Falava-se diante de Winston Churchill, de casas assombradas.
— O Senhor crê em fantasmas?
— Sim, — respondeu Churchill.
— Mas o senhor viu algum?
— Não, porque os verdadeiros fantasmas são aqueles que não se veem.
Noiva de Frankenstein
Quando Frankenstein pedira a mão da sua noiva em casamento, ela não se fez de rogada: deu, mas perguntou o porquê.
Ao que o monstro respondeu: — Gosto de levar comigo um pedaço de você. (1)
Chá de Sumiço
Fantasminha não gosta de tomar café: pode manchar o lençol. Não vai correr esse risco.
Ele prefere mesmo é tomar chá de sumiço. (1)
Alma do Negócio
Não seria um bom negócio fabricar rolos de esparadrapos para múmias que estão só trapos?
Não seria um sucesso de vendas tevês de ectoplasma para distrair os fantasmas? (1)
De Pai para Filho
O fantasminha mal saiu das fraldas e já levando bronca do fantasma pai:
— Cresça e desapareça! (1)
(1) AGUIAR, André Ricardo. Chá de Sumiço e Outros Poemas Assombrados. Belo Horizonte: Autêntica, 2013.
Uma História fantasmagórica
Durante todos esses anos, no trato com o sobrenatural, criei uma TV de ectoplasma para assistir aos filmes de fantasmas. Zipando com o controle remoto fluídico, deparei-me com uma cena interessante: o fantasma pai estava dando instruções ao filho que acabara de nascer. Ele disse: "cresça e desapareça". Em outro canal, havia o fantasminha que estava na cama e dizia que não tomava café porque podia manchar o lençol. O que ele preferiu mesmo foi tomar "chá de sumiço".