Professor (a) mediador (a)...

    A todo o momento, ouço e leio  sobre as mudanças  impostas, pelas tecnologias, em nossas vidas. Basta pararmos um minuto e nos reportarmos às idas aos bancos, aos supermercados, ao uso de celulares...

    Como nos diz Simone  de Lucena Ferreira e outras, no texto Educação, interatividade e autoria na cibercultura:

Neste sentido estas tecnologias mudaram não somente as relações

pessoais como também as relações profissionais, imprimindo novas

formas de criação, produção e circulação de mercadorias, serviços e

informação.

    Só que essas transformações ainda não entraram na escola. Aliás, o que não é nenhuma surpresa, afinal de contas a escola é um dos instrumentos de manutenção do Estado!

    Não foi à toa que Paulo Freire viveu vinte anos no exílio, justamente por defender a ideia da educação libertadora! Em que o professor deveria ser o mediador do conhecimento!

    E o uso das TIC na educação talvez seja um bom mote para  a escola se reinventar, se transformar num espaço de colaboração, de construção... e não, apenas, de reprodução, como tem acontecido ao longo dos séculos!

    Ainda na fala de Simone de Lucena Ferreira e outras:

Na área educacional as TIC estão possibilitando novas formas de construção de

conhecimentos e de socialização de saberes. Percebemos assim, que a

utilização das TIC podem potencializar a produção de conhecimentos com o

envolvimento de múltiplos autores de maneira não linear, numa perspectiva de

rede, onde cada nó pode ser o centro de outras redes que estão

constantemente sendo alteradas de maneira interativa.

    Essa possibilidade é desafiadora, instigante! Exige do professor outra postura...

Desta forma a presença do professor, enquanto mediador das discussões e

de outras atividades será grande importância principalmente na atual

modalidade de educação à distância (EAD). Esta modalidade educacional irá 

necessitar de professores que sejam capazes de proporcionar aos alunos

oportunidades de construírem conhecimentos de forma colaborativa e autônoma.

 Nesse sentido não cabe mais falarmos em simples tutor de informações uma vez que,

o papel do professor não é mais o de transmissor de saberes. Sua principal função agora

é de interagir com os alunos proporcionando-lhes oportunidades de

construírem seus próprios conhecimentos e escolhendo seus próprios

caminhos.

    Um professor mediador... tanto nos encontros presenciais como nos virtuais!