Escritas em dia
em
Cidadania
Ano letivo 2023-2024
Ilustração: Honor C. Appleton
Novo grupo, vida nova...
Este ano entra um novo grupo do 5º ano neste projeto, desenvolvido semanalmente na disciplina de Cidadania e Desenvolvimento - são 48 alunos muito heterogêneos, distribuídos em duas turmas: uma com 20 e outra 28 alunos.
Grande parte das atividades desenvolvidas por eles será aqui registada em modo de diário.
Depois de ter sido feito um diagnóstico percebemos que os alunos não têm hábitos de escrita e poucos de leitura, por isso este vai ser um ano desafiante.
Também enquadramos estas turmas no projeto Escola a Ler, por acharmos que este complementa as Escritas em dia.
O Escritas em dia será o projeto de destaque do A Ler Mais e Melhor e está no último ano das Ideias de Mérito.
Ilustração: Honor C. Appleton
Comentário de leitura
Este ano os alunos foram desfiados a ler, no mínimo seis livros ao longo do ano e elaborar um comentário de leitura.
Depois de terem aprendido a escrever este tipo de texto, os alunos deitaram mão à obra e grande parte do seu trabalho pode ser visto em:
https://sites.google.com/a/aevid.pt/ler-e-escrever/os-livros-que-ando-a-ler
Vai ser interessante analisar a evolução dos comentários e o tipo de livros escolhido pelos alunos ao longo do ano.
Ilustração: Tatsiana Burgaud
Planificar e escrever um texto narrativo coletivo
O primeiro tema que estes alunos trabalharam foi Os direitos Humanos, a partir do livro "Todos nós nascemos livres - declaração dos direitos humanos ilustrada".
De seguida, propusemos aos alunos a escrita de um texto narrativo, baseado/inspirado no Artigo 1º da "Declaração dos direitos humanos" - Todos nós nascemos livres e iguais. Todos temos os nossos próprios pensamentos e ideias. Todos devemos ser tratados da mesma maneira.
O trabalho começou com a elaboração da planificação de um texto a partir de uma grelha dada por nós e incluída no tutorial Planificação de um texto (in: https://sites.google.com/a/aevid.pt/ler-e-escrever/recursos-pedag%C3%B3gicos)
Depois escrevemos um texto a partir da planificação feita por todos.
O resultado desta aprendizagem foi este:
Texto 5º A
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Ano letivo 2022-2023
Ilustração: Dina Odess
Retomamos o projeto Escritas em dia na disciplina de Cidadania e Desenvolvimento, com as mesmas turmas (6º A e 6º B), mas com uma modificação significativa: este ano a professora titular de Cidadania e Desenvolvimento é a professora bibliotecária. Apesar desta alteração, continuamos a trabalhar em estreita cooperação com a disciplina de Português, o Eco-Escola e todas as áreas curriculares que quiserem juntar-se a nós.
Outra novidade neste projeto é a junção do projeto Escola a Ler, ao Escritas em dia. Mais uma vez, a partir da reflexão dos temas de Cidadania escolhidos pelos alunos, trabalharemos a escrita, a leitura e a comunicação.
Os grandes temas abordados este ano estão publicados abaixo.
Ilustração: Daniel-Garcia-Art-Illustration
Tema: Média
Afinal, o que são os média?
Será que os media alteraram a nossa vida?
Depois de alguma pesquisa, reflexão e debate com os vários pontos de vista dos alunos concluímos que sim.
Todos os dias ouvimos rádio, vemos televisão, lemos revistas e jornais, ou acedemos à internet e assim temos o mundo mais perto, mas também somos mais influenciados por estes meios de transmissão de mensagens.
Por outro lado os média permite-nos expressar o que quisermos, quando quisermos e interagir em direto (ex: redes sociais, reality show).
Bom, mas com tanta informação nova, vamos avançar devagar.... e aprofundar alguns subtemas deste grande mundo que é os media.
Ilustração: Cornélia Li
Tema: Media
Há mais vida para além do uso do telemóvel.
Nesta sessão, colocamos as seguintes questões para debate, após visionarmos o um pequeno vídeo:
Há mais vida para além do uso do telemóvel?
Quanto tempo por dia conseguem estar "desligados"?
Será que sou um smombie* ?
*Smombie (= smarthone+zombie) palavra inventada na Alemanha que significa pessoa que não consegue tirar os olhos do telemóvel.
Vídeo introdutório à sessão Há mais vida para além do uso do telemóvel
- Moby & The Void Pacific Choir - 'Are You Lost In The World Like Me?'
Ilustração: John Holcroft
Tema: Media
Vantagens e desvantagens do uso do telemóvel na escola
Este foi um trabalho desenvolvido a pares
Foi pedido aos alunos registassem, em duas colunas, os benefícios/vantagens e malefícios/desvantagens do uso do telemóvel na escola, ou na vida pessoal.
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Tema: O público e o privado na escrita
Hoje em dia, muitas pessoas colocam partes da sua vida nas redes sociais.
Pedimos aos alunos para contarem o seu dia-a-dia, mas de uma forma mais privada: através das páginas de um diário.
Este exercício teve o intuito trabalhar a tipologia de texto - o diário.
Debatemos também as diferenças entre a escrita "privada" e "pública" e percebemos que os diários estão a cair em desuso.
Escrita privada
Ilustração: Lizzie-Riches
Escrita pública
Ilustração: Koren Shadmi
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Ilustração - 度薇年
Tema: Eco Código
Em trabalho de parceria com o Eco Escola, os alunos do projeto Escritas em dia, contribuíram para o Eco código do Agrupamento. O mote para o 6º ano era "proteção das árvores" e a frase vencedora foi:
Uma árvore cortada é uma vida tirada.
Adota uma árvore na tua escola e protege-a.
Ilustração: Suthikiat Nirobonwong
Tema: comentário crítico de um livro
Em contexto do projeto Escola a Ler os alunos iniciaram a atividade "Projeto pessoal de leitura".
Neste período todos os alunos deverão ler dois livros e escrever um comentário crítico de cada um.
Para que saibam como se faz um comentário crítico, foi-lhes dada uma grelha com conteúdos que podem utilizar, deixando sempre margem para a iniciativa pessoal.
Os comentários dos alunos estão publicados na página deste site Os livros que ando a ler
No final do ano, iremos traçar o perfil leitor de cada aluno e avaliar a evolução dos comentários.
Oficina de escrita poética com os alunos do 6º ano e o escritor José António Franco.
Versos Entrelaçados
Está a decorrer a 8ª edição do concurso Versos Entrelaçados que este ano terá como patrono o Escritor
O Escritas em dia associou-se a esta atividades e todos os alunos do 6º ano tiveram a oportunidade de frequentar uma oficina de escrita com escritorJosé António Franco e adquirir mais competências na escrita poética.
Após esta sessão todos os alunos do 6º ano ano escreveram um poema que será submetidos a concurso.
Versos Entrelaçados / Chá Poético
Decorreu mais uma edição do Chá Poético, onde foram entregues os prémios do concurso de poesia Versos Entrelaçados.
Os alunos do projeto Escritas em dia receberam dos três prémios do 2º escalão e estão de parabéns.
Fica aqui registado o poema do Cristiano que obteve o 1º lugar do 2º escalão .
As Estrelas
Bem no alto no céu,
brilham sem parar,
milhares de estrelas,
preenchem o meu olhar!
Imagino mil Mundos,
mil formas de vida,
mas continuo aqui,
no meu quarto de paredes coloridas!
Gostava de poder voar,
para ver de perto
as estrelas a cintilar
e pasmar boquiaberto.
Mas continuo no meu quarto.
Sinto-me inquieto
e um pouco perdido,
neste mundo discreto.
Cristiano Damas
1º prémio, 2º escalão
Cristiano Damas
1º prémio - 2º escalão
Duarte Cristo
2º prémio - 2º escalão
Pedro Ferreira
3º prémio - 2º escalão
Imagem: autor desconhecido
Temas:
Retorno às origens
e
Bem estar animal
Foi colocado aos alunos deste projeto um desafio: escrever um texto com onomatopeias que espelhasse um dos temas, ou ambos.
Este trabalho foi desenvolvido em grupo, no entanto, grande parte dos deles falhou o enunciado, ou porque não refletiram um pouco antes da planificação, ou porque...
Depois de analisarmos todas as partes menos boas dos textos de ambas as turmas, sugeri a escrita coletiva de um texto com o(s) mesmo(s) tema(s) - um modo de me aperceber o que ficou aprendido, ou não.
Publico abaixo os referidos textos que refletem a aprendizagem após a avaliação formativa.
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Terminou mais um ano letivo e com ele o grupo de alunos do 6º ano despediu-se do 2º ciclo e do projeto "" Escritas em dia".
Ao longo de dois anos os alunos trabalharam várias tipologias de texto, quer em grupo, quer em pares, quer individualmente.
A avaliação destes dois anos é positiva, dados os resultados dos alunos na área da escrita em Português.
No próximo ano o projeto irá decorrer com um novo grupo de alunos de 5º ano.
Ano letivo 2021 -2022
Imagem: Felicia Chiao
Escritas em dia em Cidadania
2021-22
A propósito dos temas refletidos na disciplina de Cidadania e Desenvolvimento, iniciamos em 2020-21, a título experimental, um projeto que ajudasse os alunos das três turmas 6º ano a adquirir as competências da escrita.
Após terem sido traçadas as linhas gerais e os objetivos deste programa, a BE submeteu-o à apreciação da Direção e do Conselho Pedagógico e, em sala de aula, ou sessões síncronas ou assíncronas, consoante o contexto em que vivemos, começamos a testá-lo.
Este ano, com algumas alterações, após avaliação, arrancámos com o projeto Escritas em Dia nas duas turmas de 5º ano, nas aulas de Cidadania e Desenvolvimento em parceria com a professora titular da disciplina.
Este ano a BE vai desenvolver o projeto Escrita em dia nas aulas de Cidadania e Desenvolvimento [50 m semanais por turma] do 5º A e B.
A frase de ordem para este projeto é recuperação de aprendizagens, mais concretamente a escrita.
Mas não ficámos por aqui. Pretendemos que os pequenos estudantes reflitam e verbalizem sobre as leituras e os temas que vamos analisando e que aprendam a utilizar ferramentas digitais de âmbito pedagógico.
Este projeto vai ser desenvolvido pela professora bibliotecária e pela professora titular da disciplina ao longo do 2º ciclo deste alunos. Após este espaço temporal, recomeçaremos com outro grupo do 5º ano.
Os grandes temas abordados este ano estão publicados abaixo.
Desafios
Por vezes temos que colocar as planificações em stand-by para atender a solicitações de outros projetos.
Foi o que aconteceu com as duas atividades abaixo, direcionando a do 25 de abril para o 5º B e a da ABAE para o 5º A, respondendo a necessidades das turmas.
Para mim, o que foi o 25 de abril?
Respondendo ao desafio da DGE, inserido nas comemorações do 25 de abril de 2022, a turma do 5º B participou na atividade “48 anos…a caminho dos 50”.
Espantamo-nos por alguns alunos não saberem o que significava esta data, por isso começamos por explicar, visionar fotos e vídeos. Os alunos atentos entusiasmaram-se e as perguntas começaram a surgir.
Depois, a partir do mote "Para mim o que foi o 25 de abril", pedimos aos alunos que ilustrassem o que significava para eles esta data. Os conceitos que mais retiveram foram: "a liberdade"; "a liberdade de expressão", a queda da ditatura" e "a simbologia do cravo".
Publicamos os trabalhos dos alunos.
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Projeto ABAE / Eco Escolas
2021-22
Respondendo a um desafio feito pela coordenadora do Eco Escola do nosso Agrupamento, 5º A abraçou o projeto "Dia Mundial do livro, o amarelo é a cor das histórias" um desafio Tetrapak/ Compal, organizado pela ABAE / Eco Escolas.
Para além dos objetivos do concurso, acrescentamos-lhes outros: aprender a realizar um trabalhar projeto e em equipa; aprender a elaborar um relatório de trabalho.
1ª fase do projeto:
Escolher uma história tradicional para desenvolver este projeto - Os três Porquinhos
Organizar grupos e distribuir trabalho (quem faz o quê?).
Grupo 1 - capa do livro
Grupo 2 - reproduzir uma personagem da história.
Nomear os repórteres de cada grupo.
Cada grupo elabora propostas/moldes das peças e personagens que vão trabalhar.
Pensar nas personagens e relatório do dia
Desenho de moldes dos porquinhos
Desenho de moldes dos porquinhos
Desenho de molde para olhos e boca dos porquinhos
Proposta molde do lobo
Interajuda entre colegas
Elaboração do relatório das atividades da aula
Interajuda entre colegas
2º fase do projeto
Recorte dos moldes dos elementos da capa e contra capa do livro e dos porquinhos
Reciclagem de material para a capa e construção das personagens do conto
Montagem da capa: colagem.
Corte de molde de da casa dos porquinhos
Corte de molde do lobo
Peça do lobo
Corte de molde dos porquinhos
Corte de molde de pequenas peças para os porquinhos
Reciclar materiais
Elaboração de molde de peças da contracapa
Montagem da capa
3ª fase do projeto
Montagem da capa
Produto final
Montagem da capa
colar a casinha Compal
Montagem da capa
colar a casinha Compal
Dentro da casa há qualquer coisa...
Claro que são os por porquinhos...
o lobo
Capa
Capa
Capa
Escrita criativa:
textos com matriz: biografia e caraterização de personagens;
exercícios de escrita criativa
Ilustração: Desconhecemos o nome do ilustrador
(imagem1)
Ilustração: Linda Valere
(imagem2)
Ilustração: Monica Fernnandez
Ilustração: Henrietta Harris
(imagem3)
Ilustração: Egle Plytnikaite
Texto com matriz
Pretendemos que os alunos aprendam a escrever um retrato utilizando a reflexão e a imaginação.
Propusemos aos alunos uma estratégia de escrita em condições pré definidas.
Começamos por mostrar as ilustrações que estão acima. O que podemos adivinhar sobre elas? Pedimos aos alunos que as interpretassem uma a uma:
Quem é? Como se chama? Quantos anos tem? O que terá acontecido? O que nos dizem as cores da ilustração? Será que elas nos conduzem ao perfil psicológico?
As respostas dos alunos foram sendo registadas no quadro e no caderno diário dos alunos, com o objetivo de ajudar os alunos na atividade seguinte.
(Esta estratégia de escrita foi adaptada a partir de uma atividade de Cristina Taquelim).
Ilustração: Maria Over
Texto com matriz
2ª sessão
Nesta segunda sessão, propusemos que fizessem o retrato escrito de uma das imagens numeradas. Para isso, deveriam preencher a ficha que apresentamos abaixo, tendo em conta algumas regras:
- não esquecer das caraterísticas sobre elas, que registamos na aula anterior,
- escrever com imaginação e coerência .
O resultado foi muito bom. Os alunos escreveram com o coração, no entanto alguns trabalhos emocionaram-me, quer pelo seu conteúdo, quer pela coerência e vocabulário utilizado e por isso decidimos publicar dois.
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Ilustração: Pamela J. Zagarenski
Exercícios de escrita criativa
Exercício um
Pedimos aos alunos que escolhessem seis palavras (chocolate, cogumelos, natureza, nuvem, flor, amor) e que escrevessem um texto com um máximo de duas frases com as palavras escolhidas.
A Joana escreveu o seguinte texto:
"A Alice encontrou na natureza uma nuvem em cima de uma caixa com chocolates e uma carta de amor no meio das flores e dos cogumelos."
Ilustração: Pamela J. Zagarenski
Exercícios de escrita criativa
Exercício dois
No segundo exercício foi pedido aos alunos que encontrassem palavras terminadas em "ito /ita". De seguida deveriam construir um pequeno texto/história com um máximo de três frases onde constassem seis palavras com essa terminação.
O Martim escreveu o seguinte texto:
Eu sou um rapazito que mora num beco muito estreito e todos os dias vejo um periquito muito bonito, mas toca sempre à mesma hora um apito muito esquisito e ele foge sempre."
Poesia
Ano letivo 2021-22
Ilustração: Olaf Hajek
Ano letivo 2021-2022
Alunos com alma e luz
O 5º A iniciou a sensibilização à poesia. Pretendemos que os alunos aprendam a dar carga emotiva e rítmica às palavras para que possam escrever poemas mais profundos.
Os poemas escritos pelos alunos irão concorrer à edição deste ano do concurso de poesia Versos Entrelaçados.
Há sessões que são mágicas, porque o contributo dos alunos são sinceros, brilhantes e cheios de luz.
Aqui vai a descrição desta sessão. A minha abordagem foi inspirada no livro O poeta faz-se aos 10 anos, de Mª Alberta Menéres
Depois de ouvirem um texto do livro O poeta faz-se aos 10 anos perguntei:
“ - O que é a poesia?”
[alunos] “Uma maneira diferente de ver o Mundo.”
“Uma maneira mais bonita de escrever”
[PB] Quem escreve poesia?
[alunos] O poeta e a poetisa.
[PB] Pois é. Mas afinal o que é ser poeta?
Vou ler um poema de Florbela Espanca para ajudar a responder a esta questão
Portanto, poeta é alguém que….
[alunos] “escreve ideias fora da caixa” ;
“tem uma mente criativa”;
“põem a alma no papel”.
[PB] que bem que definiram poeta.
E qual é a matéria-prima do poeta?
[alunos] “ - Humm!!!”
“ - papel?”
“- lápis, ou computador?”
[PB] “ - Parece-me que vocês estão a falar de ferramentas para escrever.”
“ - Pensem lá de que são feitos os poemas”
“versos?”
E os versos são feitos de quê?
[alunos] “Palavras.”
PB
[PB] “Verdade. A poesia é feita de palavras. Palavras escolhidas que por vezes precisamos de limpar. Mas também de palavras brilhantes, pesadas, molhadas voadoras….
Como se limpam as palavras? Vou explicar a partir da leitura deste poema de Álvaro Magalhães [O limpa palavras]
Materiais para a sessão:
ESPANCA, Florbela. Sonetos. Página Editora, 1989
MAGALHÃES, Álvaro. O brincador. Ed. Asa, 2005. [Edição especial comemorativa dos 25anos de vida literária do autor].
MARQUES, Teresa Martinho. Das palavras. Col. Alma nova, 2004
MENÉRES, Mª Alberta. O poeta faz-se aos 10 anos. Porto Editora, 2017
Ilustração: Andreia Agostini
Primeiro momento de sensibilização à escrita da poesia.
A leitura dos poemas "Limpa Palavras" de Álvaro Magalhães "Porquê" de Teresa Martinho Marques serviu de base para um jogo com as palavras. Nele os alunos "brincaram" e questionaram as palavras dando-lhe um significado e uma carga emocional que não costumavam dar :
a palavra dez, inferior a oito (Teresa M. Marques).
Os alunos tentaram o mesmo modelo. Ex:
a palavra dar é acolhedora ou desconfortável? (Ema)
Depois deste aquecimento partimos para uma atividade inspirada numa proposta criativa de Cristina Tanquelin: o sol de palavras.
1ª proposta de escrita de poesia, inspirada numa atividade de Cristina Tanquelim
Desenhamos um sol e no centro escrevemos palavras voadoras. Por sugestão dos alunos, as palavras vento, avião, pássaro, nuvem, anjos, brisa, papagaio de papel, transformaram-se nos raios do nosso sol. E pronto!... conseguimos a matéria- prima para o nosso primeiro poema coletivo.
Voar
O vento sopra sobre as folhas,
os pássaros atravessam as nuvens
e, pelas nuvens...
pelas nuvem passa um avião.
Uma brisa suave
sai da boca de um anjo
e paira no ar,
empurrando um papagaio de papel
que voa sobre o mar.
5º A
15/2/2022
Oficina de escrita de poesia
Os alunos do 5º ano, que integram o projeto Escritas em dia, tiveram a primeira sessão de escrita criativa, com o escritor / ilustrador Miguel Horta. A partir de uma máquina muito especial - A máquina da poesia - os alunos perceberam que escrever poesia é possível, desde que se exercite a sensibilidade e se brinque com as palavras sem medo de errar.
Poema coletivo 5º B escrito no âmbito da Máquina da Poesia de Miguel Horta
Quando for…
«Quando for grande, não quero ser médico, engenheiro ou professor.
Quero brincar de manhã à noite, seja no que for.
Quando for grande, quero ser um brincador.
Ficam, portanto, a saber: não vou para a escola aprender a ser um médico, um engenheiro ou um professor.
Tenho mais em que pensar e muito mais que fazer.
Tenho tanto que brincar, como brinca um brincador, muito mais o que sonhar, como sonha um sonhador, e também que imaginar, como imagina um imaginador...(…)
Quero andar na cidade com muita alegria.
Jogar rapidamente e rir com muita loucura.
Ajudar uma galáxia elegante
Ver a menina misteriosa viver na escuridão e na tristeza
e o menino apaixonado a viver uma loucura humilde pelo amor.
Quero imaginar…
a guerra a morrer num dia ensolarado,
a mulher a viver sozinha com tristeza,
a chuva a correr para o rio,
uma criança bondosa a brincar divertida com o mar,
um jovem apaixonado a enfrentar um dragão para resgatar a sua preciosa amada,
uma criança a comer uma maçã na vila,
um atleta ágil a correr num pavilhão,
os gatos a amar gatas dançarinas,
um cão a correr pela aldeia doido
a chuva a chorar num Mundo brincalhão,
a lua a acordar a vila com uma luz misteriosa.
Quero ser um poeta a escrever palavras com amor para o mundo.
Quando for grande, quero ser brincador. Brincar e crescer, crescer e brincar, até a morte vir bater à minha porta.
Na minha sepultura, vão escrever: “Aqui jaz um brincador. Era um homem simples e dedicado, muito dado, que se levantava cedo todas as manhãs para ir brincar com as palavras.»
Poema dos alunos do 5º B feito a partir da “Máquina da poesia” de Miguel Horta com excertos de O brincador de Álvaro Magalhães.
25 de fevereiro 2022
Nota: os excertos de O brincador de Álvaro Magalhães foram escritos a negrito.
Poema coletivo 5º A escrito no âmbito da Máquina da Poesia de Miguel Horta
O meu vento
«Os ventos não são todos iguais.
O meu vento é um ser pensante.
O meu vento é um gato gigante
Que bufa ao mundo quando vê
Alguma coisa irritante.
O meu vento….
passa pelo mar com carinho,
cria um coração de paixão,
balança com a brisa suave e as gaivotas cantam.
O meu vento….
é lindo como o mar azul,
é alegre e cheio de paixão,
está no céu com uma luz brilhante e fria,
adora o campo solitário e confortável.
O meu vento….
Sopra e balança sobre o mar ondulado cheio de peixes,
acompanha as gaivotas que voam por entre as nuvens no céu profundo e azul.
Pode levar um barco de papel que anda sobre o rio transparente.
Fala com o céu sobre a beleza misteriosa.
O meu vento passa sobre o mar e torna-se folhas com flores e pássaros lindos de se ver.
O meu vento passa pelo castelo e abana os cabelos da princesa Aurora.
O meu vento é dançante e caminha sobre as nuvens enquanto ouve o agradável som dos pássaros a cantar.»
Poema dos alunos do 5º A feito a partir da “Máquina da poesia” de Miguel Horta com o poema O meu vento de Teresa Guedes in Real…mente
25 de fevereiro 2022
Nota: O poema O meu vento de Teresa Guedes está destacado a
negrito.
Vencedores Versos Entrelaçados e entidades organizadoras. Março 2022
Concurso de poesia "Versos Entrelaçados"
Chegou a hora de os alunos do 5ºano escreverem os seus poemas que irão ser submetidos ao concurso Versos Entrelaçados e o empenho resultou. Os três prémios do 2º escalão [2º ciclo] foram para os alunos de 5º ano.
3º Prémio
Pesadelo
Quando olho em redor,
só eu em companhia
quase só vejo dor
tudo o que não queria.
Ao voar a imaginação,
penso em paz e harmonia,
mas alguém sem razão
estraga a minha alegria.
Um monstro sem piedade
atacou irmãos e vizinhos,
é tanta a sua maldade
que deixou filhos sozinhos.
Matilde Gomes
5º B
2º Prémio
O que é a emoção?
A emoção é sentimento
é receber presentes no aniversário,
é sentir o beijo e o abraço da mãe.
É sentir felicidade por uma coisa ou por uma pessoa.
É sentir a felicidade que mostra que a gente está feliz.
É sentir sentimentos por uma pessoa.
É amar todos no mundo e sentir saudades.
É sentir amor pela família e pelos amigos.
A emoção é a vida.
Sara Guerreiro 5º B
1º Prémio
Salmonete
A menina Cristina gostava de criar,
mas pouco sabia desenhar.
Tentou, tentou, tentou…
até acertar.
Desenhou um lindo peixe
e continuou a tentar
o salmonete desenhar.
O peixinho mais lindo
que tu vais amar.
Se o quiseres provar
o dinheiro terás que largar.
Joana Batista
5º A
Texto Narrativo
Ano letivo 2021-22
Ilustração: Lido Contemori
Começar a escrever...
Depois de trabalhar os Direitos Humanos, pensamos propor aos alunos que escrevessem um texto coletivo que ilustrasse um dos artigos.
Este exercício pretendia trabalhar a planificação de um texto escrito e perceber de que modo os estudantes iriam enquadrar os conhecimentos que adquiriram.
Para introduzir o exercício contámos a história de Malala.
Depois de refletirmos sobre a história desta menina, que lutou pelo direito à educação (artigo 26), os alunos verbalizaram as suas opiniões e sugeriram um título para a história.
Agora sim, todos estão prontos para arrancar com o primeiro exercício de escrita.
Pensar e planificar um texto - 5º A e B
Chegou a hora de escrever o primeiro texto coletivo.
Começamos por escolher um artigo dos Direitos Humanos que nos serviria de inspiração. O debate foi aceso, mas a turma A decidiu pelo artigo 1 e a turma B o artigo 22: estavam encontrados os temas base para os textos coletivos.
Em grupo fomos avançando e as ideias foram surgindo, surgindo, surgindo... decidindo democraticamente que conteúdos deveriam fazer parte do texto.
Na turma B interrompemos o trabalho devido aos feriados de dezembro, mas a planificação da turma A ficou assim:
Ilustração: Miranda Mims Sawyer
Texto coletivo 5ºA
Tema: Todos nós nascemos livres e iguais. Todos temos os nossos próprios pensamentos e ideias. Todos devemos ser tratados da mesma maneira. (Art.1 Carta dos Direitos humanos
A luta negra
Num dia frio de novembro, o João chegou à nova escola. Tímido e nervoso estava com receio de como ia ser recebido na nova turma, uma vez que ele era um menino negro de doze anos.
Logo que entra na sala, a professora apresenta-o à turma e esta começa a rir-se dele.
Cinquenta minutos depois, no recreio, quando João estava a lanchar, os colegas aproximaram-se, deitaram-lhe o lanche para o chão e rodearam-no em círculo, insultando-o e empurrando-o. O João sentiu medo, percebeu que ia ser controlado por aquele grupo e teve receio. Antes de entrar para a aula, os agressores ameaçaram-no, sugerindo que ele não contasse a ninguém o ocorrido.
Durante dois meses, o João continuou a sofrer “bulling” em silêncio. As suas noites de sono eram perturbadas por pesadelos e, na escola, sentia-se nervoso, constrangido e pouco atento nas aulas.
Durante este tempo, apenas o Martim, um colega da turma, estava preocupado com o João. Certo dia, cansado de ver o colega a sofrer, resolveu contar o que estava a suceder ao seu amigo à diretora de turma e esta contactou a mãe do João.
Dona Helena preocupada com o seu filho, resolveu falar com a psicóloga da escola sobre o caso do João e esta conversa primeiro com a diretora de turma e depois com o aluno. Durante três meses, o João teve sessões com a psicóloga, ajudando-o a ultrapassar o seu trauma.
Progressivamente, o João vai ficando mais confiante aumentando a sua autoestima.
Certo dia, na escola, num intervalo, os agressores voltaram novamente a fazer “bulling” com o João. Este enfrenta-os com coragem mostrando que já não tem medo. Os “bullys” perceberam então que já não valia a pena continuar a agredir o João.
Texto coletivo 5º A
Janeiro 2022
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![](https://www.google.com/images/icons/product/drive-32.png)
Ilustração: Faby
Texto Coletivo 5º B
Tema: (Art.22 Carta dos Direitos Humanos - Todos temos o direito a ter um lar…)
Da pobreza à felicidade
O António e a sua família viviam numa pequena cidade, no bairro de Torres Tortas, numa pequena casa. Os quatro elementos da família viviam com pouco dinheiro e as duas crianças partilhavam o mesmo quarto.
A família, como era pobre, tinha dificuldade em pagar a renda de casa porque o António e a sua mulher tinham ficado desempregados desde que a fábrica em que trabalhavam faliu.
Certo dia, a senhoria informa-os que têm uma semana para abandonar a casa onde moravam. Sem ninguém para os socorrer, esta família foi bater à porta de uma instituição que recebia pessoas sem-abrigo.
Durante um ano e meio, António e a sua família viveram na Casa Aberta. No início foi difícil por que apenas tinham duas divisões para quatro pessoas. Nelas dormiam, cozinhavam e as crianças faziam os trabalhos de casa e brincavam. No entanto, aos poucos todos se foram habituando e as crianças até fizeram amigos na instituição com outras que tinham uma história de vida parecida.
Certo dia, o António nervoso e receoso foi falar com o diretor no seu gabinete. Este pediu-lhe para se sentar e explicou-lhe que quando era jovem passou por uma situação idêntica à do António e, portanto, percebia o que aquela família estava a passar, por isso ofereceu emprego ao António e à sua esposa e alugou-lhes uma casa de renda barata.
A partir desse dia a família do António começou a recupera economicamente e mostraram a sua gratidão passando a ajudar todos aqueles que viviam na instituição Casa Aberta.
Texto coletivo 5º B
Fevereiro 2022
Marcadores de livros feitos pelos alunos alunos
Dia Municipal para a Igualdade
24-10-2021
Comemoramos o Dia Municipal para a Igualdade a partir dos Direitos humanos - tema que estamos a desenvolver nas aulas de Cidadania.
Pedimos aos alunos que se inspirassem nos artigos 1, 2 e 7 da "Declaração Universal dos Direitos Humanos" e que fizessem um desenho para transformar em marcador de livro.
O resultado foi fantástico.
Esta atividade foi desenvolvida em parceria com a Associação Terras Dentro
Ano letivo 2020-21
Malak
(Imagem UNICEF Brasil)
Cartas a Malak
Malak é uma síria que se viu obrigada a fugir do seu país por causa da guerra.
Depois de uma travessia difícil e perigosa, Malak conseguiu chegar a Lesbos.
A história desta menina comoveu os alunos que resolveram escrever-lhe uma carta.
Esta atividade foi desenvolvida no âmbito da disciplina de Cidadania e Desenvolvimento.
Anna Clariana
Olá Malak.
Eu chamo-me Inês Ruivo, tenho 11 anos e sou de Portugal.
Estou a escrever-te esta carta porque tive acesso à tua história nas aulas de Cidadania e fiquei com muita, muita, muita, mesmo muita pena.
Quando vi a fragilidade do barco em que fizeste a travessia fiquei muito assustada. Tive a impressão que uma simples ondulação o podia partir. Ainda bem que um pescador gentil estava lá para vos ajudar a chegar a terra.
Quando me apercebi do tamanho da montanha que, infelizmente, tiveste que subir, também fiquei assustada, porque era enorme.
Tenho muita pena que as tuas roupas tenham sido deitadas ao mar.
Espero que já tenhas voltado ao teu país em segurança e que esteja e que corra tudo bem!
Um abraço,
Inês Ruivo
Beatriz Martín-Vidal
Querida Malak,
Eu chamo-me Maria Pelica, tenho 11 anos, vivo na Vidigueira e sou portuguesa.
Vi a tua história na aula de Cidadania e comovi-me muito porque olho para mim e apercebo-me do quanto tenho e nunca reparei: uns pais carinhosos, estabilidade e muitos amigos a quem me posso socorrer. Fico triste por muitas crianças e adultos não terem o mesmo que eu.
Se viesses a Portugal, gostaria de te receber na minha casa. Íamos brincar e divertir-nos muito. Também te iria apresentar aos meus amigos e conhecerias a minha escola.
Vou tentar contactar o UNICEF para poder falar contigo.
Beijinhos e muita força
Maria Pelica
Hung Liu
Olá Malak
Eu chamo-me Lúcia, moro em Vidigueira, o meu país é Portugal. Tenho 11 anos e frequento o 6ºano, gosto da minha escola.
Espero que te encontres bem neste momento e com saúde. Estou a escrever-te esta carta pois tive conhecimento da tua história e fiquei muito comovida.
Estou certa de que tudo irá correr bem, vais fazer muitos amigos por aí. A tua professora deve estar muito orgulhosa de ti, foste muito corajosa. Com o tempo tudo voltará ao normal.
Eu gostava muito de te conhecer pessoalmente, acho-te muito simpática e corajosa.
Despeço-me com um grande abraço e desejo-te tudo de bom na vida.
Lúcia Galamba
Stephanie Ledoux
Olá Malak!
Eu sou a Laura e tenho 11 anos. Vivo em Portugal e, na aula de Cidadania, tive a oportunidade de ver e conhecer a tua história.
Senti-me muito comovida pois não fazia ideia que pessoas com a tua idade, e até mais novas, têm, ou já tiveram, de passar pelo que tu passaste, e espero que já estejas junto da tua família e das pessoas que mais gostas. Queria também dizer-te que és uma pessoa muito corajosa e espero que continues a ter essa força dentro de ti.
Faço votos que melhores, pois não imagino o medo e o receio que provavelmente tiveste ao fazer aquela viagem.
Um abraço
Laura Roberto.
Anna Clariana
Olá Malak.
Eu chamo-me Inês Ruivo, tenho 11 anos e sou de Portugal.
Estou a escrever-te esta carta porque tive acesso à tua história nas aulas de Cidadania e fiquei com muita, muita, muita, mesmo muita pena.
Quando vi a fragilidade do barco em que fizeste a travessia fiquei muito assustada. Tive a impressão que uma simples ondulação o podia partir. Ainda bem que um pescador gentil estava lá para vos ajudar a chegar a terra.
Quando me apercebi do tamanho da montanha que, infelizmente, tiveste que subir, também fiquei assustada, porque era enorme.
Tenho muita pena que as tuas roupas tenham sido deitadas ao mar.
Espero que já tenhas voltado ao teu país em segurança e que esteja e que corra tudo bem!
Um abraço,
Inês Ruivo
Egene Koo
Olá Malak
Sou a Marta, tenho 11 anos, moro em Portugal (Vidigueira).
Tive conhecimento da tua história na aula de Cidadania, com a professora Cristina, uma das melhores professoras (que também nunca me deixa triste).
Fiquei impressionada com a tua história. Como é que uma menina da tua idade conseguiu, e consegue, ser tão guerreira e corajosa? Um dia queria conhecer-te, pareces ser uma menina muito doce e simpática.
És uma lutadora e, apesar de tudo o que passaste, estás sempre com um sorriso na cara que é contagiante e é impossível olhar para ti não ficar positiva.
Espero que neste momento estejas com a tua família.
Um grande beijo.
Marta Santinho
Marija Jevtic
Querida Malak
Chamo-me Madalena Almeida.
Soube da tua história e fiquei incrédula: como pode uma criança sofrer deste modo?
Acho que nenhum país deveria chegar ao ponto que o "teu" país chegou.
Sou um pouco mais velha do que tu, neste momento tenho 12 anos, mas acho que nenhuma criança deveria passar por o que tu passaste.
Quero que saibas que tens o meu apoio e, se estivesse numa situação como a tua, também gostaria de receber algum. Por mim, se estivesses perto da minha casa poderias passar o tempo que fosse necessário lá. Seria mesmo um prazer, iria ensinar-te a falar português e muitas outras coisas.... acho mesmo que nos iríamos divertir!!
Se tal acontecesse, aceitarias?
Mas pronto, já não tenho muito mais para te dizer, Mas lembra-te sempre, que nunca estarás sozinha!
Beijinhos
Madalena Almeida
Amy Grimes
Olá Malak.
Eu chamo-me Santiago, tenho 11 anos, nasci no dia 8 de junho de 2009.
Eu vi o filme sobre ti na aula de Cidadania. O medo que sentiste e o frio que passaste durante a tua travessia da Síria para a Grécia…! Esses sentimentos não se comparam a nada. Perdeste os teus amigos, a tua professora e também a tua escola.
Espero que um dia nos possamos conhecer pessoalmente e também espero que, a partir do momento que tenhas chegado a Grécia, tenhas conseguido melhores condições de vida.
Um grande abraço,
Santiago Faísco Santos
Шлыков Геннадий- Gennady
Querida Malak
Sou a Diana.
Espero que depois de tudo o que tu e a tua mãe passaram, tenham encontrado um lugar bom para viver e que já tenhas roupas novas para substituir aquelas que foram lançadas ao mar. Quero que encontres novos amigos para brincar e para passares os teus tempos livres.
Gostaria que me mandasses a tua morada para eu te enviar algumas das minhas roupas pequenas que já não me servem e alguns brinquedos meus...
Abraços e beijinhos!
Diana Hrytsevych
Egene Koo
Olá Malak.
O meu nome é Rita Fernandes, moro em Vila de Frades e tenho 12 anos.
Deve ter sido horrível passar pelo que tu passaste e ter as roupas todas atiradas ao mar.
Quando for mais velha quero fazer todos os possíveis para te ajudar a ti e a todas as pessoas que passaram, ou passam, pela mesma situação que tu.
Se eu pudesse ajudava-te de todas as maneiras possíveis, como por exemplo: dava-te todas as minhas roupas que já não me servissem.
Gostava muito que pudesses vir para Portugal para nós nos conhecermos.
Beijos e abraços
Rita.
Igualdade de Género
Pintura de Mi Ryu Shin
Rapazes = raparigas?
Era um dia normal, como todos os outros na escola.
David estava feliz porque tinha encontrado o amor da sua vida; desde o dia anterior que namorava com Esme, uma colega da turma.
O relacionamento decorreu sem sobressaltos durante três meses.
Certo dia, David exigiu que Esme abandonasse a sua equipa de futebol, porque não era um desporto apropriado para raparigas. Contrariada, Esme cedeu porque gostava muito do seu namorado. A partir desse dia, as exigências de David eram cada vez mais frequentes: Esme não podia sair sozinha, porque as raparigas não andam sozinhas na rua; sempre que se encontravam com amigos e ela dava a sua opinião sobre qualquer assunto, ele mandava-a calar porque não eram conversas próprias para raparigas….
Esta relação durou até ao momento que as colegas de turma lhe demonstraram que rapazes e raparigas têm os mesmos direitos, exatamente o posto da opinião de David. Depois de ouvir estes conselhos, Esme compreendeu o que é a igualdade de género e que para haver amor é preciso ter respeito e carinho pelo próximo.
Texto coletivo 6ºB
Igualdade de género
Leonard Peng
Afinal, o futebol é para meninas?
Mais uma vez a campainha da escola anunciou o final das aulas desse dia. Rita e João saíram juntos porque a professora de Cidadania tinha-lhes pedido para apresentar um trabalho sobre o tema “Igualdade de Género”. Como ambos moravam no mesmo bairro, decidiram discutir os pormenores do trabalho no caminho para casa.
Quando passaram pelo parque viram uma carrinha que vendia gelados e o João exclamou:
- Está tanto calor, Rita. Vamos comer um gelado.
-Boa ideia, preciso mesmo de me refrescar.
Assim que compraram os gelados sentaram-se, contentes, a comê-lo.
De repente, o João avistou um grupo de raparigas a jogar futebol e comentou com a Rita que aquele não era um jogo para raparigas. A Rita ficou furiosa porque para ela não existiam jogos adequados a cada sexo, mas pessoas mais dotadas para determinadas modalidades. O João apercebeu-se que tinha feito um comentário infeliz e compreendeu que tinha de respeitar todos independentemente do seu género. Apesar das diferenças somos todos pessoas.
Texto coletivo 6ºA
Dezembro 2020
Igualdade de género