A equipe multidisciplinar do Núcleo de Apoio às Vítimas de Crime e Atos Infracionais do MPPE, na oportunidade representado pela Analista Ministerial em Serviço Social, Tailândia Rodrigues; pela Estagiária de Serviço Social, Edvania Santos e pelo Analista Ministerial em Psicologia, Tarcício Dutra, realizou visita institucional ao Centro de Atenção Psicossocial - CAPS Esperança, que presta serviço de saúde mental no Distrito sanitário III.
Na ocasião foi possível realizar breve reunião com as gerentes de unidade Ely Dayanny A. Cordeiro, Assistente Social e Weldma Karlla Coelho, Terapeuta Ocupacinal, respectivamente, gerente operacional e gerente clínica do CAPS em referência.
A visita institucional teve a finalidade da discussão de um caso e a consequente construção de parceria com a rede de saúde mental com vistas a encaminhamentos de casos semelhantes, bem como a apresentação da proposta do NAV MPPE, sendo promovida uma breve explanação sobre as atribuições e funcionamento do Núcleo.
A equipe do CAPS Esperança se mostrou muito receptiva à discussão, destacando que o serviço de saúde mental proporcionado pelo CAPS, nas palavras da gerente operacional Ely Dayanny, configura-se como “um serviço em regime de porta aberta”, sem a necessidade de agendamento ou encaminhamento para o acolhimento. Foi pontuado que a equipe é formada por profissionais diversos: assistentes sociais, psicólogos, terapeutas ocupacionais, enfermeiros, psiquiatras, clínicos, enfermeiros e farmacêutico, dentre outros profissionais a depender da modalidade do CAPS.
Ainda na oportunidade, as gerentes apresentaram as dependências físicas do Centro, sinalizando que no âmbito do serviço são realizadas atividades individuais e coletivas ao público atendido e que os cuidados promovidos pela equipe buscam envolver usuário e família, numa perspectiva de “cuidado ampliado no território”, conforme sinalizou a gerente clínica, Weldma Karlla. A profissional afirmou que, havendo o acolhimento no serviço, após devida avaliação situacional por profissional da equipe, todos os possíveis encaminhamentos necessários à integração social e familiar do paciente junto à Rede de Atenção Psicossocial - RAPS serão promovidas pelos profissionais do CAPS em parceria com outros órgãos e equipamentos sociais.
Em discussão, destacamos a importância de igual atendimento às demandas coletivas e individuais, vez que ambas instrumentalizam o profissional para uma compreensão mais abrangente da realidade social a ser trabalhada, e que, a intervenção no âmbito individual se torna ainda mais importante quando o profissional vislumbra um coletivo, numa perspectiva de construção de políticas públicas.
Foi destacado que a implementação de melhores serviços e políticas para a coletividade podem ser potencializadas pela função ministerial, que através da aplicação das medidas necessárias à promoção dos direitos acaba dando relevo e fomentando políticas públicas.
Dialogamos sobre a importância da construção de parcerias com a rede para o adequado atendimento às vítimas diretas e indiretas de crimes e atos infracionais, de forma a tentar integrar os diferentes eixos de incidência identificados em cada situação, com o fim de tentar promover reparações subjetivas através do cuidado integral e decisões compartilhadas, tudo como forma de ofertar o suporte possível para enfrentamento à situação vivenciada pela vítima em suas fragilidades sociopsicoemocionais, a partir de uma visão panorâmica da realidade social e de construção de parceria com a rede, todavia sem desconsiderar os limites postos que precisam ser enfrentados no âmbito da atuação profissional dos equipamentos sociais. Por fim, colocamo-nos disponíveis a recepcionar casos identificados pelo serviço de saúde mental de pessoas que foram ou se sentem de alguma forma vitimadas por crimes e atos infracionais diversos, de modo a ser viabilizada a construção coletiva de estratégias para implementação, incremento e reordenamento dos programas de atendimento que podem ser destinados às vítimas, dentro das limitações e possibilidades da rede, respeitando-se os critérios de prioridade já estabelecidos, mas ao mesmo tempo sensibilizando sobre as especificidades de pessoas vítimas de crime e atos infracionais, bem como sobre a necessidade e importância da assistência integral a esse público.