Do hexâmetro ao decassílabo: equivalência estilística baseada na materialidade da expressão

Artigo publicado na revista SCIENTIA TRADUCTIONIS

Do hexâmetro ao decassílabo: equivalência estilística baseada na materialidade da expressão

Scientia Traductionis, n. 10, 2011

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Resumo: A expressividade que uma língua alcança através da poesia está relacionada com a natural adequação da fala a um eterminado ritmo prosódico. O decassílabo não é uma mera convenção métrica; ele constitui-se numa espécie de frase ideal do português, um modelo de fala ludicamente construído através da percepção viva da língua para permitir a expressão justa do significado poético. O mesmo pode-se dizer do hexâmetro com relação ao latim. A tradição literária do português atesta certa equivalência estilística entre o decassílabo e o hexâmetro. Assim, parece lícito buscar balizas para a tradução que permitam ratificar empiricamente essa equivalência, a fim de, a partir daí, deduzir-se um modelo flexível de proporcionalidade métrica fundada na materialidade da expressão.

Palavras-chave: Métrica, ritmo, hexâmetro, decassílabo, Ovídio, Bocage.