Esta atividade do portfólio é uma preparação para a etapa seguinte de nosso projeto de ensino. Ela é parte da pesquisa bibliográfica que dará sustentação à escrita colaborativa dos projetos que os diferentes grupos de alunos irão propor ao final do 1º Bimestre e início do 2º Bimestre.
A prática do fichamento constitui um gênero discursivo que não é publicado. Por isso, é mais difícil encontrar exemplos que o realizem. O fichamento é uma técnica de estudo e documentação que antecede e facilita a elaboração de outros gêneros (artigos científicos, relatórios etc.) que seriam publicados.
Brasileiro (2021, p. 155) apresenta e exemplifica três tipos de fichamentos de leitura: 1) Fichamento de citação; 2) Fichamento de conteúdo ou de resumo; 3) Ficha analítica ou de comentário.
É com base nessas definições e exemplos que faremos nosso fichamento. Antes de avançar para os exemplos e dicas (mais adiante nesta mesma página), encontre o artigo científico correspondente ao seu nome na lista de chamada.
Nos quadros abaixo, encontram-se os textos que serão objeto de estudo e fichamento.
As imagens são links que levam ao número da revista que publicou o artigo, ou à página de lançamento do livro.
Os títulos, abaixo das imagens, são links que levam à página da revista que contém o artigo ou ao livro inteiro que contém o capítulo.
Explore os dois links para ver como são publicados os artigos científicos. Uma comparação rápida entre os suportes revista especializada e livro científico também será útil para compreender as diferenças e regularidades entre eles.
Organize-se: sua cópia do PDF e os destaques com cores que você fizer nela são a base para o seu fichamento.
Objetivo: realizar o fichamento de um artigo científico ou de um capítulo de livro
Tipo: Fichamento de citação
Texto fonte: localizar, abaixo nesta página, o artigo científico ou capítulo de livro que você irá estudar e fichar.
Onde: planejar e editar diretamente em seu portfólio (documento Google).
Prazos na Agenda do projeto, SIGAA (Geografia) e cabeçalhos das atividades
Sustentabilidade urbana: dimensões conceituais e instrumentos legais de implementação
Infraestrutura verde para monitorar e minimizar os impactos da poluição atmosférica
Nas listas abaixo, encontre seu nome. À esquerda dele você verá também a sigla correspondente ao seu texto. Assim:
T.1 = Texto 1 • artigo científico • “Sustentabilidade urbana: dimensões conceituais e instrumentos legais de implementação”
T.2 = Texto 2 • artigo científico • “Infraestrutura verde para monitorar e minimizar os impactos da poluição atmosférica”
T.3 = Texto 3 • capítulo de livro • “A relação entre a impermeabilização do solo e o aumento da frequência das inundações nas áreas urbanizadas”
Para iniciarmos nosso contato com este gênero, vamos ler a apresentação que dele faz Brasileiro (2021, p. 154-155):
O fichamento constitui uma das técnicas de documentação do pesquisador. Os registros fichados permitem consulta posterior do autor, sempre que ele precisar escrever sobre o tema. Sem essa técnica, as leituras tendem a ser esquecidas. Assim, todas as vezes que houver necessidade do assunto, o pesquisador se vê obrigado a recorrer ao texto-fonte. Pode ser considerado como fonte para o fichamento tudo aquilo que o autor julgar importante: seminários, grupos de discussão, conferências, artigos, livros e até anotações de aula.
Para alcançar o seu objetivo de acesso rápido aos dados fichados, o autor deve ser organizado ao seccionar as informações, para que elas não se percam. Antes, tais registros eram feitos em fichas pautadas de papel-cartão, hoje, contudo, podem ser feitos em qualquer programa de dados de um computador.
Quanto à função, as fichas podem ser classificadas como catalográficas ou de leitura.
Ficha catalográfica: utilizada em catalogações de bibliotecas, serve para identificar autor e localizar assunto e título. Normalmente, é feita por um bibliotecário.
Ficha de leitura: resulta da leitura de um livro ou texto, facilitando a execução de trabalhos acadêmicos e a assimilação de conteúdos estudados. Este é o nosso maior interesse neste livro.
Conforme você já deve ter percebido, a finalidade desta atividade é produzir um fichamento de leitura. Brasileiro (2021, p. 155-159) apresenta e exemplifica três tipos de fichamento de leitura, que servem a diferentes objetivos: registrar citações, resumir informações ou analisá-las e comentá-las. Veja-os abaixo:
Estudo do artigo ou capítulo: é importante realizar a leitura panorâmica para reconhecer as diferentes partes do texto.
Seleção dos trechos para o fichamento: depende da leitura aprofundada e deve levar em conta alguma expectativa futura quanto às suas contribuições individuais ao seu futuro grupo de trabalho.
Extensão do fichamento: não tem como ser determinada a priori, porque os textos fontes são diferentes entre si. No entanto, ela é um critério importante para sinalizar o trabalho de leitura realizado por cada aluno.
Problemas de ordem gráfica são simples de sanar. Basta usar o comando “Limpar formatação” antes de aplicar os destaques gráficos necessários ao trabalho.
É a transcrição textual, a reprodução fiel dos trechos que se pretende usar na redação do trabalho. Registram-se as passagens que poderão ser utilizadas, posteriormente, como citações diretas. E importante registrar o número das páginas de cada fragmento selecionado, para facilitar o trabalho da redação posterior.
É a síntese das ideias do texto lido. É o registro de um resumo informativo de uma obra ou parte dela, em que o aluno escreve com suas palavras aquilo que leu. Esse tipo de fichamento alimentará as citações indiretas na redação final do trabalho.
É a descrição com comentários dos tópicos abordados em uma obra ou parte dela, cuja elaboração demanda do pesquisador maior domínio do assunto. Pelo fato de ele descrever e analisar as informações encontradas na leitura, esse tipo de fichamento facilita e enriquece a redação final de um trabalho acadêmico, pois já traz a voz do pesquisador em diálogo com os autores citados.
Abra os documentos abaixo e veja como se espera que o seu fichamento completo seja construído e formatado.
Leia os documentos por inteiro. Se não fizer isso, você corre o risco de não enxergar dicas feitas para ajudar em seu trabalho. Alguns dos comentários encontram-se na passagens finais das últimas páginas.
Nestes documentos de exemplo, você encontrará dicas entre parênteses (formatadas nesta cor). Obviamente, as dicas têm finalidade pedagógica e não fazem parte do seu trabalho.
A referência (no singular) do artigo é o conjunto de informações que serve para localizar esse documento. Esse conjunto de informações varia um pouco conforme a natureza do documento referenciado. A NBR 6023.2018 (item “7.7.6 Artigo, seção e/ou matéria de publicação em meio eletrônico”) estabelece que, para artigos científicos, dez elementos são necessários, são considerados essenciais. Nesta ordem:
SOBRENOME, Nome do autor
Título do artigo
Título da revista
Cidade da revista ou a abreviatura [S. l.] entre colchetes, em latim “sine loco” significa “sem local”
Volume
Número
Páginas inicial e final
Data de publicação do artigo
URL
Data de acesso
Com mesma finalidade, a referência a um capítulo de livro é o conjunto de informações que permite localizá-lo. A referência de um capítulo de livro é ligeiramente diferente da referência a um artigo publicado em revista especializada. As instruções encontram-se na NBR 6023.2018, item “7.4 Parte de monografia em meio eletrônico”:
SOBRENOME, Nome do autor
Título do capítulo
In: [preposição latina que significa “em”]
SOBRENOME, Nome do editor ou organizador do livro
Título do livro
Cidade da publicação
Nome da empresa editora responsável pela publicação
Ano de publicação
Páginas inicial e final do capítulo
URL
Data de acesso
BRASILEIRO, Ada Magaly Matias. Como produzir textos acadêmicos e científicos. São Paulo: Contexto, 2021.
BUZAN, Tony. (2006) Mapas mentais. Trad. Paulo Polzonoff Jr. Rio de Janeiro: Sextante, 2009.
BUZAN, Tony. Modern Mind Mapping: For Smarter Thinking. Cardiff: 2013.
CORREIA, Paulo Rogério Miranda; NASCIMENTO, Thalita de Souza; BALLEGO, Raíssa dos Santos; SOARES, Marília; MOON, Brian. Como fazer avaliação diagnóstica dos alunos usando mapas conceituais com erros. Organicom, [S. l.], v. 17, n. 32, p. 118-130, 2020. Disponível em: https://doi.org/10.11606/issn.2238-2593.organicom.17.170935. Acesso em: 22 mar. 2022.
NOVAK, Joseph D.; CAÑAS, Alberto J. A teoria subjacente aos mapas conceituais e como elaborá-los e usá-los. Práxis Educativa, Ponta Grossa, v.5, n.1, p. 9-29 , jan.-jun. 2010. Disponível em: https://doi.org/10.5212/PraxEduc.v.5i1.009029. Acesso em: 22 mar. 2022.
NOVAK, Joseph D. Learning, creating and using knowledge: concept maps as facilitative tools in schools and corporations. New York: Routledge, 2010.