A marcada digitalização da sociedade, agora assumida como prioridade política, tanto a nível europeu como nacional, suscitou a necessidade de um plano de ação para tornar Portugal um país mais digital.

Corporizando um alinhamento entre as prioridades digitais nacionais e as políticas e fontes de financiamento da União Europeia, o Plano de Ação para a Transição Digital abrange, de forma articulada, um amplo leque de áreas e setores da sociedade. Nesse contexto emerge o Programa de digitalização para as Escolas. Mais do que a propalada disponibilização individual de computadores a alunos e professores, com garantia de conetividade móvel gratuita, é a capacitação digital dos docentes que se sublinha para o desenvolvimento de modelos de ensino e de aprendizagem inovadores, promotores de aprendizagens de qualidade e do sucesso escolar.

A integração das novas tecnologias na educação mostra-se fortemente associada à necessidade de reforço da profissionalidade docente e de uma (re)organização das dinâmicas escolares. O desenvolvimento da literacia digital dos professores será facilitadora, não só da desejada aproximação entre as práticas de sala de aula e os quotidianos dos aprendentes, como também da inclusão digital.

Na Brotero, com o apoio do Centro de Formação da Associação de Escolas Minerva, depois da aplicação do questionário de autorreflexão, a que se segue um plano de formação adequada a cada professor, prossegue-se com o diagnóstico institucional (SELFIE) e com a construção do PADDE da Escola.

Juntos seremos capazes de rentabilizar o potencial das tecnologias digitais no sentido de melhorar o ensino e a aprendizagem, comprometidos com o desenvolvimento de competências transversais que alicerçam o desenvolvimento humano e que permitam a cada cidadão, numa sociedade digital, contribuir para o bem-estar, o progresso, a paz, a equidade e o desenvolvimento sustentável.

António Fonseca Andrade, Conceição Costa,
João Sá, Pascoal Albuquerque