2022-2023

Soundcheck - casa das artes

As turmas do 7.ºJ, 7.ºH e 9.ºJ estiveram envolvidas num espetáculo imersivo, na Casa das Artes de Vila Nova de Famalicão, no dia 14 de dezembro. 

Três atores do Teatro da Didascália protagonizavam uma banda rock e os alunos, em palco, vibraram com sons, palavras e gestos. O cantor estava acompanhado por uma baterista mulher e por um guitarrista homem e nos intermezzos das cantigas vinha a História do rock.

Ficaram os nomes de algumas bandas e outras tantas pessoas e o cantor associou ao rock a liberdade e a luta, uma ânsia e uma gralha (o pássaro!)…

Nesta Escola fora de portas, alunos e professores saem da sala de aula… fazem um desvio da rotina diária da escola para ir ao encontro do enriquecimento pessoal e vivencial, deixando invadir-nos pela arte, pela informalidade, espontaneidade e cidadania!

Imersão

testemunho

 

tudo muito estranho… eu ia para um filme, um teatro, juro que era para onde ia! mas dei logo conta que havia algo diferente… entrámos por outra porta, não, não foi pela porta que é a comum… era uma entrada ao lado. uma porta que não sabia que havia ali.

havia uma saleta com cruzetas e locais para pousarmos as pastas. comecei a ficar preocupado. ao fundo havia uma outra porta que dava para um antro escuro. fui catrapiscar lá para dentro e do escuro nasciam luzes com cores variadas e hastes e vigas estranhas no teto... parecia uma entrada para um carrocel mágico ou uma feira popular, uma entrada para um mundo diferente… e eu fiquei ainda mais preocupado porque não me havia preparado para viagens por outros mundos. pensei errado quando pensei que fosse recostar-me na cadeira. mas é que me haviam assegurado que se tratava de um teatro… mas é que não é… num teatro a gente fica sentado e vê os atores mais ao perto ou mais ao longe.

havia na tal saleta uns senhores que vestiam de preto e que nos pediam para deixarmos os kispos e casacos e endereçaram instruções através de microfone para alguém que devia estar no tal antro escuro. eu estava com algum receio mas não me queria acobardar! de modo que fechava os dedos com força e ria. dá-me para rir quando vejo o inesperado, é como é, como tudo.

foi quando fomos sugados para a sala que tudo começou. som. luz. fumo. as cortinas que não abriam. nós, dentro da baleia. os meus amigos de olho interrogador. mãos que procuravam outras mãos, na esperança de algum conforto; esse incógnito. o precipício logo ali. deixei de ver com os olhos e liguei outro farol - o coração e foi quando pude sentir que todos os que ali estavam sentiam o precipício tão perto quanto o meu e depois logo me despojei da máquina de pensar e bati fundo no mundo mágico do concerto. estava a assistir ao meu primeiro concerto. e a caixa de palco era bela, belíssima. de súbito eu via tudo mas de olhos fechados. foi assim este meu começo.

quanto ao concerto: podia perceber que o cantor estava acompanhado por uma baterista mulher e por um guitarrista homem e que nos intermezzos das cantigas vinha a História do rock. eu já não ouço rock. talvez os meus pais ouvissem, não sei bem. mas eu também não sei muito bem como se chama o que ouço. mas o cantor chamou-lhe rock e eu, de olhos fechados, sentia as guitarradas e a batida e havia um cavalgar do tempo cronológico, aquilo veio lá muito do fundo do século dezanove, lá muito do gospel e do “Cântico negro”. ficaram-me os nomes de algumas bandas e outras tantas pessoas e o cantor associou ao rock a liberdade e a luta, uma ânsia e uma gralha (o pássaro!) que me fez voltar o medo. que mistura de sensações. que coisa tão estranha esta de querer ver mais de olhos fechados que veria se os tivesse abertos.

Ó Elsa!...Ó Elsa!... foi como o cantor resolveu acabar o concerto. coisa estranha, mas bela. um sussurro! como se estivesse a chamar alguém. ou como se quisesse encontrar a namorada, ou a mulher, ou um amigo. que coisa estranha! ou ainda como se tivesse perdido o norte e tivesse deixado de ter futuro ou tivesse envelhecido e sentisse que o lugar mais habitado do seu coração tivessem sido aqueles momentos passados olhos nos olhos com as multidões enlouquecidas, quando o mundo ainda tinha estrada e estivesse povoado da irradiante juventude; deu-me um lampejo do que deve ser o envelhecimento…

depois batemos palmas para um encore. também não sabia o que é um encore. não há encores nos telemóveis e nas televisões… um encore é quando nós batemos as palmas até ficar com as mãos em dor e depois eles voltam para mais um abraço. adoro abraços. Já sabia que adoro abraços mas ali isso foi diferente…

foi estranho no início, depois percebi que foi tudo obra de um bando de criadores e que os criadores estão empenhados em deitar abaixo as fronteiras das artes. percebi muitas coisas que nem sei se são corretas. mas melhor assim.

 

Este espetáculo foi na Casa das Artes de Vila Nova de Famalicão e é criação do Teatro da Didascália.

O Feiticeiro de Oz

No dia 25 de novembro, o Jardim de Infância de Mouquim esteve presente na estreia do espetáculo “O Feiticeiro de Oz” na arena do Mar Shopping. O grupo assistiu a esta grande produção musical com muito entusiasmo, onde as diferentes artes (teatro, música, dança e ilusionismo, estiveram presentes, num palco de gelo natural, onde as personagens desfilaram e até em 2 voos” foram projetadas fazendo as delícias de quem assistia.

Uma experiência emocionante, onde a magia e a fantasia tiveram lugar de destaque. No final, moral da história, os valores como a amizade e o amor, poderão estar em cada um de nós

Jardim de Infância de Mouquim.

Vou à casa... ter uma aula - Serviços Educativos do Parque da Devesa

No dia 10 de janeiro de 2023, a turma do 5ºA, da Escola D. Maria II, deslocou-se à Casa do Território para assistir e participar numa aula diferente - "vou à casa... ter uma aula". Esta atividade, dinamizada pelos Serviços Educativos do Parque da Devesa, narrou a história do território de Vila Nova de Famalicão, desde os seus primórdios civilizacionais até aos dias de hoje. Os alunos puderam assistir e interagir com a técnica dos Serviços enquanto visualizavam imagens interativas e imersivas, peças emprestadas e expostas pelo gabinete de arqueologia e, deliciaram-se a observar e a questionar tudo sobre a Pedra Formosa do Castro das Eiras - "A Pedra Formosa é um monólito de grandes dimensões, normalmente decorado com gravuras em baixo relevo. Estava localizado no interior dos balneários da civilização castreja, que permitia o acesso por uma pequena abertura ao compartimento de banhos e vapores quentes".

A Cultura e o Património ao serviço do Conhecimento!


Para saber mais:

https://www.parquedadevesa.com/_arqueologia_exposicao_permanente

https://famalicaoid.org/inweb/ficha.aspx?ns=215000&id=863

Visita à fábrica de botões Jofer

O Jardim de Infância de Mouquim foi, esta semana, visitar a fábrica de botões Jofer, em Mouquim. É uma fábrica já com alguns anos que se dedica à produção de botões, essencialmente, botões de madeira. As crianças, e mesmo os adultos, não tinham a noção da complexidade que envolve todo o processo, desde o corte da madeira em pequenas tábuas, passando por diferentes máquinas, criar a forma circular de acordo com o tamanho que se pretende, colocar numa outra máquina para fazer os furos que se encontram nos botões, até terminar, alguns com a finalização de pintura com verniz. Depois dos botões prontos, ainda fazem uma seleção, pois não podem enviar botões com defeitos para os seus clientes. De facto, concluímos que todos nós, crianças e adultos, trazemos sempre no nosso vestuário botões, sejam nas calças, camisas, casacos e nunca paramos para pensar, nem sequer imaginar, que fazer botões não é tarefa fácil!

Oficina do pão Romano - Gabinete de Arqueologia de V.N. Famalicão/ Serviços Educativos da Casa do Território


Dinamização de História e Geografia de Portugal  em articulação curricular com Cidadania e Português (5ºA), no dia 16 de março de 2023.

Objetivos

- Promover aprendizagens em contextos diversificados fora do meio escolar e em

articulação disciplinar.

- Consolidar as aprendizagens desenvolvidas nas aulas de

HGP;

- Despertar a curiosidade em aprender.

- Proporcionar aos alunos vivências diferenciadas e motivadoras.

- Conhecer a história e o património local

- Desenvolver as capacidades de observação, comunicação e reflexão crítica;

- Desenvolver a capacidade de compreensão e expressão oral e escrita;

- Fomentar a articulação entre as diferentes disciplinas (áreas de conhecimento)

“Visita de Estudo ao Museu da Indústria Têxtil” Visita do 3º ano, da Escola Conde de Arnoso, no âmbito do projeto “Viagens pelo Património Cultural” e, em contexto sala de aula, elaboração de uma composição e de um desenho sobre a visita. 

VISITA DOS ALUNOS DA EB CONDE DE ARNOSO AO CASTRO DAS ERMIDAS EM JESUFREI

Na manhã de 20 de abril de 2023, os alunos dos 3.º e 4.º anos realizaram uma Visita de Estudo ao Castro do Monte das Ermidas, em Jesufrei. Saíram para esta atividade acompanhados pelas Professoras Titulares de Turma, o Coordenador da Escola, duas Assistentes Operacionais e a Arqueóloga do Município, Dr.ª Felisbela Leite, uma Aluna Estagiária de Arqueologia e a Dr.ª Arminda Ferreira, do Departamento de Educação e Cultura da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão e realizaram uma caminhada de cerca de 3,2km, seguindo um Mapa que lhes foi disponibilizado, com o percurso traçado. No percurso, os alunos conheceram as Alminhas e o Fontanário dos Codeços, dois elementos do património local e entraram no Monte das Ermidas. Conheceram e seguiram a sinalética do trilho até chegarem à entrada da área arqueológica onde a Arqueóloga apresentou aos alunos os painéis explicativos e a vasta extensão da área arqueológica e mostrou-lhes e explicou termos como: “taludes”, “tégula” e referiu-lhes a existência de várias “muralhas” à volta da “acrópole”, referindo as escavações realizadas na década de 80, em que também participou e que permitiram colocar a descoberto uma pequena parte da muralha da acrópole. Na acrópole explicou aos alunos a idade daquele castro, um povoado fortificado da Idade do Ferro, possivelmente fundado no século IV a.C., e que foi ocupado, também possivelmente, até à Idade Média. Explicou a sua importância e posição estratégica no alto do Monte das Ermidas e as várias ocupações, de acordo com a configuração das casas, redondas e retangulares. Referiu o uso das casas e das coberturas que teriam, “colmo” nas casas circulares, as mais antigas, e “tégula” nas casas retangulares, de ocupação mais tardia, resultantes da romanização. Os alunos colocaram algumas questões sobre as atividades e modo de vida das pessoas que habitaram o castro e desenharam algumas partes da aldeia castreja. A atividade, integrada no Projeto Cultural de Escola e no âmbito do Programa Educativo e Cultural “De Famalicão para o Mundo”, constituiu uma experiência de aprendizagem única e bastante enriquecedora.