É um herói divinizado de acordo com o Candomblé e a Umbanda, religiões afro-brasileiras. Divindade guerreira, simbolo de valentia e coragem, protetor das florestas e herói caçador. O mito de como se tornou herói é o seguinte:
Olofin, rei de Ifé, resolveu preparar uma grande comemoração em seu reino para alegrar seus súditos que andavam muito tristes. Seria a festa do inhame, e deveria ser grande e duradoura para que todos comessem e bebessem até se fartar. Todos gostaram e vinham pessoas de muito longe para a festa, pois há muitos anos nada se fazia ali.
Em um descuido imperdoável, o rei, por estar eufórico, esqueceu de convidar as La Mi Oxorangá, mães feiticeiras, que eram donas de grandes pássaros maléficos que transmitiam doenças. Ofendidas por serem esquecidas, mandaram um dos pássaros para se vingar.
O rei, indignado, mandou chamar os melhores caçadores e todos falharam em matar a ave. A cada fracasso o rei mandava matar o caçador. Depois de alguns dias, apareceu Oxotokanxoxô, um jovem caçador que tinha somente uma flecha, mas queria resolver o problema. Todos riram de tanta audácia, mas o rei aceitou sua proposta, adivertindo-o de que se falhasse, morreria. O jovem disse, confiante, que se não conseguisse poderiam cortá-lo em pedaços.
Sua mãe, para lhe ajudar, foi ver o adivinho Babalaô e ele lhe disse para fazer uma oferenda.
Ela fez e gritou:”Que o peito do pássaro aceite este presente!” Nesse momento o pássaro se distraiu com o grito da mulher e abriu as asas, deixando o peito descoberto, e Oxotokanxoxô o acertou com a flecha. O rei lhe felicitou, lhe deu grande riqueza e fez com que fosse tratado como herói, e o povo cantou e dançou, homenageando-o como “OXÓSSI” (Que quer dizer: "O caçador Oxô tem muita sorte”).
Thomas - 702