Sacudir o pó

Citação

E, se ninguém vos receber, nem ouvir as vossas palavras, saindo daquela casa ou cidade, sacudi o pó dos vossos pés. Mateus 10:14

Introdução

Os próprios discípulos materializaram o ensinamento de Jesus, sacudindo a poeira das sandálias, retirando-se desse ou daquele lugar de rebeldia ou impenitência. Todavia, se o símbolo que transparece da lição do Mestre estivesse destinado apenas a gesto mecânico, não teríamos nele senão um conjunto de palavras vazias.

Argumentos e reflexões

  • O ensinamento, porém, é mais profundo. Recomenda a extinção do fermento doentio.

  • Sacudir o pó dos pés é não conservar qualquer mágoa ou qualquer detrito nas bases da vida, em face da ignorância e da perversidade que se manifestam no caminho de nossas experiências comuns.

  • Natural é o desejo de confiar a outrem as sementes da verdade e do bem; entretanto, se somos recebidos pela hostilidade do meio a que nos dirigimos, não é razoável nos mantenhamos em longas observações e apontamentos, que, em vez de nos conduzir a tarefa a êxito oportuno, estabelecem sombras e dificuldades em torno de nós.

Conclusões

Se alguém te não recebeu a boa vontade, nem te percebeu a boa intenção, por que a perda de tempo em sentenças acusatórias? Tal atitude não soluciona os problemas espirituais. Ignoras, acaso, que o negador e o indiferente serão igualmente chamados pela morte do corpo à nossa pátria de origem? Encomenda-os a Jesus com amor e prossegue, em linha reta, buscando os teus sagrados objetivos. Há muito por fazer na edificação espiritual do mundo e de ti mesmo. Sacode, pois, as más impressões e marcha alegremente.

Bibliografia

(Pão nosso. Ed. FEB. Cap. 71)

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Poeira

E, se ninguém vos receber, nem ouvir as vossas palavras, saindo daquela casa ou cidade, sacudi o pó dos vossos pés. Mateus 10:14

“E afastando-vos da casa que não vos receba a mensagem de paz, sacudi o pó das sandálias” – advertiu-nos o divino Mestre.

Muita gente acredita que o Senhor teria sugerido a reprovação aos que Lhe não acolhessem a Boa Nova ou o menosprezo de quantos Lhe recusassem, deliberadamente, os ensinos.

Entretanto, Jesus referia-se simplesmente ao pó que costumamos guardar conosco, depois de qualquer experiência difícil.

(Escrínio de luz. Ed. O Clarim. Cap. “Poeira”)

O pó das sandálias

E, se ninguém vos receber, nem ouvir as vossas palavras, saindo daquela casa ou cidade, sacudi o pó dos vossos pés. Mateus 10:14

Quando o Senhor nos recomendou sacudíssemos o pó das sandálias, ao nos retirarmos dos lugares em que a nossa cooperação fraternal ainda não se mostrasse suscetível de ambientação e reconhecimento, não nos induziu à indiferença, ao relaxamento ou à dureza espiritual.

(Reformador, set. 1952, p. 228)

Pergunta 309 do livro O Consolador

O que tem a noiva é o noivo. O amigo do noivo, que está presente e o ouve, se alegra profundamente por causa da voz do noivo. Portanto, esta alegria se completou em mim. É necessário ele crescer e eu diminuir. João 3:29-30

Pergunta: Em que sentido devemos interpretar as sentenças de João Batista: “A quem pertence a esposa é o esposo; mas o amigo do esposo, que com ele está e ouve, muito se regozija por ouvir a voz do esposo. Pois este gozo eu agora experimento; é preciso que ele cresça e que eu diminua”?

(O consolador. FEB Editora. Pergunta 309)

Homens e anjos

Ao passo que os anjos, embora superiores em força e poder, não pronunciam contra elas julgamento blasfemo na presença do Senhor. II Pedro 2:11

É lastimável observar o grande número de pessoas que estão sempre dispostas a proferir sentenças blasfematórias, umas para com as outras. A leviandade domina-lhes as conversações, a mesquinhez lhes corrompe as atividades nos mais diversos ­setores da vida.

(Caminho, verdade e vida. FEB Editora. Cap. 131.)

Prece do varredor

Deus de Infinita Bondade!…

Concedeste-me a felicidade do trabalho pela abençoada vassoura com que me entrego à limpeza.

(Sentinelas da alma. Cap. 10.)

Na hora da tristeza

Vós sois a luz do mundo. Não se pode ocultar uma cidade situada sobre um monte. Mateus 5:14

Entraste na hora do desalento, como se te avizinhasses de um pesadelo.

(Livro da esperança. Ed. Comunhão Espírita Cristã. Cap. 13)

Na luta vulgar

Não vos iludais; de Deus não se zomba. O que o homem semear, isso colherá. Gálatas 6:7

Não é preciso morrer na carne para conhecer a lei das compensações.

(Fonte viva. FEB Editora. Cap. 160)

O poder da gentileza

Eminente professor negro, interessado em fundar uma escola num bairro pobre, onde centenas de crianças desamparadas cresciam sem o benefício das letras, foi recebido pelo prefeito da cidade que lhe disse imperativamente, depois de ouvir-lhe o plano:

— A lei e a bondade nem sempre podem estar juntas. Organize uma casa e autorizaremos a providência.

(Alvorada Cristã. Cap. 15.)