Após junho de 2018
2014-18 (Vice-Reitor da U.Porto)
2010-2013 (Vogal da Comissão Executiva da FEUP)
Até 2010
As atividades do autor na vertente da gestão universitária são aqui divididas em quatro períodos principais, de acordo com a data em que foram iniciadas -- o primeiro a preceder o seu mandato como vogal da Comissão Executiva da FEUP (anterior a 2010), o segundo durante o período em que desempenhou estas funções (entre 2010 e 2013), o terceiro referente ao mandato como Vice-Reitor da Universidade do Porto (entre 2014 e 2018) e o quarto referente aos dois últimos anos, em que retomou a atividade na University of South-Eastern Norway.
No que respeita à atividade de gestão universitária em Portugal, a lista a seguir apresentada elenca 21 iniciativas que o autor considera mais representativas. Outras iniciativas consideradas de menor impacto, ou que não chegaram a ser concluídas, foram também realizadas e podem ser consultados nos seguintes documentos:
O breve relatório de atividade e pontos pendentes, preparado pelo autor em junho de 2018, aquando da transição para a equipa reitoral seguinte
Uma apresentação que sumaria as principais ações concluídas e em curso no âmbito da sua vice-reitoria, preparada para um encontro da equipa reitoral em março de 2018
A última versão de um documento usado na sua vice-reitoria para a monitorização das ações em curso na área da gestão de informação
A última versão de um documento usado na sua vice-reitoria para a monitorização das ações em curso na área da qualidade e melhoria contínua
As responsabilidades de gestão universitária que ocupa na University of South-Eastern Norway compreendem duas atividades principais:
Foi o Diretor do novo curso de mestrado em Computer Science nos anos letivos de 2020/21 e 2021/22, criado com base num modelo com algumas características inovadoras – por recorrer à lecionação sequencial das três unidades curriculares de 10 ECTS que integram cada semestre, funcionando cada uma ao longo de seis semanas, compreendendo uma primeira semana de trabalho autónomo dos estudantes (“reading week”), a que se seguem uma semana de aulas intensivas (“lectures’ week”), três semanas de projeto, que vale 50% da nota final (“project assignment weeks”), e uma semana final de avaliação por exame escrito (“assessment week”); por usar a plataforma de e-learning Canvas para disponibilizar os conteúdos pedagógicos, de modo a permitir a participação dos estudantes independentemente do local onde se encontrem; e por integrar uma parceria com a indústria, contando já com a adesão de mais de 30 empresas, maioritariamente do núcleo tecnológico da região, que lhes permite contratar um estudante durante o período de formação, suportando metade do salário e dispensando-o metade do tempo para participar nas atividades letivas. Este ciclo de mestrado combina a frequência regular, aberta a estudantes a tempo inteiro, com a frequência, num período mais alargado, dos estudantes patrocinados pelas empresas (que frequentam apenas uma ou duas unidades curriculares por semestre).
Foi o coordenador de um grupo de investigação com sete elementos, intitulado Cyber-Physical and Smart Systems, sediado no campus de Kongsberg, entre 2019 e 2022 (na sequência da sua saída, o grupo passará a intitular-se “Computer Science”).
Antes de passar à apresentação das medidas selecionadas, convém esclarecer o sentido da expressão “Foi responsável por…” – tal como sucede na participação ou coordenação de projetos científicos, também na vertente da gestão universitária está implícito o entendimento de que as entradas referidas dizem respeito a um trabalho de equipa (não apenas individual). Apesar disso, todas as iniciativas a seguir apresentadas resultaram de decisões tomadas pelo autor no livre exercício das funções executivas que lhe estavam atribuídas e todas elas contaram com a sua participação ativa na definição de objetivos, no desenho e prossecução das medidas e ações necessárias para assegurar o respetivo apoio financeiro e político, e ainda no regular e ativo acompanhamento dos trabalhos de campo que levaram à sua conclusão com sucesso.
Durante este período o autor destaca como entradas principais a criação da UP Digital (#11) e o lançamento da plataforma de formação online AcademiaUP (#19), pela importância estratégica que representam para a eficiência do trabalho realizado e para a transformação digital da oferta formativa, e a certificação pela A3ES do sistema interno de garantia de qualidade da U.Porto (#20), pela importância que representa para a simplificação dos processos de avaliação institucional e de ciclos de estudos.
21. Foi o responsável pela ligação do polo de Vairão à rede de fibra ótica da U.Porto, anunciada em fevereiro de 2018, concretizando um projeto que era uma reivindicação antiga da FCUP e do ICBAS, bem como do grupo de investigação CIBIO (que, só por si, reunia mais de 200 pessoas nas instalações de Vairão). É de notar que a falta de concretização deste projeto, até essa data, não se devia propriamente a dificuldades de ordem técnica, mas antes de ordem burocrática e financeira, quer pelo facto de o traçado do percurso da fibra ótica atravessar terrenos que eram propriedade de terceiros, por vezes de identificação problemática, quer ainda porque nunca tinha havido acordo sobre a partilha de custos entre as várias entidades constitutivas da U.Porto. A presença do Vice-Reitor com a tutela tecnológica, no Conselho de Administração da Associação Porto Digital (que teve uma intervenção importante no plano técnico), e a resiliência indispensável para fazer avançar o novo projeto por si lançado em 2016, permitiram enfim pôr termo aos recorrentes problemas de fiabilidade e de largura de banda, que havia muitos anos afetavam o trabalho de todos os que desempenhavam funções naquele polo.
20. Foi o responsável pelo processo de auditoria ao sistema interno de garantia da qualidade (ASIGQ) submetido pela U.Porto à A3ES em março de 2017. O relatório da Comissão de Avaliação Externa, recebido em outubro desse mesmo ano, atribuiu à U.Porto o melhor resultado até então obtido pelas IES portuguesas – quatro áreas com “Muito avançado” e nove com “Substancial”, o que constitui um resultado notável, considerando que nenhuma outra IES tinha até então conseguido mais do que duas classificações de “Muito avançado”. Em resultado desta auditoria, o SIGQ da U.Porto foi certificado sem condições por um período de seis anos. O trabalho implicado por este processo pode ser avaliado pela visita ao site de apoio por si criado para este efeito, tendo a metodologia seguida sido alvo de interesse particular por parte da Comissão de Avaliação Externa, que solicitou explicitamente a inclusão de uma apresentação sua a este respeito, na reunião com a equipa responsável pela autoavaliação.
19. Foi o responsável pelo lançamento do “AcademiaUP”, o portal de educação a distância da U.Porto, criado e mantido pela equipa das Tecnologias Educativas na UP Digital, constituindo um segundo servidor Moodle destinado a suportar a formação online não conferente de grau, que começou a funcionar com cursos piloto em abril de 2017. Esta iniciativa revelou-se particularmente importante, atendendo a que, até ao lançamento desta plataforma, a falta de uma solução institucional a nível central levava à duplicação de esforços e ao desenvolvimento de soluções sem coerência em termos de imagem institucional, com diferentes garantias de robustez e desempenho tecnológico (sendo de referir, no entanto, que algumas faculdades possuíam já um volume assinalável de oferta formativa online, como era o caso da Faculdade de Medicina). A 16.03.2018, cerca de um ano após o seu lançamento em fase piloto, o AcademiaUP contava já com 1.825 utilizadores e oferecia diversos cursos produzidos por seis das 14 faculdades da U.Porto: FMUP, FLUP, FCNAUP, FEUP, ICBAS e FMDUP – tendo o número de utilizadores, à data da revisão destas linhas (15.07.2022), atingido o número de 10.780. Considerando a importância cada vez maior da componente online da oferta formativa das instituições de ensino superior, esta iniciativa permitiu à U.Porto passar a dispor de um instrumento de relevância estratégica, com grande potencial na geração de receitas próprias por via da formação, mas que se mantém ainda subaproveitado, dada a inexistência de uma estratégia institucional para a educação a distância. Porventura mais importante, permitiu adquirir um capital de conhecimento e experiência que representa uma grande mais valia institucional para lidar com os novos cenários de ensino e aprendizagem.
18. Foi o responsável pelo lançamento de um novo módulo SIGARRA para efetuar a geração automática de relatórios dos primeiros ciclos, segundos ciclos e mestrados integrados (cuja primeira versão foi colocada em produção em janeiro de 2017), em concordância com o procedimento definido para a monitorização e garantia de qualidade destes CE. Apesar de não abranger então os terceiros ciclos, este módulo introduziu pela primeira vez um mecanismo de acompanhamento regular dos indicadores da formação conferente de grau, integrado no SIGQ da U.Porto, incluindo explicitamente todos os atores envolvidos, desde os responsáveis de UC e diretores de CE até aos diretores de faculdade, solicitando-lhes uma intervenção calendarizada, com o progresso entre as várias etapas programado no SIGARRA, de modo a permitir ao serviço central de melhoria contínua apresentar, em julho de cada ano, um relatório para reflexão e subsequente ação nos órgãos competentes da U.Porto. Apesar da necessidade de aperfeiçoamento e de não ter chegado a abranger os terceiros ciclos, cujo modelo, aquando do término do mandato, se encontrava em análise no Grupo Dinamizador da Qualidade e Melhoria Contínua (por si criado em 2016), este módulo e o correspondente procedimento de monitorização foram amplamente elogiados pela Comissão de Avaliação Externa que visitou a U.Porto no âmbito do processo ASIGQ e contribuiu de forma importante para o sucesso registado nessa iniciativa.
17. Foi o responsável pela revisão do Manual do Sistema de Gestão da Qualidade da U.Porto, cuja primeira versão tinha sido lançada em 2012 pelo então Pró-Reitor Professor Sarsfield Cabral. A revisão das European Standards and Guidelines for Quality Assurance in the European Higher Education Area, em maio de 2015, introduziu um conjunto de alterações que obrigaram a rever o manual que definia os correspondentes procedimentos na U.Porto, conduzindo a uma versão intermédia, que em 2016 deu lugar à versão final, onde se segue a terminologia adotada nos referenciais entretanto publicados pela A3ES. Para além de permitir a atualização de um dos pilares do SIGQ da U.Porto (sem a qual não teria sido possível o sucesso obtido no processo ASIGQ), a revisão do manual do sistema de qualidade teve um impacto importante na atualização de procedimentos internos de diversos serviços centrais e dos conteúdos por que eram responsáveis em vários módulos do SIGARRA.
16. Na sequência de discussões mantidas com a Google no início de 2017, lançou na U.Porto o programa dos “ateliers digitais”, uma iniciativa de formação mista (presencial e online) criada e oferecida pela empresa com o objetivo de aumentar a literacia dos estudantes na área do marketing digital (às IES participantes era apenas pedida a cedência gratuita do espaço para as sessões presenciais). A operacionalização deste programa permitiu realizar três edições do curso ainda em 2017 (duas no polo da Asprela e uma no polo do Campo Alegre), contando com a inscrição de 698 estudantes, dos quais 627 obtiveram a certificação passada pela empresa. No total, considerando as edições de 2017 e as que tiveram lugar na parte final do seu mandato, durante o primeiro semestre de 2018, cerca de um milhar de estudantes beneficiaram deste programa na U.Porto durante o seu mandato como vice-reitor.
15. Na sequência das discussões mantidas com o Conselho Consultivo para os Conteúdos Eletrónicos (CCCE) da U.Porto, coordenado pelo Professor José Luís Santos, então Subdiretor da FCUP, lançou o projeto Quimera, tendo por objetivo criar um catálogo único das bibliotecas da universidade. À data da sua tomada de posse como Vice-Reitor existiam na U.Porto quatro contratos com a empresa Ex-Libris, todos com o mesmo fim – permitir o acesso à plataforma Aleph (um contrato mantido pela FEUP, outro pela FEP, outro pela FLUP e outro pela Reitoria, sendo este último o que permitia o acesso às restantes 11 faculdades). Acresce-se que as 20+ bibliotecas do universo da U.Porto (às bibliotecas das faculdades acrescem-se outras de menor dimensão, como a do Instituto de Saúde Pública, a do Fundo Antigo, etc.) dispunham de catálogos separados, o que tornava particularmente ineficiente o processo de pesquisa. Apesar do nome escolhido pela equipa, a traduzir as dificuldades que foi necessário ultrapassar, é de assinalar que em setembro de 2016 (19 meses após o seu lançamento), o projeto foi concluído com êxito, facilitando grandemente a realização de pesquisas, com maior economia e racionalização dos custos associados ao uso da plataforma (que passaram a ser partilhados entre as entidades responsáveis pelas várias bibliotecas, de acordo com a dimensão do acervo e o número de consultas).
14. Foi responsável pelo lançamento do programa Office 365 na U.Porto (permitindo a criação gratuita de uma conta institucional Microsoft Office 365 a partir de uma opção existente na página pessoal do SIGARRA), criado na sequência do êxito do programa equivalente também por si lançado relativamente às ferramentas da Google (adiante referido). Anunciado no início de março de 2016, o êxito deste programa veio a exceder o da Google, uma vez que no final do mandato tinham já sido criadas 22.548 contas (20.970 das quais por estudantes).
13. A promoção do desenvolvimento e lançamento dos primeiros MOOCs (Massive Open Online Courses) da U.Porto esteve entre as medidas que mereceram a atenção do autor logo após a sua tomada de posse como Vice-Reitor, em concordância com o que já defendia publicamente na parte final do seu mandato como Vice-Presidente do Conselho Pedagógico da FEUP (e.g., a comunicação “A Era pós-Moodle: Metodologias e desafios na utilização das TIC na Educação”, apresentada em janeiro de 2013 na Workshop Anual de Inovação e Partilha Pedagógica da U.Porto). A importância desta iniciativa poderá aferir-se se considerarmos que o jornal The New York Times tinha designado 2012 como “The Year of the MOOC”, pelo que a U.Porto dispunha ainda de uma janela de oportunidade para se posicionar entre as primeiras IES portuguesas a oferecer cursos deste tipo. O apoio que a Unidade das Tecnologias Educativas (pertencente à então recém-criada UP Digital) passou a dar a todos os docentes interessados em investir nesta área permitiu que, em julho de 2015, fosse anunciado o primeiro MOOC da U.Porto: “As Alterações Climáticas e os Média Escolares”, na área das Ciências (FCUP). Nas duas edições oferecidas nesse ano, este curso registou 1.051 inscrições, tendo iniciado o trabalho 765 participantes, dos quais 426 concluíram a sua formação. O segundo MOOC, na área das Ciências da Alimentação e da Nutrição (FCNAUP), chamou-se “Coma melhor, poupe mais” e foi lançado em junho de 2016, tendo em pouco tempo registado três edições que totalizaram 9.540 inscrições, das quais 4.744 participantes iniciaram efetivamente o curso e 1.848 concluíram a formação.
12. Foi responsável pelo lançamento do programa Google for Education na U.Porto, a exemplo de idêntico programa por si criado dois anos e meio antes, como Vice-Presidente do Conselho Pedagógico da FEUP. O lançamento deste serviço teve lugar em novembro de 2015, permitindo a todos os elementos da comunidade U.Porto a criação de uma conta Google institucional, tendo o novo serviço sido divulgado nas Notícias da Universidade no início de dezembro. Este programa revelou-se particularmente importante como oportunidade para aumentar a literacia tecnológica e a eficiência do trabalho colaborativo online, podendo aferir-se o seu sucesso através da adesão suscitada, já que, até ao final do seu mandato, tinham sido criadas 11.633 contas, 9.895 das quais por estudantes (ao contrário do que sucedeu anteriormente na FEUP, a criação de cada conta não era automática, sendo antes feita através de uma opção que passou a estar disponível na página pessoal do SIGARRA).
11. A criação da UP Digital foi a primeira das ações de maior envergadura que lançou e coordenou como Vice-Reitor responsável pela Gestão de Informação, Tecnologias Educativas, Qualidade e Melhoria Contínua. À data de início do seu mandato a Reitoria suportava os custos de quatro grupos que desempenhavam funções nesta área – o grupo das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), que era o maior, com pouco mais de 100 pessoas, na tutela do Diretor dos Serviços Partilhados da U.Porto; o Departamento para a Universidade Digital (DUD), na tutela da Pró-Reitora para a Universidade Digital (segundo maior grupo), que assegurava os serviços de gestão de informação, o e-learning baseado no servidor Moodle, e a Consultoria e Suporte no projeto SIGARRA; o terceiro grupo, igualmente na tutela da mesma Pró-Reitora, que assegurava o serviço de Desenvolvimento e Inovação para o SIGARRA e estava sediado na FEUP, embora os seus custos de pessoal fossem suportados pela Reitoria; por fim, o quarto grupo, que era o de menor dimensão, assegurava o serviço da Biblioteca Virtual e encontrava-se até 2014 na tutela do Vice-Reitor para a Investigação. Estes quatro grupos, com algumas dificuldades de coordenação, dada a distribuição por diferentes tutelas, compreendiam no início do mandato um total de 153 pessoas. A aprovação do modelo de reestruturação desta área, depois de amplamente discutido, tanto interna (com os trabalhadores envolvidos) como externamente (com os Diretores das Faculdades, Comissão de Trabalhadores da U.Porto e outras entidades responsáveis), permitiu que a nova estrutura, que recebeu a designação de UP Digital, iniciasse o seu funcionamento no dia 1 de abril de 2015, assegurando uma maior racionalização de recursos e ainda a ampliação das suas áreas de atividade, o que se tornou possível com a integração numa única tutela. Apesar de o número de trabalhadores ter sido reduzido de 153 para os 122 com que a UP Digital iniciou funções, é importante assinalar que este processo não conduziu à dispensa de qualquer trabalhador, uma vez que durante o processo de reorganização foi permitida a passagem de pessoal das Faculdades para o novo serviço sediado na Reitoria (classificado como Centro Funcional no regulamento orgânico então aprovado), bem como dos Serviços Centrais para as Faculdades. É ainda importante referir que a entrada em funcionamento deste novo serviço foi acompanhada pela definição de um conjunto de indicadores chave de desempenho que permitiram à tutela, ao Diretor do Serviço e ao seu Conselho Coordenador, acompanharem o trabalho realizado em cada uma das áreas de intervenção abrangidas: Gestão de serviços (10 indicadores), Infraestruturas tecnológicas (16), Tecnologias educativas (10), Sistemas de informação (21), Segurança informática (12) e Gestão da documentação e informação (12). Do total de 81 indicadores, 61 eram de divulgação pública (c. 75%) e os restantes 21 eram de consulta reservada à direção da UP digital e aos membros do Conselho Coordenador.
Durante este período o autor considera merecerem particular destaque as iniciativas por que foi responsável como Diretor do LEA (#10), bem como a coordenação do processo de certificação EUR-ACE (#9), tanto pela complexidade como pelos ganhos de imagem institucional que esta iniciativa então permitiu obter.
10. Como Diretor do Laboratório de Ensino e Aprendizagem (LEA) da FEUP, foi o responsável pelo desenho e coordenação de diversos projetos pedagógicos, alguns dos quais foram particularmente significativos no que respeita à reflexão sobre as práticas letivas e à promoção do sucesso escolar, nomeadamente as Assessorias Pedagógicas, a Formação Suplementar e as Jornadas de Partilha Pedagógica (em 2010 e em 2011).
9. Foi o coordenador do processo de certificação EUR-ACE dos mestrados integrados, bem como da licenciatura e do mestrado em engenharia de minas e geoambiente, que constituía uma das medidas definidas pelo Diretor da FEUP como prioritária para o mandato da Comissão Executiva em que o autor participou como Vogal para o Conselho Pedagógico (no início do mandato apenas o mestrado integrado em engenharia mecânica possuía essa certificação). A elaboração dos relatórios de candidatura decorreu a partir de 2011, tendo a FEUP recebido da Ordem dos Engenheiros, em junho de 2013, a confirmação de que estava concluído o processo dos três últimos cursos em avaliação. A partir dessa data, todos os oito mestrados integrados que então integravam a oferta formativa da FEUP receberam a marca de qualidade EUR-ACE, tornando a FEUP na primeira escola de engenharia nacional a ver acreditada a totalidade deste seu tipo de oferta formativa, bem como dos dois ciclos de estudos em engenharia de minas e geoambiente.
8. Foi o responsável pela adoção do programa então designado como “Google Apps for Education” na FEUP, no âmbito do qual foram automaticamente criadas, no dia 2 de maio de 2013, 10.560 contas Google institucionais para toda a comunidade FEUP registada no SIGARRA (docentes, não docentes e estudantes). Esta iniciativa deu um contributo significativo para melhorar a literacia tecnológica institucional, no que respeita ao uso de ferramentas para o trabalho colaborativo online (cf. a mensagem então enviada a anunciar o lançamento desta iniciativa). A FEUP foi a primeira faculdade da U.Porto a beneficiar deste serviço e esteve certamente também entre as instituições pioneiras a nível nacional nesta área. A sua extensão às restantes faculdades só veio a ter lugar dois anos e meio depois, no âmbito do programa Google for Education na U.Porto, lançado pelo autor no decurso do seu mandato como Vice-Reitor, como foi já anteriormente referido.
7. Foi o responsável pela operacionalização da geração automática de horários na FEUP, que entrou em produção em junho de 2012, através de uma aplicação comercializada pela empresa Bullet. Os horários eram até essa data feitos por comissões departamentais que realizavam o seu trabalho de forma maioritariamente manual, levando a dificuldades de coordenação entre departamentos e à adoção de diferentes regras. A transição para a geração automática em toda a FEUP enfrentou dificuldades e oposições várias, cujo historial inclui episódios que transcendem o âmbito deste documento, mas que poderiam ser invocados para ilustrar a resiliência necessária à introdução de medidas que alteram rotinas há muito estabelecidas – algumas das quais tinham implicações na migração, por simbólica que possa parecer, entre paradigmas centrados no professor e paradigmas centrados nos estudantes. A título de exemplo, basta citar a regra que determinava quem deveria trocar de sala no caso de aulas teóricas consecutivas: se o professor (que teria que voltar a preencher o quadro quando a aula teórica era desdobrada), se os estudantes (por vezes mais de uma centena). Embora sendo um episódio simbólico de uma realidade tanto fora de tempo quanto o quadro negro a que esteve associado, a verdade é que foram diversas as dificuldades que tiveram de ser vencidas para tornar a geração automática de horários numa realidade que é hoje comummente aceite, com evidentes vantagens de eficiência de serviço e transparência de regras.
6. Foi o responsável pela parceria U.Porto-UnYLeYa, que decorreu entre outubro de 2011 e julho de 2013. Esta iniciativa teve por objetivo principal o reaproveitamento de componentes da oferta formativa da U.Porto, que pudessem ser vendidas como formação online através da UnYLeYa (do grupo LeYa), e resultou duma abordagem feita pela empresa à U.Porto, tendo o autor sido convidado pelo então Reitor (Professor Marques dos Santos) para coordenar e dinamizar as atividades conducentes ao estabelecimento de contratos neste âmbito. O trabalho realizado conduziu à produção de três cursos que vieram a integrar o catálogo da empresa, desenvolvidos por dois docentes da U.Porto – uma professora do departamento de geografia da Faculdade de Letras (Análise Estatística de Dados 1 e 2) e um professor do departamento de engenharia civil da Faculdade de Engenharia (Modelos de Gestão da Segurança na Construção). A parceria U.Porto-UnYLeYa dissolveu-se a partir de 2013, tanto em resultado da reorientação do posicionamento de mercado por parte da empresa, como em consequência da aposta em outro tipo de conteúdos online por parte da U.Porto, nomeadamente na área dos MOOC.
Durante este período merece particular destaque a fundação e direção do Laboratório de Ensino e Aprendizagem (LEA) da FEUP (#3) e a dinamização das suas atividades, que o autor considera como a sua principal iniciativa no período em que não detinha funções executivas na Direção da FEUP, atendendo ao impacto das atividades que promoveu e à importância que o LEA continuará a manter no futuro, como instrumento de apoio a uma das principais vertentes da nossa missão institucional.
5. Foi membro do Conselho de Representantes da FEUP entre 26 de março e 5 de julho de 2010.
4. Foi coordenador geral de mobilidade Erasmus, coordenador ECTS e coordenador do programa de mobilidade nacional Almeida Garrett na FEUP, entre 2009 e 2013, ano em que cessou funções como Vice-Presidente do Conselho Pedagógico. Neste contexto, foi o autor da proposta para uniformizar na Universidade do Porto o procedimento de conversão das classificações obtidas em mobilidade, que foi apresentado, discutido e aprovado em janeiro de 2012 no seio do Grupo de Trabalho que para este efeito foi constituído pelo Serviço de Relações Internacionais da Reitoria (aprovado por despacho reitoral de 16.01.2013).
3. Foi o fundador e primeiro diretor do Laboratório de Ensino e Aprendizagem (LEA) da FEUP, criado em 2009 através de uma parceria com a Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto. Constituindo atualmente um Gabinete (“estruturas orgânicas nucleares de estudo ou de apoio direto à Direção da FEUP”, de acordo com a formulação adotada no regulamento orgânico), o LEA “promove e apoia a realização de iniciativas que contribuam para a criação de uma cultura de ensino de qualidade e de promoção do sucesso da aprendizagem, essenciais para a competitividade da FEUP”. A primeira atividade realizada pelo LEA (a 01.04.2009) consistiu na organização de uma sessão de apresentação e debate sobre a forma como os dois galardoados com o Prémio de “Excelência E-learning U.Porto”, nos dois anos anteriores (Fernando Remião, que veio a desempenhar funções como Pró-Reitor responsável pela Inovação Pedagógica durante o mandato em que o autor desempenhou funções como Vice-Reitor, e Jorge Oliveira, ambos da Faculdade de Farmácia), usavam a plataforma Moodle para dinamizar o trabalho colaborativo entre os estudantes. Durante o período em que exerceu funções como Diretor do LEA, entre a sua fundação em 2009 e a cessação de funções como Vice-Presidente do Conselho Pedagógico em 2013, esta unidade organizou um amplo leque de iniciativas destinadas a promover a qualidade do ensino e aprendizagem e a melhorar o sucesso escolar, envolvendo centenas de participações individuais (cf. o resumo de atividades do LEA entre 2009 e 2013).
2. Foi, entre 2005 e 2011, Presidente do Júri que atribuiu o Prémio de “Excelência E-learning UPorto” (no valor de 5.000€), criado para distinguir o melhor exemplo de utilização da plataforma Moodle no âmbito da formação conferente de grau (a partir de 2011 este prémio foi substituído por outro, que ainda se mantém, com a designação de “Prémio de Excelência Pedagógica”).
1. Integrou o Conselho Editorial da FEUP Edições entre setembro de 2001 e outubro de 2012, tendo sido responsável pela coleção Edições Eletrónicas. Realizou neste âmbito diversas ações de incentivo à publicação de conteúdos pedagógicos em formato eletrónico, de que constitui exemplo uma workshop em 2004, onde se apresentou como exemplo o primeiro e-book publicado nesta coleção.
Para além das medidas a que o autor decidiu dar destaque, merecem ainda referência as seguintes atividades de gestão universitária:
Por despacho reitoral n.º GR.02/04/2013, foi nomeado membro do Conselho Académico da Escola de Gestão do Porto - Porto Business School (EGP-PBS) durante o triénio 2013-2015.
Dirigiu o Gabinete de Relações com o Exterior da FEUP (predecessor do atual Serviço de Imagem, Comunicação e Cooperação) entre abril de 1993 e abril de 1995.