Brincando e aprendendo com a Astronomia
Brincando e aprendendo com a Astronomia
O MAST é fonte de inspiração para que professores utilizem recursos que despertem curiosidade dos alunos para aprendizado de Ciências.
A unidade temática Terra e Universo está presente em todas os anos do Ensino Fundamental e as aulas podem ser mais significativas se o professor desenvolver atividades e experimentos em os alunos possam compreender os princípios que estão por trás das tecnologias modernas e as origens das descobertas desses fenômenos. Aqui vão algumas dicas para as turmas de 4o e o 5o ano, com indicação das Habilidades da Base Nacional Comum Curricular
https://www.youtube.com/watch?v=WOJwksEYFKo
Constelações Indígenas
Além da experiência estética, as estrelas dizem muito sobre a nossa localização no globo terrestre e sobre as épocas do ano. Observar o céu é, portanto, fonte de distração e de conhecimento sobre o cosmos. Tal como as nuvens, podemos encontrar figuras unindo os pontos das estrelas e perceber seu movimento ao longo da noite e das estações do ano. Assim, a proposta é que os alunos aprendam a reconhecer os astros mais famosos da cultura popular tal como Cruzeiro do Sul, Três Maria e Vênus, e as principais constelações. Essas lições de casa podem ser prazerosas e instigar a curiosidade para as aulas teóricas e envolver o conhecimento dos familiares. O vídeo proposto apresenta uma atividade que prestigia a cultura milenar dos indígenas, mostrando que não eram somente os europeus que possuíam e utilizavam os conhecimentos acerca do cosmos para se locomoverem e saberem em que estação do ano estavam.
EF05CI10: Identificar algumas constelações no céu, com o apoio de recursos (como mapas celestes e aplicativos digitais, entre outros), e os períodos do ano em que elas são visíveis no início da noite.
https://www.youtube.com/watch?v=1ItwpRKaKg0
Bússola caseira
Hoje já temos bússolas nos relógios e nos celulares, mas para que serve sabermos onde está o Norte? Quais são os pontos cardeais, onde nasce e se o põe o Sol? É fundamental que os alunos entendam essas noções e consigam se localizar no planeta, compreendendo que o processo de rotação que gera o fenômeno dos dias e das noites. A bússola é um instrumento milenar que se vale das propriedades magnéticas de alguns metais. Foi provavelmente criado pelos chineses e era utilizado para o deslocamento dos povos e nas grandes navegações. É muito simples construir uma bússola caseira, tal como proposto no vídeo.
EF04CI09: Identificar os pontos cardeais, com base no registro de diferentes posições relativas do Sol e da sombra de uma vara (gnômon)
EF04CI10: Comparar as indicações dos pontos cardeais resultantes da observação das sombras de uma vara (gnômon) com aquelas obtidas por meio de uma bússola.
https://www.youtube.com/watch?v=diYTZIw-HgQ
Caixinha das fases da Lua
O movimento de revolução da Lua gera o fenômeno das luas cheias, minguantes, novas e crescentes. Os alunos podem construir calendários lunares a partir da observação da Lua e conseguirem assim compreender a posição desse astro em relação à Terra e ao Sol. O experimento proposto é fácil de ser realizado e facilita a visualização da revolução da Lua e do fenômeno das eclipses lunar e solar.
EF04CI11: Associar os movimentos cíclicos da Lua e da Terra a períodos de tempo regulares e ao uso desse conhecimento para a construção de calendários em diferentes culturas.
EF05CI12: Concluir sobre a periodicidade das fases da Lua, com base na observação e no registro das formas aparentes da Lua no céu ao longo de, pelo menos, dois meses.
https://www.youtube.com/watch?v=ibFK5loqJbk
Relógio solar
A contagem das horas que fazemos com relógios nada mais é do que a simulação do fenômeno de rotação da Terra. Então podemos construir os relógios mais antigos que utilizavam o próprio Sol para contagem do tempo. Por meio de apresentação de relógios de água e de relógios mecânicos os alunos podem também compreender como o entendimento da natureza pode ser transformada em instrumentos tecnológicos.
Nesse experimento pode-se explorar também o conceito de latitude e mostrar que pode-se ter essa informação em mapas ou em sistemas georreferenciados, mostrando por exemplo aplicativo googlemaps do celular.
EF05CI11: Associar o movimento diário do Sol e das demais estrelas no céu ao movimento de rotação da Terra.
https://www.youtube.com/watch?v=_og5RtQWe9Y
Luneta de Galileu
Com duas lentes e alguns trechos tubos e conexões é possível construir uma luneta em sala de aula, conforme demonstrado no vídeo. Seria interessante que o professor também demonstrasse o funcionamento do telescópio, utilizando a observação de imagens de corpos celestes refletidas em espelho com uma lupa. As visitas de campo a um observatório astronômico ou planetário podem ficar bem mais interessantes se os alunos já tiverem familiaridade com o princípio de funcionamento desses equipamentos e seus usos em outras tecnologias, tal como microscópio.
(EF05CI13) Projetar e construir dispositivos para observação à distância (luneta, periscópio etc.), para observação ampliada de objetos (lupas, microscópios) ou para registro de imagens (máquinas fotográficas) e discutir usos sociais desses dispositivos.
https://www.youtube.com/watch?v=X_D7q6pN1Jo&t=15s
Vista da Alameda Solar do Cientec
Visita ao Parque de Ciência e Tecnologia da USP (Cientec)
Em São Paulo o Cientec é uma das melhores sugestões para complementar o aprendizado sobre astronomia e permitir a compreensão de como as descobertas científicas puderam gerar desenvolvimento tecnológico ao longo da história.
O Cientec guarda certa similaridade com a história do MAST, pois abrigou o observatório meteorológico e astronômico do Instituto de Astronomia e Geofísica – IAG do Estado de São Paulo de 1932 a 1990. A partir de 2002 o Cientec começou a operar com acervo museológico do IAG e foi aberto a visitação para atividades de cultura e extensão ligadas a ciência, tecnologia e meio ambiente. O Cientec pode ser uma ótima opção para complementação das aulas de Ciências relacionadas ao cosmos, além de ser uma possibilidade de os alunos estarem em contato com a natureza na medida em que ele se localiza no Parque Estadual das Fontes do Ipiranga. Na Alameda Solar os alunos poderão ver os corpos celeste ao ar livre e ter informações técnicas sobre os mesmos. Essa Alameda leva ao Planetário, que tem exposições digitais que comportam 50 pessoas e tem acessibilidade para deficientes físicos. E por fim os alunos também podem visitar o observatório antigo que expõe uma luneta da década de 1920, além de telescópios mais modernos. As visitas podem ser monitoradas e no observatório há acompanhamento de um astrônomo que durante o dia mostra como é realizada a observação de manchas solares.
A sugestão é que a visita seja feita após o percurso do conteúdo de da unidade temática Terra e Universo e as oficinas sugeridas anteriormente. As visitas são gratuitas mas devem ser agendadas!
https://www.youtube.com/watch?v=aPo8dWEq-Aw
Visita ao Planetário do Parque do Ibirapuera
Esse planetário foi inaugurado em 1957, mas já passou por diversas reformas e possui equipamento bastante moderno. A proposta é uma boa opção para que os alunos estejam ao ar livre e em contato com a natureza e conheçam o Parque ao longo da caminhada até o Planetário. Além da apresentação das imagens no Planetário, na parte externa da instalação há um lindíssimo Relógio Solar e uma Esfera Amilar. Assim, além de os alunos terem a experiência de observação do céu podem ver instrumentos astronômicos antigos e entender a aplicação do conhecimento científico em tecnologias de medição de tempo e localização geográfica.
As visitas são gratuitas, mas é preciso agendar.