Apresentações

*Esta lista inclui apenas apresentações disponíveis online.

English

Naturalized language: The intertwining between action and verbal language in linguistic enactivism.

Linguistic Enactivism proposes an understanding of language as an interactive and creative social practice based on our history of habits and social interactions onto and phylogenetically. In this paradigm, actions are meaningful for agents (living organisms) due to their biological precariousness and their impetus for self-preservation and maintenance, by means of the dynamics of their couplings with the environment and interactions with others. To investigate verbal language, we commonly choose to study established regular structures that can be detached from the agents' experiences and actions. According to Linguistic Enactivism, linguistic creation and sedimentation processes, that is, the way people understand each other and act in the world - participatory sense-making - are the basis of symbolic meaning. In this presentation, I will suggest - based on improvisation practices and notions of cognitive archaeology - that (1) performance studies and the evolution of sign using can contribute to our understanding of verbal meaning practices, and (2) that action and meaning are inextricably intertwined.

Tradução simultânea

Mesa redonda Corpos Linguísticos


A pesquisa em improvisação e a teoria enativista da cognição podem se beneficiar mutuamente de um diálogo. O foco deste encontro foi a reflexão sobre como o enativismo e seus conceitos centrais podem contribuir para a reflexão sobre a improvisação. A prática improvisacional também pode contribuir para o desenvolvimento da teoria dialética enativista linguística, como a dialética entre espontaneidade e sedimentação, atos parciais e atos sociais, atos regulatórios e regulados, produção e interpretação de ações significativas, coordenação e descoordenação de ações. e movimentos, atos complementares e conflitantes, entre outros. Neste diálogo, exploramos maneiras pelas quais cada campo pode contribuir para o outro.



Significado En-ação

Nesta mesa redonda faço uma distinção entre os compromissos metodológico e ontológico da semântica baseada em signos. O metodológico é a análise de corpora e o ontológico é o postulado do conteúdo mental. Ao adotar uma perspectiva enativista linguística proponho que o aspecto metodológico possa ser compatível com uma perspectiva enativista que se baseia na noção de sentido estável em ação. Apresento uma concepção de significado como uma prática de quatro níveis e argumento que a semântica baseada em signos não precisa depender do conteúdo mental se levar em conta a concepção de engajamento material significativo na arqueologia cognitiva e seu desenvolvimento no uso de signos como uma capacidade enativa.

A Relevância da análise de processos de criação de sentido participativo em contextos de improvisação.

A teoria enativista linguística propõe uma compreensão da linguagem como séries de hábitos que se sedimentam no decorrer da vida tanto em função das nossas constituições orgânicas quanto em função das nossas práticas sociais. Ações são significativas para quaisquer organismos vivos devido à nossa precariedade biológica e ímpetos de preservação e inclusão em dinâmicas de interação, seja se seres sociais ou não. Os sentidos que ações possuem ou adquirem são relativos tanto ao contexto de identificação quanto aos históricos dos organismos e das interações entre organismos e com sistemas não vivos. Para investigar a linguagem, comumente optamos por investigar estruturas regulares específicas já sedimentadas que podem ser destacadas das experiências e ações dos agentes. No entanto, a partir de uma perspectiva enativista linguística, aspectos dialéticos da nossa existência linguística podem e devem ser investigados em seus processos de criação e sedimentação. Por essa razão, sugiro que identificação de processos dialéticos em contextos de criação e sedimentação significativa não verbais, como a improvisação situada composicional em dança, pode propiciar o desenvolvimento de elementos do modelo dialético enativista linguístico, tais como as dialéticas entre espontaneidade e sedimentação, atos parciais e atos sociais, atos regulatórios e regulados, produção e interpretação de ações significativas, coordenação e descoordenação de ações e movimentos, atos complementares e conflitantes, dentre outros. Nessa apresentação falo dos primeiros passos dessa compreensão de processos de criação de sentido participativo em contextos de improvisação composicional situada em dança.

Pensando as relações de gênero a partir do Enativismo Linguístico




Nessa mesa redonda, trago para refletirmos em nosso contexto de atuação feminina na filosofia os tipos de microagressões classificados por Derald Sue, em sua teoria sobre opressões cotidianas sofridas por grupos desfavorecidos. Estes são os primeiros passos para uma pesquisa mais aprofundada envolvendo a concepção enativista linguística sobre a cognição humana e as emoções no contexto de epistemologias feministas.

Linguistic Enactivism: the theory and its scope


Nesta palestra, apresentei os principais pontos do enativismo linguístico e questionei como a teoria pode influenciar novos desenvolvimentos na pesquisa sobre a linguagem. Para fazer isso, recorri a uma reflexão sobre o que uma compreensão da linguagem precisa para fornecer uma descrição completa da linguagem corporificada e contrapus essa perspectiva com a proposta enativista linguística. Em seguida sugeri algumas razões para considerarmos a viabilidade de investigações empíricas em composição situada na improvisação em dança para o investigações sobre o funcionamento da linguagem.


Enativismo Linguístico, filosofia da linguagem e agenda empírica


O enativismo linguístico, como chamo, é a versão do enativismo que desenvolve a teoria dos corpos linguísticos. Esta teoria está explicitada no livro Linguistic Bodies: The continuity between Life and Language (2018) MIT Press e sintetizada nesta resenha. Essa pesquisa tem como objetivo envestigar novos desenvolvimentos na filosofia da linguagem segundo este paradigma, bem como o de apontar para as possíveis influências que essa teoria pode exercer nas investigações empíricas sobre a cognição humana.


Dialética no Enativismo Linguístico


A teoria dos corpos linguísticos tem como ponto central em uma noção fundamental que atravessa toda a teoria: o conceito de dialética. Os três níveis de corporeidade interagem dialeticamente (isto é: situações dialéticas ocorrem nos três níveis de cognição e entre elas) e situações dialéticas também estão em cada etapa do modelo em direção à realização do fazer-sentido participativo, pois cada uma dessas etapas é a resultado de uma interação entre tensões que as antecipam logicamente. Eu proponho que o leitor pode identificar três aspectos sob os quais podemos entender a noção de dialética: o aspecto metodológico, o ontológico e o próprio modelo dialético; em seguida, sugiro que o aspecto ontológico pode ser consideração como aspecto epistemológico, pois isso é consistente com a concepção de concretude da teoria, como um objetivo constante de considerar os elementos imersos na totalidade de suas relações.

Enativismo e Improvisação


Descrição: Essa pesquisa colaborativa, coordenada pela Profa. Ivani Santana - UFBA/CNPq e desenvolvida com demais integrantes do Coletivo MI - Mulheres da Improvisação envolve pesquisadoras da filosofia, da música, dança e tecnologias audiovisuais, para explorar novas formas de investigar modelos cognitivos. A pesquisa em processos artísticos com mediação tecnológica é um terreno fértil para o desenvolvimento de teorias da cognição, pois estas podem se beneficiar imensamente de experimentos (e da experiência artística) no campo das artes. Segundo o enativismo, teoria na qual me debruço mais diretamente, o corpo é compreendido como constitutivo da cognição humana, assim como o ambiente que ele habita. Desse modo, a performance, a improvisação, o movimento e a dança, atividades que tem como foco o próprio corpo e o ambiente, parecem fundamentais para a pesquisa em cognição situada.

Teorias radicais da cognição


As versões radicais de teorias contemporâneas da cognição, a saber, cognição corporificada e cognição enativa, abdicam das idéias de que cognição envolve conteúdo (e.g. Myin & Hutto, 2013) e de que a mente opera com eles (Chemero 2013). A teoria radical da cognição corporificada sustenta que a cognição é um sistema dinâmico, isto é, um sistema em que os elementos mudam no tempo, e que esse sistema se auto regula. Neste texto eu pretendo apresentar ambas as teorias, apontando para diferenças e pontos em comum entre elas e discutir o papel que sistemas dinâmicos ocupam nessas visões radicais. Para este fim, devo apresentar uma perspectiva influenciada por Wittgenstein defendendo que percepções ilusórias, que são o ponto central no problema do conteúdo das nossas percepções, apenas o são porque temos critérios de correção independentes. Esta perspectiva pretende recorrer à noção de cognição como um jogo dinâmico e auto-regulado, em que as regras se apresentam conforme o jogo: "as we go along" (PI 83), desde que possamos eleger pontos de referência para determinar o próximo passo.


Sobre os fundamentos filosóficos da memória episódica como consciência de eventos passados


A viagem no tempo mental (MTT) é um rótulo inovador em Filosofia. A noção foi estabelecida pelo psicólogo experimental e neurocientista cognitivo Endel Tulving na década de 1980 e refere-se à capacidade de estar ciente de eventos subjetivos passados ​​e futuros. A visão de Tulving sobre memória e consciência fornece uma importante distinção conceitual fundada em dados observados experimentalmente. Nesse artigo, discuto (1) seu conceito de memória episódica como consciência, baseada na distinção de percepção e sensação de Peter Hacker, bem como em sua concepção de memória, e (2) se a memória pode ser tomada como uma percepção subjetiva do próprio corpo, que , portanto, desafia a concepção de memória como informação armazenada no cérebro e a ideia de que de alguma forma poderíamos perceber nossas memórias. O principal enigma é: se a consciência é um estado consciente que envolve a percepção verídica dos estados/ eventos internos ou externos presentes, como podemos conceber a consciência dos eventos passados ​​e futuros? Esta discussão visa contribuir para a concepção de MTT de Tulving, esclarecendo os fundamentos conceituais sobre os quais podemos entender a memória.