Olá, estudante, seja bem-vindo a mais uma lição da disciplina de Empreendedorismo. Bom, você já está no segundo ano do Ensino Médio, então, já deve estar pensando em sua formatura, tanto como nível médio, quanto em Técnico em Agronegócio. Aliás, isso será um momento histórico, não é mesmo?! Motivo de comemoração por tudo que se viveu nesse período.

Contudo, enquanto esse momento não chega, quero dizer a você que ainda temos muito trabalho pela frente. Um deles é preparar você para os conteúdos que virão nas disciplinas do próximo ano, como a segunda parte desta matéria, ou Empreendedorismo II.

E é esse o objetivo da lição de hoje: demonstrar a importância do Plano de negócios para o desenvolvimento de um novo empreendimento ou até mesmo uma estratégia de ampliação ou expansão de atividades. Vem comigo conhecer mais sobre esse assunto que te acompanhará praticamente até a sua colação de grau.

Imagine que você resolveu empreender, mas não faz ideia de qual área atuar. Ou ainda, que você até sabe em que área se identifica, mas não sabe se o público irá reagir bem à sua oferta de produtos ou serviços. Ou até mesmo, pense que você conhece seu público, reconhece uma necessidade dele que você está disposto a suprir e ainda, de quebra, é algo que você goste muito de fazer. Parece perfeita esta última opção, não é mesmo?!

No entanto, como muitas vezes na vida, quando você coloca “na ponta do lápis”, as contas não batem. Você precisaria de muitos recursos que não possui, não sabe onde obtê-los e, talvez, apesar de tudo, a melhor opção seja não empreender neste momento, mas, sim, ir atrás desses recursos necessários antes e, somente depois, se aventurar “nesta empreitada”.

Neste caso, ainda bem que tudo isto foi possível de se perceber através da elaboração de um plano de negócios, de uma pesquisa de mercado e do que já vimos no ano passado: uma boa análise de viabilidade de projeto. Tudo isto estará disponível, e muito mais, no plano de negócios de sua empresa. Imagina se você não o tivesse feito, hein?!

Bom, como exemplo de caso real, trago a você nosso personagem que, embora seja fictício, nos acompanha desde longa data. É claro que eu estou falando dele, do Seu Arnaldo. Bom, para não restar dúvidas, trata-se de um caso fictício, mas baseado em fatos reais.

Imagine que ele agora seja chamado pela prefeitura de sua pacata cidade e como atribuição de seu cargo de confiança como secretário de planejamento estratégico deseje trazer recursos para montar uma estação de beneficiamento de soja em sua cidade, que até então não possuía tal recurso. Ótima ideia, não é mesmo?

Então, para esse recurso ser usado da melhor forma, entra a necessidade de planejamento e nada melhor do que realizar a confecção de um plano de negócio, dizendo quais serão os recursos desembolsados pelo poder público, quais serão os retornos em forma de tributação que serão obtidos, dentre várias outras coisas que serão possíveis de se observar por meio do plano de negócios. Mas calma que os componentes do plano de negócios já são assunto para uma lição inteira, logo mais à frente na disciplina.

Como já começamos a definir a você na lição anterior, e também será o maior foco de nossa disciplina pelas próximas lições, o Plano de Negócios é sem dúvida a parte mais importante do estudo sobre Empreendedorismo. E se algo é tão importante assim, devemos dedicar uma lição inteira, “apenas” para enfatizar o quanto ele é importante e o porquê de tamanha importância na vida empreendedora.

Na verdade, digo na vida empreendedora, porque é o grande foco de nossa lição, mas seja em qualquer área de nossa vida, em qual ramo que formos atuar, nos relacionarmos com pessoas ou coisas, um bom planejamento sempre ajudará! O Plano de Negócio vem exatamente para nos auxiliar nesta e em muitas outras situações. Bom, pelo próprio nome já somos levados a pensar sobre “plano”,  ou seja, planejamento – algo que se faz antes de se executar alguma coisa. 

Nesse momento, pode ser – e espero que sim – que você tenha se lembrado de nossas aulas sobre análise de viabilidade de projetos, sobre os conceitos de análise de sensibilidade e cenários, e é exatamente nesse sentido que o Plano de Negócio pode auxiliar, na tomada das melhores decisões e direções possíveis de acordo com cada cenário ou situação encontrada.

Utilizar um plano de negócios bem estruturado, juntamente com demais estratégias de gestão e coordenação econômica, pode aumentar, e geralmente aumenta, as chances de sucesso de um negócio. Principalmente pelo fato de prever riscos e ameaças à empresa e, assim, prepará-la de uma maneira a reduzir suas probabilidades de acertos (SILVA JUNIOR et al., 2021). 

Ao levantarmos os dados para fazer esse planejamento, conseguimos ter uma maior previsibilidade e acerto em nossas projeções e estimativas, seja elas de receitas, seja de custos, ou até mesmo de vendas, assim, com nossa visão futura mais apurada, tornamo-nos mais eficazes, de modo que nossa taxa de erros cometido se torna bem menor ou até mesmo nula.

O cuidado que devemos tomar, como bem lembra Silva Junior et al. (2021), é que, como disse a você, iremos fazer projeções, deduzir algumas variáveis que não temos valores concretos e mensuráveis. Sendo assim, devemos reunir o máximo de informações possíveis, para que nossas análises sejam baseadas em informações realistas e corretas. Se não tivermos esse cuidado, poderemos ocorrer em análises errôneas, que muitas vezes podem nos levar a tomar ações erradas também.

Acho que já deve ter ficado claro para você até aqui, mas digo que o Plano de Negócios é algo de extrema importância, tanto para um empreendimento em estágio inicial, quanto para um negócio já estabelecido. Ele serve não apenas para que se evitem os erros de planejamento, mas também para que seja possível que se possa aproveitar as oportunidades que aparecerem.

Nesse estudo, Paulek (2017) destaca como algumas das importantes contribuições da elaboração do Plano de Negócios alguns itens, tais como:

Acho que devo já ter te convencido nesse ponto da lição de que, se você deseja empreender, tem que fazer um bom plano de negócios, não é mesmo?! E não se trata nem de querer, mas, sim, de uma questão de taxa de sobrevivência de seu negócio, de conforto em relação à suas finanças, entre tantas outras questões como dito nesta lição. Trata-se de colocar a “mão na massa” desde a hora de elaborar uma ideia de negócio até na parte de execução e controle dos resultados obtidos nesse empreendimento ou negócio.

Bom, então sem me estender demais, gostaria de finalizar esta conceitualização dizendo que, se algo é, de fato, tão importante assim, porque será que muitas empresas não o fazem, não é mesmo?! Se sabem disto e não praticam, estão caminhando a passos largos rumo ao fracasso e de forma consciente. Não faz o menor sentido, não é mesmo?! E para quê estou dizendo isto aqui a você? Para que não cometa o mesmo erro, mas, antes, elabore um plano de negócios muito bem estruturado e inicie seu empreendimento, quando tiver oportunidade, com mais tranquilidade, maior segurança e com uma perspectiva muito maior de assertividade. Vamos lá!

Com as orientações dadas na lição de hoje, eu diria que você já está morrendo de vontade de elaborar logo esse plano de negócio, mas calma que ainda tem muita coisa a aprender sobre ele, até porque algo tão importante, como vimos hoje em nossa lição, não é algo que dá para ser feito “de qualquer maneira”, mas sim bem elaborado, com calma, o máximo de informações possível e organizado de maneira assertiva.

Então, como sugestão de aplicação no dia a dia de hoje, eu me limito a orientar que você observe ao seu redor todas as empresas, comércios, atividades e serviços desenvolvidos e pense o que seria deles se não tivessem “nascido” como frutos de um bom planejamento prévio. Se você conseguir visualizar essas informações, já me darei por satisfeitos nesse ponto da disciplina. No entanto, já te aviso de antemão que, nas próximas lições, sobretudo no próximo ano, vai chegar a hora de sair da área de observação e ir para o campo, para a atuação “mão na massa”, como costumamos chamar.