CRUZ, Décio Torres. Fragmentação e perda de identidade na literatura

Fichamentos bibliográficos diplomáticos de Isaias Carvalho

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CRUZ, Décio Torres. Fragmentação e perda de identidade na literatura: condição (pós) moderna ou (pós) colonial? in: Estudos Lingüísticos e Literários, n. 21/22. Salvador, Programa de Pós-Graduação em Letras e Lingüística, Universidade Federal da Bahia, jun-dez, 1998, p.129-148.

Resumos e resenhas de Isaías Carvalho no

A – ANOTAÇÕES GERAIS:

1. RESUMO: discussão do discurso pós-colonial caribenho como uma tentativa de reescritura da história. Enfoque nas questões de mimetismo cultural, identidade e fragmentação na literatura caribenha, na tentativa de extrair uma teoria dos textos abordados. Comparação com textos de outras tipologias literárias com o objetivo de estabelecer suas diferenças e similaridades, questionando as fronteiras entre pós-modernismo e pós-colonialismo e a ideologia subjacente à nomenclatura ‘pós-colonial’. Os trabalhos de Aimé Césaire, Benítez-Rojo, Derek Walcott e Franz Fanon são enfocados, juntamente com outros autores.

2. ver PRATT, HUTCHEON, ASHCROFT e BENÍTEZ-ROJO.

3. Reler> CRUZ, Décio Torres. “O discurso do outro na literatura pós-colonial caribenha de língua inglesa”, in: Estudos Lingüísticos e Literários, n. 25/26, Salvador, Programa de Pós-Graduação em Letras e Lingüística, Universidade Federal da Bahia, jan.-dez. 2000, pp.146-61.

4. WALCOTT, Derek. Collected poems: 1948-1984. New York, The Noonday Press, Farrar, Strauss & Giroux. p. 346 !!! conseguir com DÉCIO!

5. Tentar conseguir com DÉCIO: FANON: Black Skins, White Masks; FANON: The Wretched of the earth; HAMMER, Robert D. Derek Walcott. The Heritage dictionary…; TIRADA, Rei: Derek Walcott’s poetry: American mimicry; WALCOTT: The Caribbean: culture or mimicry?; GLISSANT, Edouard. Caribbean discourse: selected essays.

B - TERMOS BASILARES:

    1. pós-moderno e pós-colonial: “De acordo com a crítica Argentina Graciela Montaldo, ‘Em geral, o pós-modernismo é visto na América Latina primeiramente como uma maneira de pensar o alcance de nossa modernidade.’ O mesmo poderia ser dito sobre o termo ‘pós-colonial’. Ele é extremamente útil nas Américas como uma maneira de pensar a respeito da extensão de nossa colonialidade. No caso, o prefixo ‘pós’ refere-se ao fato de determinadas operações do colonialismo e do euro-imperialismo tornarem-se visíveis para nós de uma maneira que nunca estiveram antes. Mas o termo também é usado para sugerir o oposto: que a dinâmica do euro-imperialismo já não é mais importante para a compreensão do funcionamento do mundo. Como os demais ‘pós’ [...] este conceito de ‘pós-colonial’ possibilita um certo relaxamento por parte dos intelectuais metropolitanos e cosmopolitas, permitindo que continuem atuando irrefletidamente como um centro que define o resto do mundo como periferia.” [p. 18-19] “A descolonização [do conceito de modernidade] resultará num relato de modernidade genuinamente global e relacional, que poderá fortalecer a base conceitual e histórica necessária par aos estudos sobre globalização no presente. Este é o ponto de intersecção entre as idéias de pós-modernidade e pós-colonialidade onde, sugiro eu, as expressões tornam-se úteis, não como termos que denotam estados da situação ou pontos finais, mas como momentos de emancipação quando determinadas dimensões básicas da existência se tornam abertas para a reflexão enquanto outras, é claro, permanecem ocultas.” [p.52: PRATT, Mary Louise. Pós-colonialidade: projeto incompleto ou irrelevante? In: VÉSCIO, Luiz E.; SANTOS, Pedro B. (orgs.). Literatura e História: perspectivas e convergências. Bauru: EDUSC, 1999. p. 17-54.]

    2. fragmentação

    3. identidade

    4. reescritura

    5. modernidade: em que sentido está sendo usado aqui? [ver Lyotard e Habermas]

    6. Outro: A palavra “Outro” está sendo usada aqui não no sentido estrito do “grande Outro” de Lacan, mas através de um jogo entre o conceito filosófico (da fenomenologia de Edmund Husserl aplicada ao Existencialismo) da relação entre sujeito e objeto, que se aproxima do conceito lacaniano objet petit a (que diferencia o objeto do Outro) e o grand Autre, aquilo que ele define como sendo “o locus no qual está situado a cadeia do significante que governa o que quer que se possa presentificar do sujeito, o campo desse ser no qual o sujeito tem que aparecer”, o local onde a pulsão se manifesta em uma relação de falta, alienação e incompletude. P. 149 [DÉCIO: O discurso do outro...]

    7. O “Grande Outro”: ver LACAN; ver # 1 (acima). “o grand Autre, aquilo que ele define como sendo “o locus no qual está situada a cadeia do significante que governa o que quer que se possa presentificar do sujeito, o campo desse ser no qual o sujeito tem que aparecer”, o local onde a pulsão se manifesta em uma relação de falta, alienação e incompletude” p. 149 [DÉCIO: O discurso do outro...]

    8. Outridade:

    9. Objetidão: Neologismo aqui empregado como síncope das palavras “objeto” e “solidão”, em uma tentativa de descrever o sentimento provocado pelo processo de reificação do indivíduo na sociedade pós-colonial caribenha. Estou utilizando esse termo e derivados (objetude, objetificação, coisificação, etc.) para significar a transformação do sujeito em objeto, em coisa, para evitar a repetição do vocábulo “reificação” e para enfatizar a presença da palavra “objeto”, em sua própria constituição, em contraste com “sujeito”, fato que não se verifica em “reificação”, uma vez que a sua etimologia se encontra muito distante do conhecimento comum atual da palavra latina res (“coisa”) que a originou. P. 150 [DÉCIO: O discurso do outro...].

    10. reificação

    11. O mimetismo, ou seja, a assimilação da cultura do Outro, transforma esses seres naquilo que V. S. Naipaul denominou de ‘homens miméticos’, homens de mentira, que ‘fingiam ser reais, estar aprendendo e preparando-se (...) para a vida’ (NAIPAUL, 1969, 146).

C – Trechos extraídos do texto:

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