Orago: Divino Espírito Santo
População: 1.000 habitantes
Povoações: Azenha, Casais de S. Clemente, Cerdeiras, Cervejota, Chão de Lamas, Fervenças, Lamas, Lombo, Morada, Pousafoles, Urzelhe.
Actividades Económicas: Agricultura, viticultura, construção civil, exploração florestal e transformação de madeira, destilaria, pequeno comércio.
Festas e Romarias: Festa do Senhor (Corpo de Deus), Santo António (15 de Agosto), S. Sebastião (Janeiro), S. Clemente (domingo após 23 de Novembro), Nossa Senhora da Ajuda (fins de Agosto); Festa das Vindimas.
Património: Igreja Paroquial, Cruzeiro, Casa da Quinta do Dr. Martins, pontes de Portocarro e Vale da Pedra, Capelas de Santo António, Senhora da Memória e Nossa Senhora do Carmo.
Colectividades: Centro de Cultura e Recreio de Pousafoles, Clube Cultural e Recreativo de Casais de S. Clemente, Clube Recreativo Agrário e Desportivo de Lamas, Comissão de Melhoramentos de Urzelhe-Azenha.
A freguesia de Lamas situa-se na margem esquerda do rio Dueça (rio que nasce no vizinho concelho de Penela, entra a sudoeste por Fraldeu e atravessa o concelho até à trémoa para depois desaguar no Ceira) é de facto conhecido pelo “capitoso e aromático” vinho que ali se produz, mercê da benevolência do sol que, de manhã à noite, beija as encostas dos montes da região.
Antes, designada por freguesia do Divino Espírito Santo de Lamas, manteve-se anexada a Miranda até 1400, altura em que a família dos Coelhos perderam o senhorio de Miranda, depois de terem apoiado D. Beatriz.
No entanto, o primeiro livro de assentos data de 1516 e só no século XIX, a freguesia passou a ter vida própria. A história da freguesia, tal como a do concelho está marcada pelas invasões francesas, altura em que a igreja foi saqueada e incendiada, apesar de ter sido construída alguns anos antes, na sequência da ampliação de uma pequena capela.
Actualmente, a Igreja possui três retábulos do século XIX, e duas esculturas muito interessantes: uma delas, renascentista, representa Nossa Senhora do Rosário com o Menino a brincar com uma ave, enquanto a outra representa a Santíssima Trindade, uma obra de transição dos séculos XVI-XVII.