A partir de 1789 começaram as preocupações com o desenvolvimento bacteriano, devido à higienização inadequada, surgindo assim o mercado de “higiene” menstrual. Os primeiros absorventes desenhados para consumo foram produzidos em 1854, nos Estados Unidos. A invenção americana era feita de um tecido mais absorvente e lavável, pensado para substituir as tradicionais toalhinhas. Apesar de poucos registros, acredita-se que Lydia Pinkham – inventora, abolicionista, empresária e feminista tenha registrado a primeira patente de um cinto com tecido absorvente lavável, para substituir as antigas toalhinhas. Em 1890, na Alemanha, surge o primeiro absorvente descartável, o Hartmann’s, uma bandagem vendida em caixa com seis unidades. Anos depois, o produto chega à Inglaterra e aos Estados Unidos. Em 1894 inventores alemães criam uma calcinha com uma espécie de cinto lavável acoplado. A criação, porém, não faz sucesso e logo cai em desuso.
Em 1921, uma enfermeira americana chamada Gertrude Tendrich criou o primeiro protótipo de um absorvente higiênico. Ela usou um material absorvente semelhante ao celluloide, que era um tipo de plástico, e moldou-o para se ajustar ao formato do corpo feminino. Ela patenteou sua invenção sob a marca "Kotex", e começou a produzir e distribuir absorventes descartáveis para mulheres.
Mas o desenvolvimento dos absorventes continuou a avançar e, na década de 1970, surgiram os absorventes com adesivos. Agora, as mulheres podiam fixar o absorvente diretamente nas calcinhas, o que tornou o uso muito mais confortável. Com o tempo, os absorventes ficaram cada vez mais finos e discretos, permitindo que as mulheres pudessem se movimentar com mais liberdade. Também surgiram opções com materiais mais macios e respiráveis, que ajudam a prevenir irritações na pele.
Hoje em dia, os absorventes são fabricados em diferentes tamanhos, formas e materiais para atender às necessidades e preferências das mulheres. Além disso, existem também opções mais sustentáveis, como os absorventes reutilizáveis e os coletores menstruais.
2.000 a.C - Soluções intravaginais: Os primeiros registros do absorvente são do Egito e as proteções internas, feitas de papiro processado, eram inseridas no canal vaginal. Em Roma, era usado chumaços de lã macia. Na Índia, introduziram fibras vegetais e no Japão eram colocados pedaços de papel envolvidos em uma espécie de canudo.
Idade Média - Tecidos: As faixas feitas de tecido, geralmente algodão e linho, eram enroladas em volta da cintura. Depois da faixas, foram criados os protetores de tecidos. Eles eram feitos de algodão e eram presos com fivelas. A parte interna do protetor era um tecido absorvente, que tinha que ser trocado regularmente.
Século XX (anos 20) - Absorvente descartável: Embora possa parecer estranho à primeira vista, a primeira Guerra Mundial (1914-1918) teve uma conexão indireta com o desenvolvimento dos absorventes menstruais. Em 1914, a enfermeira americana Kimberly-Clark inventou um tecido absorvente que era usado em curativos para soldados feridos na guerra. Esse tecido acabou sendo utilizado como base para os primeiros absorventes modernos. Em 1920, foi lançado o primeiro absorvente descartável, chamado de Kotex. Um grande avanço na comodidade e tecnologia do produto, evitava a necessidade de lavar e esterilizar o produto. Os primeiros modelos tinham que ser fixados com um cinto.
Século XX (anos 30) - Absorventes internos e Coletores menstruais: Em 1930 foram criados os absorventes internos, mas não ganharam muita popularidade até os anos 60 e 70. São absorventes inseridos na vagina para absorver o fluxo menstrual. Eles proporcionam mais liberdade de movimento e conforto. Há registros de que a invenção de coletores menstruais ocorreu em 1937, nos Estados Unidos. Mas, a fabricação foi interrompida devido ao desconforto que causavam e por fazer com que as mulheres tivessem contato com seu próprio corpo e sangue, o que não foi bem aceito pela sociedade na época. 1º Guerra
Século XX (anos 70) - Absorventes com adesivo: Ainda no século XX, em meados da década de 1970, foram criados os absorventes com adesivo, que permitia que as mulheres pudessem fixar o absorvente na calcinha sem o uso do cinto. O que tornou o uso muito mais fácil e confortável.
Século XXI - Calcinhas Absorventes: Atualmente, existe a consciência de que o fluxo menstrual é um processo natural e essa percepção trouxe à tona a questão dos impactos ambientais causados por absorventes descartáveis: além de agredirem o meio ambiente, o absorvente também pode irritar a pele sensível da vulva. Como alternativa, houve o aperfeiçoamento do coletor menstrual e o desenvolvimento de calcinhas absorventes que são laváveis e reutilizáveis, opções que são menos agressivas ao meio ambiente.
Entretanto, apesar de toda a evolução do absorvente durante a história, ainda existem muitas pessoas que menstruam que, por falta de verbas, não conseguem ter acesso a absorventes modernos e que, portanto, ainda precisam improvisar com materiais disponíveis. Esse fenômeno chama-se pobreza menstrual. O site Menarquia também refletiu sobre esse aspecto social e ambiental do uso e descarte do absorvente.