Protocolos de Convivialidade

performance, pedagogia e saberes anticoloniais

Este projeto de pesquisa traz à baila de discussão e ação algumas pistas que norteiam a criação de metodologias criativas e políticas em performance e pedagogia que reinscrevem e reconstroem discursos, representações, imaginários e práticas corporais, mágicas e ancestrais em desobediências anticoloniais.

Deste modo, interessa para este grupo de estudos teóricos e práticos, a criação de possíveis rotas alternativas de epistemologia de fronteira e eventos artísticos que questionam as relações geopolíticas construídas por meio de uma matriz de poder colonial - epistêmica, capitalista, racial, sexual/gendérica, espiritual e linguística -, ainda operante pelas colonialidades nas agendas culturais, educacionais e existenciais da produção de conhecimentos em arte e educação

Os Protocolos de Convivialidade podem acionar, de forma debochada, possíveis rachaduras na colonial/modernidade, ao interferir e reconstruir corpos e espaços em performance e pedagogia, escancarando para outras formas de viver e (re)existir, em múltiplas intersecções, resistências, conhecimentos e curas

Coordenação: Prof. Dr. André Rosa

Pessoas Participantes: Profa. Dodi Leal (UFSB); Prof. Sidmar Gomes (UEM); Profa. Fátima Santana Santos (CMEI Djalma Santos/BA); Diego Azevedo (Teatro); Samara Lupion (Teatro/Psicologia); Geovana Lagos (Artes Visuais);  Matheus Ribeiro (Teatro); Maikon Messias (Teatro/Direito); João Paulo Moretti (Teatro).

Contato: alrosa@uem.br

Diretório de Grupos de Pesquisa CNPq: CLIQUE AQUI 

Ações desenvolvidas pelo Projeto

Publicações

Transgeneridades em Performance: desobediências de gênero e anticolonialidades das artes cênicas

Autoras: André Luís Rosa e Dodi Leal.

Metodologias anticoloniais para um ensino de teatro antirracista e antissexista na educação infantil

Autores: André Luís Rosa e Diego da Silva Azevedo


O ato de inventariar práticas artístico-pedagógicas: entre a performance e as políticas públicas

Autoras: André Luís Rosa e Samara Kathyleen da Silva Lupion 


Chão de Memórias: rachaduras para um ensino de arte desobediente

Autores: André Luís Rosa e Gabriel Fajonni Marcelino

O ato de inventariar práticas artístico-pedagógicas através de três companhias de teatro de Maringá-PR

Autoras: André Rosa, Sidmar Gomes e Samara Lupion

Chão de memórias: rachaduras para um ensino de arte desobediente (resumo expandido)

Autores: Gabriel Fajonni Marcelino e André Luís Rosa

Metodologias anticoloniais para um ensino de teatro antirracista e antissexista na educação infantil (resumo expandido)

Autores: Diego da Silva Azevedo e André Luís Rosa

A representação do corpo da mulher na idade média em pintura de Hildegard de Bingen (resumo expandido)

Autoras: Geovana Beatriz Lagos de Paula e André Luís Rosa

Projetos de Iniciação Científica (PIC)

Acadêmica: Samara Kathyleen da Silva Lupion

Orientação: Prof. Dr. André Luís Rosa 

Co-Orientação: Prof. Dr. Sidmar Gomes

Resumo: A reflexão constante no artigo entrelaçou o ato de arquivar com políticas públicas e práticas artístico-pedagógicas, pautando a cólera resultante da história dada como oficial e suas relações de poder e opressões. Com uma análise interseccional, a partir de produções artísticas contemporâneas de três companhias de teatro da cidade de Maringá-PR, sendo elas: Grupo Pau de Fita (1975), Circo Teatro Sem Lona (1996) e Cia Tipos&Caras (1982), indagamos suas vivências e experiências com o intuito de contribuir para o campo da Pedagogia do Teatro e da Performance. Utilizamos como metodologia entrevistas realizadas pela plataforma Google Meet, juntamente com materiais já disponíveis em seus websites e outras entrevistas/relatos dados a terceiros no espaço digital, uma vez que todo o contato e as investigações teóricas, por meio de bibliografias e repertórios imagéticos, se deram remotamente por conta da situação pandêmica. Diante disso, percebe-se que a captação de documentos vivos, mutáveis e não fixos, leva-nos a constantemente produzir maneiras de registrar e arquivar. A forma que essas companhias falam sobre seus trabalhos é uma condição de arquivamento móvel, pensando em suas trajetórias, traçam rabiscos e pistas. Não tivemos o intuito de realizar uma historiografia da construção artística de Maringá/PR e, sim, destacar e valorizar diferentes percepções, memórias e formas de lidar com narrativas cênico-performáticas plurais e diversas.

 

Palavras-chave: Pedagogia da Performance. Arquivos. Políticas Públicas.


Acadêmico: Diego da Silva Azevedo

Orientação: Prof. Dr. André Luís Rosa

Co-Orientação: Profa. Ms. Fátima Santana Santos.

Resumo: Nesta pesquisa buscou-se elencar, discutir e tensionar algumas metodologias decoloniais para o ensino de arte/teatro na Educação Infantil, visando desmontar e colapsar sistemas tradicionais de ensino que engendram e perpetuam uma padronização de raça e de sexo/gênero, acarretando e promovendo o apagamento das identidades e subjetividades dissidentes presentes na infância e nos corpos dus sujeites/crianças. Partindo de uma escrita autoetnográfica e interseccional, os referenciais teóricos se entrelaçam com as vivências da pessoa autora e pesquisadora em sala de aula com sujeites/crianças de 3 e 4 anos, como professor da Educação Infantil, no decorrer dos anos de 2019 a 2021. Deste modo, convocou-se uma atuação artístico-pedagógica decolonial para a construção de narrativas diversas e múltiplas de existências, para que as subjetividades dus sujeites/crianças no contexto escolar rompam com o modelo eurocêntrico e patriarcal composto por uma política racial e de gênero que constrói, enaltece e faz a manutenção, desde a infância, em dominação e privilégios, de um corpo neoliberal, capitalista, cisgênero, heterocentrado e embranquecido.


Palavras-chave: Metodologias Decoloniais; Raça; Sexo/Gênero; Educação Infantil; Ensino de Teatro.


Acadêmica: Geovana Beatriz Lagos de Paula

Orientação: Prof. Dr. André Luís Rosa

Resumo: Essa pesquisa investigou alguns marcadores sociais, políticos, espirituais, artísticos e existenciais da representação do corpo da mulher na Idade Média em pinturas de Hildegard de Bingen, relacionando elementos das suas obras, determinadas pela dualidade entre corpo e alma, com perspectivas feministas e de gênero contemporâneas. Partindo de uma metodologia analítico-discursiva e performativa, os materiais selecionados foram as iluminuras Aquele que está entronizado e O corpo místico, ambas datadas entre 1098-1179. Os resultados obtidos se deram por meio de uma análise interseccional e crítica do período medieval e o quanto dessas ideias, corporalidades e imagéticas ainda se fazem atuantes social e culturalmente sobre os corpos das mulheres na contemporaneidade.


Palavras-chave: Corpo; Mulher; Representação; Hildegard de Bingen; Idade Média. 

Participações em eventos

11º Seminário de Pesquisa em Artes 

Promovido virtualmente pela Unimontes/MG, entre 14 a 17/09/2021, com as seguintes comunicações orais:

a) Diego da Silva AzevedoMetodologias decolonias para um ensino de teatro antirracista e antissexista na educação infantil – Programação do evento disponível em: https://www.seminariodepesquisaemartes.com/

b) Geovana Beatriz Lagos de PaulaA representação da mulher na idade média em pinturas de Hildegar de Bingen – Programação do evento disponível em: https://www.seminariodepesquisaemartes.com/


II ENTRE(A)RTE  

Seminário Interdisciplinar em Arte, promovido virtualmente pela Unicesumar/PR, entre 24 a 27/04/2022, com a comunicação oral: 

a) Aquele que está entronizado e Corpo místico: o corpo da mulher, no século XII, em Iluminuras de Hildegard de Bingen - Geovana Beatriz Lagos de Paula

XXX EAIC 

Encontro Anual de Iniciação Científica, promovido virtualmente pela UEM, entre 10 e 11 de novembro de 2021, com as seguintes comunicações orais: 

a) Diego da Silva AzevedoMetodologias decoloniais para um ensino de teatro antirracista e antissexista na educação infantil


b) Samara Kathyleen da Silva LupionO ato de inventariar práticas artístico-pedagógicas: entre a performance e as políticas públicas

Atividades de extensão na pesquisa

Chão de Memórias 

Atividade desenvolvida em parceria com o Projeto de Extensão Artes do Corpo e do Movimento.

1ª temporada: 

O ofício do artista-educador e a criação de mundos possíveis - junho/julho de 2020.

Episódios realizados com as participações de Eleni Souza Nobre, Alexandre Cruz, Iracy Vaz, Fátima Santana Santos, Letycia Rendy Yobá Payayá e Carolina Garcia Marques. 

Clique aqui para conferir a temporada completa. 


2ª temporada: 

Arte, educação e saberes ancestrais - setembro de 2020.

Episódios realizados com as participações de Leno Vidal, Juliana Ferrari, André Feitosa e Adilbênia Machado

Clique aqui para conferir a temporada completa. 

Meditação Ativa 

 

Com o intuito de apresentar e praticar algumas meditações desenvolvidas pelo Osho, na medida em que geram auto-conhecimento, presença (cênica) e capacidade criativa ao liberar formas de atuação condicionadas, permitindo a construção de novos territórios criativos, a atividade ocorreu em parceria com o Projeto de Extensão Artes do Corpo e do Movimento, no período entre 23/10/2019 a 29/01/2020.



Apresentações artísticas

Pequenos Ritos Para Nós Mesmos

Convivialidade performática realizada no Teatro Acadêmico Gil Vicente, em Coimbra/Portugal, em 10/03/2020, em parceria com o artista multimídia Frederico Dinis

Prato Feito ou PF

Convivialidade performática realizada no Festival “Só em Cena”, em 14 de outubro de 2019, na Praça Raposo Tavares, em Maringá

Cursos e workshops realizados

Protocolos de Convivialidade – arte, ancestralidade e processos curativos

Workshop ministrado para os Estudos Feministas do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra/Portugal, em 11/03/2020. 

"A oficina pretende tensionar e discutir a ancestralidade nos processos artísticos e educacionais, tomando como ponto de diálogo, a organização da produção de conhecimentos nos espaços de matriz africana e indígena no Brasil, numa perspectiva crítica em como o patriarcado, a intolerância religiosa, o racismo e o cissexismo tentam manipular e suprimir as cenas culturais e ancestrais presentes nos corpos que ali transitam."

Grupos de estudos

Grupo de Estudos Sem Pregas

Encontros semanais de estudos e experimentações artísticas realizados de maio a dezembro de 2019, às quartas-feiras, das 19h30 às 21h30, na Sala 07 do Bloco A34.


ECU – Encontros Compartilhados

Sessões mensais de orientação e trocas de saberes sobre o andamento e desenvolvimento dos Projetos de Iniciação Científica, de agosto de 2020 a novembro de 2021, de forma remota.