Coleção de análises políticas, opiniões e curiosidades
A culpa é do Facebook?
Será que o Facebook é responsável, e em qual grau, pelo desgaste democrático que temos testemunhado nos últimos anos, especialmente pela radicalização ideológica e sua tendência autoritária?
Leia o texto completo aqui.
Porque o uso da cloroquina no tratamento da COVID é um falso dilema
Este texto foi publicado originalmente no meu perfil do Facebook em 20 de maio de 2020, pouco mais de dois meses após ter sido declarada, pela OMS, uma pandemia mundial de COVID-19. Na ocasião, já havia vários estudos cujos resultados não indicavam qualquer eficácia do uso da cloroquina/hidroxicloroquina como tratamento da doença. A fabricação de uma vacina capaz de proteger contra o vírus ainda estava distante no horizonte. As incertezas sobre o tempo que isso poderia levar, se é que algum dia uma vacina seria criada (até hoje não existe vacina para o vírus da AIDS), ou se seria desenvolvido algum tratamento eficaz, eram gigantescas.
Naquele contexto, considerando o medo e a desesperança causados pela ausência de uma solução para um problema cuja dimensão e consequências econômicas, sociais e humanitárias ainda eram desconhecidas, é compreensível o apelo de propostas como o tratamento com drogas que, em algum momento, sinalizaram a possibilidade de serem promissores.
Hoje (01/10/2021), quase um ano e meio depois, vacinas já estão disponíveis em diversos países do mundo há quase um ano, incluindo no Brasil, onde, embora a campanha de vacinação tenha começado com atraso, já alcançou mais de 70% dos brasileiros (com a primeira dose). Sua eficácia (de todas as vacinas), seja na diminuição do potencial de infeção, mas, sobretudo, na virtual eliminação do risco de morte é bem documentada por estudos e as estatísticas não deixam dúvida: as vacinações estão permitindo ensaiar um retorno a normalidade pré-pandêmica. Por isso, é assustador que este texto, publicado em maio de 2020, continue atual. No Brasil, as drogas comprovadamente sem eficácia alguma (pois não se trata mais de drogas experimentais que ainda não demonstraram eficácia, mas cuja eventual eficácia ainda consista em uma esperança), entre as quais a própria cloroquina, continuam sendo francamente defendidas por lideranças governamentais, incluindo o próprio presidente da república e seus filhos que, também, ocupam cargos públicos importantes. Ao mesmo tempo, contra todos os fatos, são colocadas em dúvida a eficácia e a segurança das vacinas. Parece não restar dúvida que a sabotagem do combate à pandemia perpetrado pelo governo federal foi e continua sendo um projeto político consciente. Infelizmente, o texto continua sendo atual e necessário.
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The Americans e as fake news
Texto publicado original em 17 de abril de 2020, no Facebook (Link)
Em um episódio da série The Americans, o agente do FBI, Stan Beeman, ao responder como conseguiu se infiltrar em um grupo de supremacistas brancos respondeu que dizia o que eles queriam ouvir: “people love to hear they’re right” (“as pessoas adoram ouvir que estão certas”).
Acho que isso diz muito sobre nossa sociedade hoje e porque as fake news funcionam tão bem. Em geral não queremos desafiar nossas crenças. Queremos algo que as reforce, não importa se é verdade. Por isso, esta luta contra a mentira é tão contraproducente.
A única saída é não nos deixarmos cair nos extremos.
Bernie Sanders e o direito à Saúde
Este pequeno post originalmente foi publicado no Facebook, em 9 de abril de 2020, quando eram realizadas as prévias democratas para as eleições presidenciais daquele ano. Nele discuto brevemente algumas ideias da plataforma eleitoral do candidato Bernie Sanders (que apesar de um início muito promissor nas prévias acabou sendo derrotado por Joe Biden, hoje presidente eleito dos EUA), o direito à saúde (EUA são uma das poucas democracias desenvolvidas que não contam com nenhum tipo de sistema público de saúde) e a relação entre direitos sociais e direitos liberais.
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Afinal, o que é ciência?
Publiquei originalmente este texto em 3 de abril de 2020. Nele explico de forma didática o que é a ciência e sua vantagem sobre outras formas de conhecimento. É também uma defesa da validade da ciência enquanto promotora do nosso direito de desconfiar de tudo e um aviso sobre o perigo daqueles que atacam a ciência porque a temem, porque ela os desmascara. Ironicamente, um lema admirado pelos negacionistas que tomaram de assalto nosso governo, que atacam a prática científica de todas as formas possíveis é “conheceis a verdade e a verdade os libertará” (João 8:32). Neste texto eu mostro porque essas pessoas querem muitas coisas, mas nunca a verdade.
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