Entretanto a ANACOM, a 12 e 20 de Março de 2018, emitiu sobre o assunto, a comunicação seguinte:
As utilizações que são exclusivamente radiobalizas Weak Signal Propagation Reporter (WSPR) e OPERA, embora sendo em tudo similares às estações de uso comum definidas no Decreto-Lei n.º 53/2009, de 2 de março, não se enquadram neste tipo legal. A sua utilização carecerá de autorização da ANACOM, ao abrigo do n.º 1 do artigo 14.º do referido diploma.
Sem prejuízo, estas utilizações em estações individuais de amador e em estações de uso comum sem frequências consignadas, nos termos da legislação aplicável e em conformidade com as respetivas disposições regulamentares, designadamente as regras fixadas no Quadro Nacional de Utilização de Frequências (QNAF), não carecem de autorização adicional.
WSPR - Weak Signal Propagation Reporter - de 0 a 250 milliwatts em QRP e de 5 a 10 watts em QRO se possível com antena omni-direcional, em qualquer banda, mas sobretudo em VHF nos 2, (4) e 6 metros e em todas as bandas de HF. Também praticado em aleatorio automático onde o equipamento vai mudando de banda de acordo com uma prévia programação, e ainda em SWL, dedicando-se algumas estações a utilizar apenas a recepção, estudando dessa forma a propagação em tempo real, utilizando essa informação para as suas opções na pratica nomeadamente do dx.
O mapa acima apresenta apenas um períodos de trabalho em 40 metros, ao inicio da noite, e, como se verifica regista uma primeira barreira de estações europeias a cerca de 1,5 a 2,5 mil quilómetros, dentro do salto característico, um segundo anel entre 3 a 5 mil quilómetros, com meia dúzia de estações, correspondentes ao segundo salto, naturalmente muito mais fraco. Contudo a esta hora do dia verifica-se a insolação da costa americana e o arrefecimento acentuado do continente europeu entrando no alcance algumas estações americanas a uma distancia equivalente ao segundo salto anterior mas com maior eficácia dada a reflexão aquática ao invés das perdas no solo para a constatação anterior.
De notar ainda e antes da perda de sinais para Este, a chegada de estações da Australia e por vezes também da Nova Zelândia, verificadas normalmente ao fim do dia inicio da nossa noite e quase ao nascer de um novo dia nessa região do globo, viajando dessa forma o sinal sempre dentro da noite em passagem curta pelo buraco da agulha em saltos sucessivos usando sempre a agua de mares quentes, daqui para lá, o Mediterrâneo, uma a duas vezes, o conjunto Mar de Oma, canal de Suez e Estreito de Ormuz, o Indico, e finalmente o Pacifico. Fantástico. e tudo isto com apenas 5 watts e uma fraca Vertical Multibanda. Uma vez mais poucos meios, enorme satisfação.