Em algum momento os adultos perguntam às crianças:

- "O que queres ser quando fores grande?"

Pois foi essa a  pergunta que fiz aos alunos do projeto. Algumas  respostas foram inesperadas: "artista", "pintor", "trabalhador do lixo", "agricultor", "GNR, GNR, GNR, GNR"(!); outras foram esperáveis: "não sei", "futebolista, futebolista, futebolista, futebolista", "médica", "cabeleireira".... seguramente nenhum deles queria ser maçã e ficaram intrigados com o desejo da Joaninha, a personagem deste conto.

Sempre que leio esta história os alunos permanecem em silêncio profundo e eu fico arrepiada com a intensidade emocional da história e, no final, quando lhes peço para escrever as três palavras do texto que lhes ficaram na cabeça, a maioria escreve: "maçã", "Deus", "anjo"....

Depois, é só escrever essas palavras numa maça que lhes foi facultada e que eles terão de as pintar, percebendo no final que, tal como as pessoas, todas as maças são diferentes. 

Saborear a poesia....

A poesia pode ser séria, ou engraçada,

pode ser triste (poema Pai),

ou divertida ( poema, Abecedário sem juízo ).

Às vezes os poemas vêm acompanhados de ilustração(poema, Tudo ao contrário), 

outras vezes somos nós que imaginamos a ilustração. 

Ora ouçam com muita atenção o poema Encontro e memorizem as palavras que vos chamam a atenção.

Sol, nuvens, rio, chuva, janela, vento,,,,

Agora vamos desenhar um marcador de livros a partir destas palavras.

A partir da leitura dos poemas O sabor e Porquê os alunos foram levados ao mundo mágico das palavras. 

Depois, a partir do nosso amigo dicionário (físico e online),  procedemos à aquisição de vocabulário para expressar cambiantes de sentido (o peso, o cheiro e a forma das palavras ) e ainda houve tempo para jogar ao enforcado  a partir da descoberta de palavras muito, muito difíceis.

Começamos por investigar como são os pais dos nossos alunos, seguindo os passos da escritora Isabel Minhós Martins, em "Pê de Pai". 

Depois, como somos curiosos, também investigamos como são as mães e registamos tudo como podem ver nas fotos abaixo.

Os nossos Contos Viajantes já visitaram as três EB1 c/ JI do Agrupamento. mas não fomos sozinhas; levamos connosco o livro Vamos à caça do urso, escrito por Michael Rosen e ilustrado por Helen Oxembury, que lemos ao Pré-Escolar e o livro O último contador de histórias, escrito por Isabel Peixeiro e ilustrado por Marta Nunes que trabalhamos no 1º ciclo.

No final das leituras, os meninos do Pré-Escolar desenharam a rota de fuga para não serem apanhados pelo urso e montaram uns binóculos para verem bem ao longe.

Já os alunos do 1º ciclo inventaram histórias coletivas, com palavras pré definidas, obtidas  a partir de objetos que estavam na caixa vermelha da professora bibliotecária, quem sabe se não pertenceu ao último contador de histórias...

Deixamos aqui dois dos três contos inventados e escritos pelos alunos.

Todos nós temos memórias positivas, um momento que não esquecemos porque nos tocou, ou que gostamos muito de o viver.

O livro A manta, mostra-nos isso mesmo: pessoas que guardam dentro de si, num qualquer recanto da sua memória, histórias pessoais marcantes. 

Que bonita narrativa para ler aos alunos do projeto Contos Viajantes.

Depois da leitura, pedimos aos alunos que pensassem num momento vivido por eles que lhes tenha ficado gravado nos seus corações e  que o escrevessem num "retalho " de papel.

De seguida unimos todas estas partilhas com pequenos fiapos de lã e surgiu uma manta de papel: produto da narrativa das memórias pessoais e da teia de relações que criaram com a família, ou os amigos.

Em baixo publicamos três dessas mantas.

Percebemos o tamanho gigantesco do Mundo, a partir da leitura do livro De que tamanho é o Mundo?  [autora e ilustradora Britta Teckentrup ] e da exploração do guião de leitura que se encontra neste site em:

https://sites.google.com/a/aevid.pt/ler-e-escrever/recursos-pedag%C3%B3gicos

Os alunos também ficaram a saber mais sobre esta escritora acedendo à página de biografias deste site.