9.- SÍNTESE DA HISTÓRIA
9.1.- INTRODUÇÃO – PRÉ-HISTÓRIA
9.2.- PERÍODO PRÉ-IMIGRAÇÃO – PRIMÓRDIOS DA HISTÓRIA ATÉ 1884
9.3.- INÍCIO DA COLONIZAÇÃO DOS IMIGRANTES – PERÍODO PRÉ-
9.4.- COLONIZAÇÃO DOS IMIGRANTES E SEUS DESCENDENTES –
9.5.- PERÍODO MUNICIPAL DE VERANÓPOLIS – 1945 A 1999.
9.6.- RELAÇÃO DOS INTENDENTES E DOS PREFEITOS.
9.7.- BIBLIOGRAFIA SUMÁRIA.
A cultura indígena pré-histórica no Rio Grande do Sul relaciona-se a grupos cujas denominações têm sido referidas a Guaranis, Gês, Pampeanos, Charruas, Coroados e Caingangues.
Especificamente no vale do rio das Antas, incluindo o território de Veranópolis, habitaram os índios Caingangues. Thiago N. Araujo (1998) realizou uma compilação bibliográfica sobre este tema, cuja síntese é a seguir aqui apresentada.
Fase Antas – Com sítios arqueológicos localizados nas encostas do vale do rio das Antas, contendo artefatos lascados, datando de aproximadamente 4670 B. C. São artefatos confeccionados de basalto representados por talhadores, raspadores e batedores com evidências de uso.
Fase Guatambu – Com sítios arqueológicos pertinentes a habitações e cemitérios, onde foram encontrados cacos cerâmicos e peças de pedras lascadas e polidas, datadas de aproximadamente 1000 A. D. As localizações destes sítios são variadas, desde as várzeas do rio das Antas, em suas encostas e também em partes mais elevadas. No tocante à cerâmica, as peças encontradas incluem tigelas e potes, às vezes decorados com desenhos em ziguezague, denteados com faixas e triângulos.
O estudo destas culturas indígenas da região de Veranópolis parece ainda muito precário e o artigo citado não fornece as localizações precisas dos sítios.
MUNICÍPIO – 1885 A 1897
PERÍODO MUNICIPAL DE ALFREDO CHAVES – 1898 A 1944
9.1.- INTRODUÇÃO – PRÉ-HISTÓRIA
9.2.- PERÍODO PRÉ-IMIGRAÇÃO – PRIMÓRDIOS DA HISTÓRIA ATÉ 1884
Para este período os registros específicos para o território de Veranópolis são relativamente escassos. Algumas inferências, no entanto, podem ser tiradas também do contexto regional.
Até o final do Século XVIII as atividades na área limitaram-se a ocasionais e esporádicas ações de grupos indígenas. A partir do Século XIX iniciaram-se algumas incursões de tropeiros, fazendeiros e balseiros que foram aumentando à medida que crescia o núcleo populacional de Lagoa Vermelha. Sob esta influência nasceu o embrião do município de Veranópolis, pequeno local denominado de Roça Reiuna, onde costumavam parar viajantes que transitavam principalmente entre Lagoa Vermelha e Monte Negro. Nas cercanias desta paragem logo desenvolveu-se o cultivo de milho e a extração de erva-mate.Quando a Colônia de Dona Izabel (atual Bento Gonçalves) foi ficando totalmente ocupada pelos imigrantes, o Governo resolveu fundar a Colônia de Alfredo Chaves, o que ocorreu em 1884.
9.3.- INÍCIO DA COLONIZAÇÃO DOS IMIGRANTES –
PERÍODO PRÉ-MUNICÍPIO – 1885 A 1897
O chefe da Comissão Colonizadora da Colônia de Alfredo Chaves foi o engenheiro Júlio da Silva Oliveira a quem coube as façanhas de demarcar os lotes, assentar os primeiros imigrantes e projetar a cidade com suas largas avenidas e ruas. Ainda em1885 a colônia já contava com 778 colonos e logo após mais 2.237 foram estabelecidos.
Os imigrantes eram dominantemente italianos provindos das regiões de Veneto (Vicença, Pádua, Beluno, Treviso e Verona) e da Lombardia ( Cremona, Bérgamo, Milão e Mantova). O fluxo imigratório, iniciado em 1885, perdurou até 1897, sendo que em 1886 entraram no estado do Rio do Grande do Sul 2.500 imigrantes, a maior parte destinada a Colônia de Alfredo Chaves. Além de italianos, imigraram também para Alfredo Chaves muitos poloneses.
As viagens dos colonos rumo a Colônia foram muito dificultosas. A começar pela travessia do oceano em navios de péssimas condições de conforto e higiene. A travessia do rio das Antas era feita em balsas ou canoas, não raramente em situações bastante perigosas. Os caminhos, floresta adentro, também eram muito penosos.
A medida que os lotes eram ocupados, foram surgindo os primeiros povoados, como Lageadinho, Monte Bérico, Monte Vêneto, Bela Vista.
Cada colono adquiria do Governo uma colônia a ser paga em dois anos, com muito trabalho e sacrifício. As vezes esta prazo não era suficiente.
Plantavam-se roças, construíam-se toscas habitações, montavam-se moinhos.
Os imigrantes eram agricultores, artesãos, marceneiros, ferreiros, alfaiates.
Em 15 de agosto de 1888 foi inaugurada a primeira Igreja Matriz no centro da cidade.
9.4.- COLONIZAÇÃO DOS IMIGRANTAES E SEUS DESCENDENTES -
PERÍODO MUNICIPAL DE ALFREDO CHAVES - 1898-1944
Este período inicia-se com a elevação de Alfredo Chaves à categoria de município,em 1898, e vai até o ano de 1944 que foi o último ano que o município permaneceu com tal designação.
Alguns fatos julgados importantes deste período estão a seguir enunciados.
- Em 15 de janeiro de 1898 a freguesia de Alfredo Chaves é elevada à categoria de município , com desmembramento do município vizinho de Lagoa Vermelha, por Decreto do Executivo em regime de autoritarismo.
- Ainda em 1898, é nomeado como Intendente provisório o tenente-coronel Albano Coelho de Souza que divide o município em dois distritos: sede de Alfredo Chaves e distrito de Capoeiras (atual Nova Prata).
- 1899 - Criação do distrito de Monte Veneto (atual Cotiporã).
- 1904 - Incêndio destrói a Prefeitura com queima de grande parte dos arquivos municipais.
- 1905 - Praga de gafanhotos, em nuvens intermináveis, abate-se no município , destruindo as plantações .
- 1907 - Criação do distrito de Bela Vista (atual Fagundes Varela).
- 1910 - Existiam cinco distritos: Sede, Capoeiras, Monte Veneto, Nova Bassano e Bela Vista.
- 1911 - Realização de recenseamento. Eis alguns dos resultados:
- População de 25.053 habiitantes, representados principalmente por brasileiros, seguidos por italianos e secundariamente por poloneses e alemães.
- A profissão dominante foi a de agricultor com registros importantes também para carpinteiros, ferreiros, moleiros, jornaleiros, industrialistas e negociantes.
- A produção estava representada principalmente por milho, trigo, vinho, banha e erva-mate.
- Quantidades de animais - bovinos 12.7006, ovinos 2.051, caprinos 1.272,eqüinos 7.524, suínos 71.000, galináceos 163.240, além de elevados números de gansos, perus e patos - Quantidades bastante elevadas em função da população e território.
- 1912 - Instalação de luz elétrica a partir da usina situada no arroio Retiro.
- 1912 - Inauguração do Banco Pelotense.
- 1913 - Funcionamento dos primeiros 15 aparelhos telefônicos.
- 1924 - Desdobramento do Prata (atual Nova Prata).
- 1928 - O número de veículos motorizados era de 27 automóveis e 16 caminhões.
- 1930 - Instalação do Banco do Estado do Rio grande do Sul.
- Década de 30 - Indústria de palhas de milho para cigarros atinge relevante importância sócio-econômica.
- 1931 - É morto o famoso bandido Paco.
- 1930-1938 - Construção de ponte sobre o arroio Retiro, abertura de novas ruas na sede do município (São Francisco de Assis, Andrade Neves e Pinheiro Machado) e alongamento da avenida principal ( Osvaldo Aranha).
- 1933 - Inauguração do primeiro cinema.
- 1936 - Fundação da Cooperativa de Produção Vitivinícola Alfredochavense Ltda. produtora dos vinhos Noé.
- 1938 - Fundação da sociedade Alfredochavense, sucessora da sociedade italiana Príncipe de Piemonte.
Caracterização geral do período.
- Minifúndios amplamente difundidos.
- Vida rural dominante.
- Agricultura de subsistência: cereais, frutas e hortaliças.
- Indústria extrativa: madeira e erva-mate.
- Dizimação de animais: antas, tatus, capivaras, pombas, sabiás.
- Aproveitamento de frutas nativas na alimentação: pinhão, pitanga, cereja, amora, jabuticaba, "ariticum", guarivova, banana do mato.
- Sistema de trocas: produtos agrícolas por tecidos, sal e utensílios domésticos.
- Fabricação caseira de pão, vinho e embutidos de carne de porco.
- Amplo cultivo doméstico de hortaliças: "radicchio", repolho, vagem, ervas para culinária, etc.
- Criação de rebanhos e animais domésticos.
- Instrução relegada a segundo plano.
- Preservação de culturas italianas: fetas, alimentaçãom música, língua.
A denominação Alfredo Chaves foi substituída por Veranópolis em 02 de janeiro de1945. é neste ano que inicia-se este período que vai até a atualidade. A alteração foi efetuada em virtude de existir no Espírito Santo um município mais antigo com o mesmo topônimo. O nome Veranópolis - cidade do veraneio - adveio em razão de ser a cidade dotada de excelente clima e , na época, ser significativamente visitada por veranistas, especialmente de Porto Alegre.
A seguir estão colocados alguns fatos julgados importantes, entre muitos outros ocorridos no período.
a) 1947 - Nova invasão de gafanhotos que devastaram as plantações.
b) 1948 - Realização de inventário no município, com os seguintes resultados principais :
- População total de 20.100 habitantes com 17.130 na zona rural.
- Pecuária: 2.600 bovinos, 39.00 suínos, 3.100 eqüinos, 1.200 ovinos, 550 caprinos e 600 asinos e muares.
- Ensino com 37 professores, atendendo a 866 alunos.
c) 1951-1955 - Foi pavimentada a primeira via urbana. Isto correu com paralelepípedos de basalto na Avenida Osvaldo Aranha.
d) 1958 - Conclusão dos arcos de entrada da cidade.
e) 1958 - Veranópolis é incluído entre os 10 municípios brasileiros de maior ritmo de desenvolvimento.
f) 1965 - Grande nevada.
g) 1976 - O Presidente da República, General Ernesto Geisel, visita Veranópolis por ocasião da primeira Festa Nacional da Maçã. Foi a primeira e única visita de Presidente da República ao município.
h) 1982 - Cotiporã é desmembrado de Veranópolis.
i) 1983-1988 - Implantado o quartel do Corpo de Bombeiros.
j) 1987 - Desmembramento de Fagundes Varela.
k) 1988 - Desmembramento de Vila flores.
l) 1989-1992 - Aquisição dos primeiros 4 microcomputadores para a Prefeitura.
9.5.- PERÍODO MUNICIPAL DE VERANÓPOLIS – 1945 A 1999.
9.6.- RELAÇÃO DOS INTENDENTES E DOS PREFEITOS
INTENDENTES
PREFEITOS
9.7.- BIBLIOGRAFIA SUMÁRIA
a) Em 1926, a Livraria Selbach de Porto Alegre editou, de autoria de Gaspar Pimentel o "Dicionário Histórico Geographico e Estatístico do Município de Alfredo Chaves e Indicador Commercial e Profissional"
b) Em 1958 foi editada em, Veranópolis, a obra de Eduardo Duarte, pela Tipografia Pessato, intitulada " Síntese Histórica de Veranópolis"
c)A obra mais completa sobre a história de Veranópolis é de autoria de Geraldo Farina, publicada em 1992 pela Prefeitura Municipal, denominada "História de Veranópolis". São 269 páginas com abordagens bastante ricas e detalhadas com ilustrações fotográficas em preto e branco. A Síntese da História que consta neste Site é em grande parte baseada nesta obra.
d) Por ocasião do Centenário de Veranóplis (1998) foi publicado, pela Edições Est de Porto Alegre, um compêndio denominado "Raízes de Veranópolis". O trabalho foi organizado por Rovilho Costa e em suas 695 páginas estão muitas dezenas de artigos, versando sobre os mais diversos temas
Estas obras representam tão somente um ponto de partida que poderá servir de base a quem deseje aprofundar-se no assunto que é realmente muito apaixonante.