Sobrecarga Cognitiva na Aprendizagem

Olá, conteudista!

Nossa conversa agora terá o objetivo de ajudar você a desenvolver um material didático que não cause sobrecarga cognitiva nas pessoas participantes do curso. Vamos descobrir como fazer isso?

A humanidade adquire o seu conhecimento por meio dos sentidos, isto é, visão, audição, olfato, paladar e tato. Isso significa que, para a aprendizagem ser significativa, é preciso que as pessoas processem as informações em seus canais sensoriais. A grande questão é que essa capacidade de processamento de informações das pessoas é limitada.

A sobrecarga cognitiva acontece quando as pessoas esgotam a capacidade de processar as informações e, consequentemente, de aprender. Por exemplo, um curso que utiliza apenas textos com períodos longos, sem formatação variada e sem ilustrações, provavelmente cansará as pessoas mais rapidamente. Outro exemplo de sobrecarga cognitiva acontece quando as imagens aparecem longe dos textos a que fazem referência, pois as pessoas precisarão fazer mais esforço cognitivo para relacionar as imagens ao texto.

Agora que você entendeu o que significa sobrecarga cognitiva, é importante pensar em recursos e estratégias que ajudem a evitar esse problema:

  1. Quando você for escrever os conteúdos do curso no Roteiro de Conteúdos para Implementação – RCI, é muito importante cuidar da linguagem utilizada, buscando utilizar palavras conhecidas, linguagem simples e orações na ordem direta, em tom mais informal, como se estivesse dialogando com as pessoas (veja outras dicas em Escrita de Conteúdos do ODA, no menu elaboração de conteúdos);

  2. É muito importante também que você conheça os formatos de conteúdo (texto, imagem, vídeos, podcasts e animações) e os recursos disponíveis no ambiente virtual de aprendizagem. O uso equilibrado desses formatos e recursos fará o seu curso ficar mais atrativo e dinâmico. Evite sobrecarregar apenas um canal sensorial;

  3. Apresente imagens, gráficos e infográficos sempre próximos ao texto, vídeo ou áudio a que fizerem referência. Isso evitará que as pessoas tenham esforço cognitivo desproporcional para fazer associações durante a leitura;

  4. Procure ir direto ao ponto! Textos, áudios e vídeos muito longos e com muitas informações costumam causar sobrecarga cognitiva.

Toda boa teoria da aprendizagem requer aplicação prática. Então, como a Teoria Cognitiva da Aprendizagem Multimídia pode ajudar você a criar melhores conteúdos?

Vamos ver um exemplo de uso do recurso “sanfona”, disponível no ambiente virtual de aprendizagem, no curso da EV.G “Monitoramento da biodiversidade: gestão, análise e síntese dos dados”. Com ela, parte do conteúdo fica oculta (o que evita a sobrecarga cognitiva), e as pessoas são estimuladas a clicar nos títulos para abrir as caixas de texto com o conteúdo detalhado. Compare a apresentação de um mesmo conteúdo com e sem o recurso “sanfona”:

Você percebeu como a sanfona permite o destaque do conjunto dos itens, sem gerar sobrecarga com toda a informação disposta de uma só vez? Use sua criatividade e explore bastante os recursos que estiverem disponíveis no ambiente virtual de aprendizagem!



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Para saber mais sobre o assunto, sugerimos que você assista ao vídeo da professora Janaína Teixeira, que aborda o tema Teoria da Carga Cognitiva, clique no botão para assistir.



Bom trabalho!