NO FUTURO, TERREMOTOS PODERÃO SER REGISTRADOS DO ESPAÇO:
Data de postagem: Mar 10, 2013 2:50:28 PM
Conclui-se disso, entre outras coisas, que os cientistas já podem estudar os terremotos desdeo espaço. Porém, deve ser lembrado que o terremoto de Tohoku foi um evento excepcional e isso explica o porquê de o Goce ter sido capaz de captá-lo com esse nível de detalhes. Entrementes, no futuro, os cientistas estarão, certamente, dispostos a construir sensores ainda mais sensíveis e precisos graças às recentes contatações.
Curiosidade (o meteorito que cruzou o céu da cidade russa de Chelyabinsk):
Estimulados pelo sucesso na captação das infra-ondas pelo Goce, os cientistas estão procurando o mesmo tipo de registro com relação ao meteorito que, no mês passado, cruzou o céu da cidade de Chelyabinsk, na Rússia. Sabe-se que a assinatura da entrada do referido meteoro foi registrada por estações capazes disso na superfície da Terra. Mas como fica isso desde o espaço?
“O tempo, as pesquisas irão dizer. Mas, já hoje, a idéia de um sensor acústico no espaço é empolgante”, diz o Dr. Floberghagen à BBC News.
REFERÊNCIAS:
Adaptado de AMOS, Jonathan. Japan quake ‘heard at edge of space’. News Science & enviroment. BBC News. Fonte: Dsiponível em: <http://www.bbc.co.uk/news/science-environment-21730887>. Acesso em 10 mar. 2013.
Para ler a publicação científica original que gerou a matéria acima adaptada e a reportagem acima citada, clicar :::aqui:::
O objetivo principal Goce é mapear diferenças muito sutis na força da gravidade em toda a superfície da Terra. Tais mudanças são causadas, por exemplo, em virtude da distribuição desigual de massa no planeta. Tais variações produzem mudanças quase imperceptíveis na velocidade do satélite, o que é registrado pelo seu preciso sistema de acelerômetros. Assim, o Goce é capaz de fazer mapas da variação da força da gravidade em toda o planeta.
O terremoto de Tohoku, no Japão, em 2011, foi tão grande que seus efeitos foram sentidos a 255km de distância, ou seja, além da atmosfera terrestre.
O tremor de magnitude 9,0 (Escala Richter), ocorrido em 11 de marco de 2011, e que matou mais de 15.000 pessoas, enviou uma onda de som através da atmosfera que foi captada pelo satélite artificial Goce.
A instrumentação super-sensível do satélite artificial Goce foi capaz de detectar os distúrbios, as ondas, graças à propagação das mesmas através das finíssimas camadas de ar ainda presentes muito acima da atmosfera terrestre, a 255 km da superfície. O limite entre a atmosfera terrestre e o espaço exterior, a chamada linha Kármán, está a 100 km de altitude. Logo, as anomalias sensorizadas pelo satélite orbital, representam certa novidade.
NOTÍCIA FOI DIVULGADA PELA REVISTA CIENTÍFICA “GEOPHYSICAL RESEARCH LETTERS”.
Já há muito se sabe que grandes terremotos geram ondas de baixa freqüência acústica, e até mesmo de infra-acústica – um tipo de “som” profundo em freqüências inferiores às discerníveis pelo ouvido humano. Sabe-se também que os seres humanos ouvem uma gama entre 20 a 20.000 Hertz (ciclos por segundo). Porém, as ondas acústicas de infra-sons são detectados a freqüências muito mais baixas do que isso. Tais ondas produzem pequenas mudanças na pressão atmosférica e são incapazes de serem mensuradas e “gravadas”, ao menos até o presente momento. Além dos terremotos, as emissões infro-acústicas estão também associadas a vulcões, meteoros e tempestades.
“O sistema de ‘acelerômetros’ do satélite artificial Goce são, aproximadamente, cem vezes mais sensíveis do que qualquer instrumentação que integra qualquer outro satélite artificial anterior a ele. E a onda acústica que passou por ele, vinda do Pacífico e da Europa, foi detectada por nós não uma, mas duas vezes ", disse o diretor da missão à BBC News.
O SATÉLITE ARTIFICIAL GOCE: