Análise de Espetáculos e Mediação Teatral - Curso gratuito - 20 vagas

O curso pretende sensibilizar o olhar dos participantes para vetores de análise de espetáculos de teatro nacionais disponibilizados em plataformas digitais, bem como discutir sobre o papel do mediador teatral no que concerne aos seus campos de atuação e práticas artístico-pedagógicas. O critério para a escolha dos espetáculos alvo desse curso pauta-se por criações que articulam temas candentes da atualidade – tais como questões étnico-raciais, de gênero, direitos humanos, dentre outras – a estéticas interessadas em novos caminhos criativos. Portanto, tem-se como objetivo também estabelecer pontes de reflexão entre a sociedade contemporânea brasileira e sua produção teatral. O curso, de caráter introdutório, dirige-se a estudantes, educadores, artistas e demais interessados em geral. Curso a distância via Google Meet. 




Modalidade: Curso de extensão

Recursos digitais mínimos: Smartphone, PC ou notebook com webcam e microfone

Carga Horária: 22 horas

Público Alvo: Estudantes, artistas, educadores e interessados em geral

Ministrante: Prof. Sidmar Gomes

Conteúdo Programático

Análise teatral – vetores iniciais: texto, gestualidades, sonoridades, luz e materialidades cênicas;

Mediação teatral: fundamentações;

Mediação e análise teatral: aproximações possíveis;

Mediação e pedagogia  teatral: um ato criativo;

Entre arte e política: teatro contemporâneo brasileiro e sociedade; 

O teatro contemporâneo e a emancipação do espectador;

Espetáculos a serem analisados:

Romeu e Julieta – Galpão ( MG – 1992)

Ao atualizar o sentido da maior história de amor da humanidade, Gabriel Villela e o Galpão transpõem a tragédia de dois jovens apaixonados para o contexto da cultura popular brasileira, evocada por elementos presentes no cenário, nos adereços, na música e na figura do narrador, que rege toda a peça com uma linguagem inspirada em Guimarães Rosa e no sertão mineiro.

Bacantes – Teatro Oficina (SP – 1996)

Última tragédia grega escrita por Eurípedes, que retrata a morte e o renascimento de Dionísio, Deus do teatro e do vinho. A montagem reconta a história como num rito carnavalesco. Dionísio (Marcelo Drummond), filho de Zeus (Sergio Siviero) e da mortal Semelle (Camila Mota), retorna a TebaSP, sua cidade natal, que não reconhece a sua  divindade.

Traga-me a Cabeça de Lima Barreto – Com Hilton Cobra (BA – 2001)

Inspirado livremente na obra de Lima Barreto, o monólogo reúne trechos de memórias impressas em suas obras. A narrativa fictícia tem início logo após a morte do autor, quando eugenistas exigem uma autópsia, a fim de esclarecer, de acordo com o que pensam, como um cérebro inferior poderia ter produzido tantas obras literárias.

Luis Antônio Gabriella – Cia. Mugunzá (SP – 2011)

Por meio de levantamentos biográficos que consistem em fotografias, diários, cartas, entrevistas com familiares e amigos, a Cia Mungunzá de Teatro apresenta ao público a transformação de Luís Antônio em Gabriela. Partindo de diferentes pontos de vista, como do irmão caçula que foi abusado sexualmente; da irmã que sai pelo mundo em busca do corpo de Gabriela; do pai que não reconhecia a filha travesti; e dos amigos e colegas de trabalho, que viam a figura da protagonista com uma mistura de admiração e estranhamento.

Blanche - Antunes Filho (SP – 2016)

Versão do diretor paulistano para o clássico "Um Bonde Chamado Desejo" (1947). O nome da versão de Antunes para o clássico remete à protagonista Blanche DuBois (Marcos de Andrade), aristocrata que perde os bens e é obrigada a morar com a irmã, Stella (Andressa Cabral), recém-casada com um operário imigrante da periferia, Stanley (Felipe Hofstatter), com quem Blanche se enfrenta.

Período de inscrições: 25 a 31/05

Inscrições: Clique aqui