Judite Riche Ribas
(Porto-1846, Rio de Janeiro-1928) Pianista
Uma Dinastia de músicos no Porto do século XIX
1.1 - José Maria Ribas
1.2 - João António Ribas
1.3 - Ramon Gil Ribas
1.4 - Antonio L de Ribas
1.2.1 - João Vitor Medina Ribas
1.2.2 - Eduardo Medina Ribas
1.2.3 - Hipólito Medina Ribas
1.2.4 - Teófilo Medina Ribas
1.2.5 - Florêncio Medina Ribas
1.2.6 - Carolina Medina Ribas
1.2.7 - Nicolau Medina Ribas
1.2.8 - Judite Riche Ribas
Fleur d'avril : Mazurka de salon (PDF) (13/03/2008)
Pierrette : Valsa de salon (PDF) (13/03/2008)
Biografia de Frederico Cardoso de Menezes (18/12/2008)
Filha da segunda esposa de João António Ribas, Carmen Riche, nasceu na freguesia da Sé, Porto, a 31/8/1846.
Em Janeiro de 1857 é editada pela Vila Nova uma polka para piano por Alonzo Conte, chamada Judith, e dedicada a Judith Ribas, sua aluna.
Estuda piano e acompanha o seu pai e seu irmão Nicolau em diversas ocasiões, entre as quais, a 23 de Março de 1858, na Sociedade Filarmónica Portuense e, durante o ano de 1861, num concerto a 6 de Abril no Teatro Baquet e noutro a 4 de Fevereiro na Sociedade Filarmónica e Dramática de Vila Real.
Teve um primeiro casamento no Porto, freguesia da Sé, a 14/12/1864, aos 18 anos, com Manuel d´Oliveira e Sá Junior, de 20 anos, negociante, natural de São Francisco Xavier do Engenho Velho no Rio de Janeiro, filho de Manoel d´Oliveira e Sá e de D. Quitéria Thomasia d´Oliveira e Sá, ambos naturais da mesma freguesia do Rio de Janeiro, e que terá acompanhado até ao Brasil.
No Rio de Janeiro deu diversos concertos tocando Thalberg, Gottschalk, Herz e Weber, compositores da moda, sendo a primeira dessas apresentações realizada nos salões do Clube Fluminense. Terá conhecido o seu futuro marido, pai dos seus filhos, no seu primeiro recital em São Paulo em 1870, muito concorrido, ou ainda mais provavelmente quando do falecimento de Gottschalk no Rio de Janeiro, em Dezembro de 1869, ocasião em que Cardoso de Meneses vem à Corte para o enterro, e na hora do corpo baixar à sepultura "interpretou a dor geral, num discurso repassado de lagrimas".
Casou segunda vez com o compositor brasileiro António Frederico Cardoso de Meneses e Sousa (SP-8/7/1849, RJ-6/1/1931), filho do Barão de Paranapiacaba, do qual teve 9 filhos, 5 dos quais baptizados na igreja de São João Batista da Lagoa, RJ, no mesmo dia a 4/2/1882:
Felícia a 3/4/1872 em São Paulo, Laura a 3/10/1876, Frederico a 31/3/1878, João a 22/1/1880 e Adolfo a 2/8/1881.
Tenho conhecimento de uma outra filha, Carmen, baptizada a 2/2/1884 (S. Joaquim Lv 3, fl 224, ACMRJ, AP-1042) e são também os pais de António Cardoso de Menezes Filho (*RJ-2/8/1889, +?), violinista que tocou com Pixinguinha, e de Oswaldo Cardoso de Menezes Filho (*RJ-22/7/1893,+RJ-11/3/1935), pianista. Teve ainda outra filha cerca de 1886, Judite, cantora lírica.
Faleceu na sua casa à rua Alice, 80, Laranjeiras, Rio de Janeiro a 23/1/1928.
O filho Frederico Cardoso de Menezes (*31/3/1878, +30/3/1958) foi autor de Teatro de Revista, existindo na Biblioteca Nacional de Rio de Janeiro uma partitura da Chiquinha Gonzaga (*1847, +1935) para uma revista em 3 actos da sua autoria intitulada "Pomadas e Farofas". Seu primeiro grande êxito data de 1911 e tem por nome "Zé Pereira".
Judite fez carreira de concertista, tendo actuado como tal pelo menos uma vez no Palácio Real do Rio de Janeiro, na Quinta da Boa Vista, perante D. Pedro II, juntamente com o seu marido a quatro mãos.
A ultima representante desta dinastia de músicos foi Carolina Cardoso de Menezes (*RJ 27/05/1913,+ RJ 31/12/2000) filha do pianista Osvaldo Cardoso de Menezes e de Mercedes de Souza, começou a estudar piano aos 13 anos de idade com Zaíra Braga, aperfeiçoando-se posteriormente com Gabriel de Almeida e Paulino Chaves. Sua mãe, D. Sinhá, também tocava piano. Chegou até a ter aulas com Chiquinha Gonzaga. Em 1930, formou-se pelo Instituto Nacional de Música, INM, em teoria e solfejo. Posteriormente, estudou harmonia com Newton Pádua, seu primo. No final da vida, apesar da idade avançada e de problemas de saúde, ainda recebia com prazer convites para recitais. Até sua morte, ocorrida no último dia do ano de 1999 (aos 87 anos), residiu de maneira modesta no bairro do Méier, Zona Norte carioca. Foi enterrada no cemitério São João Batista no primeiro dis do ano 2000, quando a cidade celebrava o final do reveillon.
Da autoria de Judith Ribas existem na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro as seguintes partituras:
Localização
Autoria:
Título:
Imprenta:
Número de chapa:
Descrição física:
Nota:
Assuntos:
Imperio
BG-I-54
Ribas, Judith, 1846- ?
Fleur d'avril : Mazurka de salon
Rio de Janeiro Buschmann & Guimaraes [ca. 1886]
1728
7p.
PartituraPiano
Mazurcas
Piano (Musica)
(PDF) new12/03/2008
Localização
Autoria:
Título:
Imprenta:
Número de chapa:
Descrição física:
Série:
Nota:
Assuntos:
Imperio
BG-IV-55
Ribas, Judith, 1846- ?
Marina : Valse de salon [par] Judith Ribas
Rio de Janeiro Imperial Estabelecimento de Pianos e Musicas de Buschmann & Guimaraes [18--]
1834
7p. ; 34cm.
Recreio dos Saloes
PartituraPiano
Piano (Musica)
Valsas
Localização
Autoria:
Título:
Imprenta:
Número de chapa:
Descrição física:
Nota:
Assuntos:
Imperio
BG-I-53
Ribas, Judith, 1846- ?
Pierrette : Valsa de salon
Rio de Janeiro Buschmann & Guimaraes
1727
5p.
PartituraPiano
Piano (Musica)
Valsas
(PDF) new12/03/2008