Simpósios de comunicações

(Duração - 1h30)

Sábado, 10 de novembro de 2018

Simpósio de comunicações C - 1.º e 2.º CEB


CO9 - Tabelas — Um tipo de organizador gráfico estruturante do raciocínio

Cristina Loureiro, Encarnação Silva, Graciosa Veloso e Patrícia Ferreira, Instituto Politécnico de Lisboa, Escola Superior de Educação

Desde 2014 temos vindo a realizar várias oficinas de formação sobre temáticas interdisciplinares entre a Matemática e o Português. Um dos eixos orientadores do trabalho realizado tem sido a utilização de tabelas como instrumento estruturante do raciocínio. A orientação que seguimos para problematizar e pensar as tabelas ao serviço da aprendizagem e do desenvolvimento do raciocínio levou-nos a integrá-las numa classe mais ampla de instrumentos estruturantes do raciocínio, os organizadores gráficos.

Nesta comunicação propomo-nos partilhar o caminho que temos seguido no estudo e desenvolvimento deste assunto, a orientação que foi dada por nós à utilização de tabelas como instrumentos estruturantes do raciocínio e a análise que fizemos de alguns trabalhos realizados em situação de aula. Destacamos a independência deste instrumento relativamente aos conteúdos de aprendizagem e o seu o potencial integrador para conteúdos da Matemática, Português e Estudo do Meio.


CO10 - Desenvolvimento do sentido de número racional representado em fração, no contexto da construção de um canteiro para o cultivo de plantas numa sala de aula de 3º ano

Célia Dias, Agrupamento de Escolas Quinta de Marrocos

Graciosa Veloso, Instituto Politécnico de Lisboa, Escola Superior de Educação

As atuais recomendações didáticas relativas à aprendizagem e ao ensino da Matemática enfatizam a importância de uma cultura de sala de aula que valorize a participação ativa das crianças na atribuição de significado a conceitos, processos e procedimentos científicos, através da exploração, discussão e reflexão de resolução de problemas.

Estudos e projetos têm evidenciado diversos obstáculos às aprendizagens compreensivas dos conceitos envolvidos no sentido de número racional. As antecipações no ensino da representação em fração deste tipo de número e de procedimentos formais de cálculo, nomeadamente os algoritmos mais usuais, constituem exemplos de obstáculos, que contribuem para uma relação negativa com a matemática. Um dos consensos já existentes na comunidade internacional é o da necessidade de “se chegar à fluência procedimental a partir da compreensão conceptual” (NCTM e APM, 2017, p. 10).

Nos vinte minutos dedicados à comunicação vamos apresentar parte do trabalho realizado, na turma titulada por uma de nós. Partilharemos e discutiremos o percurso de aprendizagem desenvolvido em torno do projeto, que deu título a esta comunicação. Daremos particular importância à sequência de tarefas que concebemos, bem como a episódios, gravados em vídeo, de raciocínios de alunos em momentos de discussão coletiva explicitando relações entre medidas de áreas usando diversas unidades.


CO11 - Resolução de tarefas matemáticas por alunos dos primeiros anos de escolaridade

Manuel Vara Pires e Cristina Martins, Instituto Politécnico de Bragança, Escola Superior de Educação

Nesta comunicação pretendemos discutir e refletir sobre aspetos do trabalho desenvolvido por alunos e professores na aula de matemática nos primeiros anos de escolaridade. Para isso, vamos explorar experiências de ensino e aprendizagem referidas e discutidas nos Relatórios Finais de Estágio, que nós orientámos, defendidos por futuros professores no âmbito dos mestrados profissionalizantes para a docência no ensino básico a funcionar na nossa instituição. Apresentando diversas tarefas matemáticas de natureza mais aberta e exploratória que os futuros professores propuseram nas suas práticas letivas, identificamos e analisamos os processos de resolução seguidos por alunos dos 1.º e 2.º ciclos. Incidimos esta análise no trabalho que desenvolveram quer com os tópicos matemáticos abordados quer com aspetos mais transversais, como a comunicação ou as representações. Concluímos refletindo sobre as principais dimensões valorizadas pelos alunos.


CO12- Uso de sensores no estudo de condições saudáveis de aprendizagem

Helena Maria Amaral, EB1 Parque Silva Porto

A comunicação pretende descrever os processos envolvidos no desenvolvimento do projeto “Boas condições para aprender" usando sensores de livre acesso em dispositivos tecnológicos.

Numa primeira parte tenta-se caraterizar o contexto curricular em que o trabalho foi desenvolvido com as suas contradições e a conflitualidade inerente ao estipulado nos diferentes documentos curriculares, bem como o exagero de orientações nem sempre convergentes. O texto começa por apresentar o grupo com as suas limitações e as formas usuais de trabalhar na sala de aula, bem como algumas das opções pedagógicas na estruturação do currículo e na gestão no ambiente de sala de aula.

De seguida faz-se uma descrição das tarefas e da forma como se desenvolveram procedendo-se imediatamente a alguma análise e reflexão. Esta descrição é ilustrada com exemplos de trabalhos dos alunos que constam em ficheiros anexos.

Por fim tentou refletir-se sobre as implicações das atividades desenvolvidas e dos constrangimentos de contexto que poderão influenciar a sua concretização e ainda retirar algumas conclusões de todo o processo vivenciado.