Tenho que revelar que ter que fazer uma caricatura assustou-me um bocado no início. Não sendo muito dado às artes, não sabia que partes do meu rosto devia aumentar, diminuir ou simplesmente alterar a forma. Por isso, decidi fazer uma avaliação de mim próprio e do que as pessoas costumam dizer sobre mim. Lembrei-me logo das orelhas, que sempre achei ter grandes (sendo principalmente notório quando rapo o cabelo), dos dois dentes o meio e de cima que já foram motivo de muitas piadas quando era mais novo (principalmente antes de usar aparelho, parecia literalmente um coelho), do nariz por não ser propriamente grande, mas sim "grosso" , dos olhos, que apesar de terem um tamanho normal, por alguma razão, coloco-os sempre semicerrados nas fotografias, dando uma impressão de que são pequeníssimos (por isso, diminui-os), por fim, deformei a linha do queixo para parecer ainda mais definida porque é algo que as pessoas costumam dizer que eu tenho (principalmente as raparigas).
A preparação deste trabalho foi bastante fácil. O único software utilizado foi o photoshop (programa que já usamos pelo terceiro trabalho consecutivo, por isso já instalado e a funcionar sem problemas). Em termos de material tínhamos a vida facilitada ao termos as fotos tiradas pelo professor, no entanto, por razões que falarei mais à frente, tive que utilizar outra imagem no trabalho, que foi tirada com a câmara do meu amigo Leal na casa do Ricardo Fialho, este facto não me trouxe grande precauço porque quando decidi mudar de imagem já me encontrava na casa do meu colega Fialho e na companhia do meu colega João que em já antevia que uma situação destas poderia ocorrer e por isso levou a sua máquina. Sendo assim, foi só uma questão de tirar uma foto e metê-la no PC.
Neste trabalho fui ensinado pelo meu colega Diogo Santos a utilizar a ferramenta "Quick Selection Tool" (W) que no fundo faz o que eu faria com a pen tool mas de forma muito mais simples e rápida, tornando assim um passo que eu referi nos dois trabalhos anteriores como o mais trabalhoso, num dos mais simples. Claro que tem os seus poréns (como tudo na vida) e infelizmente fui vítima de um deles. Quando usei esta ferramenta ela foi muito útil para criar uma seleção que separava a silhueta do fundo, porém, não foi capaz de separar a zona do queixo da zona do pescoço, tendo que ser eu a fazê-lo. Não sei bem porquê (pois domino bastante bem a pen tool) mas sempre que tentava fazer o recorte nessa zona, este ficava mal, pelo menos para mim, tendo que o repetir diversas vezes até chegar ao resultado final que me deixou satisfeito mas não completamente.
O passo que referi foi frustrante mas não o mais difícil. Para mim o mais complicado foi usar o liquify e o dodge e burn tool, por duas razões. A primeira sendo que eram ferramentas novas, como é sabido, a primeira vez é sempre a mais difícil. Porém este não foi o fator mais decisivo, mas sim o poder e as potencialidades destas ferramentas. Como os filmes de heróis gostam de dizer: "with great power comes great responsabilities". Eu posso afirmar que com tanto poder nas minhas mãos eu tive dificuldade em geri-lo, em saber onde usar e em que proporção usar. Sendo talvez por isso que nestes passos foi onde passei mais tempo e onde pedi mais conselhos e opiniões aos meus colegas. Acho que isto até é bom, pois acho que estas ferramentas são o foco principal deste PT, logo, ter passado muito tempo a utilizá-las deixou-me também bastante familiarizado com as mesmas.
antes do liquify
Depois do liquify
antes do dodge e burn tool
depois do dodge e burn tool
Deixando o trabalho e a dificuldade de lado, está na altura de falar dos passos mais interessantes e que gostei mais. Esses foram o aumento do nariz, orelhas e dentes e a aplicação da smudge tool. Diria que gostei de aumentar partes da minha cara pela curiosidade que me ia surgindo para ver como ficaria e pelo desafio que era conseguir incorporar os elementos desproporcionais na minha cabeça sem parecem completamente fora do sítio ou estúpidos, mas que ao mesmo tempo ficassem interessantes e marcantes. Por sua vez, o gosto pela smudge tool é devido ao meu gosto pelo próprio efeito em si, acho-o interessantíssimo e fascina-me os resultados que podem ser obtidos com o mesmo.
Acho importante denotar que em apenas um passo desviei-me um pouco do guião do vídeo. Quando inseri a minha foto no photoshop este abriu-me logo o filtro "Camer Raw" (a foto estava no formato Raw), aproveitei e editei logo a foto, no vídeo isto é apenas feito após o recorte da cara, porém a diferença não é nenhuma, pois editar antes ou depois de recortar a cara produz os mesmos resultados.
Para além disso, este trabalho que entrego é o segundo que faço. Abandonei o primeiro e também a imagem inicial porque possuía os lábio inferiores por cima dos dentes com os quais queria trabalhar, impossibilitando assim a sua utilização.
Como em todos os trabalhos, foram me surgindo diversos problemas. Estes foram essencialmente resolvidos de duas maneiras diferentes:
Este trabalho possui alguma liberdade, o que trouxe também várias escolhas. A que teve mais impacto do produto final foi a escolha de que partes cara transformar e modificar, como disse anteriormente, realizei uma espécie de reflexão para chegar às minhas conclusões. Tive também bastantes decisões sempre que tínhamos que usar o filtro Camera Raw ou controlar os levels, saturação, ... Achei particularmente difícil chegar a uma conclusão quando tinha que mexer neste parâmetros pois sou um rapaz um pouco indeciso, umas vezes achava que ficava melhor de uma maneira, outras vezes de outra, fazendo assim com que perdesse algum tempo neste tipo de tarefa.
Para concluir, acho que no geral a imagem ficou boa e foi bem executada, porém, acho que me falta sentido artístico e talvez as modificações que fiz não tenham sido as mais corretas, tendo recebido o feedback de que a caricatura não se parecia muito comigo (completamente oposto do que era suposto alcançar).
Neste trabalho aprendi a utilizar novas ferramentas (o smudge, dogde e burn), a utilizar o filtro do Camera Raw (algo que sinto que vou passar a utilizar regularmente, para ter mais controlo sobre as minhas fotos). Para além disso, adquiri conhecimentos sobre como se deve fazer uma caricatura, mas também, como não se deve. Melhorei também a minha organização, tanto no site como no Drive. Não posso desvalorizar as horas de experiência que ganhei no photoshop, estando cada vez mais confortável com ele (até já tenho o hábito de utilizar alguns dos seus atalhos, principalmente o undo, em outros programas, infelizmente, não costumam funcionar). Para além disso desenvolvi um soft skill muito importante, o trabalho em equipa.