Durante este ano, os alunos do III ano aprenderam sobre diversos conteúdos relacionados com a fisiologia humana. Para avaliar o processo de aprendizagem, eles precisaram elaborar vídeos explicando alguns dos sistemas do nosso corpo trabalhados mas de uma forma criativa. Tiveram liberdade para desenvolver o conteúdo e escolher qual parte gostariam de trabalhar. Os vídeos produzidos mostraram a engenhosidade deles e de que maneira absorveram diversos aspectos aprendidos durante esse período de distanciamento social. É interessante observar que apesar de entregarem trabalhos bem distintos entre si, todos apresentaram dois pontos em comum: comprometimento e criatividade. Coloco abaixo um vídeo bastante elaborado que conseguiu explicar de forma lúdica o conteúdo referente aos sistemas esquelético e muscular:
Marina Cotrim Lane IIIB 20
No decorrer da pandemia, muitas plataformas de streaming se tornaram as preferidas dos alunos durante as horas vagas. Mas esse recurso também poderia ser utilizado de forma didática para a construção do aprendizado. Dessa forma, dois documentários disponíveis na "Netflix" tornaram-se o foco para o entendimento do sistema nervoso e do uso da engenharia genética no melhoramento da espécie humana: "My Beautiful Broken Brain" e "Seleção Artificial", respectivamente.
" My Beautiful Broken Brain" discorre sobre o dia-a-dia de uma jovem que sofre um AVC (Acidente Vascular Cerebral) através de gravações feitas por ela a fim de mostrar sua rotina com as sequelas que atingiram seu corpo. É um documentário muito bonito, sensível e interessante que usa efeitos especiais para que o expectador consiga enxergar de alguma forma o que a jovem passou naquele momento. Os alunos assistiram o vídeo e deveriam explicar, de acordo com o que aprenderam nas aulas, a relação entre o sistema circulatório e o sistema nervoso que provocou o AVC, o que seria a plasticidade neuronal e como ela ajudaria na recuperação da protagonista após sofrer o acidente, quais ações rotineiras ela perdeu após isso, quais lobos do cérebro dela provavelmente foram prejudicados e, por fim, por que os movimentos corporais não foram afetados após os danos cerebrais. Foi a maneira encontrada pela professora para que o aprendizado ultrapassasse as barreiras da sala de aula e pudesse ser aplicado em algo cotidiano, como uma doença bem conhecida pela maioria. Eles não deveriam apenas saber os nomes das partes do cérebro que estudaram mas fazer uma correlação com as sequelas que a jovem mostrava no documentário e aquilo que aprenderam sobre o sistema nervoso. Abaixo coloco um vídeo feito pelo aluno Lucca Mietto IIIB 13 em que ele usou desenhos para explanar melhor sobre o assunto:
"Seleção Artificial" é uma minissérie de quatro episódios que mostra novos instrumentos da engenharia genética para ajudar o ser humano. É possível entender melhor a técnica Crispr de edição do DNA com entrevistas da própria descobridora que ganhou o Prêmio Nobel por este trabalho em 2020. Também há discussões éticas sobre qual seria o limite de alterações genéticas possíveis e quais pessoas teriam acesso à elas e de que forma. Esse tema ligado a biotecnologia foi trabalhado ao final dos estudos sobre genética com o III ano e possui muitos pontos interessantes para serem discutidos. Colocar o documentário para os alunos assistirem foi uma maneira para que se atualizassem diante das tecnologias desenvolvidas e conseguissem se aprofundar melhor neste assunto um tanto complexo. Eles não precisavam ver todos os episódios mas poderiam escolher um para explicar através de um vídeo. Foi interessante perceber como alguns estudantes se apropriam desse tipo de abordagem muito mais do que apenas com explicações em slides. Esse engajamento e motivação é o que todo professor procura quando elabora suas aulas e mostra a necessidade de se utilizar diferentes recursos para atingir todos os seus alunos. Abaixo coloco a explicação do aluno Gabriel Macarios Bove IIIC 8 que assistiu aos quatro episódios e ficou mais interessado pelo conteúdo após a proposta de atividade: