importação, surge outro que é a exportação líquida, que pode ser representada pela equação a seguir:
Exportações líquidas = valor das exportações - valor das importações
Generalizaremos, agora, para que a ideia e a importância das exportações líquidas fiquem mais fáceis de entender. O Brasil é um país que faz transações econômicas e financeiras com o resto do mundo, então ele tem uma preocupação de ter um saldo positivo na relação de compras (importações) e vendas (exportações), ou seja, que suas exportações líquidas sejam maiores do que 0 (MANKIW, 2013).
Um mecanismo que permite esse controle é a chamada balança comercial. Talvez, se pensar no termo “balança”, ficará mais fácil de entender que ela mostra o resultado das contas de um país com o resto do mundo. Se o país exportar mais do que importar, ele terá um superávit comercial, mas, se importar mais do que exportar, terá um déficit comercial. Para o caso especial da exportação ser igual à importação, então o país terá um equilíbrio comercial.
Você deve estar pensando: “mas eu já estudei que alguns fatores como preço, renda e preferências afetam as decisões de consumo. Para o comércio internacional, isso também se aplica?”. Caso tenha pensado que sim, parabéns! De fato, existem alguns fatores que afetam os resultados da balança comercial, como indicado por Mankiw (2013):
Os preços dos bens entre os países.
A taxa de câmbio — que aprenderemos na próxima lição.
As preferências dos consumidores nos países envolvidos.
A renda.
O custo de transporte das mercadorias entre países.
As ações do governo para fomentar ou desestimular o comércio internacional.
Mudanças em algum desses elementos tendem a alterar as relações comerciais entre países. No entanto, não é apenas trocas de bens físicos que as pessoas — que, no contexto da Economia Internacional, são chamadas de residentes e não residentes — realizam entre países. Em uma economia fechada — desconsiderando o comércio internacional —, indivíduos, a todo momento, tomam e emprestam dinheiro, seja entre indivíduos, seja entre indivíduos e bancos etc. A ideia é que exista, também, uma troca financeira na economia.
No comércio internacional, não seria diferente, pois, assim como há troca de bens e serviços, há, também, a troca de serviços financeiros. Quando se fala nesses tipos de serviços, o termo utilizado é fluxo de capitais, e, assim como existe o conceito de exportações líquidas, também há o de fluxo líquido de capitais, que representa a compra de ativos financeiros de um país estrangeiro por residentes internos subtraída a compra de ativos financeiros desses residentes internos por parte dos estrangeiro (MANKIW, 2013). Essa relação também pode ser expressa como:
Investimento externo líquido = compra de ativos financeiros externos por residentes internos - compra de ativos financeiros internos por residentes do exterior
Contudo, o que é um ativo financeiro? Bom, imagine que você receba, todo mês, uma mesada de R$ 200,00 e, ao invés de gastá-la, você quer fazer com que esse dinheiro aumente. Para isso, você “empresta” o seu dinheiro para uma empresa no exterior que, depois de um período combinado, devolverá, integralmente, os R$ 200,00, mais uma quantia de 10% pelo empréstimo, ou seja, no final, você recebe R$ 220,00. Em resumo, isso é um ativo financeiro, uma pessoa morando no país A investe seu dinheiro no país B esperando ter, com isso, um ganho em cima desse empréstimo.
Então, imagine que o seu investimento de R$ 200,00 represente toda a economia do Brasil: você fez investimentos no exterior — compra de ativos financeiros externos por residentes internos. No entanto, da mesma forma que o Brasil investe seu dinheiro fora do país, outros países fazem o mesmo com o Brasil, ou seja, fazem uma compra de ativos financeiros internos por residentes do exterior.
Como indica Mankiw (2013), assim como as exportações líquidas, o investimento externo líquido pode ser positivo, negativo ou nulo. Quando o valor for positivo, quer dizer que o país, em nosso exemplo, o Brasil, comprou mais ativos em outros países do que outros países compraram ativos brasileiros, ou seja, nesse caso, o Brasil transferiu mais do que recebeu investimentos. Para o caso de ser negativo, quer dizer que outros países compraram mais ativos brasileiros do que o Brasil comprou, indicando uma entrada de capital estrangeiro. Assim, com as exportações líquidas, também se tem algumas variáveis que afetam o resultado do investimento externo líquido, como, por exemplo:
Taxa de juros reais dos ativos estrangeiros.
Taxa de juros reais dos ativos internos.
Ambiente de confiança.
Políticas do governo.
Nesse ponto, vale destacar que os juros são importantes, porque são eles que definirão os ganhos dos investidores.
Em nosso exemplo, quando você investia sua mesada de R$ 200,00, você ganhava um retorno — medido pela taxa de juros — de 10%, ou seja, de R$ 20,00 — se tiver alguma dúvida de como chegar nesse valor, em uma calculadora, faça 200*(10/100). Se você tivesse um ganho maior que 10%, não estaria mais disposto a emprestar? Imagine uma taxa de juros de 20%, nesse caso, o valor que você teria seria de R$ 240,00 (R$ 200,00 + R$ 40,00).
Dessa forma, quanto maior a taxa de juros, mais atrativo é um investimento, não é mesmo? Agora, imagine o caso contrário, o mesmo período de tempo combinado, porém com juros menores que 10%, de apenas 1%. Nesse caso, você teria um ganho total de apenas R$ 202,00 — novamente, se ficou curioso(a), basta fazer, na calculadora, 200*(1/100) e verá que os juros renderão apenas R$ 2,00.
Então, a taxa de juros que o investidor interno espera receber ao investir no exterior — você, em nosso exemplo — ou a taxa de juros que o investidor de outro país espera receber ao investir no Brasil é um fator muito importante para o resultado da conta de investimento externo líquido (MANKIW, 2013).
Para fecharmos nossa lição sobre comércio exterior, apresentaremos uma relação existente entre as duas contas que já aprendemos — exportações líquidas e investimento externo líquido.
Como vimos, no mundo atual, os países têm relações comerciais tanto de bens e serviços como de ativos e recursos financeiros. As contas de exportações líquidas e investimento externo líquido mostram como anda o equilíbrio nesses dois tipos de mercados, ou relações comerciais, visto que a primeira mostra como estão as importações e exportações de um país, enquanto a segunda indica como anda o total de ativos adquiridos e vendidos entre um país e o resto do mundo. Um ponto importante é que as duas contas sempre devem ser iguais, ou seja:
Exportações líquidas = Investimento externo líquido
“Por quê?”: você deve estar se fazendo essa pergunta. O ponto é que a equação anterior é chamada de identidade contábil, visto que todas as transações que impactam o lado direito também impactam o lado esquerdo.
Utilizaremos um exemplo: imagine que você, novamente, produz aparelhos tecnológicos, mas vende o seu produto para outros países, como, por exemplo, Estados Unidos. Para você — e o Brasil —, vender o produto é o mesmo que fazer uma exportação ou que aumentar as exportações líquidas. No entanto, como você vendeu para os Estados Unidos, recebeu em dólar. Se você apenas guardar esse dinheiro em um local que não renda nenhum juros — debaixo do colchão —, você dedicará parte da sua renda para manter os dólares, ou seja, de certa forma, você adquiriu um ativo financeiro externo — o dólar —, de forma que o aumento nas exportações líquidas é compensado pelo aumento no investimento externo líquido. Caso você aplique os dólares recebidos, esses dólares se converteram em investimentos em moeda americana. De qualquer forma, a sua venda (exportação) gerou um aumento na compra de ativos financeiros externos por residentes internos, ou seja, você — que representa o Brasil — compra ativos financeiros.
Para fechar a nossa lição, vamos ao seguinte resumo:
Um saldo positivo na exportação líquida indica uma exportação maior que a importação, e a quantidade de moeda extra obtida é convertida em investimento em ativos externos.
Um saldo negativo na exportação líquida indica uma importação maior que a exportação. Para compensar esse desequilíbrio, deve-se vender mais ativos financeiros do que comprar (MANKIW, 2013).
Ficou interessado(a) sobre esse tema? Clique no play, a seguir, e assista ao vídeo:
Quanta coisa nova você aprendeu nesta lição, não é mesmo? Talvez, até alguns conceitos novos, como o que é exportação, importação, exportações líquidas e investimento externo líquido. Agora, toda vez que ouvir ou ler no jornal sobre o resultado das exportações líquidas do Brasil, saberá que, se as vendas (exportações) nacionais forem maiores do que as compras (importações), teremos um saldo positivo nessa conta, mas, se forem menores, um resultado negativo, ou seja, prejuízo.
Talvez, você possa entender se aplicar isso na sua vida diária. Se você tem um valor para gastar com algo, mas acaba comprando algo que tenha um valor maior que seu limite financeiro, então você se endividará. Esse endividamento é visualizado na conta de investimento externo líquido, que mostra não mais as transações internacionais de bens físicos, mas de serviços financeiros, como compra de ativos.
Ainda, você, talvez, esteja pensando: “está bem, mas como isso me afeta? Por que devo me preocupar com essas contas e com o comércio exterior?”. O Brasil, assim como diversos países no mundo, não é autossuficiente na produção de diversos produtos, enquanto, em outros, ele é tão autossuficiente a ponto de gerar um excesso e exportar.
Nos últimos anos, nosso país vem passando por alguns problemas que estão diretamente relacionados ao comércio internacional, como, por exemplo, o aumento no preço de alguns bens, como carne bovina, automóveis e, principalmente, petróleo. Está caro o consumo de carne bovina, pois os produtores nacionais preferem produzir e exportar sua produção, já que receberão em dólar que, na média, tem apresentado um valor cinco vezes maiores que o real brasileiro. Então, do ponto de vista desses produtores, vender no mercado internacional é mais lucrativo — como já estudamos o que é lucro, você é capaz de entender que quanto maior o lucro, melhor para o empresário.
Outro aspecto que tem afetado bastante a vida do brasileiro é o preço do combustível. Nesse caso, diferente da carne bovina, o Brasil não é autossuficiente e precisa comprar (importar) esse produto. Como o mundo passa por momentos de incerteza e dado o preço do dólar — que aprenderemos nas próximas lições —, tem ficado caro comprar esse produto. Como, no Brasil, grande parte da produção é transportada por rodovias, então o aumento no preço do insumo combustível encarece a maior parte dos produtos, principalmente, aqueles que adquirimos nos supermercados.
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BRASIL. Corrente de comércio brasileira chega a US$ 54,4 bilhões em maio. Ministério da Economia, 6 jul. 2022. Disponível em: https://www.gov.br/economia/pt-br/assuntos/noticias/2022/julho/corrente-de-comercio-brasileira-chega-a-us-54-4-bilhoes-em-maio. Acesso em: 24 ago. 2022.
MANKIW, N. G. Introdução à Economia. [S.l.]: Cengage Learning, 2013.