Protocolos de Convivialidade
performance, pedagogia e saberes anticoloniais
Este projeto de pesquisa traz à baila de discussão e ação algumas pistas que norteiam a criação de metodologias criativas e políticas em performance e pedagogia que reinscrevem e reconstroem discursos, representações, imaginários e práticas corporais, mágicas e ancestrais em desobediências anticoloniais.
Deste modo, interessa para este grupo de estudos teóricos e práticos, a criação de possíveis rotas alternativas de epistemologia de fronteira e eventos artísticos que questionam as relações geopolíticas construídas por meio de uma matriz de poder colonial - epistêmica, capitalista, racial, sexual/gendérica, espiritual e linguística -, ainda operante pelas colonialidades nas agendas culturais, educacionais e existenciais da produção de conhecimentos em arte e educação.
Os Protocolos de Convivialidade podem acionar, de forma debochada, possíveis rachaduras na colonial/modernidade, ao interferir e reconstruir corpos e espaços em performance e pedagogia, escancarando para outras formas de viver e (re)existir, em múltiplas intersecções, resistências, conhecimentos e curas.
Coordenação: Prof. Dr. André Rosa
Pessoas Participantes: Profa. Dodi Leal (UFSB); Prof. Sidmar Gomes (UEM); Profa. Fátima Santana Santos (CMEI Djalma Santos/BA); Diego Azevedo (Teatro); Samara Lupion (Teatro/Psicologia); Geovana Lagos (Artes Visuais); Matheus Ribeiro (Teatro); Maikon Messias (Teatro/Direito); João Paulo Moretti (Teatro).
Contato: alrosa@uem.br
Diretório de Grupos de Pesquisa CNPq: CLIQUE AQUI
Ações desenvolvidas pelo Projeto
Publicações
Projetos de Iniciação Científica (PIC)
O ato de inventariar práticas artístico-pedagógicas: entre a performance e as políticas públicas. Vigência: 01/08/2020 a 31/07/2021.
Acadêmica: Samara Kathyleen da Silva Lupion
Orientação: Prof. Dr. André Luís Rosa
Co-Orientação: Prof. Dr. Sidmar Gomes
Resumo: A reflexão constante no artigo entrelaçou o ato de arquivar com políticas públicas e práticas artístico-pedagógicas, pautando a cólera resultante da história dada como oficial e suas relações de poder e opressões. Com uma análise interseccional, a partir de produções artísticas contemporâneas de três companhias de teatro da cidade de Maringá-PR, sendo elas: Grupo Pau de Fita (1975), Circo Teatro Sem Lona (1996) e Cia Tipos&Caras (1982), indagamos suas vivências e experiências com o intuito de contribuir para o campo da Pedagogia do Teatro e da Performance. Utilizamos como metodologia entrevistas realizadas pela plataforma Google Meet, juntamente com materiais já disponíveis em seus websites e outras entrevistas/relatos dados a terceiros no espaço digital, uma vez que todo o contato e as investigações teóricas, por meio de bibliografias e repertórios imagéticos, se deram remotamente por conta da situação pandêmica. Diante disso, percebe-se que a captação de documentos vivos, mutáveis e não fixos, leva-nos a constantemente produzir maneiras de registrar e arquivar. A forma que essas companhias falam sobre seus trabalhos é uma condição de arquivamento móvel, pensando em suas trajetórias, traçam rabiscos e pistas. Não tivemos o intuito de realizar uma historiografia da construção artística de Maringá/PR e, sim, destacar e valorizar diferentes percepções, memórias e formas de lidar com narrativas cênico-performáticas plurais e diversas.
Palavras-chave: Pedagogia da Performance. Arquivos. Políticas Públicas.
Metodologias decoloniais para um ensino de teatro antirracista e antissexista na educação infantil. Vigência: 01/08/2020 a 31/07/2021.
Acadêmico: Diego da Silva Azevedo
Orientação: Prof. Dr. André Luís Rosa
Co-Orientação: Profa. Ms. Fátima Santana Santos.
Resumo: Nesta pesquisa buscou-se elencar, discutir e tensionar algumas metodologias decoloniais para o ensino de arte/teatro na Educação Infantil, visando desmontar e colapsar sistemas tradicionais de ensino que engendram e perpetuam uma padronização de raça e de sexo/gênero, acarretando e promovendo o apagamento das identidades e subjetividades dissidentes presentes na infância e nos corpos dus sujeites/crianças. Partindo de uma escrita autoetnográfica e interseccional, os referenciais teóricos se entrelaçam com as vivências da pessoa autora e pesquisadora em sala de aula com sujeites/crianças de 3 e 4 anos, como professor da Educação Infantil, no decorrer dos anos de 2019 a 2021. Deste modo, convocou-se uma atuação artístico-pedagógica decolonial para a construção de narrativas diversas e múltiplas de existências, para que as subjetividades dus sujeites/crianças no contexto escolar rompam com o modelo eurocêntrico e patriarcal composto por uma política racial e de gênero que constrói, enaltece e faz a manutenção, desde a infância, em dominação e privilégios, de um corpo neoliberal, capitalista, cisgênero, heterocentrado e embranquecido.
Palavras-chave: Metodologias Decoloniais; Raça; Sexo/Gênero; Educação Infantil; Ensino de Teatro.
A representação do corpo da mulher no Idade Média em pinturas de Hildegard de Bingen. Vigência: 01/11/2020 a 31/10/2021.
Acadêmica: Geovana Beatriz Lagos de Paula
Orientação: Prof. Dr. André Luís Rosa
Resumo: Essa pesquisa investigou alguns marcadores sociais, políticos, espirituais, artísticos e existenciais da representação do corpo da mulher na Idade Média em pinturas de Hildegard de Bingen, relacionando elementos das suas obras, determinadas pela dualidade entre corpo e alma, com perspectivas feministas e de gênero contemporâneas. Partindo de uma metodologia analítico-discursiva e performativa, os materiais selecionados foram as iluminuras Aquele que está entronizado e O corpo místico, ambas datadas entre 1098-1179. Os resultados obtidos se deram por meio de uma análise interseccional e crítica do período medieval e o quanto dessas ideias, corporalidades e imagéticas ainda se fazem atuantes social e culturalmente sobre os corpos das mulheres na contemporaneidade.
Palavras-chave: Corpo; Mulher; Representação; Hildegard de Bingen; Idade Média.
Participações em eventos
11º Seminário de Pesquisa em Artes
Promovido virtualmente pela Unimontes/MG, entre 14 a 17/09/2021, com as seguintes comunicações orais:
a) Diego da Silva Azevedo – Metodologias decolonias para um ensino de teatro antirracista e antissexista na educação infantil – Programação do evento disponível em: https://www.seminariodepesquisaemartes.com/;
b) Geovana Beatriz Lagos de Paula – A representação da mulher na idade média em pinturas de Hildegar de Bingen – Programação do evento disponível em: https://www.seminariodepesquisaemartes.com/;
II ENTRE(A)RTE
Seminário Interdisciplinar em Arte, promovido virtualmente pela Unicesumar/PR, entre 24 a 27/04/2022, com a comunicação oral:
a) Aquele que está entronizado e Corpo místico: o corpo da mulher, no século XII, em Iluminuras de Hildegard de Bingen - Geovana Beatriz Lagos de Paula.
XXX EAIC
Encontro Anual de Iniciação Científica, promovido virtualmente pela UEM, entre 10 e 11 de novembro de 2021, com as seguintes comunicações orais:
a) Diego da Silva Azevedo – Metodologias decoloniais para um ensino de teatro antirracista e antissexista na educação infantil:
b) Samara Kathyleen da Silva Lupion – O ato de inventariar práticas artístico-pedagógicas: entre a performance e as políticas públicas :
Atividades de extensão na pesquisa
Chão de Memórias
Atividade desenvolvida em parceria com o Projeto de Extensão Artes do Corpo e do Movimento.
1ª temporada:
O ofício do artista-educador e a criação de mundos possíveis - junho/julho de 2020.
Episódios realizados com as participações de Eleni Souza Nobre, Alexandre Cruz, Iracy Vaz, Fátima Santana Santos, Letycia Rendy Yobá Payayá e Carolina Garcia Marques.
Clique aqui para conferir a temporada completa.
2ª temporada:
Arte, educação e saberes ancestrais - setembro de 2020.
Episódios realizados com as participações de Leno Vidal, Juliana Ferrari, André Feitosa e Adilbênia Machado.
Clique aqui para conferir a temporada completa.
Meditação Ativa
Com o intuito de apresentar e praticar algumas meditações desenvolvidas pelo Osho, na medida em que geram auto-conhecimento, presença (cênica) e capacidade criativa ao liberar formas de atuação condicionadas, permitindo a construção de novos territórios criativos, a atividade ocorreu em parceria com o Projeto de Extensão Artes do Corpo e do Movimento, no período entre 23/10/2019 a 29/01/2020.
Apresentações artísticas
Cursos e workshops realizados
Protocolos de Convivialidade – arte, ancestralidade e processos curativos
Workshop ministrado para os Estudos Feministas do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra/Portugal, em 11/03/2020.
"A oficina pretende tensionar e discutir a ancestralidade nos processos artísticos e educacionais, tomando como ponto de diálogo, a organização da produção de conhecimentos nos espaços de matriz africana e indígena no Brasil, numa perspectiva crítica em como o patriarcado, a intolerância religiosa, o racismo e o cissexismo tentam manipular e suprimir as cenas culturais e ancestrais presentes nos corpos que ali transitam."
Grupos de estudos
Grupo de Estudos Sem Pregas
Encontros semanais de estudos e experimentações artísticas realizados de maio a dezembro de 2019, às quartas-feiras, das 19h30 às 21h30, na Sala 07 do Bloco A34.
ECU – Encontros Compartilhados
Sessões mensais de orientação e trocas de saberes sobre o andamento e desenvolvimento dos Projetos de Iniciação Científica, de agosto de 2020 a novembro de 2021, de forma remota.