Nossa História

O Núcleo de Didática da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Uberlândia, na pessoa da Profª Drª Camila Lima Coimbra, criou em 2016 uma disciplina optativa para os cursos de licenciatura denominada Princípios Éticos Freireanos. Desde então somos provocados/as a criar outras possibilidades de encontros e vivências em uma perspectiva freireana para a continuidade dessas práxis educativas. A criação do Circulo de Estudos e Pesquisas Freireanos (CEPF) parte desses encontros, dessas vontades pessoais pela transgressão, que encontram no coletivo a potência vivificante de existência.

Inaugurado em 19 de setembro de 2020 - dia que carrega grande simbolismo, pois é o dia do aniversário de Freire - o CEPF caminha rumo ao centenário de nascimento de Paulo Freire, em 2021, para recordar e manter vivo o legado do professor Paulo Freire, nosso patrono da educação nacional.

Quem somos

O CEPF visa ações de ensino, pesquisa e extensão, dimensões da Universidade, com o objetivo de criar, transgredir, propor, denunciar, anunciar, registrar, aprender o quefazer docente a partir de uma perspectiva freireana em que possamos abrigar espaços, pessoas e tempos institucionais para a construção dos saberes necessários à práxis educativa.

Nossos Princípios

A educação como uma ação política e o sonho como atitude para educandos/as e educadores/as.

Educação significa respeito. Implica respeito. Respeito pelo outro, com o outro. Esse outro não é um ser abstrato, mas o sujeito concreto que vive, sofre, ama e se move no compromisso com a transformação social.

Democracia e liberdade são condições indispensáveis para a leitura de mundo freireana. Uma sociedade democrática implica, necessariamente, em uma sociedade de direitos, de humanização, de compreensão do sujeito e do outro, implica no diálogo, condição para a relação entre os sujeitos fazedores de história.

A liberdade de expressão, o compromisso democrático de uma formação cidadã para e na construção de uma sociedade justa, democrática, inclusiva e solidária.

O diálogo com respeito às diferenças de ideias e posições, quanto a necessidade humana de comunicação social. A relação pedagógica entre educador/a e educando/a mediatizada pelo diálogo, possibilita a criação de vínculos cognitivos e afetivos, importantes no processo de ensinagem.

Diminuir a distância entre o que dizemos e o que fazemos, ou seja, “ensinar exige a corporeificação das palavras pelo exemplo” (FREIRE, 1996, p. 38). Este fundamento serve de âncora a ideia de práxis.

Pensar em educação, desse modo, significa estabelecer como parâmetros ou indicadores: o pressuposto político da educação (A favor de quem? Contra quem?), a ética das relações (Como? Quais valores?), a democracia (Com quem?) e o diálogo (Para que?). Para a compreensão desses princípios ou como denominamos agora de parâmetros para pensar a educação e a formação de professores/as, torna-se essencial compreender o movimento em que gravitam. São complementares, indissociáveis, articulados, gravitam e circulam em torno do espiral: o direito a educação para todos e todas.

Como agimos?

A metodologia de trabalho do CEPF, ancorada nestes princípios, terá como organização dimensional alguns parâmetros. A Identidade cultural em que estão concentradas as ações que discutem as identidades docentes. Como nos constituímos como pessoas e profissionais? A leitura de mundo, com a finalidade de ampliar a nossa leitura da palavra, atravessada pela realidade. A problematização, como espaço educativo que implica conflito, esperança, transformação. Surge no encontro das identidades e a realidade. Neste encontro, construímos as Autonomias, registramos um “jeito de pensar” construído nesse encontro entre as Identidades e as leituras de mundo. O que fazemos após o conflito, mediatizado pelo diálogo, na realidade? Quais pensamentos construímos? Registros do “Jeito de Pensar Docente”, uma ideia em que estas reflexões sejam sistematizadas e possam ajudar nas nossas práxis. Compartilhar com o outro, dividir, é uma forma de viabilizar o encontro.

Nossos encontros

Compartilhando nossas vivências, esperanças, leituras, construindo juntos/as as errâncias, os caminhos a serem percorridos. Nestes tempos tão sombrios, uma pista anunciada em Freire é o gosto pelas práticas democráticas. Democracia e liberdade são condições para a leitura de mundo freireana. Uma sociedade democrática implica, necessariamente, em uma sociedade de direitos, de humanização, de compreensão do sujeito e do outro, condição para a relação entre os sujeitos fazedores de história.