A Estrutura Interna da Terra

A estrutura interna da Terra

Supõem-se que os planetas sejam constituídos de sucessivas camadas com densidades crescentes. Os materiais se ordenam nas camadas, segundo a sua densidade, o ferro e o níquel ao centro, seguidos do sulfureto de ferro, dos silicatos, da água, do azoto, do gás carbônico, do amoníaco, do metano, do hélio, e do hidrogênio. Entretanto, não existe dois planetas idênticos nas suas estruturas, cada uma tem as suas características próprias. 

O ferro nativo, condensado e abundante, acumulado quando da formação da Terra, é o que constitui o núcleo do planeta. O silício, o silicato de magnésio e de ferro constituem os componentes essenciais do manto planetário. O Feldspato, condensado que dá o basalto, constitui o pavimento dos oceanos terrestres. 

A estrutura interna da Terra por conseguinte é repartida nos vários envelopes sucessivos, a crosta terrestre, o casaco e o núcleo. Esta representação é uma simplificação, dado que estes envelopes podem, eles mesmos, serem decompostos em várias outras camadas. 

Para localizar estas camadas, sismólogos se utilizam das ondas sísmicas. Logo que a velocidade de uma onda sísmica se altera abruptamente, em virtude da mudança do meio no qual ela se propaga, por conseguinte, permite a leitura e a compreensão de como é tal camada. Este método permitiu, por exemplo, determinar o estado da matéria à grandes profundidades (manto profundo e núcleo). Estas camadas são delimitadas pelas descontinuidades, tais como, por exemplo, a de Mohorovičić (proposta pelo geofísico croata Andrija Mohorovičić (1857-1936), após as leituras que fez dos dados do terremoto de 08 de outubro, de 1909, ocorrido em Prokuplje (Sérvia), próximo a Zagreb (capital da Croácia)), entre a crosta e o manto, e a de Gutenberg (proposta pelos sismólogos alemães Beno Gutenberg (1889-1960) e Emil Wiechert (1861-1928)), entre o manto e o núcleo.

A Terra formou-se por aumento, agregação, através de impactos e amalgamados de meteoritos, as diferentes camadas instauraram-se respeitando a massa volumétrica dos seus constituintes.

A teoria da tectônica das placas agora é admitida largamente, desde o fim dos anos 60, e se impõem largamente no mundo científico. 

No século XIX, porém, tinha-se como mal crer que os continentes inteiros pudessem derivar. Agora, sabe-se que o manto é animado por imensas correntes de convecção que circulam desde milhões de anos. 

A imagem que temos agora é a de um planeta ativo, orgânico e complexo, sobre o qual sobrenada uma crosta que é composta de placas oceânicas e continentais, de composições mineralógicas diferentes, incessantemente em movimento sob a ação combinada de correntes de convecção internas e da gravidade terrestre. 

Blocos continentais formam-se por colisões de placas continentais e rasgam-se, de acordo com um ciclo de cerca de 400 milhões de anos. 

Placas oceânicas, mais pesadas, participam neste bailado incessante desde vários mil milhões de anos e terminam frequentemente por para mergulhar dentro da Terra por subducção, participando assim na reciclagem da crosta terrestre, cuja espessura varia entre cerca entre 30Km a 65 Km, aproximadamente. 

A semente (núcleo interno) é bola sólida de 1220 Km de raio situada no centro da Terra. Mas, constitui-se, porém, num paradoxo; ela é sólida, mas em virtude da pressão à qual é submetida; aliviando-se a compressão, ela se revelaria líquida.

Sismólogos suspeitam que exista uma outra camada, uma espécie de amêndoa no seu seio planetário. Por sua vez, este núcleo é cercado por outro invólucro, o núcleo externo, que é líquido, composto de uma mistura de Ferro em fusão. Aumentando-se a cristalização, o endurecimento do Ferro do núcleo líquido, que se resfria, lentamente, até chegar à superfície rochosa e rígida." 

REFERÊNCIAS

ESTRUTURA INTERNA DA TERRA. In: WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre. Flórida: Wikimedia Foundation, 2018. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Estrutura_interna_da_Terra&oldid=51714252>. Acesso em: 6 abr. 2018.

TERRA. In: ASTRONOO, o universo em todas as suas formas. Paris: Christian Simoes, 2018. Disponível em: <http://www.astronoo.com/pt/terra.html>. Acesso em: 23 abr. 2018.