A Coluna da Diversidade tem o intuto de promover reflexão sobre determinados temas para construirmos uma sociedade mais diversa e plural.
Muitos conhecem a origem do conceito de setembro amarelo se refere sobre a valorização da vida e prevenção do suicídio, a partir de uma onda de apoio após um rapaz estadunidense ter se suicidado em seu carro amarelo e desde então essa mensagem e rede de apoio tem fortalecido. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 32 pessoas se suicidam por dia no Brasil, o que significa que o suicídio mata mais brasileiros do que doenças como a AIDS e o câncer.
Porém, muitas vezes o tema sobre saúde mental é envolto de tabus, que muitos se sentem frágeis em pedir ajuda, seja por meio da terapia, de psiquiatria, de laços familiares ou outras formas. Pensando nisso, para reformar a fala de indivíduos que necessitem de auxilio, surgiu a campanha de Setembro Amarelo em 2015, organizada pelo Centro de Valorização da Vida (CVV), Conselho Federal de Medicina (CFM) e Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), que a partir daí o movimento se expandiu pela sua urgência, uma vez que cada vez mais são os jovens com idades entre 15 e 29 anos que têm acometido por tais fatalidades.
A Associação Internacional para a Prevenção do Suicídio (IASP) estimula a divulgação da causa em todo o mundo no dia 10 de setembro, data na qual é comemorado o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio.
A importância de Detectar o potencial de comportamentos suicidas é muito importante para a prevenção, sendo assim, para ajudar uma pessoa com comportamentos suicidas, algumas ações são fundamentais, como: ouvir, demonstrar empatia e ficar calmo; ser afetuoso e dar o apoio necessário; levar a situação a sério e verificar o grau de risco; e contatar a família e amigos, bem como profissionais da saúde e centros de apoio emocional chamados CVV (Centro de Valorização da Vida), ligando para o 188 ou acessando seu site.
Por concluinte, é importante falar sobre aquilo que dói, não só durante o mês de setembro, mas a qualquer momento. 🌼
Publicado em 29 de setembro de 2021, por Flávia Sasso.
O esporte é considerado um veículo de qualidade de vida, por meio da promoção de saúde e integração social. Porém, o esporte adaptado praticado por pessoas com deficiência costuma carregar alguns preconceitos por parte da quanto à eficiência dos paratletas e seu reconhecimento. O termo esporte adaptado se refere da adaptação de algumas regras de cada esporte, nos seus fundamentos e estruturas para que seja viável a participação autônoma de pessoas com deficiência.
Proposta inicialmente como uma terapia reabilitadora de pessoas que adquiriam uma deficiência, o esporte adaptado se tornou num instrumento de empoderamento, autoaceitação e confiança das pessoas com deficiência. Um grande exemplo a ser citado são as Paralimpiadas, que neste ano ocorrem em Tóquio, que tiveram início em 24 de agosto e finalizarão em 5 de setembro. O Comitê Paralímpico Brasileiro enviou 253 paratletas, sendo 159 homens e 94 mulheres, sendo o maior número de paratletas brasileiros enviados em uma edição da Paralimpiada.
Em Ponta Grossa, há algumas organizações esportivas e inclusivas, como a Associação Pontagrossense de Emancipação para Deficientes - APEDEF, que estimulam a prática esportiva, integração, melhora da aptidão física, ganho de independência e autoconfiança de atletas com deficiência. Destaca-se ainda que na UTFPR-PG temos um grande articulador do esporte adaptado, o professor e técnico Gilberto Martins Freire, que atua na área do Desporto Adaptado há 34 anos com passagem pela Coordenação Técnica da Seleção Brasileira de Atletismo que participou de 3 Paralimpíadas e 1 Parapans - Jogos Parapan-Americanos, também dedicado a prática de esportes adaptados na América.
Vale destacar a importância de se valorizar o evento, respeitando os paratletas, sem referi-los de forma capacista, como, por exemplo, que eles são exemplos de superação ou que eles venceram a vida. Lembre-se de trata-los como você trata os atletas sem deficiência, reconhecendo o seu valor como esportista e cidadão do mundo.
Publicado em 1º de setembro de 2021, por Flávia Sasso.
A educação brasileira é vista por muito como uma expressão cultura euro-brasileira. O que isso significa? Ocorre um apagamento da diversidade social que existe na própria população brasileira, como negros e indígenas. A partir disso, diversos trabalhos em prol da reconstrução da educação brasileira foram discutidos como, por exemplo, a inclusão da disciplina de História e Cultura Afro-brasileira.
A lei 10.639, de 2003, é responsável por contribuir para o exercício do respeito e da diversidade ao discutir a disciplina de História e Cultura Afro-Brasileira nos currículos escolares. Esta lei busca reparar as desigualdades sócio históricas e o racismo presente na sociedade, a partir da valorização e diálogo de visões de mundo, permitindo a construção da identidade de uma parcela da população brasileira, que desta 54% corresponde a população negra.
O debate é necessário pois as ações políticas do passado, tais como a promulgação da Lei Áurea, em 1888, que extinguiu a escravidão no Brasil, não houve desdobramentos em relação à educação garantida ou à cultura preservada, necessitando assim ações afirmativas de reparação e redistribuição das oportunidades retomando as heranças afro-indígenas para os currículos.
Segundo a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (SECAD), foi criada um edital intitulado “Orientações e Ações para Educação das Relações Étnico-Raciais”, que discorre sobre “o caminho percorrido até o momento, em direção à educação antirracista e para a diversidade, resulta do debate ocorrido nas últimas décadas em torno da inclusão, do direito de todos à educação e do respeito ao pluralismo cultural em que vivemos no Brasil e no mundo”. Por concluinte, a Educação deve-se manifestar na vida de todos os estudantes de forma equânime, respeitando a diversidade e estimulando políticas públicas para a valorização das identidades sociais e combate de toda forma de preconceitos.
Dado isso, a partir do momento que as Instituições de Ensino Superior integram a disciplina em seu currículo, esta oportuniza uma série de questões e reconhecimento dessa temática a partir da construção da formação do graduando, principalmente daqueles que cursam licenciatura, estimulando um impacto positivo à sociedade. A UTFPR-PG assume esse compromisso de conscientização e respeito por meio da oferta da disciplina História e Cultura Afro-Brasileira de maneira optativa para todos os estudantes da UTFPR, lançando um convite aos estudantes se matricular nesta matéria no próprio semestre que se segue!
Publicado em 19 de agosto de 2021, por Flávia Sasso.
No dia 4 de agosto é considerado o dia da Campanha Educativa de Combate ao Câncer. Atualmente sabemos que há uma infinidade de tipos de câncer no mundo. Segundo o oncologista indiano Siddahartha Mukherjee, o câncer é uma questão biológica, que todos os DNA dos humanos tem a possibilidade de ocorrer uma mutação desenvolvendo assim um câncer, ultrapassando assim a barreira de apenas trata-lo, mas sim, preveni-lo.
O câncer é uma das doenças responsáveis pela morte de bilhões de pessoas no mundo inteiro. E ainda dentro da doença, há uma diversidade de formas que ela manifesta, assim como os tratamentos que tentam eliminá-la. Nos últimos 100 anos vimos como a Medicina evoluiu no combate ao câncer, salvando milhares de vidas. Mas ainda temos muito a percorrer para salvar mais outros milhares de pessoas.
De acordo com o oncologista brasileiro Paulo César Canary, a ação preventiva ao combate ao câncer resulta em tratamentos rápidos, eficientes e com margem positiva à uma qualidade de vida. O simples uso da camisinha em relações sexuais e a aplicação da vacina de HPV são um forte indicativos para a prevenção às chances de a mulher desenvolver câncer de colo de útero, por exemplo.
E por que é importante falar sobre o câncer? Na diversidade humana encontramos portadores de câncer, refletindo em políticas de saúde, educação e até mesmo trabalhista a esses indivíduos. Muitos durante o tratamento podem ter o corpo fragilizado utilizando cadeiras de rodas, ou ainda sofrer uma amputação decorrente a ele, por exemplo.
O câncer não seleciona os indivíduos por sua raça, gênero, credo, sexualidade, idade, ou outra diversidade humana. Logo, é possível que haja traumas físico, emocional, psicológico e econômico dos indivíduos portadores da doença, bem como também afeta os familiares e amigos ao redor.
A UTFPR se solidariza aos indivíduos portadores do câncer, prestando apoio e incentivo à Campanha Educativa de Combate ao Câncer, prestando o apoio necessário a quem nos recorrer.
Publicado em 4 de agosto de 2021, por Flávia Sasso.
A saúde mental está relacionada como alguém compreende sua realidade, assim como organiza seus próprios sentimentos em relação a isto. É facilmente relacionar saúde mental como uma doença ou até mesmo um transtorno mental, que afeta e entorpece o indivíduo. Mas ao abordar tal tema, é incentivado que haja uma aceitação da realidade em que o indivíduo está inserido, estimulando a sua resiliência.
E qual a relação entre a diversidade e a saúde mental? A sociedade atualmente ainda é majoritariamente homogênea, o que causa sentimentos de não pertencimento em alguns indivíduos. Isto se dá porque alguns tentam se adaptar e outros ainda bater de frente com alguns conceitos e nesse momento sofrem, o que reflete em sua saúde mental.
Logo, a falta de representatividade e diversidade numa sociedade parece testar a resiliência de muitos indivíduos, até que em um certo momento gera sequelas a estes indivíduos. A UTFPR incentiva para que a diversidade social seja vista, representada e valorizada, objetivando alcançar cada indivíduos que se sintam aparados, para que juntos possamos construir uma nova realidade mais serena e firme aos discentes e docentes da UTFPR.
Sendo assim, caso conheça algum aluno que esteja passando por alguma dificuldade, ouça-o, acolha-o, indique-o a procurar profissionais da UTFPR que possam auxiliá-lo, tal como o NAI, NUAPE, e DCE próprios do campus de Ponta Grossa e as comissões estaduais da UTFPR, como a Comissão da Saúde Mental e a Comissão da Diversidade – CEED.
Publicado em 21 de julho de 2021, por Flávia Sasso.
A palavra empatia possui um significado muito forte, porém é pouco praticada. Sabemos que a população mundial é diversa, e até mesmo na nossa própria UTFPR podemos encontrar essa diversidade. Contudo, muitas vezes, essa diversidade não é evidente logo de cara: o que leva a incompreensão e até mesmo preconceito. Convido-os a refletirem essa diversidade entre os seus colegas de aula!
Com o início da pandemia de Covid-19, muitas deficiências e necessidades especiais, por exemplo, ficaram ainda mais invisíveis do que já eram! Neste momento é crucial praticarmos a empatia, pois muitas vezes não sabemos a realidade de alguém.
Se você notar algum colega de aula com alguma dificuldade, seja compreensivo. Se possível, ofereça ajuda e busque conversar com os colegas a praticar a empatia durante a aula e até mesmo fora dela.
A UTFPR se torna grande quando toda a nossa diversidade é respeitada por nós mesmos!
Publicado em 7 de julho de 2021, por Flávia Sasso
"Onde quer que você olhe, o mundo fervilha de seres vivos extraordinariamente diversos”. Essa frase proferida pelo cientista Futuyama nos leva a refletir sobre a diversidade presente entre os seres vivos, e principalmente, na sociedade.
Atualmente, mais do que nunca, diversos movimentos sociais romperam e ainda lutam por quebrar preconceitos e por igualdade e justiça. No entanto, é quase impossível que nós compreendamos a pluralidade que existe entre nós, pelo simples fato da convivência. Muitas vezes, por não termos tido contato com alguma pessoa com deficiência, por exemplo, não conseguimos compreender as dificuldades e limitações pelas quais passa em seu dia a dia. Às vezes até há interesse pelo caso, mas nos acanhamos em perguntar sobre suas vivências e por conseguinte, continuamos ignorantes acerca de algumas pautas.
O Diretório Central Estudantil (DCE) de Ponta Grossa lança uma nova proposta: a Coluna de Diversidade! O objetivo dessa coluna é abordar algumas pautas sociais para conscientização e valorização das diferenças que existem na sociedade, sobretudo, na nossa própria UTFPR! Compreendemos que a quebra de estereótipos e preconceitos dentro de cada um de nós é algo em constante processo, por muitas vezes assustador e difícil, mas extremamente necessário!
Convidamos a todos a acompanhar as pautas apresentadas pela nossa Coluna da Diversidade e propomos uma reflexão sobre elas, pois, desta forma estaremos construindo uma sociedade mais diversa e plural!
Publicado em 23 de junho de 2021, por Flávia Sasso.