Matéria publicada no jornal Folha do Vale

Data de postagem: 09/02/2009 14:42:00

Encontro da Família Meurer reúne 700 pessoas

Para participar do Segundo encontro da família Meurer parentes não mediram esforços. Estados como Tocantins e Rondônia tiveram seus representantes

Juntar a família e conhecer suas origens. Esse foi o objetivo da Família Meurer ao realizar o segundo encontro e reunir mais de 700 pessoas da família. Vindas de diversas cidades de Santa Catarina e de outros estados como Mato Grosso do Sul, Rondônia, Tocantins, Rio Grande do Sul e Paraná, os integrantes da família se emocionaram com a festa. Com início às 8 horas de domingo, 25 de janeiro, os familiares foram recepcionados e logo em seguida participaram de uma missa, com padres da família Meurer. Às 11 horas, no salão paroquial, aconteceu a apresentação do histórico familiar e após foi servido o almoço. O encontro encerrou com um café colonial.

A primeira edição do encontro aconteceu na cidade de Corbélia, Paraná, e reuniu mais de 200 familiares. Como o Vale de Braço do Norte reúne a maior parte dos descendes da Família Meurer, Carmelita e Dorivaldo, Silésia e Amilton Meurer, a pedido dos participantes do primeiro encontro, se comprometeram em realizar a segunda edição da festa. Apesar de Braço do Norte concentrar um grande número de pessoas que descendem dos imigrantes, Dorivaldo acredita que há outra região com um número maior de Meurer e está localizada no Rio Grande do Sul.

“O encontro aqui foi muito agradável, não esperávamos reunir tantas pessoas. A festa se estendeu durante todo o domingo e as pessoas se diziam estar satisfeitas com a realização”, comenta.

Conforme Dorivaldo, o terceiro encontro já foi marcado para 20 de janeiro de 2010 no Paraná. “Sempre marcamos o encontro um ano antes, para que todos possam se organizar e deixar um espaço em sua agenda”, completa.

Elizabeth Meurer deixou Dois Vizinhos, Paraná, para participar do encontro, e diz não se arrepender da longa viagem. “Com certeza é cansativo, mas tudo foi recompensado quando chegamos aqui e fomos bem acolhidos. Com certeza não negam o sangue. Todos somos unidos e gostamos de uma festa em família”, destaca.

“todos os encontros que tiver da minha família eu farei o possível para estar presente. Não medirei esforços para comparecer”, emenda.

De Rondônia, Luiz César Meurer também partiu com rumo à Braço do Norte. “Quando me convidaram para participar da festa não pensei duas vezes e confirmei ai minha presença. Não poderia ficar fora desta comemoração maravilhosa dos nossos descendentes”, emociona-se.

Marcos Meurer de Salto do Lontra, Paraná, também esteve presente e afirma que esses encontros familiares unem as pessoas, fazendo com que elas conheçam suas origens. “É muito bom saber que tem pessoas que se identificam conosco. Conhecer um pouco de nossos descentes e saber a verdadeira origem do sobrenome. Assim manteremos o contato por mais tempo com pessoas da nossa família”, enfatiza.

Família Meurer chegou a SC em 1828

O Meurer e Maurer são de origem profissional ou comercial como vários outros sobrenomes germânicos. Indicam o responsável pela construção das catedrais, paredes defensivas e edifícios. Seria o que constrói com pedra, pedreiro - pois é derivado do alemão mauer, que significa parede ou muralha.

Segundo o site da família Meurer (www.meurer.cjb.net), o primeiro a chegar à Santa Catarina foi Matthias Meurer em 1828, instalando-se com a esposa em São Pedro de Alcântara no ano de 1829. Esta é a primeira Colônia Alemã em Santa Catarina.

O próximo a chegar foi Peter Meurer, sendo encaminhado para Santa Isabel fundada em 1847. Não é a segunda Colônia alemã de Santa Catarina, pois em São Pedro de Alcântara, desde 1829, haviam outras extensões além da sede. A colônia Santa Isabel está localizada hoje entre os municípios de Águas Mornas e Rancho Queimado.

Também em 1847 é fundada a Colônia Piedade, onde hoje é a Armação da Piedade no município litorâneo de Governador Celso Ramos. Esta Colônia fundada com 150 pessoas regrediu em poucos anos, devido à área imprópria para a agricultura. Muitos mudaram para a Colônia Leopoldina, fundada em 1848, onde hoje fica o município de Antônio Carlos e para o município de Biguaçu. Na Piedade entraram-se descendentes de Franz Meurer e Johann Adam Meurer.

Sobrenome e Brasão

O Meurer é de origem profissional ou comercial como vários outros sobrenomes germânicos. Indica o responsável pela construção das catedrais, paredes defensivas e edifícios. Seria o que constrói com pedra, pedreiro - pois é derivado do alemão Mauer, que significa parede ou muralha.

Há ainda uma versão que sugere a origem no século 12 aproximadamente através dos Mauernbrecher, que significa rompe muros. Eram os que utilizavam máquinas de assalto na guerra afim de romper portas, muros, etc.

Portadores do sobrenome Meurer nos Estados Unidos incluem entre outros, Johann Philip Meurer, registrado na Filadélfia em 1742. Pessoas proeminentes que ostentam o sobrenome Meurer incluem o Pastor Christian Friedrich Meurer nascido em 1790 e o pintor Maritz Meurer, nascido em 1839.

Mauer, Mauermann são variações. Mührer, Mührmann são cognatos de dialetos alemãos; Mularski é a versão polonesa e Mulyar é encontrado na Ucrânia.

Em registros e nos cemitérios das colônias alemãs de Santa Catarina, encontrou-se muitas vezes o sobrenome grafado: Meyerer, Meier, Mayrer, Mayerer, Mahaurer, Moerer, Neurer, Maurer, Meira, Mairer, Mayer, Maier além de outras variações.

Brasão da família concedido a Wolfgang Meurer de Hamburgo em 1644, conforme o Historical Research Center. É comum haver outros brasões e variações.