Aprendizagem por Interesse

Dewey


Dewey (apud WESTBROOK; TEIXEIRA, 2010) afirma que ninguém chega à escola como uma lousa limpa, na qual os professores podem escrever as lições, o que vem ao encontro das ideias de Ausubel (2003), quanto à importância dos conhecimentos prévios na aprendizagem. Segundo o autor, não há nenhuma diferença na forma como crianças e adultos aprendem, pois “ambos são seres ativos que aprendem mediante o enfrentamento de situações problemáticas que surgem no curso das atividades que merecem seu interesse” (DEWEY apud WESTBROOK; TEIXEIRA, 2010, p.15). Ou seja, ao longo da vida aprende-se de forma relevante o que se considera ser importante e desafiador.

Para aprender mais e melhor, Dewey (1959) destaca que a compreensão de uma situação ou objeto está vinculada à atribuição de significados produzidos pelos estudantes. Ou seja, é fundamental considerar que o estudante somente compreenderá um conceito, quando este estiver envolto em coisas cujos significados lhes foram atribuídos.

Outra relação que está ancorada na Teoria de Dewey (apud WESTBROOK; TEIXEIRA, 2010) é que a aprendizagem só poderá gerar interesse, se apresentada de forma que os estudantes sejam desafiados a resolver situações-problema que exijam conhecimentos teóricos e práticos, na esfera científica, histórica e artística. Ausubel (2003), por sua vez, afirma que aprende-se a partir do que já se sabe.

O que se sugere, portanto, é que os problemas sejam elaborados de forma a despertar a curiosidade e a promover reflexão no estudante, buscando a diferenciação progressiva e a reconciliação integrativa, como sugere Ausubel (2003), ao contrário do que se vê em algumas salas de aula, e que, segundo Dewey (1959), favorece o desenvolvimento de tais hábitos. Desta forma, através da aplicação das UEPS, o professor pode desenvolver um ambiente que estimule a criação de diferentes contextos, por meio dos quais os estudantes sejam envolvidos e compelidos à reflexão.