ANA VIDIGAL
19.07.07/31.08.07
ANA VIDIGAL
19.07.07/31.08.07
“Domingo à tarde” (…) datado de 2001, o vídeo que agora se torna público (…) já deu origem a outros trabalhos entretanto conhecidos de Ana Vidigal – como o conjunto de stills : “ Tornei-me feminista para não ser masoquista (manifesto)”, do mesmo ano – mas nesses trabalhos daí derivados coexistem outros elementos gráficos que dispersam a nossa atenção da rara exposição pessoal da artista.
Com um título emprestado de uma canção escrita e interpretada pelo brasileiro Nelson Ned, “Domingo à tarde” cita um dos maiores sucessos da rádio nos anos 70, enquadrável no universo kitsch (i.e. imitação em massa) da chamada “música ligeira popular” A letra desta música coincide naturalmente com a tragicomédia amorosa das foto - novelas de que a artista também se serve, desmontando os modelos e os padrões de comportamento herdados dos “contos de fadas” e demais literatura popular infantil. A Artista retrata-se aqui num processo de mutação de personagens, transfigurando o seu rosto, adulterando a sua identidade, com os materiais utilizados nas suas obras, como a plasticina, a fita-cola ou mesmo os pionesis”
Lúcia Marques, in catálogo Ana Vidigal “ Quando sou boa sou boa, mas quando sou má sou melhor”- 10 anos de trabalhos paralelos (1994-2004)
Conjuntamente com o vídeo “Domingo à tarde” será apresentado um núcleo de fotografias inéditas (auto -retratos) intituladas : “Cheguei a casa”, em que será continuado o processo de alteração de identidade.