Historia de Coimbra

História de Coimbra compreende uma série de conhecimentos da História de Portugal que são referentes à cidade de Coimbra, desde o domínio do Império Romano até hoje. A cidade foi o berço de nascimento de seis reis de Portugal e da Primeira Dinastia, sendo também sítio do panteão régio, além de abrigar a Universidade de Coimbra, primeira universidade do país e uma das mais antigas da Europa. Atualmente, recebe estrangeiros de todo o mundo que vão à cidade a turismo ou a estudo. 

O ano em que Coimbra passou a ser habitada ainda é impreciso. Conhecida por Emínio (Aeminium, em latim) pelos povos pré-romanos, a região preservou seu nome mesmo após a ocupação do Império Romano a partir do século II a.C. A cidade romana foi erigida no topo de uma colina, à margem direita do Rio Mondego, onde também foi construído o Fórum de Emínio (atual Museu Nacional Machado de Castro). Ao pé do morro, uma estrada servia de travessia para carroças de passageiros que vinham de Olisipo (Lisboa) com destino a Bracara (Braga), tornando Emínio uma estação de paragem e de muda de cavalos.

Em 409, os povos germânicos penetraram o território da Hispânia, de modo que em 411 o Império Romano firmou um pacto com os suevos, para ocuparem a faixa ocidental da província de Galécia — e escolhendo Bracara como sua capital —, enquanto que os alanos se estabeleceram nas províncias da Lusitânia e Cartaginense. Em 585, o reino dos suevos cai em função dos ataques dos visigodos, que alteram a diocese de Conímbriga para Emínio, demonstrando assim a importância que esta cidade possuía.

Quase 130 anos após a conquista visigótica, os muçulmanos, liderados por Abdalazize ibne Muça, ocupam territórios da Lusitânia em 714. A cidade torna-se, então, um importante entreposto comercial entre o norte cristão e o sul mouro, com uma forte presença da comunidade moçárabe em seu território. Era conhecida pelos muçulmanos por Qulumbriya, e foi durante o seu domínio que foi erigido um alcácer no formato "quadrilátero quase regular, com cerca de 80m de lado, provido de torres circulares", onde os governantes administravam a cidade. As bases desse alcácer permanecem até hoje e constituem o Paço das Escolas e a Porta Férrea da Universidade de Coimbra.