A Semana Internacional de Educação Artística é comemorada na 3.ª semana de maio, desde 2012. Esta semana visa promover o reconhecimento da importância da educação artística na comunidade internacional e reforçar o seu contributo para a promoção da diversidade cultural, o diálogo intercultural e a coesão social.

Este ano, a Aliança Mundial para a Educação Artística (WAAE) e os seus membros juntaram-se à UNESCO para celebrar a semana com a comunidade global de educação artística. Indivíduos e organizações de todo o mundo foram convidados a participar globalmente na celebração da educação artística.

A nossa escola aderiu aos festejos, com um programa semanal que envolveu disciplinas do grupo de Artes (HCA, Desenho, Oficina Multimédia, Oficina de Artes) e com a cooperação do PCE e do PNC da nossa escola.

A partir de 24 de maio, foi apresentada à comunidade escolar uma nova exposição de trabalhos de Oficina de Artes, “Livro de Artista”, e divulgada a nova Plataforma (nacional) de filmes pelo PNC. No dia 26 de maio da parte da manhã, as turmas do 10.º 2B, 12.º 2A, 12.º 2B e 10.º PDM deslocaram-se em “romaria” ao TAGV, para assistirem ao espetáculo "Válvula", espetáculo este que partiu da história do graffiti para conduzir os espetadores a uma viagem com diversas perguntas: Por que riscamos as paredes de maneira informal desde há milhares de anos? São esses traços transgressão ou arte? Comunicação ou ocupação? Pode a desobediência ser legítima? O desenhador António Jorge Gonçalves e o MC e ativista Flávio Almada Aka LBC Soldjah apresentaram-se em palco para, juntos, arriscarem respostas. Nesta performance, meio palestra meio concerto de rap/hip hop, o desenho digital, a música e as palavras guiaram-nos pelos riscos que caçadores recoletores fizeram nas rochas há 30.000 anos, pelas anotações desenhadas que romanos fizeram nas paredes das casas em Pompeia e pelos murais políticos de há 100 anos, para podermos compreender as pinturas a spray que enchem os muros das cidades. No final do espetáculo, os alunos participaram na conversa com os artistas e com o investigador Ricardo Campos: Afinal "porque desenhamos nós nas paredes"? Ainda, no TAGV, os alunos puderam ver a Exposição “Eu Estive Aqui (A a Z do Graffiti)".

No mesmo dia fez-se uma visita ao CACC - Cento de Arte Contemporânea de Coimbra, para ver a exposição “De que é feita uma coleção? Fluxo e Metamorfose”, com apresentação do artista e curador José Maçãs de Carvalho. Os alunos tiveram a oportunidade de conhecer um novo espaço reabilitado, situado no coração da cidade, que acolhe obras essencialmente de artistas portugueses e de várias épocas e gerações. Os alunos puderam, desta forma, estimular os sentidos, desenvolver a Sensibilidade Estética e Artística, aprofundando o sentido crítico, no âmbito da Arte Moderna e da Arte Contemporânea.

No dia 27 de maio, num dos intervalos da manhã, decorreu, junto ao campo de jogos, a atuação do grupo de música das Escolíadas, que muito agradou a toda a Comunidade Educativa.

Ao longo de toda a semana, decorreram aulas de Desenho e HCA fora da sala de aula, em vários espaços da escola. A biblioteca foi animada com uma oficina e, no mesmo local, foi apresentada uma exposição de trabalhos criativos, desenvolvidos pelos alunos do 10.º 2B e 12.º 2B, no âmbito das atividades de HCA em contexto de E@D, "Desabafos de confinamento"- Arte Postal e Leporello, com o objetivo de promover a autonomia da aprendizagem e o desenvolvimento da criatividade. Estes trabalhos podem ser vistos por toda a Comunidade Educativa através do link: https://padlet.com/mikalmeida/utx4jcq6pmv3m1av.

Foi desta forma que a nossa escola apelou à importância do desenvolvimento da competência da Sensibilidade Estética e Artística, inscrita no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória.

As artes fazem parte integrante da educação de todos! As artes são importantes para a evolução social e para o desenvolvimento da criatividade. As artes ampliam o diálogo e juntam a comunidade. É preciso continuar com a sua promoção no quotidiano educativo.

Carmo Almeida