GRUPO BIOLOGIA-GEOLOGIA

UMA VISITA MEMORÁVEL AO

MUSEU DA CIÊNCIA DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA

No passado dia 27 de março, - os alunos da turma do curso EFA -, do Centro Educativo dos Olivais foram conhecer o Museu da Ciência da Universidade de Coimbra (MCUC). O Museu completou em 2022 os 250 anos de existência. Fundado pelo Marquês de Pombal, juntamente com outras edificações científicas, teve o propósito de introduzir o ensino universitário de vocação experimental no nosso país.

A visita foi orientada por dois conservadores do Museu, que nos abriram a porta de espaços atualmente encerrados ao público, o Gabinete de Física e a Galeria de História Natural , o que tornou a visita muito especial.

Fomos recebidos simpaticamente pelos conservadores no átrio do Museu. A visita encetou-se pelo Laboratório Chimico, lugar onde era realizado o ensino da Química. É um dos mais antigos do país e alberga equipamentos e instrumentos utilizados nas aulas, como hottes, fornos cerâmicos e outros recipientes. Na sala seguinte, a exposição intitulada Segredos da Luz e da Matéria. Os alunos puderam observar e experimentar, nos módulos interativos, alguns dos fenómenos abordados nas aulas.

Defronte fica o Colégio de Jesus, o segundo edifício do MCUC, onde estão instalados o Gabinete de Física e a Galeria de História Natural. Nas duas primeiras salas, sente-se de imediato o ambiente escolar, dois magníficos anfiteatros destinados ao ensino teórico precedem as galerias.

No Gabinete de Física, a coleção de instrumentos dos séculos XVIII-XIX, das mais notáveis e raras, distinguida, em 2016, pela Sociedade Europeia de Física como Sítio Histórico Europeu. Entre os objetos que despertaram maior interesse o Magnete chinês, uma magnetite com 12 quilos, suspensa, que se crê ter sido oferecida a D. João V por um imperador chinês, ou as imagens distorcidas e recompostas das anamorfoses.

O culminar desta bela tarde foi a visita à Galeria de História Natural. Este acervo destinado a apoiar as aulas de Biologia e Geologia é bastante diverso. Dos animais de grande porte como a baleia-comum, de 20 metros, que deu à costa na Póvoa de Varzim em 1871, ou as esbeltas avestruzes, à planta gigante, considerada um fóssil vivo, a Welwitschia mirabilis, que só existe no deserto da Namíbia. Singular também o património trazido de várias expedições científicas. Mencionem-se os objetos e espécimes da viagem ao Brasil, em 1789, pelo naturalista Alexandre R. Ferreira, que recolheu, além de espécimes, artefactos de tribos, algumas delas já extintas. No final do percurso, tivemos ainda a oportunidade de ver os dioramas da sala da Biodiversidade de Portugal, que representam os diversos ambientes naturais do nosso país. No final, ficou a vontade de voltar e saber mais sobre as histórias das criaturas e objetos que povoam o lugar.

Helena Pereira e Clara Gomes 

© Clara Gomes

© IPN

VISITA DE ESTUDO AO 

LABORATÓRIO DE FITOSSANIDADE DO IPN

Nos dias 13 e 28 de janeiro, as turmas  1C e 1E do 12.º ano deslocaram-se, num passeio-convívio a pé ao Instituto Pedro Nunes, incubadora de empresas e centro de investigação em Coimbra, onde fica sediado o FITLAB   Laboratório de Fitossanidade. Depois de recebidos pela gestora de Comunicação Marta Ramos e pela coordenadora do Laboratório Joana Costa (ex-aluna da Brotero), as turmas foram encaminhadas para os laboratórios onde puderam experimentar os procedimentos gerais de manipulação das plantas para isolamento das amostras potencialmente contaminadas. Paralelamente, nos laboratórios de Nematologia e Microbiologia, foi possível a observação ao microscópio e à lupa de alguns exemplares de vermes causadores de doenças nas culturas agrícolas. Por fim, e no âmbito do conteúdo curricular da disciplina de Biologia   Fundamentos de engenharia genética, no Laboratório de Biologia Molecular, os alunos presenciaram todos os procedimentos inerentes à extração, purificação e quantificação de ADN, sua amplificação por PCR e real-time PCR e, por fim, a visualização das amostras por eletroforese.

Os alunos mostraram-se muito interessados e entusiasmados com a visita, uma vez que esta lhes permitiu ampliar os conhecimentos de biologia molecular e nomeadamente conhecer outros campos de aplicação das referidas técnicas, para além do diagnóstico de doenças e ciências forenses. As professoras  envolvidas na atividade, cientes da mais-valia que este tipo de visitas proporciona aos seus alunos, prometeram voltar numa próxima oportunidade. 

Clara Gomes e Teresa Fonseca