Memória descritiva

Quando o professor disse que íamos fazer um poster de super heróis pensei logo em todos os heróis da Marvel e qual deles poderia representar melhor. Infelizmente o meu favorito (Iron Man) não podia ser representado, pois não tinha o seu aspeto mais importante, uma armadura altamente tecnológica. Então veio-me à ideia, por alguma razão que desconheço, tirar uma foto sentado para depois meter-me a levitar na edição, com uma pose típica do herói Doutor Estranho.

De início pensei em usar os seus poderes mágicos de distorção da realidade, mas depois pensei que seria talvez algo que ficasse muito tosco, ou que necessitasse de mais que duas imagens de fundo. Por isso, lembrei-me de criar um herói que alterá-se o estado do tempo, conforme o seu estado de espírito, que é instável por ser um adolescente. Se estivesse contente, estava sol, se estivesse triste, não só estava trovoada, como ele próprio emitia eletricidade. Neste momento veio-me à cabeça o Thor, pois o seu poder é precisamente ser o "Deus do trovão". Sendo assim, assumi que o meu herói seria uma versão do Thor adolescente em que este está não só a descobrir os seus poderes, mas também a descobrir-se a si próprio, consciencializando-se das suas capacidades e lidando com o seu sentimento de superioridade devido a eles, no fundo, aprendendo a ser um Deus. Típico roteiro de filmes de Heróis.

Tive também uma inspiração vinda da DC! O tom mais sombrio e escuro da minha imagem foi herdado do filme "Batman the Dark Knight", mais propriamente do seu poster. Antes de realizar este trabalho deu uma vista de olhos nos posters dos filmes de heróis sozinhos mais aclamados. Como é óbvio não me podia esquecer da trilogia "Dark Knight". O uso de um ambiente constituído por prédios no parque das nações foi muito simples, todos os heróis "atuam" em cidades modernas, com arranha céus e prédios vidrados. Qual o melhor sítio para encontrar este tipo de edifícios em Lisboa? O recente e tecnológico parque das nações (gare do oriente, centro comercial Vasco da Gama,...).

Em termos de preparação do trabalho, não houveram grandes dificuldades. O software, composto apenas pelo photoshop, já estava instalado e pronto a funcionar. Tive apenas que aprender a usar uma máquina fotográfica DSLR. Infelizmente não possuo uma e isso terá sido a maior dificuldade deste trabalho, ter que combinar com o dono da máquina sempre que queria tirar fotos, felizmente ele (João Leal) foi sempre muito prestável e flexível, porém, é sempre chato. A máquina utilizada foi uma (inserir máquina dele).

Para mim a execução deste trabalho foi muito divertida, porém também trabalhosa. Sem dúvida o que me custou mais foi recortar-me da foto em que estava sentado para colocar-me no ambiente, e apagar o céu da foto dos prédios no parque das nações para colocar o céu nublado da outra foto. Em ambos os processos fui extremamente meticuloso, com a pen tool e com a brush tool, respetivamente, pois falhas nestes processos são extremamente evidentes e podem estragar a estética de uma imagem por completo.

Apesar de serem extremamente trabalhosos, estes processos não foram de todo os mais difíceis, mas sim os ajustes da composição (principalmente do fundo), como o contraste ou a saturação, pois, sendo eu uma pessoa muito indecisa, foi muito complicado decidir quais parâmetros ficavam melhor, o mesmo aconteceu com o tipo de letra do título e a sua cor.

Algo que me foi definitivamente difícil foi o efeito. Eu sentia que a minha composição não precisava de nenhum, e que todos os que tinham não se enquadravam bem. Por isso, tive que fazer uma segunda sessão fotográfica de efeitos. Mesmo assim, apenas após várias tentativas e muita experimentação, consegui concluir qual o melhor efeito para colocar e como colocá-lo.

Chega de falar de dificuldades e trabalho. Vou agora falar do que foi para mim as partes mais interessantes desta composição, e consequentemente as que mais gostei. Os raios a saírem dos meus olhos e corpo e os meus olhos brilhantes forma sem dúvida onde obtive mais prazer. Não sei porquê mas adorei não só colocar os raios, mas também o resultado final. Acho que dão um ar feroz e descontrolado, exatamente o que queria para o meu personagem.

Ao longo do trabalho tive várias dificuldades técnicas na concretização daquilo que tinha em mente, para resolver essas dificuldades recorri-me ao youtube. As situações foram as seguintes: para fazer os olhos e os raios (https://www.youtube.com/watch?v=3QABaBZTjPo) e para criar o título (https://www.youtube.com/watch?v=0gimdpCNOL8&t=82s). Para além disso também pedi várias vezes ajuda aos meus colegas em relação a pormenores do trabalho, por exemplo: "raios azuis ou brancos?", "prédios mais claros ou escuros?", ... Para isso usei um grupo de Whatsapp.

Durante o trabalho tive também que fazer várias decisões que me atrasaram um bocado. A primeira foi qual foto de prédios usar, pois tirei várias muito semelhantes e demorei até perceber a que mais gostava. Também a escolha do efeito foi muito complicada, não por serem todos parecidos, mas (como já disse anteriormente), por não gostar muito de nenhum. Mas talvez a decisão mais importante do trabalho, foi a de escolher entre um ambiente mais claro, como se estivesse a ser fortemente radiado com luz proveniente pelos raios, ou escuro, devido à densidade de nuvens. Decidi convergir os dois e fiz um meio termo, uma imagem com uma ambientação escura, mas que possui alguma luz em determinados lugares.

Para concluir, quero afirmar que alguns aspetos podiam ser melhorados. Para mim, o facto de apenas ter--me a mim no primeiro plano da imagem, faz com que pareça que é uma montagem. Para além disso, acho que a parte de baixo da imagem (rua) ficou pouco catastrófica, talvez se tivesse mais imagens com que trabalhar, teria colocado pessoas a fugir e carros destruídos e a arder.

A maior aprendizagem que tive neste trabalho foi como usar uma câmara autográfica DSLR, aprendi também a utilizar o google fotos de uma forma mais eficiente. Em termos de photoshop, descobri como se instalam brushes (raios) e tipos de letra (título), o que será sem dúvida útil no futuro. "A prática traz perfeição", com este trabalho, tive mais algumas horas de experiência de photoshop que serviram para consolidar aquilo que já tinha aprendido.