Alguns motoristas não sabem como lidar com indivíduos invisuais, especialmente de estiveram acompanhados de um cão guia.
Um cão guia é parte íntegra do invisual e não pode ser separado do seu dono. Deverás sair do carro para ajudar e criar o máximo de espaço no lugar a frente. Orientas o invisual para tatear a localização da porta e deixa que ele sozinho cuide do resto. Ele e o cão guia saberão como entrar na viatura, o cão irá aninhar-se aos pés do seu dono. Nunca toques no arnês ou faças festas ao animal. Se houver empatia e boa comunicação entre ti e o invisual, no fim da viagem, o cego poderá desarmar de serviço o cão (tirando-lhe o arnês) e então, com autorização do nono, poderás interagir com o cão.
Sabes como actuar com um cão guia?
Quero ensinar-te como deves atuar quando te encontrares comigo em companhia do meu dono cego.
Eu sou um cão de trabalho, não uma mascote. Quanto mais me ignorares melhor será para mim e para o meu dono.
O meu comportamento e a minha forma de estar é totalmente diferente dos outros cães e a minha função de guia e companheiro do meu dono deve ser respeitada.
Por favor não me toques nem me acaricies quando estiver a trabalhar, ou seja, quando me vires com o arnês colocado. Se o fizeres poderás distrair-me e eu posso falhar a minha função.
Repito: o mais adequado é ignorares-me e, de forma nenhuma, tenhas medo de mim. Nós os cães guias somos muito bem treinados e nunca seríamos capazes de fazer mal sem motivo.
Mas ouve bem: se estiveres acompanhado de outro cão, por favor controla-o para evitar que possa acontecer algum acidente quando o teu animal passar ao lado do meu domo cego.
Por favor não me ofereças guloseimas ou alimentos. O meu dono encarrega-se disso com toda a dedicação. Estou bem alimentado e tenho um horário estabelecido para comer.
Quando te dirigires a uma pessoa cega acompanhada com um cão guia como eu, fala diretamente para o meu dono e não para mim.
Se um cego te pedir ajuda, aproxima-te dele pelo lado direito para que eu possa colocar-me à esquerda
O meu dono irá ordenar-me que te siga, ou então pedirá que lhe dês o teu cotovelo esquerdo. Nesse caso, ele irá dar-me uma senha que me dizer que estou temporáriamente fora de serviço.
Se um cego com um cão guia te pedir que lhe indiques uma direção, dá-lhe indicações claras sobre o sentido para o qual ele se deve voltar ou a direção que deve seguir para que chegue em segurança ao local onde se dirige.
Não corras ou agarres o braço de um cego com um cão guia sem antes lhe falares. E, por favor, nunca toques no meu arnês! Só o meu dono, para o qual trabalho, é que o pode fazer.
Nós, cães guias, temos horas e lugares pré-determinados para esvaziar os nossos esfínteres.
Eu, como cão guia, estou habituado a viajar em qualquer meio de transporte encostado aos pés do meu dono cego sem causar incómodo aos outros passageiros, seja dentro ou fora do país.