Definição e Conceitos de Planeamento em Saúde 

Processo contínuo de previsão de recursos e de serviços necessários para conseguir determinados objetivos segundo uma ordem de prioridades estabelecida, permitindo eleger a ou as soluções ótimas entre muitas alternativas, tendo em conta o contexto de dificuldades , internas e externas, conhecidas atualmente ou previsíveis no futuro.

- Pineualt

Racionalização na utilização de recursos escassos com vista a atingir os objetivos fixados, em ordem à redução dos problemas de saúde considerados como prioritários, e implicando a coordenação de esforços provenientes dos vários sectores socioeconómicos.

- Imperatori

Processo sistemático, orientado para o futuro, que determina a direção, os objetivos e as ações a desenvolver para alcançar os objetivos definidos”. “planeamento tem a ver com promover mudanças e é a função básica de administração essencial ao sucesso em todos os níveis de qualquer organização.

- Last

Porquê planear em Saúde?

O processo de Planeamento em Saúde permite:

• Diagnosticar e Monitorizar o estado de saúde das populações;

• Colocar a saúde na agenda das prioridades nacionais, regionais e locais;

• Adaptar os serviços a modificações existentes;

• Otimizar a utilização dos recursos limitados existentes, e como tal devem ser usados de forma eficiente e eficaz;

• Intervir nas causas reais dos problemas ao nível populacional;

• Evitar intervenções isoladas;

• Dar resposta às várias exigências dos tempos atuais -  Globalização, Urbanização, Envelhecimento da população, Emergência ou reemergência de doenças transmissíveis altamente letais, Desafios específicos dos sistemas de saúde, Comunidades atentas e expectantes, etc...

Que tipos de Planeamento existem?

Planeamento de base populacional: considera uma população-alvo e as suas necessidades, os recursos necessários para responder a essas necessidades e a forma de os organizar de forma a dar essa resposta. 

Planeamento institucional: considera a instituição responsável e de que forma se enquadra nos seus objetivos institucionais, identificando os recursos necessários a atingir essa missão.

Planeamento por programas: incorpora um pouco dos planeamentos anteriores, respondendo a problemas de saúde considerados como prioritários, identificando objetivos de saúde e estratégias para lhes responder, considerando também objetivos operacionais, atividades, recursos e planos de implementação e avaliação. 

Planeamento normativo: horizonte temporal mais alargado, procurando alcançar grandes objetivos (legislação). 

Planeamento estratégico: analisa condicionantes externas, organizacionais e prioridades, sendo implementado através de planos táticos e operacionais.

Planeamento tático: horizonte temporal a médio prazo, determina objetivos gerais e específicos, atividades e recursos. 

Planeamento operacional: horizonte temporal a curto prazo, determina objetivos operacionais (metas), tarefas a realizar.