NEM TODOS MOTORISTAS SÃO MAUS
E NEM TODOS OS PASSAGEIROS SÃO BONS
Nesta rúbrica divulgamos as nossas histórias de passageiros que têm comportamentos que prejudicam os motoristas.
No Dia 19/08/2023 pelas 08:15 recebi uma chamada da Uber para uma recolha em Rua Manuel Ribeiro 27, 2845 Amora (zona industrial e de discotecas) para a Quinta do Anjo. O valor da viagem seria de 18,04 líquidos.
Quando cheguei ao local o cliente não se encontrava. Passado um minuto e meio visualizo pelo retrovisor esquerdo dois indivíduos, um deles mais velho e aparentemente embriagado. Fiquei indeciso entre cancelar ou não a a viagem mas acabei por mantê-la.
O cliente entra na viatura depois de efetuar os procedimentos normais, confirmar o nome do cliente e morada, dei início à viagem. Estava numa zona industrial cuja estrada tinha sentido único obrigando-me e ir mais à frente para fazer a inversão de marcha. No momento que faço a inversão de marcha sou questionado pelo cliente: “Está no trajeto errado, tem que apanhar a A32!”
Respondi que primeiro tenho que fazer a inversão de marcha para poder entrar na estrada nacional indicada pelo aplicativo para então entrar na A32.
O passageiros insistiu: “Quer ensinar-me o caminho? Eu sou daqui!”; respondi: “Eu também sou daqui!”
Depois de ter efetuado a inversão marcha estava a passar pelo local onde o recolhi, parei a viatura e atendendo ao seu comportamento de total descontrolo disse-lhe: “O sr. está nervoso é melhor eu terminar a viagem aqui, por favor chame outra viatura”.
Assim fiz, fechei a viagem e pedi para que o cliente saísse da viatura. Naquele momento chega o outro indivíduo mais jovem para informá-lo que “o alarme estava a tocar”. Neste momento deduzi que um deles fosse patrão e/ou empregado.
Pedi ao jovem por favor que ajudasse o meu passageiro a sair da viatura. Por não haver correspondência à minha solicitação, pergunto ao amigo do meu passageiro: “Tira-o você ou tiro eu? Tenho outro cliente (Bolt) à minha espera e não quero que ele cancele a viagem, já me basta perder esta”.
Sem reação, o cliente recusa-se a sair da viatura e então abro-lhe a porta estando o mais jovem à minha direita também a insistir para que ele saisse do carro para ir tratar do alarme.
Repentinamente o passageiro atira com as suas coisas para fora do carro e investe contra mim, faz-me cair no chão e cai em cima de mim. Ameaça-me dizendo que “eu não sei quem ele é e que nunca mais irei trabalhar na minha vida”.
O outro indivíduo aproxima-se, separa-nos e digo para o passageiro que “você poderia evitar tudo isto”.
Cancelei a viagem Bolt e dirigi-me à esquadra de polícia onde apresentei queixa por atentado contra a minha integridade física.
PONTO DA SITUAÇÃO.
Este texto foi enviado para a Uber a qual ligou o nosso colega manifestando todo o apoio que necessitasse e que iria também apurar junto do passageiro para ouvir a sua versão. O Paulo dirigiu-se também ao Instituto de Medicina Legal para que lhe fosse feito um relatório.
28/08/2023
012.
A imagem à esquerda é muito clara, recorrente e merece a nossa argumentação. Quem escolhe o destino é o cliente, não o motorista. Frequentemente o cliente queixa-se que o motorista levou o cliente para local inseguro (sabe-se lá a pretexto de quê) e a Uber não verifica se o local de fim da viagem confere com a queixa do cliente. De imediato a Uber ameaça o motorista com bloqueio permanente. É falso que a Uber "analisa", o mesmo recado já diz que bloqueará o motorista.
Outro caso parecido com este mas em Bolt e ocorrido comigo:
013.
A filha (Verónica) chamou um Bolt para a mãe (Ivone). Aa passageira ficou irritada porque dirigi-me para o destino “Rua Primeiro de Maio 74” (Foros de Amora) quando o destino era “Rua 1. de Maio 74” (Amora)! Foi o cabo dos trabalhos convencer a passageira que quem cometeu o erro não fui eu!
Samuel Dias
010.
Alguns motoristas são surpreendidos pela subtração de parte do valor da viagem. Cremos que seja através de queixa feita contra o motorista. Mesmo que o motorista apresente reclamação à Uber ou Bolt acaba sempre por ser ignorado na sua causa.
No caso da Uber o risco de o motorista ver a sua conta bloqueada definitivamente é elevado.
009.
"O motorista não falava a língua local e o destino não era seguro. Atravessava as linhas contínuas na auto estrada, mudava de direção sem sinalizar. Ultrapassava o limite de velocidade constantemente. O veículo era duvidoso. De todo este motorista não é agradável."
Comentar isto não é necessário.
008.
O cidadão estrangeiro com esse nome continua a ser crucificado nas redes sociais com milhares de partilhas e comentários de ódio descarado e racista. Quando vou ver os perfis dos juizes (e sem surpresa minha) reparo que muitos deles são cristãos, partilham imensos e bonitos versículos bíblicos! “Amigos” meus inclusive.
E se fosse eu a vítima deste bulling? E se a Uber ou um passageiro me tivessem acusado de assédio sexual? A Uber feriu a minha integridade acusando-me de forjar documentos e realizar viagens fraudulentas. Causou-me algum prejuízo económico, é certo, mas comparado com a agressão cometida contra este ser humano, é: nada.
Gostaria de conhecer o JAGJIT. Gostaria de saber como ele se sentiu ao ser injuriado pelos meus, do meu povo. Gostaria de saber como ele está, se tem família, se continua conduzir, etc… Se souberem por onde ele anda digam-me.
O post é radicalmente odioso e falso. É falsa a invocação do gás (o motorista não estava com proteção na cara), o visado não é “este” mas “estes”, a autora em “5 minutos” criou um texto, juntou imagens e em vez de se preocupar com a sua irmã veio para a internet mentir. Mais, com tantas adolescentes embriagadas que todos os dias nos entram nas viaturas e as levamos por ruelas escuras e poeirentas teria logo que ser em trajeto urbano e curto (verifica o valor) que o JAGJIT raptaria a menina? O JAGJIT levou o carro dos 0 aos 100km/h em meio urbano em 2 minutos?
O QUE É CERTO É CERTO, O QUE É ERRADO É ERRADO.
Corrija-se o que está ERRADO com a Uber e com a Lei, mas defenda-se o que é verdadeiro e não copiemos a Uber na forma como trata tão mal os que todos os dias suam nas nossas cidades.
Os motoristas TVDE, e os que nesta causa agora “represento” (Plataforma de Motoristas Injustiçados pela Uber) não querem apenas a devolução da sua dignidade, lutam pelo bem estar e segurança de TODOS.
Víboras.
007. AUDITORA DA UBER
Certa manhã recolhi nas Olaias uma passageira que rapidamente se apresentou como “auditora da Uber” e ia para as Amoreiras fazer o seu trabalho.
Naturalmente, ela estava no ambiente certo para iniciar o seu trabalho e começaram as perguntas. Vivia-se naquele tempo o problema de a Uber não conseguir aceitar rapidamente um carro de substituição pois muitos parceiros estavam a recorrer a alugueres com a Leaseplan. O nosso improviso em alternativa era dizer aos passageiros (e não era mentira) “peço desculpa mas este é um carro de substituição”. Pacífico. Mas se fosse hoje, se um passageiro nos denunciasse, a nossa possibilidade de continuar a trabalhar com a Uber morreria ali para sempre tal como hoje vemos isso a acontecer.
Mas houve uma parte do diálogo que nunca mais me esqueci. Contou-me esta passageira que a Uber tinha vários processos em curso para expulsar passageiros da plataforma. O mais conhecido era um cidadão no Porto que fazia várias viagens diariamente com a finalidade de intencionalmente irritar e provocar motoristas para os prejudicar.
Bem, isto era no tempo em que a Uber tinha consideração pelos seus motoristas e nós sentíamo-nos apoiados. Tínhamos também a Uber em grande estima pelo respeito que nos dedicava. Hoje é diferente.
Samuel Dias
006. QUATRO MIÚDAS DO NORTE.
Quando ainda só tínhamos Uber e Cabify (que não interessava porque só queria carros pretos) recolhi 4 pitas do norte no Parque das Nações junto ao Oceanário. Iam para uma discoteca perto de Alcântara, não me lembro qual.
Às tantas a que estava atrás de mim começa num inglês muito tosco a provocar a titular da viagem, que seguia ao meu lado, insinuando que a estava a roubar indo por um caminho mais longo. Provocou e irritou de tal maneira que a titular da viagem acabou por tomar o partido dela e aí a minha paciência acabou. Parei o carro em lugar seguro na Av. de Ceuta e disse-lhes que não iria continuar a viagem.
Se não fosse o facto de a Uber ainda não estar legalizada eu teria conduzido o carro para a PSP no Calvário onde poderiam queixar-se em sede própria.
005. CABEÇA ATRÁS DO CORPO.
Duas jovens chamaram para as recolher na discoteca Urban, Lisboa. Uma delas estava tão embriagada que caminhava com a cabeça uns 10 cm atrás da sua verticalidade.
Parei e carro e apressei-me para lhe abrir a porta e ajudá-la a entrar. Não cheguei a tempo, o álcool derrubou-a hirta para o chão e fez um tal barulho que dali já não saíram. Chamei o 112.
Samuel Dias
004. EXPULSEI A PASSAGEIRA FICOU O CÄO .
Creio que foi em 2018 que a Uber tentou aplicar a categoria Pool em que os passageiros, até dois por chamada, poderiam consentir com a presença de mais dois na mesma direção ou destino aproximado. Só deu confusão essa categoria.
Então um dia uma passageira entra no carro com o seu cão guia, e naturalmente senta-à frente e o belo Labrador entre as suas pernas. A segunda passageira, assim que vê o animal diz imediatamente que tem fobia a cães. Expliquei-lhe o direito de o animal estar na viatura e que podia, se quisesse, sair e cancelar a viagem. Disse que não é que podia seguir. Prossegui mas continuou a reclamar!
Parei o carro e ordenei-lhe que saísse imediatamente do carro! Saiu e bateu a porta com estrondo !!!
⁃ VOCÊ NUNCA MAIS VAI CONDUZIR COM A UBER!
Não sei se foi profecia mas seca virem não lhe contem que a Uber acusou-me de documentos fraudulentos.
Samuel Dias
003. O MEU COLEGA LEVOU-A AO COLO PARA O APARTAMENTO.
Uma colega e amigo, Orlando, contou-me que quando chegou ao destino a miúda estava tão dormente que não consguia sair do carro. Tropegamente lá foi à porta; chagada à porta não conseguia colocar a chave na fechadura. Ingenuamente teve de a transportar ao colo até ao segundo andar e certificar-se que entrava em casa. Foi aí que caiu nele!
- E se alguém me vê com esta criança aqui à porta?
Samuel Dias
002. ESTOU EM PÂNICO.
Eu estava na Av. Gago Coutinho já com o aeroporto à vista. Como o trânsito estava parado por motivo de obras numa faixa pequi no telefone para consultar qualquer coisa. A passageira interpela-me e pede para colocar o telefone no local, e eu naturalmente fi-lo sem qualquer problema. Ao questioná-la sobre a razão do pedido disse-me que estava em pânico e a falar com o pai. Perguntei-lhe se não conhecia aquela Avenida e apontei-lhe para o edifício do Aeroporto que já estava à vista. Disse que não conhecia "aquela rua"! Expliquei-lhe a forma de se assegurar que o morita está na direção certa é na sua própria app, não na app do motorista que pode alterá-la com facilidade. E vai uma "criança" destas apanhar um avião...
Samuel Dias
001. O MOTORISTA PERSEGUIU-ME!
Uma cliente no final da viagem reparou que o motorista mais a frente deu a volta e passou por ela de novo. Resultado, queixa à Uber! "O motorista anda a perseguir-me."
A verdade é que o motoristas está numa rua sem saída e a única possibilidade e inverter a marcha e tem de passar pela cliente. Não perseguiu ninguém, terá de passar pelo local onde deixou a cliente e está simplesmente a fazer o seu trabalho.
Manuel Cerqueira