O mastro, conforme o projeto, fica muito bom e bonito. Acrescentamos, por nossa conta, dois acessos tubulares (foto ao centro) à sua área interna oca, para permitir subir fios de sinalização, antena, etc... Optamos por arredondar cada metade antes de colar, mas depois ficou difícil juntar as duas peças que teimavam em escorregar na cola, mas com alguns pregos provisórios, grampos e amarras acabou dando tudo certo ! Talvez tivesse sido melhor colar antes de arredondar. Na foto à direita um conjunto de peças do mastro, espicha e viga central.
Acima, o mastro e a espicha acabados. Arredondamos e afinamos as pontas da espicha para eliminar arestas e reduzir o peso (5 Kg final). A colagem com epoxi das duas metades da espicha mantém a sua curvatura prevista de 5 cm de flecha (em mais de 5m de comprimento!). O acabamento fino das superfícies do mastro e espicha evitam desgastes futuros nas velas .
Acima, detalhes da tampa que projetamos. A original é de lona com ripas para enrijecer o topo e cadarço para fechar. Deve ficar muito boa, mas impede o uso de fechos e cadeados com mais segurança. As quatro tampas que fizemos com compensado de cedro de 12mm e laterais em 4mm resultaram em um peso total de 10 Kg. Talvez a do projeto seja um pouco mais leve, e certamente é possível projetar tampas rígidas bem mais leves que estas, mas com muito mais mão-de-obra e outros custos para construir. A que fizemos pode facilmente ser usada como mesa, bastando adaptar pés dobráveis ou apoiar sobre algo, no bom estilo camping.
Um dos lados da tampa possui um enchimento inclinado para encaixar na borda do cockpit. Um fecho do outro lado e ela não sai do lugar (ver detalhe na foto à direita em cima).
Acima, detalhes do leme e cana do leme. Reforçamos a cana do leme com uns bons parafusos de inox. O epoxi é resistente, não descola, mas a sua aderência limita-se à superfície da madeira. Em pontos de grande esforço, uma ancoragem em profundidade é essencial.
As vigas transversais ficaram muito boas e resistentes, com 10 Kg cada uma aproximadamente. São peças que deram um bom trabalho para fazer, e a aplicação de massa na alma da viga é difícil, devido ao pouco espaço. No chão, vê-se a espicha. À direita, detalhe das peças de amarras que vão nas pontas das vigas. Servem para amarras gerais, atracação e também para contenção dos laços das amarras das vigas nos cascos.
Considerações desta etapa:
O volume de trabalho envolvido nesta variedade de peças que compõe o barco é considerável. O que mais ajudou foi o uso de uma boa mesa plana (de pingue pongue), decisiva para a correta montagem das vigas, do mastro e das canas do leme. Empregou-se bastante a lixa de disco, a plaina elétrica e uma tupia que usamos para arredondar os cantos da espicha e alguns outros.
Como dissemos, sugerimos arredondar o mastro depois de coladas as duas metades.
A viga dianteira, no projeto, intercepta a longarina do convés dianteiro. A planta, então, especifica desbastar a longarina. Em vez disto (dá pena...), aumentamos um pouco a altura dos suportes desta viga. Nada para desbastar como podemos ver na figura acima.
Fizemos excelentes tampas rígidas para o cockpit, mas eu gostaria que fossem um pouco mais leves.
Existe um equívoco na lista de materiais do projeto. O mastro usa duas peças com seção de 20 X 76 mm e QUATRO peças de 25 X 25 mm. Estas últimas, o projeto lista apenas DUAS. Tivemos que comprar mais duas depois.... Isto não é, de forma alguma, uma crítica ao projeto, que é muito bom e vale cada libra paga pelo mesmo.